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Ocupação dos leitos de UTI no Rio chega a 99%; 28 regiões da cidade apresentam alto risco

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Município pode ter novo colapso no sistema de saúde

Por Edu Carvalho, em 15/01/2021 às 13h

Não há mais leitos de UTI exclusivos para covid-19 disponíveis na cidade do Rio de Janeiro, justamente na semana onde a média de mortes foi a maior registrada desde junto (170). A situação da rede de saúde pública é atualizada a cada minuto, através de um sistema online da prefeitura. Neste momento, se tem apenas um leito de UTI para pacientes com a doença. A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 99%.

Na última semana, a rede já havia batido o número de 100% de leitos ocupados, segundo a Fiocruz. A cidade do Rio de Janeiro lidera o ranking nacional de taxa de mortalidade de covid-19 no país, sendo a Fundação. O aumento no número de casos, internações e mortes se dá 14 dias após o período das festas – Natal e Réveillon, onde muitas pessoas fizeram aglomerações e viagens. 

28 regiões da cidade estão sinalizadas como de ‘alto risco’

Segundo informações divulgadas na manhã de hoje pela Prefeitura do Rio, 28 regiões administrativas (RAs) do total de 33 existentes estão em alerta. A mudança no status de contaminação mudou em apenas uma semana. 

No somatório, cinco regiões são consideradas com risco moderado e quatro delas são favelas. A Rocinha, o Jacarezinho, o Complexo do Alemão e a Maré estão nessa lista, junto com o bairro do Realengo, localizado na zona oeste do Rio.

As áreas com alto risco são: 

Anchieta

Bangu

Barra da Tijuca

Botafogo

Campo Grande

Centro

Cidade de Deus

Copacabana

Guaratiba

Ilha de Paquetá

Ilha do Governador

Inhaúma

Irajá

Jacarepaguá

Lagoa

Madureira

Méier

Pavuna

Penha

Portuária

Ramos

Rio Comprido

Santa Cruz

Santa Teresa

São Cristóvão

Tijuca

Vigário Geral

Vila Isabel

Moradores da Maré organizam correntes de ajuda para quem precisa

Doando sangue, alimento ou dinheiro, muitos colaboram em meio à dificuldade financeira exposta pela pandemia

Por Hélio Euclides, em 14/01/2021 às 16h

Editado por Andressa Cabral Botelho

Desde o início da pandemia, diversas ações foram realizadas por artistas e instituições para amparar pessoas que ficaram sem renda e emprego nesse período. A Redes da Maré, por exemplo, realizou a Campanha Maré diz NÃO ao Coronavírus, que chegou a ajudar 17.648 famílias com entregas de cestas de alimentos e kits de higiene pessoal e de limpeza, dentre outras ações como divulgar métodos de prevenção, assistência social, telemedicina e testagem em parceria com diversas instituições. O ano de 2021 começou e a solidariedade continua sendo a palavra de ordem. São muitas pessoas que, neste momento, necessitam de algum tipo de ajuda. De doação de sangue a móveis; de roupas a alimentos, e tudo por meio de vaquinhas on-line. Todos são convidados a fazer parte dessa corrente do bem que ajuda a amenizar a situação difícil pela qual os mais vulneráveis passam.  

     Na Vila do João, nos últimos dias de 2020, o menino Davi Luiz Nascimento Lima, de 5 anos, foi internado no Hospital Memorial, em Botafogo, com uma forte dor. Após exames foi diagnosticado com Leucemia, um tipo de câncer, que causa o acúmulo de células doentes na medula óssea, substituindo as saudáveis. O menino precisa de transfusão de sangue para o recebimento de plaquetas e a família pede ajuda a todos que puderem doar. Quem desejar ajudar pode se encaminhar ao Banco de Sangue da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, na Rua Santa Luzia, 206, Castelo, que funciona de segunda à sexta, das 07h30 às 16h.

       Já o Projeto Alimentando Uma Esperança realiza ações com pessoas em situação de rua, dependentes químicos e moradores de favelas desde 2010 e percebeu a necessidade de coletar todo tipo de material para ajudar quem perdeu tudo em incêndios. Rogério Araújo é o coordenador do projeto e tenta, neste momento, ajudar duas famílias, uma da Baixa do Sapateiro, na Maré, e outra em Manguinhos. “O fogo consumiu tudo das residências. Por isso, estamos aceitando doações de roupas, calçados, móveis e alimentos não perecíveis”, comenta.

