Morros do Saçu e Caixa D’Água registraram disparos às 5h da manhã
Por Edu Carvalho, em 03/02/2021 às 13h30
Atualizado em 04/02/2021 às 13h
Em operação da Polícia Militar nos morros Caixa D’Água e Saçu, em Quintino, Zona Norte, dez pessoas morreram e seis suspeitos foram presos. A polícia não informou a identidade dos mortos e nem de onde partiram os tiros que os mataram.
Na ocasião, foram apreendidos cinco fuzis, uma submetralhadora, quatro pistolas, além de drogas e rádios transmissores.
Em comunicado, o major Ivan Blaz, porta-voz da PM, disse que a operação foi feita por conta dos ataques registrados desde o início do ano contra comunidades da Praça Seca, na Zona Oeste. A região é dominada por traficantes e milicianos, que disputam o território de Jacarepaguá.
Segundo apuração do G1, moradores relataram dificuldades na hora de sair para o trabalho, e de que a troca de tiros teria começado às 5h da manhã.
Inovação faz parte do Método Wolbachia, conduzido no Brasil pela Fiocruz, e que já tem demonstrado eficácia no combate às arboviroses
Por World Mosquito Program e Fundação Oswaldo Cruz, em 02/02/2021 às 15h
Sabemos que a pandemia do novo coronavírus tomou espaço de todas as manchetes e modificou o cotidiano da população brasileira. Em meio à preocupação e cuidados com a doença desconhecida, esquecemos de outras que são constantes no Brasil, como Dengue, Zica e Chikungunya. Anualmente, milhares de pessoas são contaminadas com uma das três doenças, ambas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Deve-se ficar atento ao período do verão, tendo em vista as altas temperaturas e as chuvas, prato cheio para se desenvolver criadouros de mosquitos.
Nas sete primeiras semanas de 2020, ainda antes do novo coronavírus chegar ao país, foram notificados 181.670 casos de dengue, 5.980 de chikungunya e 579 de Zika no país, segundo Boletim Epidemiológico de fevereiro do Ministério da Saúde. No mesmo período em 2019, o boletim apresentava 54,7 mil casos de dengue, o que significa que de um ano para o outro o número de casos mais que triplicou. Para que não se tenha aumento nos casos de dengue como aconteceu em 2020, é necessário ficar atento a possíveis focos de desenvolvimento do mosquito, mas existe outra forma de se combater as doenças, em especial na Maré.
A partir de fevereiro, moradores da Vila do João e Vila dos Pinheiros, na Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro, poderão participar da liberação dos Wolbitos, os mosquitos Aedes aegypti que integram o Método Wolbachia. Semanalmente, moradores dessas duas favelas poderão buscar um kit de liberação de ovos de Aedes aegypti com Wolbachia. Estes mosquitos não são transgênicos e não transmitem doenças. Pelo contrário, eles ajudam a combater as arboviroses. A inovação faz parte do novação do World Mosquito Program (WMP) para o combate a dengue, Zika e chikungunya, e que é implementada no país pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O Método Wolbachia tem eficácia comprovada, com redução de 77% dos casos de dengue na Indonésia, onde foi conduzido um estudo epidemiológico. No Rio de Janeiro, existem os Wolbitos estão sendo liberados desde 2016 e a expectativa é que até o próximo ano, os resultados epidemiológicos da iniciativa no município já estejam disponíveis. Em Niterói, dados preliminares já apontam a redução de 75% dos casos de chikungunya nas áreas onde os mosquitos com Wolbachia foram liberados.
Wolbitos nComplexo da Maré
No Conjunto de Favelas da Maré, os mosquitos foram liberados em 2018 e já estão em estabelecimento no território. Para reforçar a proteção à comunidade, uma nova rodada de liberações será feita em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro. A diferença é que, desta vez, serão utilizados ovos de mosquitos para esta ação e a população poderá participar ativamente da iniciativa.
“Em outros países onde o WMP atua, são utilizados ovos de Aedes aegypti com Wolbachia, o que tem demonstrado um bom resultado. Nós, aqui no Brasil, já havíamos utilizado os ovos nas áreas piloto, em Tubiacanga, na Ilha do Governador, e em Jurujuba, Niterói, também com ótimo resultado. A novidade agora é que a população poderá participar da liberação e, ao mesmo tempo, participar de um game com desafios semanais. Quem chegar até o final terá uma premiação surpresa”, destaca o líder do Método Wolbachia no Brasil e pesquisador da Fiocruz, Luciano Moreira.
