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Deputada estadual Renata Souza registra ocorrência por ameaça

Parlamentar esteve hoje na delegacia para fazer a ocorrência de ameaças que sofreu ao longo do ano

Por Andressa Cabral Botelho, em 21/12/2020 às 17h30

Editado por Edu Carvalho

A deputada estadual Renata Souza (PSOL) sofreu na última semana uma série de ameaças via Facebook e na manhã desta segunda-feira (21), encaminhou à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, no bairro de Maria da Graça, zona norte do Rio, o registro de ocorrência. Entre as mensagens, o agressor mencionou que “você fala de mais (sic)… Vai perder a linguinha”. A pessoa afirmou, ainda que “por isso que Marieli (sic) morreu.” 

Renata Souza é mulher, preta, favelada e hoje é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Embora tenha recebido a ameaça, a deputada afirma que seguirá atuando em defesa dos direitos da população. “Nosso mandato defende o direito mais precioso, que é a vida. Apoiamos todos aqueles que têm seus direitos violentados e recebemos  familiares de vítimas da violência indistintamente. Em plena democracia, não é possível que uma parlamentar tenha as suas atividades cerceadas e intimidadas”, observa. O registro de ocorrência feito leva em consideração também outras ameaças sofridas pela deputada ao longo do ano nas redes sociais. “Já mataram a Marielle, não posso subestimar qualquer ameaça e espero que nenhuma instituição democrática subestime. Não vão nos calar”, enfatiza Renata.

A ameaça sofrida por Renata não é um caso isolado. Ao longo do ano, parlamentares já com mandatos estabelecidos e recém-eleitas foram alvos de violência, como Ana Lúcia Martins, vereadora eleita de Joiville (SC), Benny Briolly, mulher trans e vereadora eleita de Niterói (RJ), Carol Dartora, vereadora eleita de Curitiba (PR) e Suéllen Rosin, prefeita eleita de Bauru (SP) foram ameaçadas logo após o resultados das eleições. As vereadoras entram para a estatística levantada pela pesquisa A violência política contra mulheres negras”, onde oito a cada 10 mulheres negras sofrem ataques virtuais.

“Dizem que eu deveria ser furada como Marielle”

Companheira de partido e hoje deputada federal, Talíria Petrone precisou recorrer à Organização das Nações Unidas frente às ameaças que recebe desde 2016, quando foi eleita vereadora em Niterói, na região metropolitana do Rio. Em duas situações, a deputada já precisou fazer uso da segurança parlamentar e em outubro de 2020, ela precisou deixar o estado por questão de segurança, ao saber que estavam planejando um atentado contra ela. A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) abriu um inquérito para investigar o planejamento do atentado e chegou ao nome de Edmilson Menezes, miliciano conhecido como ”Macaquinho”, ligado ao Escritório do Crime.

Além de exigir que a ONU cobre o governo brasileiro sobre o seu caso, Petrone também pede olhar atento ao assassinato da sua companheira de partido e amiga, Marielle Franco, também amiga de Renata, que foi executada em março de 2018. Dessa forma, a organização pode pensar em um plano de proteção a mulheres, principalmente as negras, que sofrem violência política. Talíria Petrone, Marielle Franco e Renata Souza são defensoras de direitos humanos, o que as coloca ainda mais em risco. O Brasil é o quarto país do mundo mais perigoso para quem se posiciona como defensor de direitos, segundo relatório anual publicado pela organização Frontline Defenders. Em 2019, ao menos 23 pessoas defensoras dos Direitos Humanos foram executadas no país.

Eduardo Paes assina termo de compromisso para adquirir CoronaVac no Rio de Janeiro

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Prefeito eleito publicou foto ao lado de governador de São Paulo João Doria

Por Edu Carvalho, em 21/12/2020 às 13h30
Editado por Andressa Cabral Botelho

O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou no último domingo, dia 20, a assinatura de um termo de cooperação com o governador de São Paulo, João Doria, e o Instituto Butantan pela produção da CoronaVac, vacina imunizante contra a covid-19. Em sua conta no twitter, Paes explicou à população quais serão os próximos passos e o que pretende fazer em relação à imunização na cidade do Rio.

“Entendemos que o ideal é que tenhamos um plano nacional de imunização – aquilo que pretendemos seguir -, mas estamos preparando nossa rede de saúde para que ela possa atender os cariocas com a maior brevidade possível e sem riscos”, escreveu Paes em sua conta oficial no Twitter, e prosseguiu: “Da mesma forma, já estamos em contato com diferentes laboratórios com o objetivo de superar esse difícil momento de nossas vidas”.  O próximo prefeito da capital fluminense ainda escreveu que, em 28 de dezembro, apresentará o plano de enfrentamento ao novo coronavírus de forma detalhada. 

