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Ronda Coronavírus: Na crise sanitária mais grave em um século, Brasil está há 51 dias sem ministro da Saúde e 15 dias sem ministro da Educação

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Nesta segunda-feira, o Brasil foi o país do mundo que teve mais óbitos por Covid-19 em 24h

Partículas do novo coronavírus suspensas no ar podem infectar pessoas, dizem cientistas. A organização Mundial de Saúde informou que  os especialistas do órgão estão revisando os apontamentos feitos em carta assinada por 239 cientistas. Estes afirmam que as partículas do coronavírus no ar são infecciosas e pedem adoção de novas medidas de proteção em locais fechados, como ventilação e filtragem do ar. Segundo os especialistas, o risco é maior em ambientes fechados. 

Covid-19 na Maré

Nesta segunda-feira (06), o mundo ultrapassou a marca de 11,3 milhões de casos de coronavírus e mais de 532 mil mortes, com o Brasil liderando em número de óbitos nas últimas 24h, passando de 65 mil mortes por coronavírus em pouco mais de quatro meses de pandemia. O país é o 2º com os maiores números de óbitos e de infectados no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo dados da universidade americana Johns Hopkins, o Brasil tem 12% das mortes e 14% dos casos no planeta. No estado do Rio, as mortes passam de 10 mil pela Covid-19. Na cidade maravilhosa são 60.596 casos confirmados e 6.924 mortes. Nas favelas cariocas, são 2.510 casos confirmados e 476 mortes. Na  Maré  são 110 mortes e 1053 casos entre os confirmados e os suspeitos de acordo com o levantamento De Olho no Corona.

Reabertura das atividades 

A reabertura do comércio de rua no Rio de Janeiro, que era prevista para o dia 02 de julho, ocorreu no dia 27 de junho, depois de três meses com as portas fechadas. Os estabelecimentos foram autorizados a funcionar de 11h a 17h, enquanto os shoppings permanecem funcionando das 12h às 20h. Com isso, o movimento de pessoas nas ruas aumentou significativamente. Na Maré, a abertura representou aumento de casos de Covid-19, que dobrou de uma semana para a outra. De 17 para 36 casos. 

O aumento dos casos registrados entre os dias 16 e 22 de junho ocorre justamente duas semanas após os decretos de relaxamento da quarentena, intervalo apontado pelos especialistas como o necessário para que a doença comece a se manifestar nas pessoas contaminadas. Na semana de 23 a 29 de junho, o município teve um número menor de novos casos registrados. Na Maré, porém, o aumento se repetiu e 48 novos casos foram registrados. Confira a nona edição do boletim De Olho no Corona!, onde contém os dados do levantamento feito na Maré aqui 

Campanha da Redes da Maré no Catarse

Ao longo de três meses, a Campanha Maré Diz NÃO ao Coronavírus atendeu mais de 13 mil famílias da Maré com a distribuição das cestas de alimentos, produtos de higiene e limpeza, em um total de mais de 900 toneladas de itens doados, além de fornecer mais de 24 mil refeições para pessoas em situação de rua e a produção de mais de 167 mil máscaras produzidas. A meta agora é conseguir comprar mais 4 mil cestas pela plataforma Catarse e beneficiar 16 mil moradores da Maré. O desafio é enorme pelas necessidades das famílias que estão sem ou com pouquíssima renda neste momento. Toda ajuda é válida, tanto na doação quanto na divulgação! Mais informações em aqui 

Cuidados e proteção

Na semana passada (29/06 a 03/7)  houve a conclusão da desinfecção de todas as ruas, becos, travessas e vielas das 16 favelas da Maré. Todo o território recebeu uma película que mantém pisos e paredes protegidos contra a propagação do coronavírus. E nesta semana haverá distribuição de álcool em gel e máscaras na Vila do Pinheiro e no Salsa & Merengue. 

Maré de Direitos

Agora além do atendimento por e-mail, a equipe de assistentes sociais, advogadas e psicólogas do Maré de Direitos estará disponível também por meio presencial. Com o objetivo de ajudar moradores nas questões de saúde, violações e dúvidas sobre como acessar direitos, os plantões vão acontecer na Redes da Maré na Vila dos Pinheiros, às terças e quintas-feiras, das 14h às 17h. 

