Home Blog Page 62

Hora do Blec: conheça o desenho com protagonismo negro criado a partir dos ODS da ONU

0

Desenho com clipes musicais que já alcançam mais de 70 países estão disponíveis no Youtube e demais plataformas de streamings

Reportagem de Bruno Sousa originalmente publicada no Jornal Meia Hora através do PerifaConnection

No cenário contemporâneo, onde a educação e a conscientização são cruciais, surge “Hora do Blec”, um desenho animado que vai além do entretenimento infantil. Criado em 2020 pelo casal de atores Yasmin Garcez e David Junior, o desenho conta a história de Blec, seus amigos e familiares, destacando valores fundamentais enquanto promove uma abordagem educacional e inclusiva.

A COP28, que encerrou no último dia 12 de dezembro, ressalta a urgência de abordar questões sociais e ambientais — temas que são tratados nos clipes do desenho “Hora do Blec”. Os valores humanitários abordados na ilustração estão alinhados com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Clipes como “Mãe terra”, “Macarrão do Papai” e “Abelhinhas” são inspirados nas ODS 15, 05 e 02, que falam sobre uso sustentável do ecossistema, igualdade de gênero, fim da fome e insegurança alimentar. O Blec, icônico protagonista negro, inspira as crianças a agir por um mundo mais justo e sustentável desde cedo.

Yasmin Garcez, lembra que já sonhava com um desenho com protagonismo negro desde 2016, e esse projeto se materializou como Hora do Blec após seu casamento com David. Ao refletir sobre o impacto educacional e de conscientização que o desenho pode ter nas crianças, ela enfatiza: ” O desenho é uma revolução em si. Se acostumarmos as próximas gerações com diversidade e com a pluralidade cultural, estaremos contribuindo naturalmente para o fim do racismo e de outras opressões sociais. Ampliar referências é ampliar o diálogo. E ampliar o diálogo é diminuir preconceitos.”

Além disso, a adaptação do desenho para o teatro amplia seu alcance, proporcionando uma experiência interativa que reforça os valores transmitidos na animação. A diversidade é um elemento-chave, com personagens multiétnicos e representatividade negra, construindo uma narrativa que celebra a pluralidade, introduz conceitos de sustentabilidade, respeito à natureza, valorização da diversidade e incentiva o empoderamento desde a infância.

O protagonismo negro de Blec e sua relação com o cabelo afro através do talismã simbolizam uma mensagem positiva sobre identidade e representatividade.

Diante dos desafios sociais e ambientais, “Hora do Blec” se destaca como uma ferramenta educacional eficaz, construindo um novo paradigma de heroísmo infantil. O desenho reforça a ideia de que cada criança pode ser um herói em sua vida cotidiana, enfrentando o individualismo e contribuindo para um mundo mais harmonioso.

Assim, “Hora do Blec” ganhou o público e passou a ser usados em materiais de educação antirracista nas escolas se consolidando não apenas como um desenho, mas uma iniciativa inspiradora que desafia as normas tradicionais do heroísmo, empoderando as crianças a serem agentes de mudança em um mundo que tanto necessita de valores sólidos e inclusivos.

Feriados prolongados em 2024: apenas três poderão ser emendados

0

Menos feriados prolongados e mais feriados aos finais de semana em 2024

Feriados prolongados são oportunidades perfeitas para viagens curtas ou descansar em família. Mas em 2024 apenas três datas nacionais darão essa chance.

Em 2024 a maioria dos feriados serão ao longo da semana. O dia da confraternização humana (01 de janeiro) será em uma segunda-feira. Além desta data, a Paixão de cristo (29 de março) e a Proclamação da República (15 de novembro) cairão em sextas-feiras, sendo possível a emenda com o final de semana.

Apesar de no último dia 21/12 o Dia da Consciência Negra ter se tornado feriado nacional, a data também não possibilita junção com o fim de semana em 2024, por cair em uma quarta-feira. No caso do Rio de Janeiro, dia 20 de janeiro, é considerado feriado por ser dia de São Sebastião, padroeiro da cidade. Mas em 2024 a data cai no sábado. Ou seja, não se torna um dia a mais de descanso. Além desses, dia 23 de abril, dia de São Jorge, cai numa terça-feira.