Após o encontro do final de semana, nesta segunda-feira (21) Paes encontrou-se com Daniel Soranz, futuro secretário de saúde da cidade, e Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, onde fortaleceram a parceria já existente entre a instituição e a prefeitura e firmaram compromisso com o Plano Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde. 

Doria publicou um vídeo ao lado de Paes também em sua conta no Twitter. O governador paulista fez uma curta declaração, afirmando apenas: “Estamos juntos pela vida, pela vacina. A vacina do Butantan é a vacina do Brasil”. O governador de São Paulo informou que o Instituto Butantan já havia recebido solicitações de compra da CoronaVac de 276 cidades e 11 Estados. Também há negociações em curso para fornecer a vacina a outros países da América Latina, como Peru, Uruguai, Honduras e Paraguai.

Para ser oferecida à população, no entanto, a CoronaVac, que está na 3ª e última fase de testes, ainda precisa de autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Os pedidos de uso emergencial e registro definitivo, bem como a conclusão do estudo dos testes, serão feitos ainda esta semana, no dia 23 de dezembro.

Fim de ano em família deve ser com distanciamento, uso de máscaras e álcool em gel

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Por Hélio Euclides, em 15/12/2020 às 11h. Atualizado em 21/12/2020.
Editado por Edu Carvalho

Ninguém pode negar que este ano tudo está diferente. Festas, comemorações e atividades que causem aglomeração foram canceladas – mas existem aquelas que acontecerão clandestinamente, desrespeitando os cuidados preconizados pela Organização Mundial de Saúde. Como ficam, com isso, as festas de Natal e Réveillon em família, que por bastante tempo não se viram nos últimos nove meses? Para a festa de 25 de dezembro, espera-se reuniões familiares de menor escala, para garantir que pessoas em situação de risco não sejam infectadas com o vírus. Já para a virada de ano, a Prefeitura do Rio tinha planejado um novo modelo de evento, com show transmitido sem a presença de público nos pontos turísticos, mas optou pelo cancelamento em respeito às vítimas de covid-19. No entanto, como garantir que não haja aglomerações?

Num cenário de flexibilização do controle sanitário, os cariocas não têm respeitado o distanciamento e o uso de máscaras, resultando no aumento da taxa de ocupação de leitos de UTIs para pacientes com covid-19, que chegou a 93% de ocupação em 30 de novembro na rede municipal. Alguns especialistas confirmam a possibilidade de a segunda onda de covid-19 acontecer no Brasil, como vem ocorrendo na Europa e América do Norte. Outros acreditam que são novos picos dentro de uma primeira onda, que nunca acabou. Fato é que os números de casos e mortes vêm aumentando nas últimas semanas de novembro.

No dia 30 de novembro, o Grupo de Trabalho para Enfrentamento da COVID-19, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), emitiu Nota Técnica sobre o aumento significativo de casos no mês em questão, mesmo sem ainda termos saído da primeira onda. A nota reforça a necessidade de se tomar medidas para o enfrentamento do vírus, como abertura de leitos, aumentar a oferta de transportes para evitar aglomeração, suspensão de eventos sociais, como bares e praias, e até mesmo avaliar um fechamento total – o lockdown.

Para Carlos Machado, coordenador do Observatório Covid-19, da Fiocruz, o aumento de casos pode ocorrer após o poder público não realizar as medidas cabíveis, e indivíduos não adotarem medidas, como o distanciamento de dois metros. Ele recomenda que, ao se reunir com outras pessoas, seja preferencial a escolha de local aberto e com o uso de máscara, que não pode ser compartilhada. “Outras medidas são a higienização das mãos com água e sabão, mas, quando estiver na rua, o uso do álcool em gel. Essas regras precisam ser levadas a sério”, diz. 

O especialista sugere que as pessoas fiquem espaçadas e, se possível, utilizem o quintal, área da casa que muitas vezes é aberta. Após a visita, é bom higienizar o cômodo com spray de álcool. É preciso ainda evitar o contato, pois a outra pessoa pode estar no início da doença e não ter os sintomas ou ser assintomático. “Nas favelas, é importante uma campanha nas igrejas, lojas e locais comunitários sobre o uso da máscara, que é uma prevenção. Lugares fechados também devem ser evitados”, comenta. 

“Até sair a vacina, é preciso cuidado, em especial, com os idosos, portadores de doenças que diminuem a imunidade e o câncer. Ainda temos as fake news, que precisam ser combatidas, para se mostrar a importância da imunização”, expõe. Ele acrescenta que não há como dizer qual o grau de risco para os locais, pois o uso é diferenciado em horários diferentes, evitando o horário de pico. “Se tiver que andar de ônibus cheio, ao chegar em casa, deixar os calçados fora de casa, trocar de roupa e tomar um banho”, diz. Sobre os números crescentes de casos, ele admite que o período de férias e de clima quente propicia um maior movimento de pessoas, o que torna o risco de contágio grande.

