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#RemaMaré: peça ‘Becos’ aborda tema da saúde mental a partir da realidade favelada

Espetáculo tem apresentações nesta sexta (27) e sábado (28), no Galpão Espaço Normal, na Maré

Por Edu Carvalho, em 27/08/2021 às 11h35

‘’Toda vez que uma criança preta morre, o meu útero dói. Você já sentiu essa dor?’’ Esta é mais do que uma simples frase de efeito quando está na boca de uma jovem, negra, periférica e favelada, características que descrevem uma vida muito curta no Brasil – sobretudo em 2021. Em um contexto onde tenta-se vencer o vírus, a bala e a fome, a entonação das palavras ganha camadas mais profundas de reflexão sobre como estamos caminhando enquanto sociedade e lidamos com esses acontecimentos diários. 

É o teatro que encena a vida na peça ‘’Becos’’, imersão poética baseada em 10 movimentos sobre saúde mental nas favelas desde o dia 23 e termina neste sábado, com três apresentações durante o dia. O ato é desdobramento da realização da pesquisa Construindo Pontes, feita pela ONG Redes da Maré em parceria com a People’s Palace Projects. Também na programação, diferentes ações e atividades artísticas e culturais decorrentes do panorama que narra o impacto das violências na vida da população de favelas. 

Foto: Matheus Affonso

‘’Tem momentos muito pesados, mas acho que é uma viagem e isso é a vida, não é? Eu não quero criar, nem o elenco, uma coisa que não mostre que a vida é dolorosa. Tem sofrimento, mas juntos conseguimos enfrentar, remar, nessas correntes profundas’’, aponta Paul Heritage, ativista, dramaturgo e diretor da People’s Projects Palace. Para Paul, a encenação é um marco na discussão de saúde mental e demais assuntos da atualidade, como direito à vida, juventude, desigualdade e racismo. ‘’Tomara que o espetáculo traga esses dois lados, deixe profundidade, de momentos que arrancam a pele e também de outros como o momento onde vejo o público inteiro cantando ‘’Maré, Maré, Maré’’. Virou um mantra de celebração’’, enfatiza.

Já para MC Martina, poeta de 23 anos e uma das atrizes que integra o elenco da montagem, a realização da apresentação comprova a urgência do tema, encontrando nos palcos a possibilidade de debate. ‘’A peça é uma forma de comunicar o que tem que ser dito através da arte, que é ponte para falar sobre todos os pontos sensíveis que vivemos. É ela (a arte) a maior ferramenta de comunicação’’. 

Diretor Paul Heritage e elenco da peça. Foto: Matheus Affonso

‘’Becos’’ conta ainda com Thaís Ayomide, Thainá Iná, Rodrigo Souza, Matheus Araújo, Jonathan Panta, e tem como produtores Rafael Rocha, Eduardo Campello e Cat Paskel. 

Serviço: 

Peça ‘’Becos’’
Onde: Rua Dezessete de fevereiro, 237 – Parque Maré 
Como participar: público máximo de 15 pessoas por conta dos protocolos sanitários da covid-19.
Sessões 27/8 – 10h e 14h
Sessões 28/8 – 10h, 14h e 15h30

Corpos Visíveis debate feminismo e diversidades

Mostra  de multilinguagens artísticas chega à segunda edição 

Por Redação, em 27/08/2021 às 07h

No próximo domingo, dia 29 de agosto, Dia da Visibilidade Lésbica, acontece a segunda edição do Mostra Corpos Visíveis, protagonizado por produção feminina, e que desde a primeira edição, tem como premissa debater feminismo e diversidade. O evento, desta vez online, destaca e reflete sobre a presença de mulheres nas artes, do backstage ao palco. A exibição da nova edição vai acontecer no canal do Youtube da ColetivA DELAS, a partir das 19h.

A 2ª Edição da Mostra de Multilinguagens Corpos Visíveis: Arte e Diversidade, será transmitida pelo YouTube da ColetivA DELAS, e reunirá artistas da música, da performance e do teatro, por meio de shows, projeções ao vivo, clipes, videoarte e performances  teatrais, além de depoimentos das artistas e equipe composta majoritariamente por mulheres e LGBTQIA+ acerca dos debates de gênero e  diversidade sexual.  

