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Prefeitura do Rio anuncia R$ 20 milhões em fomento para a retomada do audiovisual carioca

Plano da RioFilme traz série de ações com investimentos e reestruturação do setor na cidade

Por Redação, em 18/08/2021 às 09h05

O Prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou na manhã de ontem (17/08), o Plano de Retomada do Audiovisual Carioca, um pacote de investimentos com uma série de medidas para recuperar e fortalecer o setor na cidade por meio da RioFilme, empresa que integra a Secretaria de Governo e Integridade Pública (SEGOVI). Estavam também presentes no lançamento, no Palácio da Cidade, o Secretário de Governo e Integridade, Marcelo Calero, o Diretor-Presidente da RioFilme, Eduardo Figueira, autoridades e representantes do setor audiovisual na cidade.

As ações preveem investir ainda neste ano de 2021, por meio de editais, R$ 20 milhões nas áreas de produção, finalização e desenvolvimento de projetos para o cinema, TV, ações locais e games. Neste orçamento, estão garantidos também recursos para a realização de eventos, mostras e festivais de cinema.

Entre as premissas para se participar dos editais há regras como: as empresas interessadas devem estar há pelo menos dois anos funcionando com sede na cidade do Rio, 70% dos recursos recebidos por meio dos editais devem ser gastos no município e os investimentos devem começar a ser utilizados ainda em 2021.  

Além do fomento, o Plano de Retomada prevê ações para a recuperação da infraestrutura do setor na cidade, como a reestruturação do Polo Cine Vídeo e a reabertura do CineCarioca Nova Brasília, no Complexo do Alemão, que se prepara para voltar às atividades em outubro de 2021.

Ainda dentro das medidas de infraestrutura, será criado por meio de decreto assinado pelo Prefeito, um Grupo de Trabalho, formado por representantes de secretarias municipais, para avaliar a criação do Distrito Criativo Carioca – DCC, na região entre Barra e Jacarepaguá, zona oeste da cidade. A partir do trabalho do GT, que tem prazo máximo de trabalho de 90 dias, serão analisadas, à luz das necessidades tributárias e estruturais, a viabilidade do Distrito, que tem como objetivo consolidar e solidificar as atividades de audiovisual na região, que já abrange um complexo de seguimentos inerentes ao setor, com estúdios de televisão, rede hoteleira, ampla estrutura comercial e turística e ainda, o Polo Cine Vídeo.  

Outra importante medida é a consolidação da RioFilme como porta de entrada para quem filma no Rio. Essa medida é amparada em um decreto assinado hoje pelo Prefeito, que amplia as competências da RioFilme, fazendo da empresa a centralizadora dos trâmites de liberação de filmagem na Cidade, com a implementação de um sistema que agiliza, desburocratiza e dinamiza os processos de autorização de uso de locações públicas. O processo trará critérios e prazos definidos e será mais eficiente e transparente. As novas regras entram em vigor em 60 dias, contados a partir da data da publicação do decreto.

Durante a cerimônia de lançamento, anunciou-se também uma importante parceria entre a RioFilme e a Firjan, que concederá uma ampla consultoria à empresa municipal para a modernização de sua estrutura e definição de seu planejamento estratégico, que deve resultar, entre outras realizações, na criação de uma nova marca: a RioFilme+.

O Plano de Retomada traz também a criação de um conselho consultivo, o Conselho da RioFilme, um importante passo na direção da ampliação da participação do mercado audiovisual nas decisões da empresa. O Conselho deverá reunir um grupo de sete notáveis representantes do setor audiovisual nas esferas pública e privada, sendo dois componentes da Prefeitura e cinco do mercado. O Conselho terá o desafio de auxiliar a RioFilme na sua interlocução com o mercado e na condução de suas diretrizes.

Fomento

Serão injetados R$ 20 milhões na cadeia produtiva do audiovisual no Rio de Janeiro, ainda em 2021, um dos maiores investimentos da RioFilme nos últimos dez anos. Os recursos se dividem entre: reembolsáveis, com R$ 15,18 milhões divididos entre dois editais e sete linhas (edital de fomento reembolsável com 5 linhas e edital de fomento automático reembolsável com 2 linhas); não reembolsáveis com R$ 1,070 milhão na produção de curtas-metragens e ações locais; e R$ 3,75 milhões que serão destinados ao apoio a Eventos, Mostras e Festivais.