Mesmo com a flexibilização, que passa uma sensação de tranquilidade, é preciso ficar alerta ao vírus. Talvez mais do que antes.

Celebrações com conscientização 

Nos locais religiosos, a recomendação é diminuir o número de fiéis, para que seja possível manter um distanciamento eficiente. Alexsander de Queiroz Pinto é pastor da Comunidade Evangélica da Penha Circular (CEPEC), em Marcílio Dias, e observa os fiéis mais cuidadosos. “Em nossos cultos, temos pregado sobre a gravidade, trazendo a conscientização. Mas não temos visto, dentro das comunidades e em outras igrejas, esse mesmo zelo”, comenta.

Com a pandemia, o pastor e sua esposa têm se deparado com um cenário um tanto frustrante. “Temos atendido aqui na Kelson’s, não apenas, com o cuidado pastoral, mas também com a competência de uma psicóloga. São pessoas emocionalmente abaladas, frustradas e, até, sem terem a certeza do que seria de seu futuro. Não percebo um Natal e um fim de ano com muitos ‘sonhos’, senão, um grande desejo de vermos nossa sociedade curada e liberta desse vírus mortal”, conta.

Pablo Walter Dawabe, padre da Paróquia Jesus de Nazaré, localizada na Baixa do Sapateiro, organiza, todo domingo, o limite no número de fiéis. “Dá um pouco de dor ver que a paróquia, que, em condições normais, estaria lotada, agora, estará bem mais reduzida. Porém não se pode permitir que o mal do desânimo tome conta dos nossos corações. Isso não significa fazer a ‘vista grossa’ ao problema em si, mas sim aceitar que, nesta precariedade numérica, Deus está querendo consolidar a fé de muitas pessoas”, comenta.

Para o final do ano, o sacerdote afirma que é preciso manter os cuidados e não criar ilusões sobre um Natal e um final de ano muito brilhantes, do ponto de vista social. “Acho que o melhor é celebrar dentro da própria família, com mais sobriedade”, recomenda. Ele percebe que o Ano Novo costuma ser uma festa com menos cunho religioso, mas que é bom meditar a verdadeira novidade ou renovação das nossas vidas.

Como será o Natal e Réveillon na Maré?

Moradores estão apreensivos com as festas. Jane Maria da Conceição, moradora da Nova Holanda, acredita que este ano será muito diferente. “Não vai ser igual a 2019 por dois motivos: o vírus e o aumento do preço dos alimentos. Uma amiga que mora na Suíça me contou que a pandemia por lá está muito ruim, e tenho medo de chegar essa segunda onda aqui. Estou na esperança de que, ano que vem, seja melhor”, comenta. Para Joelma Silva de Oliveira, moradora do Parque Maré, nem todos pensam nos cuidados. “Vai ser diferente para mim, mas, para outras pessoas que tratam a pandemia como nada, será tudo igual. Por aqui, os encontros familiares acontecem com cuidados necessários. Estarei acompanhado do meu companheiro, o álcool em gel”, conta. Igualmente, Josefa Peixoto, moradora do Morro do Timbau, garante que, por ser idosa, somente sai de casa para ir à clínica da família e, sempre, de máscara. “Vou seguir a mesma coisa que já estou fazendo, Natal e Réveillon em casa”, conta.

A virada de ano também é um momento para superstições e simpatias. Muitos não se separam de uma peça de roupa branca, num pedido de paz. Juliana Calixto é empreendedora de uma sex shop na Maré e revela que quando se fala de peça íntima, a cor é outra. “O Vermelho é predominante como escolha. O vermelho estimula a fome, não é à toa que as casas de fast food são vermelhas. Dentro do seguimento erótico, esmalterias e roupas não é diferente”, diz. Mas cada pessoa deve investir na cor que traga algo esperado para o novo ano. Mas lembre-se, a roupa escolhida pode ser usada numa festa íntima com os familiares mais próximos. 

Amarelo remete ao dinheiro.
Verde, à esperança.
Vermelho é para grandes paixões.
Laranja, à felicidade.
Rosa é o amor.
Marrom é estabilidade familiar.
Violeta traz a espiritualidade e sensibilidade.
Azul remete a calma e tranquilidade.