Online e gratuita, a Corpos Visíveis apresentará uma curadoria diversa, com grandes nomes femininos da música  que vão do rap ao tecnobrega, tais como: Mahmundi, cantora, compositora, produtora musical e instrumentista, que teve seu disco indicado ao Grammy Latino de 2019 e venceu na categorias de produtora musical do prêmio WME, no mesmo ano, também produziu e participou de faixas de Artistas diversos como Liniker, Linn da Quebrada e Diogo Nogueira; Camila Guiaz,  artista pop, transexual, com  vasto material autoral, experimentando diferentes estilos como MPB, pop rock, rap e reggae; Keila, cantora compositora e dançarina, uma das principais representantes do Tecnobrega Paraense no Brasil, que durante 10 anos integrou a Gang do Eletro onde colecionou alguns feitos como apresentação na abertura dos jogos olímpicos 2016, músicas em trilhas de Novelas e Filmes, além de dois prêmios Multishow, já dividiu palco com Caetano Veloso e participou do  Rock in Rio em 2019; Lourena,  jovem carioca de família baiana que interpretou sucessos que estouraram como “ Dizeres” com o rapper Sant, que possui 100 milhões de visualizações no Youtube  e  “MeIhor Forma”, com o grupo Poesia Acústica,  que já passa de 190 milhões de visualizações no Youtube e mais de 50 milhões de  streamings no Spotify.

Mais que um evento pontual

Idealizada por Karla Suarez, Karina de Abreu e Sophia Prado, Diretoras da ColetivA DELAS, a Mostra Corpos Visíveis nasceu da criação coletiva e colaborativa com o intuito de promover a empatia, a sustentabilidade, a acessibilidade e a arte como ferramenta central para a administração das dores e a preservação dos direitos e da vida das mulheres e LGBTQIA+.

A Corpos Visíveis é uma mostra sobre feminismo, transgeneridade e diversidade sexual, que visa combater o machismo e a LGBTfobia através do arte. Realizada pela ColetivA DELAS em parceria com produtores culturais e coletivos LGBTIs , periféricos e feministas. A ColetivA é um hub criativo  que atua  desde  2016  produzindo  experiência, conteúdos digitais e audiovisuais  para impactar mulheres e LGBTIA+. Muito mais que um festival, a Corpos busca ser um ponto de diálogo e conexão  entre as vozes e rostos criativos do país, unindo suas raízes em um projeto que amplia a visibilidade da mulher e LGBTIA+ frente a produção cultural onde mulheres são protagonistas. 

Censura na primeira edição

A primeira edição ocorreu em junho de 2018 e reuniu mais de 2 mil pessoas, entre o Parque Madureira e a Fundição Progresso   e contou com grande mobilização social e artística tornando-se mais do que um evento ou um projeto pontual. Desde o evento, o coletivo de artistas e produtores envolvidos em sua realização, foi convidado a participar de diversas atividades, além de ter sido tema de artigos e outros trabalhos acadêmicos.

Na sua primeira edição o evento sofreu censura do ex-prefeito Marcelo Crivella. Na ocasião, ele publicou um vídeo em seu perfil no Facebook em que afirmou que, na administração dele, “nenhum espetáculo, nenhuma exposição vai ofender a religião das pessoas”.  A peça “O Evangelho Segundo Jesus, rainha do Céu”, da dramaturga britânica Jo Clifford e com direção de Natalia Mallo, apresenta Cristo interpretado pela atriz Renata Carvalho, que é transexual. A exibição, transferida para a Fundição Progresso devido à censura, reuniu centenas de espectadores.Três anos depois do sucesso da primeira edição, a Corpos Visíveis está de volta. A segunda edição da Mostra foi contemplada na Lei Aldir Blanc, a partir do edital “Retomada Cultural RJ” – Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro.

2ª Edição Mostra Corpos Visíveis

Quando: 29 de Agosto
Horário: 19h
Onde: Online no Youtube

Instagram: https://www.instagram.com/corposvisiveis/ 

Facebook: https://www.facebook.com/corposvisiveis/ 

Site: https://corposvisiveis.wixsite.com/2018 

https://www.youtube.com/watch?v=ysD3VXIJv6w

MAIS INFORMAÇÕES À IMPRENSA: [email protected]

Prefeitura anuncia adiamento do plano de flexibilização das restrições no combate à covid-19

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Por Redação, em 26/08/2021 às 11h10

A Prefeitura do Rio anunciou o adiamento do plano de flexibilização das restrições de combate à covid-19, que passaria a valer em 2 de setembro. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), as razões para a suspensão estão relacionadas ao aumento do número de casos de covid na cidade, principalmente causados pela variante Delta, além da irregularidade no fornecimento de vacinas por parte do Ministério da Saúde.