Entre os recursos reembolsáveis, a linha de Complementação para Produção e Finalização de longas-metragens irá distribuir R$ 5,8 milhões entre no mínimo oito projetos de ficção, animação ou documentário. Ainda entre os longas-metragens, haverá um edital que priorizará os diretores estreantes: a linha “Revelando Talentos” dedicará R$ 3,75 milhões a, pelo menos, seis cineastas que preparam seus primeiros filmes.

O Edital com recursos reembolsáveis prevê também a linha de Desenvolvimento de longas-metragens, que irá beneficiar pelo menos seis projetos com um investimento total de R$ 540 mil a serem distribuídos entre ficções, animações ou documentários. Para obras seriadas serão destinados R$ 690 mil, distribuídos entre, pelo menos, oito projetos de animação, ficção ou documentário. Por fim, este edital prevê também uma linha dedicada à produção de games com recursos de R$ 400 mil reais.

Já o Edital de Investimento Automático irá distribuir R$ 4 milhões divididos em quatro prêmios, sendo metade por excelência em Desempenho Comercial e a outra metade destinada à mérito por Desempenho Artístico, nos dois quesitos as produtoras das obras serão as beneficiadas pelos prêmios.  O processo desse edital, por ser automático, é diferente dos demais.

Entre os editais com recursos não reembolsáveis, os curta-metragistas cariocas serão beneficiados por um edital não reembolsável específico para o formato, totalizando um investimento de R$ 920 mil que deverão ser distribuídos entre, pelo menos, dez projetos entre ficções, animações e documentários. E o Edital voltado para as Ações Locais prevê investimentos de R$ 150 mil, que deverão beneficiar no mínimo dez projetos.

Apostando na diversidade e a inclusão social, os editais preveem políticas afirmativas que concederão pontuação adicional por critérios como gênero, raça, pertencimento a outros grupos vulneráveis como pessoas com deficiência e transexuais, assim como localização da proponente em áreas de maior vulnerabilidade social (AP’s 3, 4 e 5 – nas zonas norte e oeste) pontuam mais.

O Plano de Retomada prevê também recursos não reembolsáveis no valor total de R$ 3,75 milhões, destinados a beneficiar eventos, Mostras e Festivais de cinema e iniciativas destinadas à formação de plateia.

Os projetos inscritos serão analisados por comissões de seleção específicas para cada linha, cada uma delas será composta por cinco pessoas escolhidas pelo critério de notório saber e atuação no setor audiovisual, entre representantes da administração pública e da sociedade civil.

Antes das inscrições, todos os editais serão abertos à Consulta Pública no site da RioFilme, a partir de hoje (17/08), nos endereços www.riofilme.com.br e www.rio.rj.gov.b/riofilme. Os interessados em participar da Consulta Pública poderão fazê-lo pelo e-mail [email protected]. No caso específico do Edital de Premiação Automática, estarão disponíveis os critérios de classificação das obras premiáveis.

Rio Film Commission

Outro ponto essencial da Retomada é o fortalecimento da Rio Film Commission (RFC), braço da RioFilme responsável pela condução de filmagens na cidade, que vai passar por profunda reestruturação para conquistar maior empoderamento e protagonismo. A ideia é tornar a RFC mais ágil e desburocratizada no papel de centralizadora entre os agentes que autorizam e fazem a gestão de locações para as filmagens no Rio, concentrando em uma única porta de entrada (Sistema da Rio Film Commission), os pedidos de autorização para filmagem em: vias e equipamentos públicos municipais, estaduais e federais.

Além disso, estão sendo criadas parcerias para a redução de prazos e custos junto aos gestores das locações mais disputadas na cidade. A meta é facilitar a vida de quem filma no Rio junto a empresas de Iluminação; Geradores de energia; Equipe de Câmera; Equipe de Movimento; hospedagem; Aluguel de Estúdios, entre outros. A proposta é tão promissora que de início já conquistou parceiros como os equipamentos BioParque, AquaRio, Paineiras Corcovado, Bondinho do Pão de Açúcar, Rio Star – a roda gigante no Porto Maravilha, Museu do Amanhã, e empresas como a VLTQuanta, Naymar e Hoffmann.