RECOMENDAÇÕES PARA AS FESTAS

As pessoas têm uma série de superstições para a virada do ano. Em 2020, precisamos incluir alguns novos costumes, juntos a essas tradições. Pensando nisso, a Fiocruz elaborou a cartilha Covid-19: preservar a vida é o melhor presente de fim de ano, um guia de cuidados para as festas de final de ano. Algumas dessas recomendações são:

  • Usar a máscara o tempo todo durante as comemorações, só retirando-a quando for comer e beber;
  • Lavar bem as mãos ao chegar da rua e durante o evento, seja com água e sabão ou higienizando-as com álcool 70%;
  • Ao tocar em objetos que são compartilhados, limpar as mãos com água e sabão ou álcool gel;
  • Evitar aglomerações e manter a distância de, pelo menos, 2 metros entre os participantes da ceia;
  • Usar a varanda, o quintal ou a laje e reunir, no máximo, 12 pessoas;
  • Evitar abraços e apertos de mãos;
  • Se puder, faça uma quarentena de 14 dias após participar de alguma reunião. 

Ronda Maré de Notícias: Aumento de casos de covid-19 forçam hospitais a suspenderem cirurgias

Cirurgias para pacientes diagnosticados com câncer e doenças do coração seguem mantidas

Por Edu Carvalho, em 18/12/2020, às 19h20
Editado por Andressa Cabral Botelho

Nesta sexta-feira, 18, a Prefeitura do Rio suspendeu, mais uma vez, as cirurgias eletivas na rede pública municipal. A medida leva em consideração o aumento de casos e da demanda de leitos por pacientes com covid-19. Ao todo, são 3.493 novos casos da covid-19, chegando perto de bater a marca de 400 mil infectados. Nas favelas do Rio, segundo o Painel Unificador COVID-19 Nas Favelas, são 26.230 casos e 2.917 mortes, entre confirmadas e autodeclarados. Na Maré, entre os dias 08 e 14 de dezembro, foram registrados 127 novos casos, de acordo com o boletim De Olho no Corona!. Ainda de acordo com o levantamento, a Maré possui 1.205 casos e 137 mortes pelo novo coronavírus.

Segundo a resolução da Secretaria Municipal de Saúde, “a situação demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública”. As exceções ficam por conta de cirurgias oncológicas e cardiovasculares. Para as demais situações, a SMS recomenda que só sejam realizados procedimentos cirúrgicos em casos de urgência e emergência.

A suspensão das cirurgias eletivas é por tempo indeterminado. Profissionais e recursos materiais serão direcionados para o enfrentamento da pandemia. O clima é de apreensão frente às festas de Natal e Ano Novo, quando famílias vão se encontrar após um longo período, o que pode significar um repique da pandemia. O país registra até o momento 7.162.978 casos e 185.850 mortes, de acordo com o Ministério da Saúde. Nas últimas 24h, 52.544 pessoas testaram positivo para covid-19.

Vacinação contra covid-19

O governo federal apresentou no início da semana o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a covid-19. Ainda sem data de início, ele prevê iniciar a vacinação por quatro grupos prioritários, somando 50 milhões de pessoas. A prioridade será para trabalhadores da saúde, idosos, pessoas com doenças crônicas (hipertensão de difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, entre outras), professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional. Estes grupos receberão duas doses em um intervalo de 14 dias entre a primeira e a segunda injeção.

Fazendo o Bem Maré faz arrecadação de alimentos

O grupo “Fazendo o Bem Maré” está planejando uma ação de fim de ano para os moradores do território no dia 29/12, terça-feira. Para a preparação da ceia, estão arrecadando os seguintes alimentos: 40kg peito de frango, 10kg de arroz, 5kg de feijão, 5kg de macarrão parafuso, 4kg de farinha, 4kg de cebola, 1kg de tomate, 1kg de alho, 3kg de maionese, 2 latas de óleo, 5 latas de milho, orégano, pimenta, água, guaravita e descartáveis. O grupo aceita doações até o dia 23/12 na Rua Projetada D, n°174, na favela Salsa e Merengue, Maré. Também arrecadam fundos para outras ações de voluntariado. Para doar clique aqui.

Inscrições abertas para Oficina Mulheres Ceramistas da Maré

O projeto Mulheres Ceramistas da Maré está com inscrições abertas para uma oficina gratuita e on-line de cerâmica negra. Serão disponibilizadas cinco aulas com a história do projeto, história da arte ancestral da cerâmica negra e também suas técnicas. A iniciativa é realizada pela Maré de Artes e Esportes, com a curadoria de Flávio Rocha. Para fazer a inscrição, clique aqui.

Coletivos da Maré recebem homenagem

A Campanha Maré diz NÃO ao Coronavírus da Redes da Maré e o grupo Frente de Mobilização da Maré, composto por moradores voluntários, receberam a homenagem Carolina Maria de Jesus da Comissão de Direitos Humanos da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), pelas mãos da deputada Renata Souza, cria da Maré e presidente da Comissão. A homenagem é uma forma de reconhecer a atuação territorial no combate à pandemia de covid-19 nas 16 favelas da Maré e suas consequências sociais vividas pelos moradores do território. 

