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Ronda Coronavírus: Aumenta número de mortes na Rocinha e na Cidade de Deus

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Comlurb faz higienização em ruas de favelas Maré e em regiões de grande circulação

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informa que registra até esta terça-feira, 21 de abril, 5.306 casos confirmados e 461 óbitos por coronavírus. Há ainda 204 óbitos em investigação no Estado. Os casos confirmados na cidade do Rio de Janeiro são 3.587. Na Maré, o Painel Rio Covid-19 registra o mesmo número de casos confirmados (9) e óbitos (4), desde domingo, dia 19 de abril. O painel também informa que há quatro casos de pessoas que se recuperaram na Maré.

A prefeitura confirmou nesta terça-feira, 21 de abril, mais três novas mortes de coronavírus na Rocinha e um na Cidade de Deus. Há também oito novos casos confirmados nas favelas. No total, são 103 casos confirmados do novo coronavírus nas favelas da cidade do Rio de Janeiro e 18 óbitos. Os dados são do painel do jornal Voz das Comunidades, que reúne os dados sobre casos de Covid-19 nas favelas da cidade, com informações da prefeitura e do governo do estado. Acesse o painel pelo link: http://covid.vozdascomunidades.com.br/

Nesta terça-feira, 21 de abril, a Comlurb realizou higienização em 28 comunidades nas Zonas Norte, Sul e Oeste da cidade. A limpeza acontece com a utilização de água de reuso e detergente neutro de uso geral como medida para combater possíveis focos do coronavírus. A ação começou no dia 9 de abril, na Rocinha, já atendeu 209 comunidades da cidade e nesta terça aconteceu também em favelas da Maré com o efetivo de 29 garis, cinco caminhões pipas de água e cinco pulverizadores no total. 

De acordo com a Comlurb, 10 das 16 favelas da Maré já receberam a higienização: Praia de Ramos, Roquete Pinto, Vila do Pinheiro, Vila do João, Parque União, Salsa e Merengue, Comunidade das Casinhas, Conjunto Esperança, Marcílio Dias e Nova Holanda, que foi higienizada nesta terça-feira. As outras seis estão na programação de higienização até o próximo sábado. A companhia informou que segue também com as operações de higienização nos pontos de maior circulação de pessoas, como vias principais de bairros, pontos de ônibus, passarelas, entorno de hospitais, clínicas da família e postos de saúde, acesso às estações de modais de transportes, entre outros.

Ronda Coronavírus: 9 casos de coronavírus e 4 óbitos na Maré

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Mapa de iniciativas de favelas e periferias é lançado. Campanha Maré diz NÃO ao Coronavírus entra na quinta semana

A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro informa que registra, até esta segunda-feira, 20 de abril, 4.899 casos confirmados e 422 óbitos por coronavírus no estado. Há ainda 196 óbitos em investigação. São 3.243 casos confirmados na cidade do Rio. Na Maré, mais um caso e uma morte foram registradas pelo Painel Rio Covid19 no domingo, 19 de abril. O total de casos registrados na Maré é de 9, e 4 óbitos, até o momento. No entanto, há muitos relatos de casos e óbitos de pessoas com sintomas do coronavírus. Boa parte do comércio na Maré segue com funcionamento parcial, mas ainda há muita circulação nas ruas.

Instituto Marielle Franco, Favela em Pauta e Twitter lançaram nesta segunda-feira, 20 de abril o Mapa Corona nas Periferias. Nele estão as iniciativas de combate contra o coronavírus em favelas e periferias brasileiras. O objetivo é facilitar o processo para pessoas e organizações possam fazer doações para essas iniciativas. São até o momento, 46 coletivos, ONGs, associações e movimentos cadastrados, em todo o  país, e há espaço para outros grupos se cadastrarem. O endereço é institutomariellefranco.org/mapacoronanasperiferias.