Para dinamizar o processo e atrair novas filmagens para a cidade serão disponibilizados os catálogos de locações e de produtoras cariocas no site da Rio Film Commission.

A Rio Film Commission também deverá fazer a ponte entre as produtoras e gestores públicos de espaços como Praias, Parques (SMAC); Teatros, Bibliotecas, Centros Culturais, Museus (SMC); Escolas (SME), Planetário (SEGOVI) e Equipamentos Esportivos (SMEL).

Infraestrutura

O Plano de Retomada do Audiovisual da RioFilme tem também como meta central o fortalecimento do ambiente produtivo e exibidor na cidade, se concentrando em ações voltadas para a reestruturação do Polo Cine Vídeo, por meio da concessão do espaço que será licitado, mediante investimentos para a sua modernização.

A ideia é oferecer no local estúdios com infraestrutura de ponta para o setor audiovisual no Rio de Janeiro, será feita a reforma dos seis estúdios existentes e a construção de mais 4.800 m2 em novos estúdios, ao final dos trabalhos, o Polo contará com uma área útil total de 9.600 m². Os vencedores da concorrência ficarão isentos de IPTU durante todo o contrato. Durante o período de obras, eles estarão isentos também do aluguel do espaço.

A criação do Grupo de Trabalho para se estudar a viabilização do Distrito Criativo Carioca – DCC é também uma conquista para as ações de fortalecimento da infraestrutura audiovisual na cidade. O Distrito é uma demanda do setor, que identificou na zona oeste, entre Barra e Jacarepaguá, um polo natural agregador de atrativos para a criação de um grande complexo audiovisual. Além dos estúdios de duas das maiores empresas de televisão do país, a área conta também com uma ótima base logística para as produções, como rede hoteleira, shoppings e equipamentos culturais, como a Cidade das Artes.

E finalmente, ainda falando de infraestrutura, a reabertura em outubro do CineCarioca Nova Brasília, no Complexo do Alemão, aponta para futuras ações junto ao parque exibidor, a RioFilme tem dialogado com representantes da área para otimizar ações voltadas para esses espaços na cidade.

Guia de Saúde Mental da Maré

Texto do encarte disponibilizado durante agosto em locais estratégicos das 16 favelas da Maré, como unidades de saúde e no Espaço Normal, reúne orientações básicas com cuidados para construção de bem-estar

O que é saúde mental?

Se você respondeu que saúde mental é não ter doenças mentais, está enganado. Vai muito além disso! A saúde mental faz parte da saúde de modo geral e também depende de muitos fatores como boa alimentação; uma moradia adequada; contar com água e esgoto, ter trabalho e renda, educação, cultura, segurança, acesso aos serviços de saúde, esporte, lazer, acesso a bens e serviços disponíveis onde se mora. Em outras palavras, é um conjunto de recursos que utilizamos para:

Lidar com o estresse sobrecarga de trabalho, perdas de pessoas queridas, dificuldades financeira; Nos relacionar bem uns com os outros gerando uma convivência em comunidade mais sadia; Fazer escolhas desde as mais simples (como a roupa que vamos usar) até as mais complicadas (carreira profissional, planos de futuro).

Saúde mental é um direito

Foto: Reprodução do encarte

A saúde mental faz parte da saúde de modo geral e também depende de muitos outros fatores como: boa alimentação; uma moradia adequada; contar com água e esgoto na comunidade, ter trabalho e renda, educação, cultura, segurança, acesso aos serviços de saúde, esporte, lazer, acesso a bens e serviços disponíveis na comunidade.

Não basta cada um agir sozinho, é preciso olhar para cada pessoa de forma global: as diferentes partes do seu corpo, incluindo a mente, o contexto social onde vive, as condições de vida, e observar suas necessidades de maneira mais ampla e integral. Todos corremos o risco de desenvolver doenças e problemas mentais, se não tomarmos os cuidados de prevenção necessários para reduzir os riscos e condições que podem afetar negativamente nossa saúde mental.