Os kits com ovos de Wolbito serão distribuídos no período da manhã, às segundas e quartas-feiras, no Centro Municipal de Saúde da Vila do João, e às terças e quintas-feiras na Clínica da Família Adib Jatene, na Vila dos Pinheiros. O kit contém uma cápsula com ovos de mosquitos com Wolbachia, instruções de instalação e brindes para as crianças. Cada família poderá pegar um kit por semana. Quem quiser participar dos desafios semanais terá que fazer um cadastro no Point do Wolbito, área que funciona nas duas unidades de saúde. Para retirar o kit é preciso ser maior de idade.
Com a cápsula de ovos de Wolbito em mãos, o morador vai ser orientado, via WhatsApp, a preparar um recipiente onde deverá colocar água e a cápsula. Duas semanas depois, os mosquitos com Wolbachia já estarão voando e ajudando a proteger a comunidade. “O processo é simples e pode ser feito com alguns recipientes que as pessoas já têm em casa. A equipe do WMP Brasil, junto com as equipes de vigilância em Saúde, da Prefeitura, estarão a postos, nas unidades da Vila do João e da Vila dos Pinheiros, para orientar a população”, reforça Moreira.
Para conhecer mais detalhes sobre o jogo de combate à dengue e a liberação comunitária dos Wolbitos é só acessar @wmpbrasil ou @maredenoticias no Facebook ou Instagram. Esta ação é uma realização do WMP Brasil/Fiocruz, em parceria com o projeto Heróis contra a Dengue, Maré de Notícias e Redes da Maré, e conta com financiamento do Ministério da Saúde, com contrapartida institucional da Fiocruz e, também pela Universidade de Monash, com recursos da Fundação Bill e Melinda Gates.
O que é o Método Wolbachia?
A Wolbachia é um microrganismo intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas que não estava presente no Aedes aegypti, e foi introduzida por pesquisadores do WMP, iniciativa global sem fins-lucrativos que trabalha para proteger a comunidade global das doenças transmitidas por mosquitos.
Quando presente no Aedes aegypti, a Wolbachia impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam no inseto, contribuindo para a redução destas doenças. Não existe modificação genética neste processo. O Método Wolbachia consiste na liberação de Aedes aegypti com Wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais e seja estabelecida uma população destes mosquitos, todos com Wolbachia. Veja a ilustração abaixo.
O Método Wolbachia é complementar às demais atividades de controle das arboviroses realizadas pela prefeitura. A população deve continuar a realizar as ações de combate a dengue, Zika e chikungunya que já realizam em suas casas e estabelecimentos comerciais.
Na última sexta-feira, 28, o Diário Oficial do Estado publicou o registro de reinserção à Polícia Militar ao major Edson Raimundo dos Santos, condenado a 13 anos pela morte do pedreiro Amarildo de Souza, torturado e morto por policiais da UPP Rocinha.
Os motivos da apreensão do morador era porque os policiais acreditavam que o pedreiro tinha informações sobre o tráfico da região. À época, o major Edson Santos era o comandante da unidade e recebeu a maior pena, de 13 anos e 7 meses de prisão. 25 PMs foram denunciados pelo crime, dos quais 12 foram condenados e sete, expulsos. A decisão que decretou a prisão dos policiais também determinou que eles perdessem a função pública.
Em 2019, Edson ganhou liberdade condicional, podendo cumprir prisão domiciliar.
Sete anos depois, o corpo de Amarildo, apesar das buscas, nunca foi encontrado.
A Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ entregou nesta terça-feira, 2, uma petição à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense pedindo prioridade na investigação das mortes das meninas Emily Victória, de 4 anos, e Rebecca Rodrigues Santos, de 7 anos, mortas em dezembro de 2020 enquanto brincavam na porta de casa, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense.
Na carta apresentada, o pedido foi baseado na Lei Ágatha, aprovada em 2021 pela Alerj, e que pauta a apuração e responsabilização de crimes contra a vida e com resultando em morte, que tenham como vítimas crianças e adolescentes no estado do Rio.
A Polícia Civil segue investigando o caso. Ainda não foi marcada uma data para uma reprodução simulada das mortes. Recentemente um memorial foi construído em homenagem às duas meninas.