Maré em tempos de Coronavírus

O podcast Maré em tempos de coronavírus já está no ar. Nesta edição, Eliana Sousa aborda o aumento dos casos de violência doméstica durante a pandemia. Entre março e abril deste ano, os casos de feminicídio aumentaram 22,2% em 12 estados do país, em comparação ao mesmo período do ano passado.Para ouvir todos os episódios, basta acessar aqui.

Da janela vejo a Maré

O projeto amaredecasa está com votação aberta para a escolha de fotos. O projeto recebe fotos de moradores das 16 favelas da Maré. As fotos com maior número de votos  ganham prêmios a cada Mês.  A galeria Da Minha Janela já está com as fotos mensais da galeria Imagens da Quarentena, do projeto A Maré de Casa. O site também já está recebendo contribuição para a próxima edição. Acesse aqui para votar e ficar por dentro do site 

Live do Maré de Notícias

Quinta-feira, dia 09, às 19h a jornalista do Maré de Notícias Jéssica Pires vai trazer dois convidados para uma Live sobre o Boletim De Olho no Corona! .O geógrafo Dalcio Marinho e a pesquisadora Camila Barros irão explicar e simplificar dados que mostram como as favelas e a periferia carioca se encontram na pandemia. O encontro terá ainda o lançamento do Painel dos Invisíveis, uma nova ferramenta que o Maré de Notícias trará de monitoramento de casos na Maré.  O encontro acontece pelo facebook e youtube da Redes da Maré. Participem e enviem suas dúvidas!

Coletivos em ação na Maré

AMaréVê é um coletivo de seis mulheres mareenses que atua com comunicação e audiovisual no Parque União, na Maré, desde 2014. O objetivo é contar histórias e produzir memória sobre o território, construindo narrativas e compartilhando temas relacionados ao cotidiano da favela, com foco na ressignificação de conceitos. Durante a pandemia o coletivo tem usado as redes sociais para conscientizar moradoras e moradores, além de participar e apoiar ações como a entrega de cestas básicas, materiais de limpeza e fraldas descartáveis. O AMaréVê foi um dos projetos selecionados na Chamada Pública Novas Formas de fazer Arte, Cultura e Comunicação nas Favelas com um programa que irá falar sobre a relação da favela com a pandemia. Para saber mais clique aqui.

Plataforma reúne iniciativas humanitárias

Alunos do Departamento de Informática do Centro Técnico Científico da PUC-Rio criaram o site Sistema Online de Iniciativas e Doações (SOLID), com o mapeamento de ações humanitárias que estão atuando durante a pandemia do novo coronavírus, conteúdo científico e pesquisas a respeito de projeções da doença. O site reúne diversas instituições das mais variadas ações em um só lugar, com o objetivo de divulgar as iniciativas e facilitar a busca por aqueles que desejam contribuir e estimular a propagação de conteúdos confiáveis. Para acessar clique aqui.

Ronda Coronavírus – Presidente modifica Lei sobre obrigatoriedade do uso de máscara

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Em primeiro dia de reabertura de bares e restaurantes no Rio, o acessório também foi dispensado

O presidente Jair Bolsonaro vetou nesta quinta-feira (02) o uso obrigatório das máscaras em diversos espaços, como órgãos públicos, templos religiosos, centros comerciais e outros. A Lei nº 14. 019 foi publicada hoje (03) no Diário Oficial da União e é uma alteração da Lei nº 13.979, que previa justamente o uso de máscaras em espaços públicos, além de tornar opcional que estabelecimentos forneçam máscaras gratuitas a seus funcionários. Com a nova lei, fica obrigatório o uso do protetor facial apenas em transportes coletivos e estabelecimentos prisionais. Hoje (03), primeiro dia da não obrigatoriedade do uso da máscara, o Brasil ultrapassou a marca de 1,5 milhão de infectados e mais de 63 mil mortos por Covid-19.

Entrando na terceira fase da flexibilização também nesta quinta-feira (02), bares e restaurantes voltaram a funcionar na cidade do Rio, promovendo grandes aglomerações, principalmente na Zona Sul carioca. No entanto, o que se viu nos vídeos foram pessoas desrespeitando as normas da Prefeitura durante esse processo, como o distanciamento de 2m e o uso da máscara – que não estava sendo utilizada pelas pessoas filmadas. Mas as aglomerações não ficaram restritas apenas aos bares e restaurantes. Em Bangu, a agência de Correios estava bastante cheia, com pessoas desrespeitando o distanciamento dentro e fora da agência.