Ação de vacinação contra a gripe neste final de semana

Neste fim de semana, dias 19 e 20 de dezembro, terá uma ação de vacinação de tetravalente na Maré, que combate o vírus da gripe e outros. No sábado (19), a campanha será das 9h às 16h na Nova Holanda (Rua Teixeira Ribeiro, 521 no Galpão Ritma). Já no dia domingo (20) a vacinação será na Vila dos Pinheiros, especificamente no CIEP Gustavo Capanema (Via a1 s/n), também das 9h às 16h na. A ação é uma parceria da Redes da Maré com a Drogarias Pacheco. 

Fique atento às contra-indicações:?

  • Gestantes, crianças menores de 6 meses de idade, crianças que tenham alergia à neomicina ou outro componente da sua fórmula, que receberam transfusão sanguínea nos últimos 3 meses ou que tem alguma doença que prejudique a imunidade, como HIV ou câncer;
  • Pessoas com febre ou sintomas de gripe no momento da vacinação;
  • Alérgicos a ovos de galinha;
  • Crianças que apresentem alguma infecção aguda como febre alta, entretanto, não deve deixar de ser feita em casos de infecções leves, como resfriados;
  • Pessoas que estejam passando por algum tratamento que diminua o funcionamento do sistema imunológico.

Banco de Leite Humano busca doadoras

Já pensou em ser uma doadora de leite materno e ajudar a salvar a vida de um bebê recém-nascido? Fazer parte do Banco de Leite Humano é muito mais fácil do que as pessoas imaginam. Os pré-requisitos são poucos: a mulher precisa ter um bebê que está amamentando e este bebê tem que estar evoluindo bem de peso e crescimento. Para as mamães que querem doar, há a possibilidade dos profissionais irem até a residência buscar o leite. O hospital Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, tem um carro que a equipe consegue fazer a coleta do material sempre que uma mãe entra em contato. Em caso de dúvida sobre a doação de leite materno, é só entrar em contato pelo disque amamentação: (21) 3675-0910. O atendimento é 24h.

Hospital Federal de Bonsucesso tem classe hospitalar

A Secretaria Municipal de Educação renovou o convênio com a classe hospitalar do Hospital Federal de Bonsucesso. As classes hospitalares funcionam como uma escola da Rede Municipal de Ensino: de segunda a sexta-feira, em horários de aula definidos, as crianças internadas nas unidades hospitalares podem frequentar as aulas, mesmo que não estudem em uma escola da Prefeitura. O único pré-requisito é que o aluno seja liberado pela equipe médica para frequentar a sala de aula – em alguns casos, as lições são ensinadas no leito do hospital.

Durante a pandemia, os alunos não pararam de receber atendimento. Mesmo com a suspensão das aulas em toda a Rede Municipal de Ensino, as classes hospitalares receberam aulas remotas por meio dos aplicativos Escola.Rio e SME Carioca 2020.

Mudanças na rotina de coleta no Natal e no Ano Novo

A Comlurb informa que as coletas de lixo domiciliar serão alteradas, excepcionalmente, no Natal e no Ano Novo para possibilitar que os garis tenham a oportunidade de comemorar junto com as suas famílias. Atenção às mudanças!

No Centro da cidade e Zona Portuária, a coleta domiciliar dos dias 24/12, 25/12, 26/12, 31/12, 01/01 e 02/01, será realizada a partir das 15h.  

Em Copacabana, a coleta domiciliar noturna dos dias 24/12, 25/12, 31/12 e 01/01, será alterada para às 21h dos dias 25/12, 26/12, 01/01 e 02/01, respectivamente. A coleta dos dias 26/12 e 02/01, será alterada, respectivamente, para os dias 27/12 e 03/01, a partir das 17h.

Nas demais ruas da Zona Sul (excluindo Copacabana), na Zona Norte e na Zona Oeste, a coleta domiciliar noturna será antecipada para às 15h nos dias 24/12 e 31/12.

Abertura de matrícula para novos alunos  

A Secretaria Municipal de Educação informa que o período de matrícula para o ano letivo de 2021 para as unidades escolares da Rede Municipal de Ensino começou hoje (18/12). A inscrição será realizada somente pela internet, no endereço eletrônico www.matricula.rio.

Calendário de matrícula para o ano letivo de 2021:

18 a 21/12/2020 – Educação Especial – alunos a partir de 4 anos com deficiência
05 a 10/01/2021 – Creche – crianças de 6 meses a 3 anos e 11 meses;
08 a 13/01/2021 – Pré-escola/Ensino Fundamental e EJA (transferência interna) – alunos de 4 anos em diante;
19 a 24/01/2021 – Pré-escola/Ensino Fundamental e EJA (alunos novos) – alunos de 4 anos em diante.