“Esse projeto não tem apoio dos governos municipal, estadual ou federal e nem de igrejas. Trabalhamos com grupos solidários de amigos, que juntos procuramos fazer alguma coisa pelo próximo. Também percebemos a ajuda dos moradores de comunidades que desejam ajudar seus vizinhos”, diz Rogério. 

Rogério Araújo e equipe do Projeto Alimentando Uma Esperança. Foto: Arquivo pessoal

Uma ação pela visão

Outra ação que tem mobilizado os moradores da Maré é a de uma mãe que tenta comprar lentes especiais para que seu filho consiga enxergar melhor. Essa mãe é Elivanda Canuto, moradora da Vila dos Pinheiros, que busca ajuda para o seu filho Luiz Eduardo, de 18 anos, que tem ceratocone. Essa doença resulta numa alteração progressiva do formato da córnea e pode causar visão desfocada, dupla, miopia, astigmatismo e fotossensibilidade. Nos estágios avançados da doença, o paciente pode ficar cego.

No caso de Eduardo, a doença evoluiu para perdas significativas de acuidade visual. “A minha grande preocupação é que meu filho foi bastante afetado. Os sintomas apareceram no ensino médio, e agora ele tenta o primeiro emprego, mas não tem chance por conta da vista”, expõe Elivanda. Ela criou uma vaquinha para arrecadar R$ 4.000. O dinheiro será utilizado para comprar as lentes necessárias para a continuação do tratamento. 

Uma biblioteca em formação

O livro é uma opção de estimular a imaginação das crianças, pois permite que elas interajam com a história. Foi pensando nisso que Mary Roffe criou, há dois meses, em um pequeno espaço no Parque União, a Biblioteca Infantil Maré de Luz. Mas o ambiente foi ficando pequeno para receber os admiradores mirins dos livros. A sala de leitura foi cedida e funciona no terceiro andar de uma casa na favela, o que é uma dificuldade para o acesso de pessoas com deficiências. 

“Apesar de pequena e acolhedora, um dos nossos problemas é o teto, que é de telha, algo muito quente. Assim só conseguimos abrir às 17h. Precisamos de ar condicionado. Mas nosso sonho é uma nova sede, pois hoje não temos nem banheiro. Queremos expandir o nosso trabalho também para adolescentes, pois a nossa finalidade é cultura e conhecimento para todos”, conta Mary. A biblioteca fica localizada na Rua São Pedro, 23, 3º andar, Parque União. 

Ajudar é uma bola cheia

Alunos da AEBAM no campo da Rubens Vaz. Foto: Arquivo pessoal

Solidariedade e esporte não rimam, mas combinam. Por isso, a Associação Esportiva Beneficente Amigos da Maré (AEBAM), além de formar jogadores no campo de futebol do Rubens Vaz, agora deseja começar a realizar oficinas. Para esse objetivo, precisa mobiliar sua sede, que fica na Rua Principal, em sala anexa do CIEP Samora Machel, antigo posto médico, na Nova Holanda. “Estamos arrecadando doações de mesas e cadeiras de plástico e de madeira. Pensamos formar uma sala de aula para reforço escolar e línguas estrangeiras. Além da parte teórica das oficinas de ballet, judô e capoeira”, conclui Edson da Silva, presidente da AEBAM. Os membros da associação lembram que vão até o local buscar as doações. 

Quer contribuir com alguma ação citada?

Projeto Alimentando Uma Esperança
Facebook: Projeto Alimentando Uma Esperança
WhatsApp: (21) 96740-5123

Doações de sangue para Davi Luiz
Encaminhar-se ao Banco de Sangue da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro
Rua Santa Luzia, 206, Castelo.
Horário: de segunda à sexta-feira, das 07h30 às 16h.

Biblioteca Infantil Maré de Luz
Instagram: @bibliotecamaredeluz
Colabore com a vaquinha clicando aqui.

Ajude Luiz Eduardo a enxergar
Colabore com a vaquinha clicando aqui.

AEBAM
Instagram: @aebamedson
WhatsApp: (21) 99679-7741

Após reunião com prefeitos, ministro Pazuello afirma que vacinação começa dia 20 de janeiro

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Reunião com mais de 130 prefeitos aconteceu virtualmente nesta manhã

Foto: Carolina Antunes/PR

Por Edu Carvalho, em 14/01/2021 às 13h30

Logo depois do fim da reunião da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, prefeitos afirmaram nesta quinta-feira que a vacinação no Brasil deve começar na próxima quarta-feira, dia 20. A data teria sido definida pelo próprio ministro.