Segundo o prefeito Marcelo Crivella, a flexibilização só está sendo possível graças aos bons resultados que a cidade tem apresentado. A nona edição do boletim De Olho no Corona! se apropriou dessa fala do prefeito para analisar o avanço de novos casos da Covid-19. Confira o material completo aqui e a análise feita por Hélio Euclides sobre a flexibilização e a reabertura dos comércios na Maré no site do Maré Online.

Covid-19 na Maré

Nesta sexta-feira o estado do Rio registrou 10.500 óbitos confirmados e quase 119 mil casos de coronavírus. Desses, mais de 59 mil na capital. O Painel Unificador COVID-19 nas Favelas mostra que a Maré tem nessa sexta-feira 1.088 casos, entre confirmados e suspeitos, e 110 mortes por Covid-19. Nesta semana, o conjunto de favelas registrou 48 novos casos de coronavírus entre os dias 23 e 29 de junho, segundo o boletim.

Violência doméstica durante a pandemia

Com o aumento dos casos de violência doméstica, principalmente contra mulheres, foi proposto hoje (03) um Projeto de Lei para que haja aumento das penas referentes a violência doméstica durante períodos de calamidade pública. Entre março e abril deste ano, os casos de feminicídio aumentaram 22,2% em 12 estados do país comparado ao mesmo período do ano passado. A última edição do podcast Maré em Tempos de Coronavírus abordou essa questão e já está disponível aqui.

Distribuição de cestas

Secretaria Municipal de Educação está entregando mais uma série de cestas básicas para alunos da rede pública municipal. Nesta sexta-feira (03) e sábado a distribuição contempla alunos moradores de Santa Cruz, mas a secretaria já distribuiu mais de 260 mil cartões e cestas básicas para alunos desde o início da pandemia. da 10ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) nesta sexta-feira (3/7), na sede da CRE e no Centro Cultural de Santa Cruz. 

Dicas culturais

Neste sábado e domingo (04 e 05 de julho), a partir das 9h, irá acontecer mais uma edição do Encontro Preto (@encontro_preto no instagram), feira que acontecia sempre no primeiro sábado do mês na Lapa, que desde o início da pandemia está fazendo os encontros virtuais. Além da conversa com os produtores, o evento também terá meditação, yoga e sarau. 

No sábado, a partir das 19h, Elza “Deusa” Soares e seu afilhado musical Flávio Renegado irão se apresentar no Youtube e no Instagram do Sesc SP, iniciando as comemorações dos 90 anos de Elza. No domingo (05), Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo vão proporcionar ao público o seu Grande Encontro, show que os cantores realizam há anos. A apresentação vai acontecer no YouTube a partir das 16h, no canal da apresentação.

Os riscos de uma reabertura precoce

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Por pressão econômica, cidade diminui isolamento e começa reabertura enquanto pesquisadores avaliam a medida como arriscada

Hélio Euclides

O governador do estado, Wilson Witzel, publicou decreto no dia 5 de junho, liberando a reabertura de shoppings, bares, restaurantes, igrejas, estádios e pontos turísticos. Antes, a Prefeitura do Rio já tinha iniciado, no dia 2 de junho, as seis fases de flexibilização das medidas de isolamento social, com a reabertura gradual dos serviços não essenciais. Na capital, a reabertura gradual já entrou na segunda fase, permitindo o funcionamento de shoppings, além de alguns tipos de comércio de rua. A terceira etapa está prevista já para o início de julho, com a reabertura de lanchonetes, bares, restaurantes, academias e salões de beleza. Com a flexibilização, ficou visível que o número de pessoas circulando pelas ruas aumentou: do dia 13 ao dia 27 de junho – duas semanas -, o índice de de isolamento social caiu de 71% para 39%.

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) divulgou um documento em que se posiciona contrária à flexibilização. Em relatório enviado ao Ministério Público do Estado, a UERJ recomendou a revogação do decreto que autoriza a suspensão das medidas restritivas. A organização humanitária Médicos Sem Fronteira também alerta para o risco de se fazer o relaxamento precoce, elevando o risco de espalhar o vírus. Segundo a organização, a pandemia de COVID-19 no Brasil se moveu das camadas mais ricas para as mais pobres da população, como as favelas. Relaxar o isolamento não significa que o comércio conquistou clientes. 