No último sábado, 18 de abril, a Campanha Maré diz NÃO ao Coronavírus chegou ao  final do primeiro mês da ação de entrega das cestas de alimentos e kits de higiene pessoal e de limpeza aos moradores nas 16 favelas da Maré. Foram quatro semanas de trabalho, de segunda a sábado, desde o dia 28/03/2020, onde 7.272 cestas foram entregues, o equivalente a 323 toneladas de alimentos nas casas de moradores das favelas Salsa e Merengue, Conjunto Pinheiros, Bento Ribeiro Dantas, Morro do Timbau, Baixa do Sapateiro, Nova Maré, Parque Maré, Nova Holanda, Parque Rubens Vaz, Parque União, Roquete Pinto, Praia de Ramos e Marcílio Dias. Foram distribuídas também 4.600 refeições à pessoas em situação de rua. A campanha tem previsão de seguir até maio. Mais informações estão disponíveis no site da Redes da Maré, que lidera a ação: http://redesdamare.org.br/br/quemsomos/coronavirus#transparencia  

A Prefeitura do Rio iniciou nesta segunda-feira, 20 de abril,  inspeções em supermercados, mercados, hortifrutis e padarias para conferir o cumprimento das novas regras de prevenção e combate ao coronavírus. A disponibilização de álcool em gel 70% na entrada dos estabelecimentos, proibição do autoatendimento na venda de pães e manutenção de lixeira para o descarte de máscaras usadas pelo consumidor são algumas das medidas recomendadas e que estão sendo fiscalizadas. A Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses é a responsável pela ação.

Quanto vale uma vida?

Nas últimas semanas de março, alguns especialistas questionaram a relevância do isolamento social e como o fechamento dos comércios impacta na economia.

Maré de Notícias #111 – abril de 2020

Andressa Cabral

Na tentativa de frear a pandemia do novo coronavírus, muitos países estão limitando a circulação de pessoas. Com o processo de isolamento social e o fechamento de estabelecimentos que não são reconhecidos como essenciais, a economia tende a girar mais devagar. Além disso, aconteceram diversas mudanças na rotina de trabalho de milhares de trabalhadores, como a substituição do trabalho presencial para o trabalho à distância (home office, trabalho remoto), antecipação de férias, entre outras. Os trabalhadores informais perceberam o impacto dessas mudanças de forma mais direta, com o esvaziamento das ruas e a redução do consumo.

Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro têm o maior número de casos de infecção e óbito pela COVID-19 desde o início da pandemia, assim como possuem duas das cidades mais ricas do País, segundo o IBGE. Desta forma, os governos desses dois estados adotaram o isolamento voluntário como estratégia preventiva para que não chegássemos em uma situação semelhante à da Itália, que em um período de mais de um mês de contágio ainda não chegou no pico de infecção e tem milhares de mortos.

Diante do estado de calamidade pública, foi preciso pensar em alternativas que seriam adotadas por empregadores, para a preservação da renda e do emprego formal, de forma a garantir a manutenção do vínculo empregatício. A Medida Provisória n° 927, aprovada em 22 de março, prevê algumas medidas para a manutenção do trabalho neste período de pandemia, como o teletrabalho e alteração no pagamento das férias.

No dia 1 de abril foi aprovado também o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, que autoriza empresas que aderirem ao programa a reduzirem proporcionalmente jornada de trabalho e salários dos empregados em um período de três meses. A medida serve para evitar que as empresas demitam arbitrariamente durante o período de crise provocada pelo novo coronavírus. A redução de jornada e salarial será de 25%, 50% ou 70%, mas preserva o valor de salário-hora do trabalhador. Para aqueles que tiverem o salário reduzido e recebem até um salário mínimo, o governo irá complementar o salário até o valor integral.

É preciso observar que essas medidas emergenciais para trabalhadores formais preveem uma série de arranjos temporários nos direitos trabalhistas previstos na Consolidação de Leis do Trabalho (CLT) e que são os empregados os mais prejudicados com as mudanças recentes. 

Medidas emergenciais que podem ajudar

Mesmo com as restrições de circulação, é um período de instabilidade financeira e muitas pessoas não têm o privilégio de ficar sem trabalhar. Desta forma, algumas medidas econômicas têm sido tomadas. Em âmbito estadual, o governador Wilson Witzel sancionou, no dia 23 de março, a Lei 1999/20, que proíbe a interrupção de serviços essenciais, como luz, água e gás, e permite o parcelamento dessas contas após o período de isolamento no estado do Rio de Janeiro.

No dia 02 de abril foi sancionado texto sobre auxílio emergencial por período de três meses a trabalhadores autônomos, informais e sem renda. Mães e pais solos que se encaixam nas categorias também serão beneficiados. O auxílio será limitado a duas pessoas da mesma família. O pagamento será feito por meio de agências bancárias e lotéricas. Na segunda semana de abril foi foi lançado pelo Ministério da Cidadania o aplicativo Caixa | Auxílio Emergencial e divulgado calendário de saques para aqueles que podem receber o benefício.