Com mais 134 mil doses será possível imunizar idosos a partir de 75 anos
Por Edu Carvalho, em 02/02/2021 às 13h
A Prefeitura do Rio antecipou em uma semana o calendário de vacinação contra a covid-19. Com a chegada de novas remessas da vacina, será possível vacinar todos os idosos a partir de 75 anos até o fim de fevereiro. Nesta terça-feira (02/02), a Secretaria Municipal de Saúde recebeu 134.580 novas doses da vacina. . Com a antecipação das doses, até o fim desta semana será finalizada a vacinação dos idosos acima de 90 anos.
‘’A expectativa da Secretaria Municipal de Saúde é que todos os idosos a partir de 60 anos estejam vacinados até o fim de março. A meta é ousada, mas estamos trabalhando para isso’’, afirma o secretário municipal de saúde, Daniel Soranz.
A Secretaria Municipal de Saúde está realizando a campanha de vacinação nas 236 clínicas da família e centros municipais de saúde, além de postos drive thru. Na Uerj, o posto drive thru funciona das 9h às 15h, de segunda a sexta-feira. Aos sábados, a partir de 6 de fevereiro, haverá vacinação no sistema drive-thru nas policlínicas Lincoln de Freitas Filho (Santa Cruz) e Guilherme Manoel da Silveira (Bangu), no CMS Belizário Penna (Campo Grande), no Sambódromo, na Cidade Universitária e no campus da UFRJ, Botafogo, no Parque Madureira, no Estádio do Engenhão e no Parque Olímpico.
Dona Alzira Gomes é do público prioritário e foi imunizada em casa nesta segunda-feira (01/02)
Por Thaís Cavalcante, em 01/02/2021 às 18h55 Editado por Andressa Cabral Botelho
Nesta segunda-feira (01/02) Dona Alzira Gomes de Oliveira, de 103 anos e moradora da Nova Holanda, na Maré, foi a primeira idosa do território vacinada contra a covid-19. Atendida pela Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva, ela é um dos 322 idosos com mais de 80 anos que serão imunizados pela unidade durante o mês de fevereiro, seja em atendimento domiciliar ou em visita à própria unidade de saúde, respeitando o calendário de vacinação do grupo prioritário. Segundo o Censo Maré, cerca de 10 mil moradores com mais de 60 anos vivem no território.
Dona Alzira recebeu a primeira dose da vacina chinesa CoronaVac, que foi guardada e transportada em uma caixa térmica específica e com temperatura adequada até que chegasse a sua casa. A unidade de saúde não possui uma geladeira para o armazenamento da vacina. O trajeto a pé durou menos de dez minutos e o sol deu trégua para que o grande momento acontecesse. Participaram da vacinação os agentes comunitários de saúde LucineiaMatos e Augusto Ribeiro, e a enfermeira Mariana Correia, ambos da CF Jeremias.
Seguindo o calendário, o primeiro dia de imunização é destinado apenas a pessoas com mais de 99 anos e a cada dia idosos com menos idade estarão incluídos. A enfermeira Mariana Correiaconcorda com a imunização feita por etapas. “Considero uma medida muito interessante. A partir dessa estratégica do município, a divisão do território e dos agentes de saúde, facilitam nesse momento”. Completa, ainda: “Sempre conseguimos manter metas altas em campanhas de vacinação, mas como a imunização da covid-19 é algo novo, espero que não tenhamos reações diversas”, conta.
Verônica Oliveira, neta da idosa, admite o alívio. “Eu fico muito feliz por ela ter essa dádiva de chegar aos 103 anos bem e lúcida e ela também fica muito feliz. Tínhamos o medo de que ela fosse se infectar durante a pandemia, mas isso não aconteceu e nem vai acontecer, pois ela está imunizada. E vamos esperar a próxima dose”.
Em toda a cidade carioca, já são mais de 125 mil pessoas vacinadas, segundo o Boletim Epidemiológico da Prefeitura do Rio em 29/01/2021.
Agendamento da vacina contra a covid-19 em domicílio
Assim como Dona Alzira, idosos acamados com mais de 80 anos de toda a cidade do Rio de Janeiro podem realizar um agendamento para serem imunizados em casa. Basta enviar um e-mail para: [email protected] informando o nome completo do idoso, data de nascimento, CPF, telefone de contato, condição de saúde que justifica a vacinação em domicílio e o nome da unidade de saúde de referência em que o idoso é atendido.
Para os idosos acamados com idade entre 60 e 79 anos, o agendamento será aberto no mês de março de 2021.