Ainda assim, não há motivo para desânimo. Apesar da impossibilidade da emenda com o fim de semana, é possível ainda garantir a quebra na rotina, momento de pausa e descanso no meio da semana. Confira agora as datas dos feriados nacionais:

Feriados nacionais:

  • 1° de janeiro: Confraternização Universal (segunda-feira);
  • 29 de março: Sexta-Feira Santa/Paixão de Cristo (sexta-feira);
  • 21 de abril: Tiradentes (domingo);
  • 1º de maio: Dia Mundial do Trabalho (quarta-feira);
  • 7 de setembro: Independência do Brasil (sábado);
  • 12 de outubro: Nossa Senhora Aparecida (sábado);
  • 2 de novembro: Finados (sábado);
  • 15 de novembro: Proclamação da República (sexta-feira);
  • 25 de dezembro: Natal (quarta-feira).

Pontos facultativos:

  • 12 de fevereiro: Carnaval (segunda-feira);
  • 13 de fevereiro: Carnaval (terça-feira);
  • 14 de fevereiro: Quarta-Feira de Cinzas (quarta-feira);
  • 30 de maio: Corpus Christi (quinta-feira);
  • 28 de outubro: Dia do Servidor Público (segunda-feira).

Ano novo, vida nova? Simpatias e promessas para o final de ano

0

Réveillon traz simpatias, promessas e o desejo de prosperidade 

Por Ana Lourdes(*) e Hélio Euclides

A festa de final de ano vem acompanhada das simpatias e superstições, como comer lentilhas e sete sementes de romãs, pular sete ondinhas, cantar o tradicional “Adeus ano velho, feliz ano novo”, usar roupas brancas, colocar folha de louro na carteira ou ainda segurar na hora da passagem uma cédula de dinheiro na mão. Mas há ainda espaço para as promessas de Réveillon, que podem ser cumpridas ou esquecidas ao longo do ano.

O ano de 2024 será bissexto, ou seja, o mês de fevereiro terá um dia a mais: serão 29 dias. Isso é um motivo importante para os que realizam as promessas de fim de ano, pois terão 366 dias para cumprir o prometido. Os principais juramentos são de uma alimentação melhor, cuidar da saúde mental ou do sono, parar de fumar, melhorar o controle das finanças pessoais, mudar hábitos de bebida, voltar a estudar, começar as atividades na academia e, em alguns casos, encontrar um novo amor ou oficializar uniões.

As tradições brasileiras de fim de ano misturam diferentes culturas, herdadas a partir da colonização e urbanização do país. Algumas delas, como pular sete ondas ou oferecer oferendas ao mar, vieram das religiões de matriz africana. Independentemente da crença, todos possuem uma prática em comum no final do ano: desejar e pedir pelo ano que está vindo. Esse anseio se une à vontade de antecipar os futuros acontecimentos, o que motiva a busca por previsões religiosas e místicas a cada réveillon.

Stephen Hawking, físico e cosmólogo, dizia que os humanos sempre quiseram controlar o futuro. Na visão do cientista, isso contribui para a explicação do porquê as pessoas acreditam em pseudociências que preveem o futuro: a astrologia, por exemplo. Em entrevista à empresa de mídia digital Vice Brasil, Amâncio Friaça, astrônomo e professor de história da ciência da Universidade de São Paulo (USP) enxerga a astrologia como um apelo psicossocial e simbólico e a chama de “um instrumento para o desenvolvimento da racionalidade”.

Um empurrãozinho na prosperidade

Além das vestes brancas, alguns acreditam no poder das cores nas roupas íntimas. O branco é usado para trazer a paz, o amarelo remete ao dinheiro, o verde, à esperança, o vermelho é para grandes paixões, o laranja, à felicidade, a cor rosa é o amor, o marrom é estabilidade familiar, o violeta traz a espiritualidade e sensibilidade e o azul lembra a calma e tranquilidade. Carol Martins, moradora do Parque Maré, não é adepta das simpatias, mas por outro lado não abandona as promessas. “Faço várias, como pensar em guardar dinheiro, procrastinar menos, tirar carteira de motorista… A lista é infinita”, comenta. 