Agenda cultural

Neste sábado, dia 19 de dezembro, às 17h, o LH2 – Leopoldina Hip Hop, celebra seus 3 anos com a sua 10ª edição, sendo a primeira em formato online, mesclando o conceito de evento com programa de estúdio. A estreia acontece pelo Youtube. Afrodite BXD, DJ Elayne Sacramento, Jump MC, DJ Pirigo e Santuspe integram o line up desta edição. Nyl MC, que também é um dos idealizadores e coordenadores do projeto, é o apresentador

Nesse sábado, dia 19, o ator Ícaro Silva se apresenta com a peça ‘’Ícaro and Black Stars’’ no Festa Internacional de Teatro de Angra dos Reis, que acontece às 21h no YouTube do festival. 

O cantor Caetano Veloso faz sua live de Natal em seu canal do Youtube. A transmissão também poderá ser vista nos canais 530 e 500 da Claro TV.

Perdeu as notícias da semana? O Maré de Notícias acha para você!

Segunda-feira (14/12)
Para onde vai nosso lixo? Por Thais Cavalcante. Leia aqui
Em segunda edição, Escuta Festival movimenta artistas periféricos para debates sobre cultura no Instituto Moreira Salles, por Edu Carvalho. Leia aqui.
Prefeitura e Estado abrem período de inscrições para escolas; veja calendário, por Edu Carvalho. Leia mais 
Guia identifica 26 museus de favelas e projetos de memória, uma parceria entre Digital Brazil Project, do Centro Behner Stiefel de Estudos Brasileiros da Universidade Estadual de San Diego na Califórnia, e a Comcat. Leia mais.

Terça-feira (15/12)
Fim de ano em família deve ser com distanciamento, uso de máscaras e álcool em gel. Por Hélio Euclides. Leia mais.
Um mundo que não vê pessoas com deficiência, escrito por Hélio Euclides. Leia mais. 
Governo do Rio lança plano de prevenção para chuvas durante o verão, por Edu Carvalho. Leia mais.
Réveillon Rio-2021 é cancelado em função da pandemia da covid-19, por Edu Carvalho. Leia mais

Quarta-feira (16/12)
Talco, por Carlos André. Leia mais.
Artistas da Maré criam podcast de ficção durante pandemia, por Thaís Cavalcante. Leia aqui.
Governo Federal e Ministério da Saúde lançam plano de operação para vacina contra covid-19, por Edu Carvalho. Leia mais

Quinta-feira (17/12)
O samba e a cultura popular, por Andressa Cabral e Hélio Euclides. Leia aqui.
Moradores criam árvores gigantes para manter o espírito natalino vivo na Maré, por Hélio Euclides. Leia mais

Sexta-feira (18/12)
Projeto Maré de Sabores fará ceias de Natal por encomenda, por Hélio Euclides. Leia aqui

Projeto Maré de Sabores fará ceias de Natal por encomenda

Iniciativa da Casa das Mulheres, no Parque União, é realizado pela Redes da Maré

Por Hélio Euclides em 18/12/2020 às 12h30

Editado por Edu Carvalho

A gente não quer só comida, a gente quer a vida como a vida quer” diz os versos da música ‘Comida’,  feita por Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Britto. ‘Não só de pão se vive o homem’ diz a Palavra, enfatizando junto aos versos dos Titãs que para se viver precisa-se muito mais do que o alimento. Para quem está no Maré de Sabores, essa realidade é percebida na prática diariamente. As mulheres envolvidas não são só cozinheiras, elas formam um projeto que atrela desenvolvimento territorial a iniciativas ligadas à área de Gastronomia. Este ano, elas lutaram contra a pandemia, com composição de 300 quentinhas diárias para a Maré. Agora o projeto está com dedicação total para um buffet natalino, destinado para toda a cidade, mas com um olhar especial para os moradores da Maré.

O Maré de Sabores, que funciona na Casas das Mulheres, no Parque União, é um projeto realizado pela Redes da Maré. Formado há dez anos, o projeto promove novos hábitos alimentares baseados numa alimentação saudável, orgânica e sustentável. Além da oficina de gastronomia, oferece também oficina de Gênero e Cidadania e Empreendedorismo, nas quais as alunas são encorajadas a refletir sobre autonomia, autoestima e o papel que ocupam na sociedade.