O assunto fica mais evidente em conversa com alguns comerciantes: “A venda caiu no mínimo 10%. O povo não tem dinheiro. A flexibilização não influenciou em nada, no final do mês a tendência é piorar”, comenta Valmir Martins, comerciante de um petshop na Vila dos Pinheiros. “O comércio está uma bomba, sem movimento nenhum de clientes. A minha esperança é o fim do ano”, diz Ângela Oliveira, dona de um salão de beleza também na Vila dos Pinheiros. Os mercados, farmácias e casas de material de construção não sentiram tanto a pandemia. “Não fechei a loja e tive sempre clientes que precisam realizar reparos em casa”, conta Maria Aparecida, proprietária de casa de material de construção na Vila do João, um dos comércios que foram considerados como serviço essencial no período do isolamento.

A pandemia ainda não acabou

O grande debate sobre o relaxamento se dá em torno da economia e saúde. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 3 milhões de pessoas perderam o trabalho entre os meses de março e abril. Especialistas em economia projetam que os 12 milhões de desempregados no País cheguem a quase 20 milhões até o fim do segundo trimestre de 2020, justificando a necessidade da abertura do comércio. Em contrapartida, esta reabertura, na opinião de especialistas da área de saúde, pode significar um aumento significativo de pessoas infectadas. 

A justificativa dada pela Prefeitura para a reabertura dos serviços foi a redução dos índices de ocupação de UTIs e a diminuição dos óbitos da cidade, comparando os números com o mesmo período do ano passado. Entretanto, o Boletim De Olho no Corona! do dia 02 de julho analisa justamente o avanço dos novos casos tanto na cidade do Rio quanto na Maré, usando como base os dados do Painel Rio Covid-19, da Prefeitura. Os pesquisadores fizeram uma análise começando em 14 de março, observando a quantidade de novos casos no decorrer de cada semana. 

Assim, segundo a análise feita pelo boletim, a cidade do Rio teria chegado ao seu pico entre 19 a 25 de maio, com 9.023 novos casos em uma semana, que vieram diminuindo semanas seguintes. Entretanto, na terceira semana de flexibilização ocorreu um aumento significativo na cidade, chegando a 8.045 novos casos entre os dias 16 e 22 de junho. Após esses dias, o número de novos casos diminuiu. Já a Maré teve o pico na semana seguinte ao pico da cidade, entre os dias 26 de maio e 01 de junho, quando apresentou 69 novos casos. Nos 15 dias seguintes os números foram diminuindo, mas nas duas últimas semanas, já durante a flexibilização, os números de novos casos voltaram a aumentar.

A cidade do Rio soma hoje, dia 02 de julho, mais 58 mil pessoas que foram contaminadas e 6.689 que morreram por complicações do novo coronavírus. No Painel Rio Covid-19, da Prefeitura, são 357 casos confirmados na Maré e 80 mortes. Já o nono boletim De Olho no Corona! aponta para 1.053 casos, considerando os confirmados e os suspeitos, e 110 óbitos.

Margareth Dalcolmo, pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, acredita que para a abertura é preciso segurança, um cuidado rígido, com apenas duas pessoas por loja, evitar colocar a mão no balcão, pois isso pode ser um rápido contágio. “No País, há lugares em que ocorreu o relaxamento do isolamento e depois o fechamento de tudo. Não foi a segunda onda da doença e sim a continuação da primeira”, expõe. O período do inverno pode representar um risco a mais, com surtos de gripes, viroses, influenzas, vírus e outros coronavírus. Para Margareth, relaxar o isolamento na cidade foi um ato apressado. “A pressão do comércio foi grande. Além disso, o isolamento da cidade foi meia-boca, com muitas pessoas tendo de trabalhar. Para piorar, se perdeu o momento adequado em abril de um lockdown”, observa. Ela alerta que a ocasião não é de comemoração. “Não é o período de churrasco, baile funk e tampouco festinha de aniversário. É o momento de chorar os mortos e de se proteger para evitar o contágio”, conclui.

Ronda Coronavírus: Mais de metade dos brasileiros não têm trabalho

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Pela primeira vez na história, apenas 49,5% dos brasileiros com idade para trabalhar estavam ocupados no segundo trimestre de 2020

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, PNAD, apenas 49,5% das pessoas com idade de trabalhar estavam ocupadas no trimestre encerrado em maio: 85,9 milhões de pessoas — perda de 7,8 milhões em apenas três meses, sendo a maioria informal. É o menor nível de ocupação desde 2012, quando o levantamento passou a ser feito pelo IBGE. A taxa de desemprego, que mede a ocupação daqueles que buscam trabalho, subiu para 12,9% no trimestre encerrado em maio, ante 11,6% nos três meses anteriores. O número de desalentados, aqueles que desistiram de procurar um emprego, saltou para 15,3% no trimestre, e agora está em 5,4 milhões, mais um recorde na série. E as pessoas que não estavam trabalhando nem procurando cresceram em nove milhões de um trimestre para o outro, chegando a 75 milhões. Todos recordes. 

