Calendário vacinal segue organização específica de acordo com idade
Por Edu Carvalho, em 28/01/2021 às 12h45
Na manhã desta quinta-feira, 28, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro anunciou que a partir de segunda-feira, 1º de fevereiro, dará início a vacinação de idosos da contra covid-19. Para a realização do plano, um calendário específico foi criado de acordo com cada faixa etária.
No primeiro dia (segunda-feira, dia 1º), serão vacinadas as pessoas com 99 anos ou mais. Na terça-feira (2), serão os idosos de 98 anos. Em seguida, será a vez das pessoas com 97 anos (quarta-feira, 3), 96 anos (quinta-feira, 4) e 95 anos (sexta-feira, 5). Quem perder o dia da vacinação e tiver 95 anos ou mais poderá procurar os postos de saúde no próximo sábado (6) até o meio-dia.
A SMS-RJ informa que até o fim de fevereiro, todos os idosos com 80 anos ou mais poderão se vacinar. Na segunda semana de fevereiro, serão aqueles com 90 anos ou mais, com esquema semelhante ao da primeira semana: 94 anos (dia 8), 93 anos (dia 9), 92 anos (dia 10), 91 anos (dia 11), 90 anos (dia 12) e 90 anos ou mais (dia 13).
Divulgação: Prefeitura do Rio
Na terceira semana, será a vez daqueles com 85 anos ou mais: 89 anos (dia 15), 88 anos (dia 16), 87 anos (dia 17), 86 anos (dia 18), 85 anos (dia 19) e 85 anos ou mais (dia 20) .
Na quarta semana, serão vacinados idosos com 80 anos ou mais: 84 anos (dia 22), 83 anos (dia 23), 82 anos (dia 24), 81 anos (dia 25), 80 anos (dia 26) e 80 anos ou mais (dia 27).
Por enquanto, a prefeitura do Rio está vacinando apenas profissionais de saúde, veterinários e agentes funerários com mais de 60 anos, além dos idosos que moram em abrigos, quilombolas e indígenas com as doses das vacinas CoronaVac e Oxford. Ao todo, mais de 100 mil pessoas já foram vacinadas na cidade.
Eles ditam as tendências e fazem sucesso nas redes pelo conteúdo que divulgam
Por Thaís Cavalcante, em 28/01/2021, às 11h30
Editado por Edu Carvalho
Ser nascido na favela é uma potência de possibilidades – para ser, aprender e compartilhar o que quiser. A internet está aí para quem quiser ver e os criativos do Conjunto de Favelas da Maré no mundo virtual também – eles usam a exposição e o conhecimento a seu favor. Falar sobre personagens de desenho negros, lançar uma marca de maquiagem e chamar a própria família para fazer vídeo são coisas que provam como os mareenses podem ser donos da internet. Eles têm muito em comum: a maioria é negra, com formação acadêmica, artística e continua sendo morador do território – apesar da fama em todo o país. Os criadoresmareenses também seguem as tendências. Eles ocupam as redes sociais mais usadas no Brasil e no mundo, são elas: Facebook, YouTube, Instagram e TikTok, segundo dados do relatório Digital in 2019.
Ainda que a favela não seja o lugar mais fácil para se contratar serviços de telefonia ou ter uma boa cobertura de internet, o uso continua grande entre os jovens adultos, que além de produzir o conteúdo também influenciam. Um esforço diário que envolve o acompanhamento de tendências, planejamento, produção, criação, divulgação e tantas outras etapas. O comunicador Matheus Motta é um deles. No começo de 2020 viajou da favela Nova Holanda, onde mora, para fazer a faculdade de Estudos Japoneses em Tóquio. Lá, foi içado à cozinha, tendo de se virar para entender e criar na culinária japonesa.
“Desde que as pessoas souberam que eu ia viajar, me pediram para gravar vídeos sobre tudo. Eu fiquei pensando: se eu já falo da Maré na internet, eu posso falar sobre a minha rotina no japão com bom humor também”, conta. O desafio é conciliar os estudos com as produções. “Escolhi a faculdade pela experiência, língua e as diferentes culturas. Ainda não tive a chance de fazer passeios turísticos por causa do isolamento social, mas com certeza será assunto para vídeo. Em geral dá certo: faço o que gosto e o que acho que as pessoas vão gostar”, garante.