Em 2018 e 2019, o grupo participou com o buffet de diversos eventos. Este ano, com a pandemia e o fechamento do mercado de eventos, o projeto olhou para o território e se engajou com o enfrentamento da covid na Maré. Pensando na questão da segurança alimentar, o projeto ingressou na campanha Maré Diz Não ao Coronavírus, atuando na distribuição de refeições diárias aos mais vulneráveis. Agora o Maré de Sabores oferta serviço para o mercado físico e o cardápio de Natal é o recomeço para essa nova etapa: criar produtos e ofertas específicas, principalmente para os mareeses.

Para Mariana Aleixo, coordenadora do Maré de Sabores, este ano foi marcante para o grupo. “Na pandemia, a questão da fome ficou mais visível. Na Maré percebemos pessoas que não tinham acesso à comida. O Maré de Sabores realizou um acolhimento a essas pessoas, com alimento e fortalecimento da imunidade. A comida foi essa forma de enfrentamento”, comenta.

A experiência contribuiu para a criação do momento que nasce o buffet natalino. “Nas quentinhas o cardápio era diferenciado, algumas pessoas se surpreendiam com lombo, que é uma comida do Natal. Algo que fazíamos para prestigiar o morador, com uma alimentação de qualidade. Então, foi daí que pensamos no retorno do buffet neste tempo tão especial para todos”, diz Aleixo. Para um trabalho seguro e evitar aglomeração, a solução foi o delivery, a entrega para estar junto à mesa dos moradores, mas sem colocar ninguém em risco. “A novidade é ainda o foco na Maré, com o desejo da circulação do serviço no território. Além disso, pensamos num cardápio que traz uma alimentação com base na produção artesanal e sem ultraprocessados”, conta Bia Giacomo, orientadora, marketing e comunicação do Maré de Sabores.

Fortalecimento do projeto e das mulheres

Não só o território vai saborear os quitutes, mas toda a cidade é convidada ao consumo do buffet natalino, tendo o objetivo de impactar no processo de democratização, com a sustentabilidade para o projeto, melhorando a qualidade de vida das mulheres da Maré. “A pessoa não está apenas comprando uma comida ou um serviço, é uma dimensão maior, que é fortalecer o projeto e acreditar na história do Maré de Sabores”, diz Paula Duarte, instrutora de gastronomia. Para quem está receoso com o preço do buffet, ela dá uma boa notícia: “É um cardápio acessível, que rompe o imaginário do discurso de comida cara”.

O cardápio é extenso, com muita influência do Nordeste, uma vez que 60% dos moradores da Maré são nordestinos ou descendentes deles. “O cardápio foge do tradicional e da mesmice, mas remete à infância, com toques nordestinos, como carne de Sol à moda Maré de Sabores, o pernil pururuca, a compota de batata calabresa e outros. Algo específico, são produtos feitos no local, como a carne de sol e pão, nada industrializado. É uma comida que dá conforto, nada pesado”, conta Michele Nogueira, instrutora de gastronomia e moradora da Baixa do Sapateiro.

Raphael Vicente, sua avó e madrinha experimentaram os quitutes do cardápio do buffet natalino do Maré de Sabores. Eles adoraram o bolinho de polenta com recheio de ragu de linguicinha, rabanada com recheio de creme de maracujá e ketchup com goiabada. “Foi uma explosão de sabores. A rabanada super combinou com o recheio de maracujá, mas meu favorito foi o ketchup com goiabada, que colocava em tudo e sempre combinava com qualquer comida. A comida traz memórias, como a rabanada. Um sentimento bom porque o Natal é uma das melhores épocas do ano para mim”, conclui.

O buffet natalino traz iguarias que já são marcas do projeto, como compotas, geleias, pães e molhos, tudo confeccionado de forma artesanal, sem aditivos químicos. O que está mais em saída é o kit de composta, uma ótima dica para presentear. A salada de grão de bico com bacalhau e belisquetes também estão entre os campeões de venda, como o bolinho de polenta com ragu de linguiça calabresa, o bolinho de Vatapá com carne seca e o croquete de banana da terra com queijo coalho.

Conheça o cardápio natalino preparado pelo Maré de Sabores, acessando o link: http://www.redesdamare.org.br/media/filemanager/natal_mare_sabores.pdf.

Para saber mais sobre o projeto e solicitar a ceia, acesse: redesdamare/maredesabores e Instagram: @maredesabores. 