Números da COVID-19

Más notícias para Brasil e Estados Unidos, países que concentram o pior cenário da pandemia de coronavírus no mundo. Mais de 126 mil pessoas já morreram nos EUA devido à doença — o maior número de mortes do mundo. O Brasil vem logo atrás, com mais 60 mil mortos, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. Integrantes da Organização Pan-Americana de Saúde, braço regional nas Américas da Organização Mundial da Saúde, disseram ontem que o pico da epidemia no Brasil pode ser em agosto e que o país poderá ter mais de 80 mil mortes até lá. 

Covid-19 na Maré

O Estado do Rio completou 105 dias após a primeira morte por Covid-19, em 17 de março, agora são 10.198 mortos pela doença, o que corresponde a média de 96 por dia. O número total de casos confirmados em todo o Estado é  115.278. Se fosse um país, o Estado do Rio seria o 19º do mundo com mais infectados. Só na capital são mais de 57 mil casos confirmados. Nas favelas do cidade do Rio são 3.712 casos registrados por relatores comunitários e 597 mortes, segundo o Painel Unificador Covid-19 nas Favelas. Na Maré são mais de 1000 casos – entre confirmados e suspeitos – e 100 mortes, segundo o boletim De Olho no Corona.

Acesso à internet na Maré

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a cada 100 casas no Brasil, apenas 47 têm internet banda larga fixa. Com a pandemia, a falta de acesso à tecnologia se tornou uma questão de mais impacto e, para aqueles que já possuem o acesso como o Raphael, continuar os estudos continua sendo um desafio de conexão e também de adaptação. Raphael Souza, estudante universitário e morador da Baixa do Sapateiro, teve a oportunidade de estudar e trabalhar de casa, o que aumentou o consumo de energia da casa e, principalmente, o consumo da internet. “A internet colaborou a maior parte do tempo, mas teve duas semanas que ficou muito lenta. Depois de acionar várias vezes a operadora, acabou voltando à normalidade. Sorte que não aconteceu isso em momentos de avaliação na faculdade”, declara.

Raphael Souza, estudante universitário e morador da Baixa do Sapateiro, teve a oportunidade de estudar e trabalhar de casa.

Vitória Veiga também é estudante universitária e tem tido aulas on-line. “No início foi muito difícil, tive que aprender a converter arquivos, criar documentos, mas os professores foram parceiros e eu estou conseguindo”, relata a estudante.

Vitória Veiga também é estudante universitária e tem tido aulas on-line.

Fogo acidental destrói acervo de uma escola na Maré

A Escola Municipal Clotilde Guimarães, na Maré, pegou fogo na madrugada da última segunda-feira. A unidade escolar funciona na Avenida Brasil. Professores e funcionários da escola relataram que não foram poucas as invasões com roubos na unidade escolar. Ar condicionado, bombas d`água e até quadros brancos foram roubados nos últimos meses. Com a retomada da obra da Transbrasil, um muro foi derrubado e uma cerca de madeira foi construída, o que facilitou as invasões. Por causa disso, a Prefeitura autorizou a construção de um novo muro, que dividiu a escola e parte do antigo pátio foi ocupado por usuários de crack. Na madrugada de segunda-feira (29), houve uma briga entre os usuários de crack e um deles tentou atear fogo no outro, atingindo a escola, acidentalmente. Parte da biblioteca e do almoxarifado foram queimados. “[Os danos] Foram causados por uma briga entre moradores de rua. Um tentou incendiar o outro. E eles estavam vivendo colados à parede da biblioteca, visto que nós perdemos o muro para as obras da Transbrasil, disse Rosângela Ferraz, professora de História da unidade. Ela conta, ainda, que  todo o acervo fotográfico histórico da instituição foi perdido, assim como material escolar, roupas, uniformes, livros, jogos e um esqueleto usado para aulas de Biologia. “Muita gente passou mal ao ver a escola queimada. Eu estou há 20 anos trabalhando nela e estou muito triste com o que vi”, conta a professora da escola que atendia a 900 alunos do 6º ao 9º ano. A Prefeitura já foi à unidade escolar para planejar o início das obras de recuperação.