“Desde o primeiro anúncio sobre o plano de reabertura da cidade, no início de agosto, foi frisado que essas medidas estavam condicionadas a um cenário epidemiológico favorável, com continuidade da regressão do mapa de risco da cidade para alertas moderado e baixo; e da regularidade de entrega de vacinas pelo Ministério da Saúde. Em não se confirmando essas condições, o planejamento poderia ser revisto”, explicou em nota a Secretaria.

Vacinação de adolescentes

A vacinação contra a Covid-19 dos mais jovens recomeça nesta quinta-feira, com as meninas de 17 anos recebendo a primeira dose. Na sexta-feira (27), a imunização será destinada aos meninos com 17 anos, e, no sábado (28), às pessoas com 17 anos ou mais. Na semana seguinte, o calendário segue, de forma escalonada por idade e sexo, até chegar aos meninos de 15 anos, que recebem a primeira dose no dia 3 de setembro (sexta-feira).

‘Precisamos de todos os recursos para pensar a saúde mental’, diz Paul Heritage, diretor da People’s Palace Projects

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Ativista, dramaturgo e professor da Queen Mary University of London, Paul é uma das lideranças envolvidas na pesquisa “Construindo Pontes”

Por Tamyres Matos, em 25/08/2021 às 17h

Parceiro de longa data nas ações sociais realizadas na Maré, Paul Heritage conversa sobre o conjunto de favelas com familiaridade afetiva, mas, também, com significativo conhecimento de causa. O diretor da People’s Palace Projects é um dos líderes da pesquisa “Construindo Pontes”, que investigou a relação entre a violência armada e a saúde mental dos cerca de 140 mil moradores das 16 favelas.

“Minha parceria com a Eliana (Sousa, diretora da Redes da Maré) rendeu muitos projetos importantes ao longo dos anos. Um exemplo é o ‘Cidades saudáveis, seguras e com igualdade de gênero: perspectivas transnacionais sobre a violência urbana contra mulheres e meninas no Rio de Janeiro e em Londres’, que rendeu insights importantes e ficou conhecido como as ‘lições da Maré’’, relembra.

Com íntima relação com o universo cultural, o britânico acredita ser essencial fazer a ponte entre a arte e o desenvolvimento social. “Uma das características mais interessantes do estudo ‘Construindo Pontes’ é exatamente essa vivência prática da interdisciplinaridade, que é muito difícil de se alcançar. A arte também pode ser um instrumento de pesquisa, precisamos de todos os recursos que temos para falar e pensar saúde mental”, considera.

Mas como assim? O que arte tem a ver com taxas de sofrimento mental? O dramaturgo explica que os trabalhos artísticos atuam, especialmente, na amplificação das vozes das pessoas, do humano por trás dos números apresentados. Além disso, ele acredita que através da cultura é possível abordar perspectivas diferentes e ampliar o alcance das reflexões essenciais quando estamos falando da construção de políticas públicas.

“Os projetos culturais trouxeram pontos de vista que não apareceram em outras partes da pesquisa. Eles podem ser pensados como instrumentos qualitativos dela e trazem contradições e complexidades para o centro do debate. Por exemplo, ansiedade é um tema forte no slam (poesia). A fotografia dos moradores trouxe uma perspectiva totalmente diferente, mas sempre em diálogo com os resultados. O projeto de música com os frequentadores das cenas de uso (de drogas) trouxe uma perspectiva totalmente diferente. Sem os projetos culturais, os moradores seriam somente objetos do estudo, queremos que eles sejam sujeitos”, explica.

Saúde e o senso de comunidade

Ao ser questionado sobre o que espera da recepção da pesquisa por parte do poder público (seja no Brasil, no Reino Unido ou qualquer outra região), o professor da Queen Mary University of London relembra que é preciso que a comunidade esteja melhor informada e possa vencer ideias e preconceitos a respeito de saúde mental.