Moradores criam árvores gigantes para manter espírito natalino vivo na Maré

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Símbolo da festa de final de ano sai da sala e agora ocupa ruas e escola

Por Hélio Euclides, em 17/12/2020, às 09h40

Editado por Edu Carvalho

Este ano, a tradicional Árvore de Natal da Lagoa, zona sul do Rio e que anualmente conduzia moradores de diversas partes do Rio à região, não será montada. Mas os moradores, pelo menos na Maré, não ficaram órfãos do símbolo gigante envolto de adornos e enfeites. Além de árvores iluminadas pelas ruas das 16 favelas, há também um grande letreiro trazendo uma mensagem de esperança no alto do Morro do Timbau e da Praça do Dezoito, na Baixa do Sapateiro, com suas grades recheadas de inúmeras lâmpadas. É dessa forma que o clima natalino na Maré vai sendo fortalecido, com a presença de um grande pinheiro artificial na entrada da Vila do João, em cima de um contêiner. E a novidade trazida para este ano é uma árvore feita de garrafa pet, dentro do terreno do Ciep Hélio Smidt, no Rubens Vaz.

O símbolo das festas natalinas tem sua origem com várias versões. Para alguns, tudo começou com os povos pagãos da região dos países do nordeste do Continente Europeu. Depois tentou associar a tradição e a religião. Há quem diga também que foi o alemão Martinho Lutero quem, encantado com a beleza de pinheiros cobertos de neve, reproduziu, em 1530, uma versão enfeitada com algodão. Apenas no século XX essa tradição chegou à América Latina.

Na Vila do João, o artefato surge por meio do patrocínio da NHJ Contêiner, com o apoio da associação de moradores. “É maravilhoso e gratificante ter uma árvore de Natal na entrada da comunidade, pois é um símbolo que nos remete às comemorações das festividades de um ano que se vai. Representa uma comemoração das famílias reunidas, de um momento espiritual, de uma época que esquecemos as desavenças e rugas do passado, para nos unir. O Natal é a aproximação das pessoas”, conta Valtemir Messias, conhecido como Índio, presidente da Associação de Moradores da Vila do João. Ele garante que pretende providenciar outra árvore para dentro do território.

Uma árvore de Natal ecológica no Ciep

No terreno do Ciep Hélio Smidt, na favela Rubens Vaz, está sendo construída uma árvore gigante feita de garrafas pet. A ideia tem o apoio da direção da escola e da 4ª Coordenadoria Regional de Educação e é realizada pelo Projeto Encontro das Artes. A árvore de Natal é composta de aproximadamente 7.000 garrafas pet, com 14 metros de altura e 28 metros de circunferência. O projeto da árvore envolve cerca de 20 pessoas, com carga horária de mais ou menos 12 horas diárias. Serão 30 dias de trabalho para montar a árvore, que será inaugurada no dia 19 de dezembro, às 16h.

A construção da árvore vai virar um documentário, que conta tudo sobre a primeira de outras intervenções artísticas que o grupo pretende fazer. O objetivo também é agregar egressos que virão do Instituto Penal Vicente Piragibe para participar da produção. “A parceria veio para melhorar o ambiente escolar, pois a diretoria da escola não pode trabalhar sozinha, é preciso o apoio de instituições e moradores. Também temos que lembrar que a pandemia não parou com a criatividade e que desejamos um mundo sustentável. Por fim, não se pode ver jovens caírem no buraco [e não fazer nada]. Um dia caímos no buraco da criminalidade, mas somos exemplos de que é possível levantar, buscar a liberdade e querer trabalhar”, expõe Alexsander Laurindo, artesão e escultor.

A ideia veio dos componentes do Encontro das Artes, projeto que nasceu na Escola Estadual Henrique de Souza Filho – Henfil, que fica dentro do complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio. Após obterem a liberdade, os participantes do projeto colocaram em prática os ofícios que aprenderam no sistema penitenciário. “Muito bom não se sentir sozinho. Esta iniciativa da árvore tem a ajuda do comércio local, familiares e moradores. Todos com o pensamento de que educação e cultura andam juntas”, conta um dos fundadores e presidente do projeto, Odir dos Santos, que é desenhista e artista plástico. O projeto conseguiu doação de garrafas pet, lanche e materiais, como arame, lâmpadas e fios.

O grupo tem o atelier na escola, mas com o apoio de Vilmar Gomes, o popular Magá, presidente da Associação de Moradores do Rubens Vaz, Gilmar Júnior, presidente da Associação de Moradores da Nova Holanda e a Ângela Viana, presidente da Associação de Moradores do Parque Maré foi possjível a criação do escritório do projeto na favela. 

O próximo passo do grupo é a realização de oficinas artísticas, com aulas de pintura a óleo sobre tela, grafite, talha em madeira, trabalhos manuais e artes em geral. As oficinas serão direcionadas para o público infantil, que muitas vezes não tem opção de lazer e conhecimento. “Não tem dinheiro que pague ver essa árvore, fruto da união de pessoas que querem o melhor para a favela”, conclui Vando Fernandes, morador da Nova Holanda. Quem desejar conhecer mais sobre o projeto, visite a página no Instagram @oficialencontrodasartes e acompanhe a produção do grupo.