Sinais de alerta

1 – Preocupação ou medo constantes;

2 – Sentindo-se excessivamente triste ou deprimido;

3 – Pensamento confuso ou problemas de concentração e aprendizagem;

4 – Mudanças extremas de humor, incluindo euforia ou raiva incontrolável;

5 – Evitando família, amigos e atividades sociais;

6 – Mudanças no sono, tendo constante sensação de cansaço e pouca energia;

Estes são os principais sinais de alerta para doenças mentais. Ao identificar algum outro comportamento ou sinal suspeito, é recomendado que busque ajuda profissional.

7 – Mudanças nos hábitos alimentares, como aumento da fome ou falta de apetite;

8 – Dificuldade em perceber a realidade (delírios ou alucinações);

9 – Incapacidade de perceber mudanças nos próprios sentimentos, comportamento ou personalidade;

10 – Uso excessivo de substâncias como álcool ou drogas;

11 – Pensamento suicida;

12 – Incapacidade de realizar atividades diárias ou lidar com problemas diários e estresse.

Onde procurar ajuda

É possível cuidar da saúde mental de muitas formas diferentes: pensando no que nos dá prazer e nos ajuda a aliviar o estresse e a tensão do dia a dia. Podemos também tomar medidas simples como procurar dormir bem, praticar atividades físicas, ter horários certos para se alimentar e consumir alimentos saudáveis; passar momentos agradáveis ao lado de pessoas queridas, cuidar da nossa espiritualidade, valorizar a vida e as pequenas e belas coisas que estão à nossa volta.

Porém, quando essas formas de cuidado não conseguem garantir nossa saúde, e alguma situação de sofrimento mental atinge a nós ou a alguém do nosso convívio, é preciso procurar ajuda. Para conseguir ajuda, o primeiro passo é buscar por serviços e recursos disponíveis na região onde você vive, conforme suas necessidades. 

Foto: Reprodução do encarte

Na Maré existem diversos tipos de serviços e equipamentos públicos voltados para o atendimento de problemas de saúde mental que vão desde Unidades Básicas de Saúde, como as Clínicas da Família, até centros especializados como os CAPS e comunitários como o Espaço Normal.

Os CAPS podem ser acionados diretamente, sem precisar de encaminhamento ou marcação para o atendimento e acolhimento das pessoas que chegam pela primeira vez no serviço. As Clínicas da Família também podem oferecer atendimento psicológico, podendo ainda tirar dúvidas, orientar e fazer encaminhamentos para os CAPS, caso seja necessário. 

Essa rede de atendimento em Saúde Mental é conhecida pela sigla RAPS, que quer dizer Rede de Atenção Psicossocial. A RAPS, é composta pelos diversos centros e postos de atendimento de pessoas com problemas mentais, tratando também dos efeitos prejudiciais do uso excessivo de crack, álcool e outras drogas.

A seguir, apresentaremos alguns locais onde é possível buscar orientações, tratamento ou mesmo o encaminhamento para um serviço de saúde mental mais adequado para a sua necessidade e acolhimento.

IMPORTANTE: Em casos de emergência psiquiátrica, quando a pessoa está em surto ou em crise, colocando em risco a sua vida ou de outras pessoas, o correto é acionar o SAMU, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, pelo telefone 192.

SERVIÇOS

CAPS II – Carlos Augusto da Silva (Magal) 

Endereço: Avenida Dom Hélder Câmara, 1.390, fundos Manguinhos – CEP: 20910-062 Telefones: (21) 2201.0180 / (21) 97002.1427 
Horário: segunda a sexta, das 8h às 17h. 
Público-alvo: adultos com problemas de saúde mental persistentes. 

CAPSAD III – Miriam Makeba

Endereço: Rua Professor Lacê, 485, Ramos – CEP: 21060-120
Telefones: (21) 3889.8441 
Horário: 24h, todos os dias, oferecendo acolhimento noturno. 
Público-alvo: pessoas que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas; que estão em territórios de riscos, além da demanda saúde mental. 