Para Jorge Luiz de Souza, psicólogo do Instituto Vida Real, a diversidade humana apresenta variadas culturas e pensamentos: “Alguns se preocupam com a chegada de um novo ano, pois não tem expectativas positivas, outros se enchem de esperança para um novo ano repleto de realizações, mostrando que somos seres que expressam emoções que vão da tristeza a alegria em pouco espaço de tempo. O mundo é repleto de culturas que exteriorizam suas crendices, seus rituais que na visão de cada um faz bem e ajudam a viver melhor”, afirma.

“No interior de cada pessoa está o desejo de ser alguém bem-sucedido na vida, ser próspero, ter uma vida sossegada. Com isso prometemos que vamos estudar, que vamos trabalhar para comprar algo tão sonhado, que vamos nos esforçar para alcançarmos aquilo que não conseguimos no ano que está findando. Vejo que o importante é não nos preocuparmos em fazer promessas que talvez não possamos cumprir. Viver um dia de cada vez sempre deu certo”, avalia.

O psicólogo dá sugestões para essa passagem de ano. “Quando temos o cuidado de cultivar bons relacionamentos, de ser corretos em nossas transações, de ser íntegros em nosso modo de ser, as coisas acontecerão naturalmente como frutos de nosso trabalho e dedicação. Resta-nos fazer a nossa parte neste mundo, sendo pessoas melhores a cada dia procurando ser feliz e fazer o outro feliz”, conclui.

As dicas também vêm da Carol, que utiliza o poema Receita de Ano Novo, de Carlos Drummond de Andrade. “Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta… Tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre”, finaliza.

O Maré de Notícias deseja que o novo ano seja de uma sociedade com menos violência, com cumprimentos dos direitos, respeito à igualdade, valorização das mulheres, da população LGBTQIA+, dos negros, dos favelados e de todos os segmentos que ainda não têm sua garantia da qualidade de vida respeitada. Que 2024 venha repleto de vida, perseverança, cuidado, esperança, criatividade, solidariedade, harmonia, delicadeza e amor. Feliz Ano Novo!

*Ana Lourdes é aluna do Curso de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em parceria com o Maré de Notícias e o Conexão UFRJ.

Programação de férias aberta ao público na Maré; Confira!

0

A programação do Bela Verão 2024 é elaborada para oferecer uma variedade de eventos, desde leituras e oficinas até exposições e ações poéticas, além do tradicional banho de piscina e mangueira

Início do ano é o famoso mês das férias escolares, de recesso e de descanso. Reponsáveis das criançadas que estão descansando das aulas costumam se perguntar o que fazer para ocupar o tempo livre durante esse período. O Maré de Notícias traz uma dica de programação para todas as idades: O Bela Verão 2024.

Realizado pelo Observatório de Favelas, através do Galpão Bela Maré, as atividades incluem experiências culturais, artísticas e poéticas. As atividades acontecem, de forma gratuita, a partir do dia 6 de janeiro no Bela Maré e a classificação é livre.

A programação do Bela Verão 2024 é elaborada para oferecer uma variedade de eventos, desde leituras e oficinas até exposições e ações poéticas, além do tradicional banho de piscina e mangueira. A diversidade de atividades tem como objetivo proporcionar uma experiência divertida durante o período de férias escolares.

A coordenadora do Galpão Bela Maré, Anna Luísa Oliveira, revela que a programação deste ano contará com oficinas de criação de instrumentos e experimentações musicais, com participação de Fábio Mukanya e do projeto Miscelânea Black.

“Vamos começar o ano de 2024 no Galpão Bela Maré com o programa Bela Verão, esse é um momento de celebração da estação mais quente do ano, onde pretendemos unir refrescância, artes visuais e musicalidades. “

Além disso, Ana destaca a abertura da exposição ‘Na cabaça estão todas as mirongas’, do artista visual Ismael David com curadoria de Ana V, que conta com obras de artes onde as crianças poderão tocar, brincar e se integrar:

“É na Cabaça onde estão todas as mirongas, ou seja, os segredos, e é a partir dela que propomos uma série de atividades artísticas pedagógicas e curatoriais em celebração às infâncias, em confluência com a musicalidade afro-brasileira e indígena. Com muita água, música e artes, convidamos a todas as pessoas, em especial as crianças para estarem com a gente, entre janeiro e fevereiro. São 18 ações diversas, entre elas destacamos a exposição. Fique de olho em nossas redes sociais!”, convida Anna Luisa.