Para Paul, as famílias precisam de acolhimento em seus anseios para que possam ter um convívio próximo e constante com seus familiares adoecidos e a comunidade em sua totalidade também precisa ser mais tolerante com as diferenças.

“O mais importante é a compreensão de que a saúde mental envolve diversos aspectos da sociedade, como o acesso a serviços e o direito à circulação sem medo. Não se trata somente de uma luta individual”, pontua.

Rema Maré

Desdobramento do processo de realização da pesquisa “Construindo Pontes”, que durou três anos, a 1ª Semana de Saúde Mental – Rema Maré acontece até o dia 28 de agosto (sábado) e conta com diversas atividades culturais, debates e intervenções nas diferentes favelas que compõem a Maré. Na programação, diferentes ações e atividades artísticas e culturais decorrentes do projeto Construindo Pontes.

“É essencial que tenha vazão essa sensação de medo, essa violência subjetiva que marca o cotidiano da Maré e de tantas outras regiões marcadas pela violência armada. É possível abordar esses sentimentos e gerar conhecimento sobre eles através de projetos de música, fotografia para pensar a saúde mental”, conclui.

‘Cria cria’: evento online reúne criativos da Baixada Fluminense para troca de conhecimentos

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Por Site da Baixada, em 25/08/2021 às 13h

Até o dia 27 de Agosto de 2021 acontece o Cria Cria, um Com realização da DesignLinhadas, o encontro contará com 4 lives com convidados de diversas áreas e com a oficina Design Freestyle.

“A criatividade sempre fez parte da periferia, principalmente, como forma de lidar com as ausências”, diz Elaine Rodrigues, fundadora da DesignLinhadas.

Elaine explica: “Nos últimos anos, uma geração de jovens criativos, cria dessas periferias, trouxe uma nova reflexão sobre a criatividade periférica, mais ligada à valorização da riqueza histórica e de características e identidades locais e construindo uma nova narrativa sobre a periferia como, antes de tudo, produtora de conhecimento e reflexão sobre si mesma, de estéticas e tendências. E é com alguns jovens dessa geração que pretendemos conversar e saber mais sobre suas histórias, suas reflexões e seus trabalhos criativos.”

Programação
Lives
• [23/08 – 19h] Fotografia de rua como criação de identidade estética local com Leonardo Lopes e Thais Alvarenga
• [24/08 – 19h] Reconstituição da história negra e a busca por referências criativas decoloniais com Leonardo Santana e Thayná Trindade
• [25/08 – 19h] Música e imagem na invenção de novos imaginários periféricos com Wladmir Ventura e Tatch Pereira
• [26/08 – 19h] A potencialidade estética da fotografia de moda periférica com Angelo Pontes e FFBXD

Oficina Design Freestyle
• [23/08 – 12h] Aula 01: O que é logo, identidade visual, marca
• [24/08 – 12h] Aula 02: Por onde começar uma identidade visual: Processo criativo
• [25/08 – 12h] Aula 03: O que vem na Identidade Visual – Parte 1
• [26/08 – 12h] Aula 04: O que vem na Identidade Visual – Parte 2
• [27/08 – 12h] Aula 5 [Bônus]: Macetes do design: Elementos e princípios visuais

Vai ser tudo gratuito e direto na conta no Instagram da DesignLinhadas, que criou um grupo no whatsapp para quem quiser ficar por dentro do evento e para facilitar a comunicação. O grupo tem o intuito de dar mais detalhes sobre o evento, lembrar das lives e oficinas e tirar dúvidas: https://chat.whatsapp.com/BqZ0IqKVviLEHZIq43WEZ8

#RemaMaré: Confira programação da 1ª Semana de Saúde Mental da Maré

Evento acontece nas 16 favelas do território mareense

Por Redação, em 25/08/2021 às 11h31

Desdobramento do processo de realização da pesquisa, que durou três anos, a 1ª Semana de Saúde Mental – Rema Maré vai acontecer entre os dias 23 e 28 de agosto e conta com diversas atividades culturais, debates e intervenções nas diferentes favelas que compõem a Maré. Na programação, diferentes ações e atividades artísticas e culturais decorrentes do projeto Construindo Pontes.

Para saber mais, clique aqui