CAPSI – Visconde de Sabugosa 

Endereço: Avenida Guanabara, Praia de Ramos, s/n, Ramos – CEP: 21030-080 
Horário: segunda a sexta, das 7h às 17h. 
Público-alvo: crianças e adolescentes com demandas de saúde mental. 

UAA – Metamorfose Ambulante 

Endereço: Rua Filomena, 299, Olaria – CEP: 21021-380 
Público-alvo: Unidade de Acolhimento Adulto (UAA) é um espaço de acolhimento transitório para pessoas que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas (prazo de 6 meses). Oferece apoio para busca de emprego, moradia fixa, entre outros.

Espaço de Referência sobre Drogas na Maré – Espaço Normal

Endereço: Rua das Rosas, 54, Nova Holanda – CEP: 21044-580 
Telefone: (21) 3105.4767
Horário: segunda a sexta, das 14h às 18h.
Público-alvo: É um espaço de convivência que atua através da estratégia de Redução de Danos. O Espaço oferece aos usuários um local para descanso, TV, acesso a telefone, computador, higiene pessoal e cozinha para que produzam seu próprio alimento. Há também atendimento sociojurídico, cuidado em rede com outros equipamentos de saúde, saúde mental e assistência social.

Casa da Diversidade Sexual Gilmara Cunha

Endereço: Rua Sargento Silva Nunes, 1012, Maré 
Telefone: (21) 97201.4477
Horário: 09h às 17h
Público-alvo: LGBTQI+

Espaço de Referência para Mulheres da Maré – Casa das Mulheres da Maré

Endereço: Rua Da Paz, 42, Parque União
Telefones: (21) 3105.5569 ou (21) 3105.4767
Horário: Segunda a quinta, das 8h às 21h. Sexta, das 8h às 17h. Sábado, das 9h às 15h.
Atividades: oferece diferentes frentes de trabalho – qualificação profissional, enfrentamento das violências contra as mulheres, atendimento sociojurídico e psicológico e a articulação territorial para a criação de uma agenda positiva nas políticas públicas para as mulheres.

Como preservar nossa saúde mental

1 – Cuide da sua alimentação. Comer bem não tem a ver apenas com a boa forma física, mas com o bem-estar geral. Opte por um cardápio variado e equilibrado;

2 – Pratique alguma atividade física. Colocar o corpo em movimento de forma regular também contribui para a saúde emocional;

3 – Cuide do seu sono e descanso. É muito importante dormir bem, tendo uma boa rotina de sono. Noites mal dormidas colaboram para agravar os transtornos mentais/emocionais;

4 – Tenha momentos dedicados às pessoas queridas. É importante conviver com amigos e familiares;

5 – Reserve um tempo para o esporte e lazer. Faça atividades que te deixem feliz, como passeios, encontros com amigos, ir ao cinema, ler um livro, sair para dançar, entre outros;

6 – Esteja em contato com a natureza. Faz bem para o corpo e para a mente estar ao ar livre, conectando-se ao meio ambiente e escapar um pouco da rotina puxada do trabalho e da casa;

7 – Procure algo que lhe dê prazer. É muito saudável ter alguma atividade diferente na rotina. Escolha algo com que tenha afinidade ou mesmo que sempre teve vontade de fazer e nunca teve coragem. Pintura, dança ou algum esporte são alguns exemplos;

8 – Desenvolva sua fé. E isso independe de crença/religião. A fé está ligada à forma como nos relacionamos com o mundo e com as pessoas, ao otimismo, a crer na vida e em algo que tenha significado para você;

9 – Conheça a si mesmo. Existem várias formas de se conhecer como terapias, psicanálise, bodytalk, teatro, atividades lúdicas, etc;

10 – Ajude o próximo. Pode ser um vizinho que precisa de ajuda ou um trabalho voluntário. Fazer o bem faz bem.

Você sabe o que a comunidade tem a ver com saúde mental?

Em primeiro lugar, para alcançarmos a inclusão social das pessoas em sofrimento mental, principalmente de pessoas que tenham passado muitos anos internadas em manicômios e hospitais psiquiátricos, é preciso que a comunidade esteja melhor informada e possa vencer ideias e preconceitos sobre pessoas que receberam um diagnóstico psiquiátrico.