Desta forma, milhares de pessoas poderão dar entrada no auxílio, incluindo diversos empreendedores da Maré. De acordo com o Censo de Empreendimentos da Maré, organizado pela Redes da Maré em 2014, existem mais de 2.900 estabelecimentos, sendo 2.233 de caráter informal, sem vínculo e benefícios empregatícios.

O auxílio emergencial prevê apoio financeiro a pessoas cuja renda individual seja de até meio salário mínimo. Aqueles que têm direito ao auxílio irão receber R$ 600,00 e mães que são chefes de família poderão receber R$ 1.200,00. Bia Santos, administradora e Diretora da Barkus Educacional, que ensina educação financeira para crianças e adolescentes, reconhece o momento difícil, mas tenta ter calma: “[A medida] é um alento para as famílias que mais irão sofrer durante a crise.” A administradora reconhece ser um período de fragilidade financeira, mas observa a importância do planejamento para evitar gastos desnecessários.

Neste momento de contingenciamento, é importante manter a calma para fechar as contas no final do mês e não deixar que as dívidas aumentem. “Em momentos como este, é comum nos desesperarmos com as contas e os vencimentos. Apesar disso, é momento de respirar fundo e se organizar. Depois, examine a sua lista de compromissos financeiros e, caso sua renda não seja suficiente, avalie as prioridades”, concluiu Bia.

A importância do isolamento horizontal para a economia

Nas últimas semanas, especialistas levantaram dois modelos de isolamento que podem ser adotados: o horizontal e o vertical. Levando-se em consideração o crescimento diário dos casos e a fragilidade do nosso Sistema de Saúde, atualmente vivenciamos um modelo próximo do isolamento horizontal. Não há confinamento total, mas por determinação da Organização Mundial de Saúde (OMS), a recomendação é que todos que possam, FIQUEM EM CASA, para evitar o contágio. No caso do isolamento vertical, medida que não é defendida por autoridades e especialistas de saúde, apenas as pessoas que fazem parte do grupo de risco devem ficar isoladas, com a rotina de comércio e escolas voltando ao normal. Entretanto, o isolamento vertical não impede que essas pessoas que continuarão com a rotina normal sejam contaminadas. Pelo contrário, colocam-as em risco e pode ajudar a causar um colapso no sistema de saúde.

Segundo a economista e empreendedora Jorgilene Maciel, o cenário não é tão simples quanto parece: “O isolamento, seja vertical ou horizontal, leva a um fechamento parcial dos mercados, reduzindo as transações financeiras. O volume de dinheiro, mercadorias e pessoas em circulação é reduzido de maneira muito acentuada em um período de tempo muito curto e isso gera impactos”. Ela observa que haveria impactos na economia mesmo que não fosse adotada nenhuma medida de isolamento. “Em uma pandemia em que pessoas estão morrendo, é impossível que o mercado não seja afetado”, destacou.

E mesmo com as medidas de fechamento de comércio e de isolamento social até o dia 13 de abril determinado pelo governo do Estado do Rio, é possível percorrer algumas favelas da Maré e perceber a normalidade no funcionamento em algumas localidades.

Sem espaço para isolamento

Com o pico de contágio previsto entre os meses de abril e maio, condições adversas obrigam moradores de favela a tomar cuidado dobrado e até a improvisar para evitar o contato com o novo coronavírus

Maré de Notícias #111 – abril de 2020

Flávia Veloso

Um vírus altamente contagioso se instalou nos cinco continentes, infectando mais de 1,351 milhão de pessoas e matando mais de 75,5 mil, até a tarde do dia 08 de abril. Para tratar quem já está doente e evitar que o contágio continue crescendo muito, governos do mundo inteiro recomendam e determinam que a população se isole em suas casas e intensifique cuidados com a higiene corporal e objetos.

Em previsão feita pelo Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o pico de contágio no Brasil deve acontecer entre os meses de abril e junho. O estado do Rio é o segundo com o maior número de casos e óbitos do país, com 1938 casos e 106 mortes, e se as recomendações para o isolamento não forem respeitadas, haverá um número de casos acima do que o sistema de saúde pode suportar.

Questões estruturais que dificultam isolamento

Há alguns fatores que dificultam que o isolamento seja feito da maneira exigida nas favelas, como moradias pequenas, com poucos cômodos, muito próximas umas das outras e onde residem muitas pessoas, dificultando a circulação de ar e o isolamento das pessoas. Essa é a realidade das favelas cariocas, o que pode dificultar o respeito às medidas de prevenção propostas pelos órgãos de Saúde.