ADPF das Favelas

O ministro Ricardo Lewandowski votou hoje, no plenário virtual do STF, acompanhando o voto do relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF 635, Edson Fachin, pela manutenção da medida cautelar que proíbe operações policias nas favelas do Rio. Votaram até agora, além de Lewandowski, os ministros Edson Fachin e Marco Aurélio. Assim, o placar está 3×0 para manutenção da liminar que proíbe as operações policias durante a pandemia da COVID-19, salvo em hipóteses absolutamente excepcionais, justificadas por escrito pela autoridade competente, com a comunicação imediata ao Ministério Público do Rio de Janeiro. Como são 11 ministros, faltam mais 3 votos favoráveis à medida cautelar para formar maioria e confirmar a manutenção dos efeitos da liminar até o fim do processo.

Auxílio Emergencial

O Governo Federal confirmou hoje que mais duas parcelas de R$ 600 do auxílio emergencial serão pagas, mas o cronograma de pagamento ainda não foi definido. 

Reflexos do ciclone bomba no Rio de Janeiro

Ciclone bomba que atingiu principalmente os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina impactou indiretamente regiões do Rio de Janeiro. Vários pontos da capital ficaram sem energia elétrica, árvores caíram na Zona Sul e casas na Zona Oeste ficaram destelhadas. A Defesa Civil emitiu alerta via SMS sobre ventos fortes nesta quarta-feira. Para receber mensagens sobre questões climáticas, como possibilidades de chuvas fortes, basta enviar um SMS para 40199 com o número do CEP. O serviço é gratuito. 

Histórias sobre Covid-19

A Agência Pública acaba de lançar seu primeiro projeto de investigação participativa: Histórias que Contam. Leitores e leitoras de todas as partes do país são convidados a contar histórias de familiares e conhecidos que morreram de Covid-19. Os relatos serão recebidos através deste questionário

Canal de Sala de Leitura

A Secretaria Municipal de Educação publicou hoje seis novos vídeos para os alunos da Rede Municipal de Ensino. O Canal de Sala de Leitura publicou vídeos sobre a poesia, com obras e sentimentos de alunos, professores e demais profissionais de Educação. O escritor, ator e contador de histórias Otávio Júnior é um dos participantes. O autor é conhecido também como “O livreiro do Alemão”, pois criou na comunidade do Complexo do Alemão um projeto literário para ensinar às crianças o prazer da leitura. Ele lerá o livro “Da minha janela”, de sua autoria, que conta sobre sua trajetória entre os livros. O material on-line poderá ser acessado através da Sala de Leitura Virtual da SME.

Ronda Coronavírus: O mundo passa da marca de 500 mil mortes e mais de 10 milhões de infectados pelo novo coronavírus

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Somente o Brasil registra 1.352.708 casos confirmados de Covid-19 e 57.774 mortes, número que representa 11% do total de vítimas da doença no mundo

Hoje, dia 29 de junho, o Brasil passou da marca de 1 milhão e trezentos mil casos confirmados de coronavírus, além de mais de 57 mil mortes. Na cidade do Rio são 56.351 casos confirmados e 6.417 mortos. Nas favelas cariocas, segundo o Painel Unificador COVID-19 Nas Favelas do Rio de Janeiro, são 3.712 casos registrados por moradores de favelas e 597 mortes. Na Maré, segundo dados oficiais, são 342 casos confirmados, 11 pessoas com a doença neste momento nas 16 favelas da Maré e 81 mortas. Mas sempre lembrando que nos dados do boletim De Olho no Corona!, em um canal direto com a população, são, pelo menos, 1.010 casos na Maré e 104 mortes. 

VACINA

O  Grupo Nacional Biotec da China (CNBG), que desenvolve uma das vacinas candidatas contra o coronavírus, disse que os primeiros resultados dos ensaios clínicos sugerem que a imunização seja segura e eficaz. Relatório publicado no site da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que estão em desenvolvimento 141 candidatas à vacina contra o vírus SARS-Cov-2, causador da Covid-19, sendo que 16 delas estão na fase clínica, ou seja, sendo testadas em humanos. Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz, comemora a futura produção de vacinas contra a Covid-19 que estão sendo desenvolvidas pela Universidade de Oxford na Bio-Manguinhos, laboratório da instituição. Trata-se de um investimento de R$ 693,4 milhões, e não há garantias de que o produto será eficaz. 