É aí que entra a comunidade. As famílias precisam ser acolhidas e fortalecidas para que possam ter um convívio próximo e constante com seus familiares adoecidos e a comunidade precisa, do mesmo modo, ser mais tolerante com as diferenças. 

Há muitas histórias de pessoas que passaram por momentos difíceis de sofrimento mental no passado, e quando tiveram a oportunidade, retomaram suas vidas, o convívio familiar, e até voltaram a estudar, trabalhar, tornando-se pessoas produtivas e felizes.

A chapa tá quente para geral, e o direito à saúde mental é conversa de todos e todas! Se cuide, cuide dos seus e da sua comunidade! Nos encontramos por aí!

O Guia de Saúde Mental da Maré é uma realização da Redes da Maré em parceria com a People’s Palace Projects

Com cadastro através do #VacinaMaré, perfil de mareenses com acesso à saúde é realizado

Reunião de dados mostra quantitativo de moradores que não eram oficializados nas unidades básicas de saúde

Por Edu Carvalho, em 18/08/2021 às 07h00

Em esforço coletivo de possibilitar o acesso à saúde aos moradores da Maré e entender quais são as urgências prioritárias, a mobilização Conexão Saúde vem desempenhando papel de importância para a garantia dos direitos. Pensando em otimizar e formar políticas públicas no momento pós-pandemia, a ação #VacinaMaré, campanha de vacinação em massa ocorrida entre julho e agosto deste ano, pode aferir a partir da realização de cadastros junto à Secretaria Municipal de Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) qual é o grau de participação dos residentes locais em relação às unidades básicas de saúde, que atua nos cuidados mais necessários ao bem-estar. 

Em todo o conjunto de 16 favelas, sete unidades de Atenção Básica à Saúde estão à disposição, sendo quatro clínicas da família e três centros municipais de saúde, que no total atendem cerca de 140 mil habitantes. Através de um levantamento feito por mobilizadores, foi possível identificar o perfil dos moradores que são cadastrados nas unidades de saúde, assim como mostrar, em números, aqueles que não tinham acesso ou não frequentavam o ambiente. 

 O processo de contagem começou uma semana antes da iniciativa, com integrantes da ONG Redes da Maré e voluntários realizando pré-cadastros da vacinação para moradores que não estavam referenciados nas unidades de saúde. Em seis dias, foram realizados 3.735 pré-cadastros que serviram como apoio para a nomeação dos moradores para o momento da imunização e possibilitaram a criação de vínculo com as Unidades de Atenção Básica da Maré.

Em números gerais, as sete unidades de saúde da Maré atendem, segundo cadastro das próprias unidades, 141.042 moradores. Desses, 19,38% são atendidos na Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva, localizada na Nova Holanda; 18,27% são atendidos no Centro Municipal da Vila do João; 15,31% na Clínica da Família Diniz Batista dos Santos, que atende os moradores do Parque União; 14,81% no Centro Municipal de Saúde Américo Veloso (Praia de Ramos); 14,48% na Clínica da Família Adib Jatene (Vila dos Pinheiros); 11,95% na Clínica da Família Augusto Boal, localizada entre o Morro do Timbau e a Baixa do Sapateiro e 5,79% no Centro Municipal de Saúde João Cândido, que atende a população de Marcílio Dias.

O Censo destaca ainda que os homens predominam numericamente ao longo da infância mas, são superados pelo contingente feminino a partir da adolescência. Esse fato indica que os óbitos vão incidindo mais precocemente sobre os homens, possivelmente pelas várias morbidades precoces  por conta do histórico do não cuidado em saúde e também por causas externas, como homicídio e acidentes, que vitimam de maneira mais recorrente a população masculina.

No tocante à faixa etária, observou-se a seguinte distribuição: 25,18% são menores de 18 anos, 2,79% tem entre 18 e 19 anos, 18,03% têm entre 20 e 29 anos, 16,33% têm entre 30 e 39 anos, 13,98% entre 40 e 49 anos, 10,55% têm entre 50 e 59 anos e 13,14 % têm 60 anos ou mais. A presença de crianças, adolescentes e jovens (0 a 29 anos) também é predominante no território, chegando a 52% da  população. No entanto, esse público representa 46% dos moradores cadastrados nas unidades de saúde.