Além das condições estruturais das moradias, os trabalhadores que não foram liberados de seus empregos correm o risco de levar o vírus para dentro de casa, sem esquecer a constante falta d’água nessas regiões, dificultando os cuidados com a higiene. É uma questão de tempo para que o coronavírus se espalhe pelas favelas cariocas. Para frear isso, é necessário que todos adotem cuidados.

Letícia Felix é formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Moradora do Parque Rubens Vaz, na Maré, ela relata sua própria experiência: “Somos seis numa mesma casa, o que torna o isolamento mais difícil. Nem todos os dias todas as ações [de prevenção] são bem-feitas. São dias difíceis e fora da nossa rotina, mas estamos conseguindo, aos poucos. O que não conseguimos é o distanciamento, a casa não é grande.”

Uma vantagem da casa de Letícia é a boa circulação de ar, algo que não é comum a diversas outras moradias: “Algumas são muito pequenas, nos fundos de becos, só têm a porta de entrada e um basculante bem pequeno que, mesmo aberto, não dá vazão”, contou.

Especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) responderam a algumas perguntas, orientando e dando dicas de como os moradores de favelas podem se prevenir durante a quarentena. Houve também uma coletiva de imprensa da Fundação com comunicadores de favelas para tirar dúvidas, entre elas, a questão da aglomeração involuntária e do isolamento social.

Autoridades discutem planos

Para lidar com a questão da aglomeração involuntária a que são submetidos os moradores de favelas, os governantes do estado e município do Rio estudam isolar ao menos as pessoas do grupo de risco, que são indivíduos com mais de 60 anos, diabéticos, hipertensos, cardíacos, com deficiência do sistema imunológico, aqueles que fazem uso de medicamentos com corticoide e aqueles em tratamento de câncer.

A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH), regulamentou hotéis e disponibilizou mil vagas para receber idosos assintomáticos que moram em favelas da capital fluminense e possíveis acompanhantes, mas a proposta teve baixa adesão e sobram muitas vagas a serem preenchidas. Os selecionados ficarão em uma acomodação e terão direito a três refeições diárias (café, almoço e janta) em seus quartos, além das comodidades oferecidas e hospedagens, como lençóis, toalhas e sabonete. “Entre os critérios, estão ter 60 anos ou mais, morar em comunidade da Zona Sul – região da cidade que concentra o maior número de casos – morar em locais onde não seja possível o isolamento domiciliar e ter capacidade de autocuidado e autonomia para locomoção”, explicou a assessoria. A proposta de isolamento da SMASDH é abrigar e proteger pessoas do grupo de risco moradoras de favelas que não estejam contaminadas.

Moradores denunciam falta d’água em várias residências

Dezenas de casas nas localidades de Nova Holanda, Baixa do Sapateiro, Morro do Timbau, Vila do João e Vila dos Pinheiros vêm sofrendo falta d’água durante a pandemia. Após nosso contato, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE) informou que visitou os endereços, concluiu que estão abastecidos e sob monitoramento da Companhia. “A CEDAE está colocando nas ruas, em caráter emergencial, 40 novos caminhões-pipa para atender prioritariamente as solicitações de comunidades da Região Metropolitana do Rio de Janeiro”, completou. A empresa não respondeu quais locais receberam ou receberão os caminhões-pipa. As atividades operacionais e de manutenção da CEDAE estão mantidas, mas devem ser solicitadas apenas pelo telefone 0800-2821195 ou pelo site da Companhia.

Fiocruz responde sobre o isolamento e as aglomerações

Ronda Coronavírus: sobe para 8 o número de casos e 3 o de óbitos na Maré

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Prefeitura divulga medidas para conter disseminação do vírus. Caixa divulga novo calendário para pagamento de auxílio emergencial

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informou no fim da tarde desta sexta-feira, 17 de abril, que registra até o momento, 4.349 casos confirmados e 341 óbitos por coronavírus no estado. Há ainda 150 óbitos em investigação. Na cidade do Rio são 2.946 casos. As favelas da cidade concentram 85 casos, sendo a Rocinha a favela que tem mais pessoas infectadas (43), seguida de Manguinhos (9), e a Maré, que subiu em 3 os casos e 1 óbito na atualização de hoje das secretarias de saúde, no total são 8 pessoas confirmadas e 3 mortes pelo Covid19 na Maré.