A maquiadora Paloma Calado, do Morro do Timbau, traz dicas de beleza exclusivas para pessoas de pele negra, penteados, looks e sua experiência com o autoconhecimento. “Existem poucos produtos sobre pele negra e os canais do youtube que explodiram eram de mulheres brancas. Então, a partir dos pedidos dos meus amigos, eu decidi fazer o canal no youtube. Sei que existem muitas criadoras como eu, mas com pouca visibilidade. Estamos ainda muito refém do racismo estrutural a partir das plataformas – sociedade dá mais visibilidade para as pessoas brancas”, conta.
Durante a pandemia, ela estruturou seu curso de automaquiagem – que seria presencial, antes da covid-19. “Esse era um sonho meu. Hoje vejo como é essa profissão e o tamanho da responsabilidade, então tento equilibrar a produção de conteúdo para não me sobrecarregar”. Ela reforça, ainda, que existe o lado bom com as permutas e publicidades pagas, mas por trás de uma foto existe uma vida real também.
Quem trilha o caminho da educação é a professora Rafaela Lima, nascida na Vila do João, que uniu a vontade de produzir conteúdo para os seus alunos além da escola e criou seu canal na internet, onde investe até hoje. “Sou professora no presencial e no online e essas são formas de levar mais longe o conhecimento, quem sou e o que eu faço. O próximo passo é lançar um infoproduto: um treinamento para professores”, conta. Sobre o sucesso na rede, ela garante que não tem segredo: “é um conjunto de peças como habilidades pessoais, pessoas que abrem portas, temperamento, oportunidades, coragem de fazer, perseguir objetivos… um pouco de tudo”.
7 criadores de conteúdo crias da Maré que você precisa acompanhar na internet:
Rafaela Lima é professora de Biologia e Ciências, cria da Vila do João e um dos 35 criadores negros escolhidos no Brasil para ser apoiado com o programa Fundo Vozes Negras do YouTube. Ensina de um jeito criativo no canal Mais Ciências no YouTube Edu, sobre ciências do ensino fundamental para quem quiser aprender.
Raphael Vicente é dançarino, fotógrafo, comunicador da produtora A Maré Vê e cria da Nova Holanda. Publica seus conteúdos no TikTok e em outras redes, mostrando um cotidiano cômico e divertido. Sua família também participa de suas histórias curtas.
Paloma Calado é maquiadora, comunicadora, estudante de Ciência da Computação e cria do Morro do Timbau. Aposta no instagram e lançou um curso online de automaquiagem, para quem pretende cuidar da pele e aprender a se maquiar de uma forma personalizada.
Matheus Motta é comunicador, universitário em Estudos Japoneses e cria da Nova Holanda. Ativo nos stories, ele fala de suas descobertas em Tóquio de um jeito leve e com bom humor, interagindo com seus seguidores sempre que possível.
Ana Helena Pisponelly é cristã e cria da Nova Holanda. Boa na produção de vídeos curtos, ela discute com sua mãe Marilene e traz situações cotidianas de uma forma cômica para as suas redes sociais.
Renato Cafuzo do Nigeek é artista gráfico, designer e cria do Morro do Timbau. Fala sobre tudo o que envolve a cultura pop pelo olhar de um jovem negro e favelado em suas redes: filmes, personagens, desenhos e séries.
Bianca Andrade é uma artista, empresária e cria do Parque União. Conhecida como Boca Rosa em todo o país, ela fala de estilo de vida, moda e marketing em suas redes. No último ano participou do BBB 20 e produziu um programa para o YouTube.
Bianca Andrade
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Termina amanhã – quinta-feira, 28 – o prazo de 60 dias para que o eleitor justifique a ausência às urnas nas localidades onde houve segundo turno para prefeito nas Eleições 2020.
O cidadão que não compareceu à urna deve apresentar justificativa fundamentada, com o motivo que o impediu de votar. Para os eleitores de Macapá (AP) que não votaram no segundo turno da eleição para prefeito, realizado no dia 20 de dezembro, o prazo para justificar vai até 19 de fevereiro.
A justificativa pode ser apresentada nos cartórios eleitorais, pelo Sistema Justifica ou pelo aplicativo e-Título. O cidadão pode baixar o app no Google Play ou na App Store.
Devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19, muitos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) optaram pelo atendimento de maneira virtual, que também pode ser feito pela ferramenta Título Net, disponível no Portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A medida busca evitar aglomerações nos postos de atendimento da Justiça Eleitoral.
No dia 14 de janeiro, encerrou-se o prazo para que o eleitor justificasse a ausência à urna no primeiro turno, realizado no dia 15 de novembro. De acordo com os dados do TSE, cerca de oito milhões de eleitores apresentaram justificativa por não comparecerem para votar no primeiro turno do pleito.
Como fazer
A justificativa pode ser feita pelo Sistema Justifica, no qual o eleitor deve preencher o “requerimento de justificativa” e informar os dados pessoais exatamente como registrados no cadastro eleitoral, declarar a razão da ausência à urna e anexar documentação comprobatória digitalizada.
Com o campo preenchido corretamente, será gerado um código de protocolo para acompanhamento, que será transmitido à zona eleitoral a que o eleitor pertence, para que seja examinado pelo juiz competente. O eleitor será notificado da decisão ou poderá consultar a situação também pelo Sistema Justifica.
No caso de justificativa presencial, o eleitor deve entregar o requerimento em qualquer cartório eleitoral ou mandá-lo por via postal ao juiz da zona eleitoral na qual é inscrito. Além do formulário, deve apresentar documentação que comprove os motivos alegados para justificar a ausência.
Consequências
Na última quinta-feira (21), o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, suspendeu, por meio da Resolução TSE nº 23.637, as consequências previstas no artigo 7º do Código Eleitoral para os eleitores que deixaram de votar nas Eleições 2020 e não apresentaram justificativa eleitoral ou não pagaram a respectiva multa. A resolução deverá ainda ser referendada pelo Plenário do Tribunal após o recesso forense.
A resolução suspendeu os seguintes efeitos: o impedimento de o eleitor obter passaporte ou carteira de identidade; inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, e neles ser investido ou empossado; renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; e receber remuneração de função ou emprego público. A medida vale enquanto permanecer vigente o plantão extraordinário previsto pela Resolução TSE nº 23.615/2020 para prevenir o contágio pelo novo coronavírus.
Nesta quarta-feira, dia 27, completa um mês do desaparecimento de Matheus, Alexandre e Fernando Henrique, os três meninos moradores de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, sem que nenhuma pista sobre o paradeiro deles tenha sido encontrada.
Para chamar atenção para o caso, o Rio de Paz vai colocou três placas com informações sobre os meninos na instalação permanente da ONG, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Elas estarão ao lado de nomes de crianças que foram mortas vítimas de balas perdidas no estado do Rio.
A investigação sobre o caso está com a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), criada há seis anos com apoio do Rio de Paz. À época, o presidente da ONG Antonio Carlos Costa e Jovita Belfort iniciaram um movimento para dar voz aos familiares de pessoas desaparecidas que resultou na criação da especializada. Jovita é mãe de Priscila Blefort, que permanece desaparecida desde 2004. Em setembro, Jovita fez um post nas redes sociais dela lembrando a ação
“Três meninos pobres desaparecidos. Por que o Rio de Janeiro inteiro não os está procurando? Viveremos numa cidade cujas relações humanas sejam tão belas quanto a sua geografia no dia em que a vida dessas crianças for levada a sério pela sociedade e poder público”, disse Antonio Carlos Costa.
Em menos de uma semana, agentes de segurança pública realizaram três operações policiais na Maré
Por Redes da Maré, em 26/01/2021 às 18h
Por volta de 04h da manhã desta terça-feira, 26, equipes da Polícia Civil e da Polícia Rodoviária Federal iniciaram uma operação conjunta na Maré. As informações quanto aos objetivos e motivações da ação não foram respondidos oficialmente em comunicação realizada entre as assessorias das polícias com a organização Redes da Maré. Segundo a Polícia Civil, o intuito era cumprir mandados de prisão emitidos pela Justiça contra dois dos suspeitos pela morte de Bianca Lourenço, jovem assassinada no início do mês, supostamente por integrantes dos grupos armados.
A equipe da Redes da Maré esteve no local acolhendo as demandas dos moradores. Dois homens foram assassinados no início da manhã, ainda não identificados, e outros quatro foram presos na ação — mas a Polícia não informou se eles têm relação com os suspeitos procurados.