Para garantir que todos os moradores recebessem a primeira dose da vacina contra o coronavírus, foram realizados pré-cadastros das pessoas que não estavam vinculadas a nenhuma unidade de saúde. Os números desses pré-cadastros indicam que foi possível acessar um perfil diferente dos moradores referenciados nas unidades de saúde, composto por 59% de homens e 69% de jovens de 15 a 29 anos. Das 3.735 pessoas que responderam ao pré-cadastro, 64% afirmaram que nunca tinham frequentado nenhuma unidade de saúde na Maré. Enquanto os cadastros das unidades de saúde são compostos por 56% de mulheres, os pré-cadastros apresentaram 59% de homens como respondentes. Em relação à faixa etária, nos cadastros das unidades de saúde, apenas 20% dos cadastros contemplam jovens entre 18 e 29 anos. Nos pré-cadastros esse número representa 69% dos respondentes. 

Quanto ao perfil étnico racial, 65% dos moradores se declaram como pretos e pardos configurando a maioria da população, assim como aponta o Censo Maré (2013).

Para saber mais informações, basta acessar a mais nova edição do Boletim

Ê vila de gente

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Por Sara Alves

Ê Vila da minha vida

Dos meus pesadelos e realidade

Realidade e sonhos 

De Cidade Fantasma eu te chamava

Tudo desconhecido. Ninguém me encantava

Sofri com a dor, mas não perdi as raízes da minha infância

Amigos que não vejo mais

Amigos que ficaram pra trás

Amigos que não esqueço jamais

Ê Favela Querida!

Nova Holanda é seu nome

Alegrias ao entardecer

Bola, peteca e muita correria

Isso sim é que é infância!

Medo do homem do saco

Pavor da mulher loura

Nunca vi o porco com cabeça de gente

Só sente quem viveu

Belas lembranças…

Cupins nas paredes

Êta tardes ensolaradas

Haja bacia com água pra sossegar tantos bichinhos

Quem bom! Faltou a luz ê, faltou a luz ê… 

Agora papai contará contos e causos

Êta criançada danada!

Cada história de arrepiá

Oh! Meu Deus! E os filmes nos Galpões?!

A Leão XIII é famosa

Até hoje sinto o cheiro de vampiro

E a mulher com meia cara de esqueleto?!

Não me lembro da Páscoa

Não me lembro de ovos de chocolate

É, mas de Festa Junina, hum…

Êta coisa boa: canjica, bolo e doces

Não esqueço da cadeia

Quem não paga pra sair, fica até o amanhecer!

Que pena, tenho que dormir

Criança não fica acordada à noite toda, mamãe dizia

Eu não sei quem inventou que a noite é pra dormir 

Ah! Meu Deus, por que não posso brincar à noite?

Seria tão bom!!

Vi estrelas pelas frestas do telhado

Vi chuva molhar o assoalho

Imagina! Tem rato e ratazana

Tinha tristeza com a morte

Ê coisa esquisita defunto na sala de casa

E os piques?

Pique-tá, pique-esconde,

pique-alto, pique-baixo… 

Haja pique

Ê Vila Querida, não sinta ciúmes, não!

Hoje, você é bela também

Meio louca, mas bela

Aprendi gostar de você

Agora, o Castelo Encantado até luz lilás tem!

Que lindoooo!!

Você nunca reparou? 

Pare e repare

Novos amigos eu fiz

Novos amigos perdi

O Amor aí conheci

Muitos não te conhecem e te consideram o inferno

Você hoje é enorme. Não é mais Inferno Colorido

Tardes lindas, céu com lua quebrada

Estrelas nunca faltam

Trabalhadores saem cedinho

Haja ônibus, kombis, vans, bicicletas e tudo mais para tantos lutadores

Ê Vida… Ê Vila…

Quem não te conhece, te julga

Têm “os meninos…”, você sabe…“os meninos”…

Mas onde não existem mais esses “meninos”? 