Nesta sexta-feira a prefeitura comunicou algumas medidas e possíveis decretos com objetivo de conter a disseminação do vírus:

Suspensão de visitação. A prefeitura do Rio suspendeu a visitação de todos os pacientes internados na rede municipal de saúde enquanto durar a pandemia. A determinação foi publicada no Diário Oficial do município desta sexta-feira e já está em vigor.

Proteção para profissionais de saúde: A prefeitura anunciou que irá reforçar a proteção aos profissionais de saúde da linha de frente de combate ao novo coronavírus com a implantação de 10 centros de testagem de Covid-19 exclusivos a quem trabalha na rede municipal e apresentar sintomas suspeitos de Covid-19, e a entrega de capotes e outros itens para uso nas unidades.

Obrigatoriedade de uso de máscaras nas ruas: A prefeitura também anunciou que vai proibir a população de andar nas ruas sem máscaras, através de decreto municipal, que será sancionado nesta sexta-feira. A medida valerá para todas as pessoas que saírem de casa.

A Caixa Econômica Federal divulgou um novo calendário para pagamento do auxílio emergencial que irá garantir renda mínima para trabalhadores informais e desempregados durante o período da pandemia do novo coronavírus. Os pagamentos começaram nesta sexta-feira, 17 de abril e vão até segunda-feira, dia 20. O novo calendário completo está disponível no site da Caixa.

Nesta sexta o país registrou o maior núemro de mortes em um dia, com um total de 217. Os recordes anteriores de mortes confirmadas no período de um dia tinham sido nos dias 14 e 15 de abril, quando haviam sido registrados 204 óbitos. A taxa de letalidade é de 6,7% no país., e aregião sudeste é a mais impactada pelo novo vírus, com 56,6% dos casos (19.067), segundo o Ministério da Saúde.

Ronda Coronavírus: 50 dias de novo vírus no Brasil e ministro é demitido

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 Rocinha alerta para possibilidade de subnotificação. Prefeitura inicia entrega de cartões cesta básica para alunos.

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informou nesta quinta-feira, 16 de abril, que registra, até o momento, 3.944 casos e 301 óbitos por coronavírus. Há ainda 130 óbitos em investigação. São 2.659 casos apenas na cidade do Rio de Janeiro. Na Maré, até o fechamento deste texto, são cinco casos confirmados e dois óbitos, de acordo com o Painel Rio Covid-19. Apesar disso, muitos comércios seguem com funcionamento normal na Maré, e com isso, pessoas nas ruas. A  Rocinha, primeira favela a testar positivo para o novo coronavírus no Rio de Janeiro, é também a que tem mais casos: 36 confirmados e três óbitos.

As autoridades médicas alertam para o grande pico de casos que devem ser registrados nas próximas semanas. O Jornal Fala Roça divulgou uma matéria que evidencia que em três dias, 50% de pacientes de clínica particular testaram positivo para Covid-19 na Rocinha e esses números não foram computados pelo painel que informa os casos com informações das secretarias de saúde. As secretarias municipal e estadual de saúde informaram em nota que o resultado dos testes de Covid-19 tem levado, em média, 48 horas para saírem. Depois disso, os mesmos são computados no Painel Rio Covid-19 .

“Escolha são inevitáveis”

Na tarde desta quinta-feira, 16 de abril, marco de 50 dias do primeiro caso do novo coronavírus no Brasil, o Governo anunciou a demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde. O presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro vinham tendo divergências publicamente sobre as estratégias e posicionamento do governo federal diante à pandemia, inclusive sobre o distanciamento social. O oncologista Nelson Teich foi anunciado pelo presidente como o novo ministro. Circula nas redes sociais um vídeo de Nelson que fala sobre a possibilidade de escolha sobre o investimento para recuperação de pessoas infectadas, no vídeo, o oncologista fala em preferenciar jovens à pessoas idosas. 

Cartões cesta básica

A prefeitura do Rio iniciou nesta quarta, 15 de abril, a entrega dos cartões para compra de alimentos para os alunos da rede municipal de ensino. Foram entregues cartões para alunos residentes na Cidade de Deus e Gardênia Azul, zona oeste da cidade. A Secretaria Municipal de Educação lançou em suas redes sociais e site o link http://cartao-alimentacao.apps.rio.gov.br para que responsáveis de estudantes possam se inscrever e solicitar o Cartão Cesta Básica. As famílias de alunos contempladas neste primeiro momento foram de cadastrados em programas sociais, informa a assessoria da secretaria.