Em entrevista ao vivo na GloboNews, o presidente da FNP Jonas Donizette disse que a orientação dada aos prefeitos é que o chamamento da população seja feito via secretarias de assistência social e saúde, com base nos cadastros que os municípios detêm. 

‘’O Brasil têm uma estrutura de saúde básica única no mundo, e é claro que tem lugares que são mais carentes e precisam de apoio’’, disse, em referência aos pólos de Unidade Básica de Saúde, onde serão vacinadas as pessoas. Em relação a compra por clínicas privadas, Donizette apontou que a decisão é concentrar a distribuição através do Sistema Único de Saúde, o SUS. 

A Frente Nacional dos Prefeitos disse ainda que, na reunião, Pazuello apresentou a seguinte previsão de quantas doses de vacina o país terá nos próximos meses. A ideia é: 

Janeiro: 8 milhões

Fevereiro: 30 milhões

Abril: 80 milhões

Cabe lembrar que, na próxima segunda, dia 18, chegam duas milhões de doses da Astrazeneca/Oxford, trazidos diretamente da Índia. Há também seis milhões de doses da Coronavac, produzida entre o laboratório SinoVac em parceria com o Instituto Butantan. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, promete dar o veredito sobre as documentações apresentadas pelos dois laboratórios no próximo domingo, dia 17.  

Carnaval em julho? Governo do Rio aprova projeto da Alerj

Autoria da medida é do deputado Dionísio Lins, do PP

Por Edu Carvalho, em 14/01/2021, às 13h

Para um ano atípico, mudanças que seguem o mesmo fluxo. Devido a pandemia do novo coronavírus, festejos de foro municipal, estadual e até nacional tiveram de ser realocados, invertendo a ordem do calendário padrão. Não poderia ser diferente do Carnaval do Rio, que após votação e aprovação pelo Assembleia Legislativa, a Alerj, decidiu que a festa pagã será em julho de 2021. 

É o “CarnaRio – Carnaval fora de época”, de autoria do deputado estadual Dionísio Lins (PP), e sancionado pelo governador interino Cláudio Castro (PSC). A publicação ocorreu no Diário Oficial do governo do estado, publicado ontem, terça-feira (13).

O objetivo do Governo é estimular o turismo no período de férias escolares e acadêmicas. O CarnaRio vai acontecer está previsto para acontecer na segunda quinzena de julho. Esse projeto, que agora se torna lei, não tem qualquer relação com a mudança do carnaval o Rio, que tem seus desfiles previstos para o período entre os dias 9 e 17 de julho, incluindo o sábado das campeãs.

Para Human Rights Watch, Bolsonaro tentou sabotar medidas contra a covid-19

Publicação anual reúne avaliação dos direitos humanos em mais de 100 países

Por Edu Carvalho, em 13/01/2021 às 19h
Editado por Andressa Cabral Botelho

A organização não-governamental Human Rights Watch publicou hoje, quarta-feira, 13, a edição anual de seu relatório sobre a situação dos direitos humanos em mais de 100 países. Sobre o Brasil, a ONG fez críticas à atuação do governo do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia de covid-19 e do desmatamento na Amazônia.

Na publicação, afirmam que o presidente Jair Bolsonaro tentou sabotar medidas de enfrentamento do coronavírus no Brasil e impulsionou políticas que comprometem os direitos humanos. 

Violência policial

Em um dos tópicos, foi ressaltado o crescimento da violência policial. No Rio de Janeiro, a polícia matou 744 pessoas entre janeiro e maio de 2020, o número mais alto para o período desde pelo menos 2003, apesar dos níveis de criminalidade terem diminuído em razão da redução do número de pessoas nas ruas. Em São Paulo, as mortes por policiais em serviço aumentaram 9% no período de janeiro a setembro, destaca o relatório.

Em todo o país, as mortes por policiais aumentaram 6% no primeiro semestre de 2020, de acordo com dados oficiais compilados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em 2019, a polícia matou 6.357 pessoas. Quase 80% delas eram negras.