Uma das mortes aconteceu no pátio da Escola Municipal Cantor e Compositor Gonzaguinha e a outra, dentro de uma casa onde um casal e uma criança de quatro anos presenciaram a cena. Além dos assassinatos, um homem sofreu um ataque cardíaco por conta dos registros de tiro e também foi ao óbito. Outros casos de abuso de autoridade resultaram também em outras violações de direitos aos moradores da região como ameaça e subtração de pertences.
Ainda segundo relato dos moradores, a Delegacia de Homicídios esteve na escola onde ocorreu o assassinato e realizou os procedimentos de perícia. O homem que morreu na casa da família de moradores teve o corpo removido sem a realização de perícia.
Um casal que já havia sofrido com as violações de direitos na última operação foi levado pela Polícia Civil para um local reservado, onde os agentes o coagiram a pagar uma quantia de R$7.000,00 com a ameaça de levá-lo preso caso não pagasse. Ao se recusar a pagar o valor, o casal foi levado pela CORE a 22ªDP sem nenhum motivo aparente. Na delegacia, o casal foi coagido e humilhado até o momento que os agentes se convenceram que os moradores não tinham envolvimento com os grupos armados e liberaram sem nenhum registro de ocorrência.
Desde junho de 2020, em decisão liminar, o Supremo Tribunal Federal determinou a suspensão da realização de operações policiais em favelas do Rio de Janeiro durante o período de pandemia. Ainda assim, Marcílio Dias aparece como a única favela da Maré a ter operações da polícia no ano de 2021, sendo três operações registradas apenas no início deste ano. De acordo com o Ministro Edson Fachin, a proibição das operações deve ser adotada para não colocar em risco ainda maior a população e a prestação de serviços públicos sanitários nesse período. No entanto, as operações policiais já impactaram em três dias de atividades interrompidas na única unidade de saúde em Marcílio Dias, além de duas pessoas assassinadas.
Aulas de 2021 preparam os estudantes mareenses para o vestibular
Por Thais Cavalcante, em 26/01/2021 às 17h30
Editado por Edu Carvalho
Cursos Pré-Vestibulares do Conjunto de Favelas da Maré estão com inscrições abertas para a edição de 2021. A população do território cursando ou formada no ensino médio pode se candidatar e concorrer a uma das vagas disponíveis. As aulas são gratuitas ou com valor simbólico e as organizações estão considerando a realidade de acesso à internet. As formações são uma forma de democratizar a educação através do oferecimento de conteúdo de qualidade, sendo, ainda, uma ponte para a universidade. Confira abaixo mais informações e garanta a sua vaga:
Curso Pré-vestibular da Redes da Maré
A Redes da Maré abre 140 vagas para o Curso Pré-Vestibular 2021. As aulas gratuitas são oferecidas presencialmente, com até 20 alunos por turma, devido a pandemia. De segunda a sexta, das 18h30 às 20h30 em duas sedes: Nova Holanda (R. Sargento Silva Nunes 1012) da Vila dos Pinheiros (Via A1 – CIEP Gustavo Capanema).
Foto: Elisângela Leite Prof. Bruno Barros e alunos durante uma aula do CPV da Redes da Maré.
Não tem acesso à internet? Você pode realizar a inscrição presencialmente em uma das sedes da Redes da Maré, segundas, quartas e sextas, das 17h30 às 20h30.
Curso Pré-vestibular da UniFavela
O ensino popular UniFavela com sede na Rua Teixeira Ribeiro s/n abre vagas para o seu Curso Pré-Vestibular 2021. Devido a pandemia, as aulas gratuitas são oferecidas online e durante a semana, com início às 18h20. Há, ainda, a possibilidade de mudança para a modalidade presencial.
> Não tem acesso à internet? Você pode informar sua condição socioeconômica no formulário de inscrição.
Pré-vestibular Comunitário do CEASM
O CEASM abre 200 vagas para seu Pré-vestibular Comunitário 2021. Devido a pandemia, as aulas são oferecidas online de segunda a sexta, das 19h30 às 22h15, com a possibilidade de mudança para a modalidade presencial. Para a manutenção do projeto, a matrícula é R$20 e a mensalidade R$30. A sede fica na Praça dos Caetés 7 – Morro do Timbau.