Confira a programação:

  • Leitura e Contação: “Olelê Uma Cantiga da África” (06/01 às 15h):

Uma viagem encantadora pela tradição oral africana, compartilhando histórias e cantigas que celebram a riqueza cultural do continente.

  • Oficina de Musicalidades Indígenas e Seus Instrumentos (06/01 às 16h):

Explore os ecos ancestrais em uma oficina que mergulha nos sons e ritmos das culturas indígenas, destacando instrumentos e melodias únicas.

  • Oficina de Slammer e Criação de Versos (12/01 às 14h):

Uma imersão no universo do slam, onde a palavra ganha vida. Participe para expressar emoções e pensamentos por meio da poesia falada.

  • Exposição “Na Cabaça Estão Todas as Mirongas” de Ismael David (20/01 às 14h):

Admire as mirongas representadas nas obras de Ismael David, em uma exposição que promete ser uma viagem visual pelas narrativas contidas nas cabaças.

  • Ação Poética: Banho de Piscina e Mangueira (20/01 às 11h):

Refresque-se em uma poesia aquática, celebrando o verão com uma ação poética que envolve piscina, mangueira e muita criatividade.

  • Oficina Sinfonia do Cotidiano, Brincando com os Sons (17/01 às 15h):

Uma jornada sonora através dos sons do cotidiano, transformando o ordinário em extraordinário por meio de brincadeiras e experimentações musicais.

  • Ação Poética: Minue – Amarelinha Africana e Terra ou Mar? (24/01 às 15h):

Participe de uma amarelinha africana e faça escolhas difíceis entre terra e mar, em uma ação poética que mistura brincadeira e reflexão.

  • Oficina Aquarela Invisível (24/01 às 16h):

Descubra a magia de criar com aquarelas invisíveis, uma oficina que estimula a imaginação e a expressão artística de forma única.

  • Oficina de Discotecagem com Controladora (27/01 às 15h):

Entre no mundo da música eletrônica com uma oficina de discotecagem, utilizando controladoras para criar sua própria trilha sonora.

Galpão Bela Maré fica situado na Rua Bittencourt Sampaio, 169, Maré. Entrada gratuita

Unidade Afrogames da Nova Holanda abre vagas para novas turmas em janeiro 

0

Turmas de games recebe inscrições de 8 a 10 de janeiro 

A unidade do projeto de inclusão de digital, Afrogames, situada na Nova Holanda, abre vagas para novas turmas de games em janeiro. De 8 a 10, basta se dirigir a unidade do projeto com documento de identidade, cpf e cep residencial para realizar a inscrição. 

O AfroGames é o primeiro centro do mundo em formação de e-Atletas dentro de uma favela. Desde 2019 são oferecidos cursos de formação em diversas modalidades, algumas incluídas em Panamericanos e Olimpíadas. A capacitação profissionalizante de Desenvolvimento de Jogos, abrangendo as áreas de programação, design e som também são disponibilizadas pelo projeto.

Hoje a grade conta com os cursos mobile de Pokemon Unite e Free Fire, e os cursos desktop de Valorant, LoL, Fortnite, Programação de Jogos e Design de Jogos, além do curso console de EA Sports FC. 

Todos os cursos são direcionados para adolescentes, jovens e até adultos, já tendo atendido alunos dos 12 aos 39 anos!

Unidade Nova Holanda – Rua Sargento Silva Nunes, 608 – Nova Holanda

Unidade Morro do Timbau – Endereço: Rua dos Caetés, 131 – Morro do Timbau 

Prédio da Associação de Moradores do Morro do Timbau

Carnaval 2024: escolas da Maré já se preparam para a folia

A maior dificuldade relatada pelos dirigentes das duas escolas é a falta de verbas, já que a subversão só aparece muito perto do carnaval

Maré de Notícias #155 – dezembro de 2023

Hélio Euclides e Juliana Neris

As escolas de samba fazem a festa em pelo menos uma semana de folia, até o último toque do surdo de mão. O que para muitos é o encerramento, para os diretores e membros das agremiações é o início do processo de preparação para o carnaval seguinte. A menos de três meses de pisar na passarela, as escolas de samba da Maré estão trabalhando a todo o vapor para a festa de 2024.