Direitos desrespeitados

Violações de direitos de crianças, adolescentes, mulheres, integrantes da comunidade LGBTQIA+ e pessoas com deficiência também foram incluídos nas críticas do relatório. Um exemplo citado foi o de que, em setembro, o ministro da educação mencionou que gênero não deveria ser discutido nas escolas e que as pessoas que “optam” pelo “homossexualismo” muitas vezes vêm de “famílias desajustadas”.

Outro exemplo: ainda no mesmo mês de setembro, o governo editou uma nova política nacional que incentiva a criação de escolas segregadas para pessoas com deficiência (PcD), apesar de todas as pessoas com deficiência terem o direito à educação inclusiva.

Meio ambiente

Em relação à Amazônia, o relatório sublinhou que, no poder, o presidente diminuiu e enfraqueceu a fiscalização e acompanhamento das leis ambientais. “Em abril de 2020, após uma operação bem sucedida de combate ao garimpo ilegal, o governo exonerou três servidores que ocupavam os cargos mais importantes na área de fiscalização do Ibama”, aponta.

O relatório ainda lembrou sobre o aumento das queimadas no Pantanal e sobre o desmatamento na Amazônia Legal, que teve redução no ano passado depois de um aumento significativo em 2019. Ainda assim, foi o segundo pior resultado nos últimos cinco anos, conforme dados de alerta de desmatamento do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Você pode conferir na íntegra (em inglês) o Relatório Mundial 2021 da Human Rights Watch. As informações sobre o Brasil estão nas páginas 105 a 117.

Volta dos torcedores aos estádios no Rio é revogada

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Decisão tinha sido publicada em edição do Diário Oficial

Por Edu Carvalho em 13/01/2021

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (Democratas), voltou atrás e anunciou, na manhã desta quarta-feira, que vai revogar a presença do público nos estádios cariocas. 

A resolução das secretarias estadual e municipal de Saúde, que previa a liberação de torcedores nas partidas, havia sido publicada na edição de hoje do Diário Oficial do Município. 

“A decisão de liberar os estádios com uma ocupação mínima de 1/10 está correta tecnicamente de acordo com nossa secretaria de saúde. No entanto, obviamente trata-se de medida quase impossível de ser fiscalizada. A medida será revogada. Mínima* não! Máxima!”, escreveu o prefeito no Twitter.

A reabertura das arquibancadas seria com restrição da capacidade, dependendo da classificação de risco para Covid-19 da região, divulgada toda sexta-feira pelo município.

Prefeitura determina medidas de proteção à vida contra covid-19

Na edição desta quarta-feira (13/01) do Diário Oficial, há uma série de medidas de proteção à vida para o enfrentamento à Covid-19, de acordo com os níveis de alerta da doença nas regiões administrativas. As ações serão divididas em três categorias: permanentes, variáveis e recomendáveis.

As medidas permanentes baseiam-se nos três pilares de proteção: higienização das mãos, respeito ao distanciamento e uso de máscara. São iniciativas básicas que deverão continuar sendo respeitadas por toda a população.

As ações variáveis serão proporcionais aos estágios estabelecidos pelo Centro de Operações e Emergências – COE Covid-19, a partir do boletim epidemiológico semanal, e deverão ser seguidas pelas 33 regiões administrativas, conforme o nível de alerta da área. São três estágios de risco: moderado, alto ou muito alto.

A Prefeitura também lista recomendações para grupos específicos – como pessoas com mais de 60 anos ou que apresentem pelo menos uma das condições que as coloquem em extrema vulnerabilidade.

As medidas permanentes e variáveis são obrigatórias e devem ser seguidas por todos. Quem for flagrado desobedecendo poderá ser individualmente responsabilizado.

Sobre as medidas variáveis,  destacam-se limitação da capacidade de lotação de estabelecimentos, alteração nos horários de funcionamento e ampliação das regras de distanciamento em locais fechados. Supermercado e padaria, por exemplo, podem funcionar cumprindo as medidas protetivas permanentes, se houver risco moderado. Se o risco for alto, abrem cumprindo as medidas protetivas permanentes, com limitação de clientes a 2/3 da capacidade, priorizando serviço de entrega ou retirada na loja e ampliando o horário de funcionamento. Em caso de risco muito alto, o estabelecimento deve limitar a clientela à metade da capacidade, além de vedar o consumo de alimentos e bebidas no local e, obrigatoriamente, ampliar o horário de funcionamento.