CAMPANHA REDES DA MARÉ NO CATARSE

A Campanha Maré Diz NÃO ao Coronavírus está com uma campanha de arrecadação de recursos financeiros pela plataforma Catarse. As doações mínimas são a partir de R$20 e doadores individuais e empresas podem ajudar. O objetivo é a compra de mais 4.000 cestas básicas para as famílias da Maré. O desafio é enorme pelas necessidades das famílias que estão sem ou com pouquíssima renda neste momento. Para contribuir, só clicar aqui.

DESINFECÇÃO DE RUAS 

Nesta semana que se inicia, a campanha fará a distribuição de álcool em gel e máscaras no Conjunto Pinheiro e Vila dos Pinheiros, além de dar continuidade na desinfecção das ruas do Conjunto Esperança. Assim, todas as ruas, becos, vielas, praças e travessas da Maré terão passado pelo processo de limpeza e todo o território da Maré estará protegido contra a propagação da Covid-19. Esta é uma ação conjunta da Redes da Maré, Comlurb e as associações de moradores das 16 favelas da Maré. Saiba mais aqui 

TOMÓGRAFO DA MARÉ

Semanas após a sua inauguração, começou a funcionar hoje, dia 29, o tomógrafo da Clínica de Família Adib Jatene, na Maré. Nesta semana, o aparelho vai atender 10 pacientes por dia. A partir de semana que vem, serão 22 pessoas por dia. O tomógrafo vai atender moradores da Maré encaminhados pelas unidades de saúde da família e também pelo sistema de regulação. Mais informações sobre a sua inauguração aqui

PLANOS TÊM QUE COBRIR TESTE PARA COVID

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu nesta segunda-feira (29) o teste sorológico para o novo coronavírus na lista de coberturas obrigatórias dos planos de saúde. A medida foi publicada hoje no Diário Oficial da União e passa a valer imediatamente. Agora, o exame pode ser feito sem custo extra, contanto que haja requisição feita por um médico. Para encaminhamento, o paciente tem que ter apresentado sintomas de quadro gripal ou síndrome respiratória e os exames vão detectar a presença dos anticorpos IgA, IgG ou IgM no sangue, produzidos pelo organismo após exposição ao vírus.

LGTBQI +

Pela primeira vez na história, o Congresso Nacional, em Brasília, foi iluminado com as cores do arco-íris, que representa a diversidade e a luta contra o preconceito, em uma homenagem ao Dia do Orgulho LGBTI. A projeção ocorreu por volta das 20h por aproximadamente 15 minutos. E a Redes da Maré fez uma live ontem em celebração ao dia do orgulho LGBTQI+. Reveja nas redes sociais da Redes da Maré.

CAFÉ PRETO EM CASA

Nesta quarta-feira, 1º de julho, às 19h, acontece a segunda live do Café Preto, projeto de referência para igualdade racial da Redes da Maré! O tema “Covid-19 e Segurança Pública: Desafios e Perspectivas de Negritudes Faveladas”, será abordado pela tecedora Fernanda Viana, com mediação de Pâmela Carvalho. O encontro será no instagram.com/redesdamare.

MARÉ EM TEMPO DE CORONAVÍRUS

Já chegou o sétimo episódio do podcast Maré em Tempo de Coronavírus. Eliana Sousa destaca que andando pelo território pode parecer que a pandemia chegou ao fim, mas não podemos relaxar, pois o coronavírus não foi embora. Você pode enviar perguntas ou receber os episódios pela lista de transmissão. Basta enviar uma mensagem para (21) 97271-9410. Para ouvir todos os episódios, basta acessar aqui 

UM CLICK DA MARÉ

Todo mês acontece uma votação popular para escolher cinco autores que serão premiados e terão sua foto e texto em destaque na galeria Da Minha Janela, do projeto A Maré de Casa, Imagens da Quarentena. Para votar acesse o site, que também já está recebendo contribuição para a próxima edição. Participe!

#COLABORA NESSA MARÉ DE NOTÍCIAS

Termina amanhã, nesta terça-feira, 30 de junho, o prazo para as inscrições do Projeto #Colabora e o Maré de Notícias, que convoca profissionais de comunicação da Maré para produzirem conteúdos sobre o impacto da pandemia de Covid-19 no território. Informações e inscrição em aqui.