A Série Bronze é composta por 25 agremiações, e duas delas são da Maré. O Gato de Bonsucesso será a 12ª escola a desfilar no dia 12 de fevereiro (segunda-feira de carnaval), e o Siri de Ramos, a quarta a entrar na avenida, na terça-feira, dia 13. O desfile retorna ao tradicional circuito da Estrada Intendente Magalhães, em Oswaldo Cruz.

A maior dificuldade relatada pelos dirigentes das duas escolas é a falta de verbas, já que a subversão (auxílio para cobrir as despesas de custeio dado por entidades públicas e privadas) só aparece muito perto do carnaval.

Desejo de vitória

Uma boa notícia é o fim da divisão criada há quatro anos. As escolas dissidentes, dentre elas a Siri de Ramos, voltaram a se filiar à Superliga Carnavalesca do Brasil, que organiza as séries Bronze e Prata, além do Grupo de Avaliação.

A escola vai reeditar para seu desfile do ano que vem o samba Doce Infância. Original de 2011, a música marcou o ano em que a escola passou de bloco carnavalesco para escola. Serão 760 componentes, sendo 180 ritmistas, mostrando o trabalho de três carnavalescos. 

“Vamos respeitar as escolas irmãs, mas faremos um carnaval para ser campeã. Não é algo fácil. A ala das baianas, por exemplo, está cada vez menor, mas precisamos ter pelo menos 30 componentes nela”, diz o Edivaldo Pereira (conhecido como Vadão), presidente da agremiação.

Segundo ele, “o orçamento também é apertado: para colocar uma escola na avenida é necessário em média R$ 160 mil”.

Festa na rua 

A Siri de Ramos já está montando as alegorias e se prepara para os ensaios abertos, marcados para os dias 13, 20 e 27 de janeiro. Outro ponto alto será a festa Siri Folia, que acontecerá no dia 4 de fevereiro. A escola promete apresentar palhaços, artistas de pernas de pau e outros profissionais de circo. 

“Esperamos que a comunidade venha ajudar a agremiação, pois são os moradores que colocam o carnaval na rua. Não temos dinheiro, então para suprir essa falta é necessário conhecimento, boa vontade e gostar muito. Agradeço a Superliga pelo empenho”, conclui Edvaldo.

Alegria organizada

Uma das saídas para levantar fundos é justamente organizar eventos nas quadras para arrecadar verbas e conseguir desfilar. Mas esse é um trabalho a mais numa agenda já apertada. Vânia Silva, vice-presidente da Gato de Bonsucesso, confessa que os bastidores do carnaval são uma loucura.

“Agora é o momento que corremos atrás de parcerias, alinhar o grupo da harmonia, identificar as baianas e os passistas. A alegria precisa ser organizada, uma diversão com interação, que ajuda no desfile”, diz.

Ela adianta que “já montamos a sinopse do enredo e escolhemos o samba. Quando acaba o carnaval temos de correr para a articulação de construir o próximo. Não descansamos”. 

A escola terá como enredo o mundo persa, com a preparação do carnavalesco Hugo Silva. 

Sem verba

Uma preocupação da escola é o cuidado com a quadra localizada na Nova Holanda. 

“Já pintamos, agora temos que cuidar do piso. O objetivo é trazer visibilidade para a escola e assim construir os dois carros necessários. Sempre falta verba para fazer a manutenção nos eixos dos carros, por isso acontecem as quebras na avenida. Estamos correndo na frente para que isso não ocorra”, explica Vânia.

O maior problema, comum às escolas, é o envio da verba perto do carnaval: “A Prefeitura não conversa com as escolas, só envia o recurso em cima da hora. É preciso verba para todos os setores da escola.”

Ela também pede a ajuda da comunidade, dizendo que “seria muito bom que os comerciantes locais nos apoiassem. Botar a escola na avenida não é como falar ‘Abre-te, Sésamo’ e pronto”.