Aqueles…, aqueles… os “excluídos” ?!

Não posso falar. É perigoso! É melhor me calar 

Quem mora na favela não sabe de nada, não vê nada

e nada fala. Essa é a lei

Ê favela! Hoje você é Co-mu-ni-da-de?

Êta orgulho besta!

Dona Omissão você só vive na favela?

Fala Omissão! 

Pode falar que eu não conto pra ninguém

Em que canto você vive?

Pode deixar, eu não conto pra ninguém

Fale baixinho

Eu sabia, eu sabia!!

Você está em todos os cantos!

Mas deixa pra lá, porque eu só quero declarar as belezas que a Vila tem

e que muitos desconhecem também

Vila, você cresceu!

Êta coisa doida: é gente no meio dos carros, 

é carro no meio de gente!

Forró, pagode, festas, futebol e muito churrasco

Êta povo trabalhador, que inventa o que fazer pra sobreviver

E ainda tem gente que comenta que essa Gente não é valente

E ainda tem gente que diz que essa gente é vagabunda

Essa gente nada sabe sobre gente

Violência?! Lógico que tem. Mas onde, agora, não tem?

Vila, você cresceu!

E eu aprendi gostar de você com todos os seus defeitos

E sei que não sou a única

Muita Gente te admira, mesmo contrária à mídia você tem o seu valor

Vila, você é mais que do João

Hoje é dos Josés e das Marias e acorda todos os dias com o cantar dos pássaros, com o andar dos trabalhadores e também dos “vagabundos”

Quando ainda há estrelas que guiam a minha vida

A vida na Vila 

A Vila da gente.

Favela Mundo tem 300 vagas em oficinais artísticas gratuitas no Caju

Após um ano e meio de atividades remotas, as aulas voltarão a ser presenciais

Por Redação, em 17/08/2021 às 13h

O projeto Favela Mundo tem 300 vagas para oficinas de artes destinadas aos moradores da comunidade do Caju. As aulas serão presenciais e as inscrições poderão ser feitas para turmas de Teatro, Hip Hop, Violão, Jazz, Danças Brasileiras e Violão. O projeto social Favela Mundo é patrocinado pelo ICTSIRIO e pelas concessionárias Lamsa e MetrôRio, com o apoio do Instituto Invepar. As 400 vagas abertas para as comunidades da Cidade de Deus e do Jacarezinho já foram preenchidas.

O foco são crianças e adolescentes de 2 a 18 anos, e o único pré-requisito é todos estarem estudando. As aulas seguirão as recomendações para a prevenção da COVID-19, incluindo o uso obrigatório de máscaras, distanciamento entre alunos e distribuição de álcool em gel. “Estamos muito felizes em estarmos retomando nossas atividades presenciais após um ano e meio. Precisamos, mais do que nunca, oferecer atividades a nossas crianças e jovens, que estão perdendo o estímulo com os estudos e necessitando de atenção. Em 11 anos de atividades verificamos a melhora no desempenho escolar nas comunidades por onde passamos. Unir a educação e a cultura sempre foi nosso maior ideal e precisamos juntar forças para que essa geração não tenha seu desenvolvimento comprometido, por conta da paralisação causada pela pandemia”, afirma Marcelo Andriotti, fundador da ONG Favela Mundo (homônima ao projeto). 

Foto: Ester Marak

A iniciativa conta ainda com o patrocínio da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura. A ONG Favela Mundo é chancelada pela ONU como “Modelo de Inclusão Social nas Grandes Cidades”, no evento World Cities Day, em Nova York, além de representar o Brasil em outros eventos da entidade nos Estados Unidos, Canadá, México, Cuba e Marrocos.  

Serviço

Favela Mundo tem 300 vagas gratuitas para crianças e jovens do Caju.

Para se inscrever em uma das oficinas é necessário estar matriculado na escola.

Caju –Rua General Sampaio, 74 fundos. Na Associação A Arte Salva Vidas.

Conheça mais sobre a ONG em: www.favelamundo.org.br ou (021) 2236-4129.

A ONG Favela Mundo desenvolve atividades que ajudam a alcançar as seguintes metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU:  4, 5, 8, 10, 16.