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Fiocruz abre inscrições para formação de iniciação à produção cultural

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Iniciativa é voltada para jovens de 16 a 19 anos, moradores de Manguinhos, Maré, Alemão e Jacarezinho e oferece bolsa-auxílio

A partir desta segunda-feira (4), o Museu da Vida Fiocruz começa a receber inscrições para o processo seletivo de formação da nova turma do Pró-Cultural – Programa de Iniciação à Produção Cultural. A ação de educação não formal é voltada para estudantes que moram nos territórios vizinhos à Fundação Oswaldo Cruz e tem como foco o desenvolvimento de atividades educativas variadas, como debates, oficinas, visitas a centros culturais e pontos de cultura e exibição de filmes, buscando promover a inserção dos jovens no mundo do fazer da cultura.


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Serão oferecidas 25 vagas destinadas a jovens de 16 a 19 anos de idade, moradores de Manguinhos, Maré, Alemão e Jacarezinho, que estejam cursando o 2º e 3º anos do Ensino Médio em escolas públicas da região, nos turnos da manhã ou da noite.

Como se inscrever?

As inscrições vão ser realizadas nos dias 04, 05, 06 e 07 de março de 2024, das 10h às 12h e das 14h às 16h, presencialmente, na Sala de Aula do Museu da Vida Fiocruz (Av. Brasil, 4365, Manguinhos, Rio de Janeiro – RJ). É necessário levar original e cópia dos seguintes documentos: identidade ou certidão de nascimento, CPF, comprovante de residência e declaração escolar.

O programa acontece de abril a novembro, com atividades realizadas durante três vezes na semana, no período da tarde, na Sala de Aula do Museu da Vida Fiocruz. Os candidatos selecionados receberão bolsa-auxílio.

Para dúvidas e mais informações, basta ligar para (21) 3865-2130/ (21) 3865-2102.

Casa das Mulheres abre as portas para falar de Carnaval, trabalho, folia e arte

Evento abordou empregabilidade das mulheres no Carnaval, ofereceu oficinas e percorreu as ruas com cortejo

A Casa das Mulheres da Maré, equipamento da Redes da Maré, abriu as portas para celebrar a cultura carnavalesca na última quarta-feira (28). A tarde festiva começou com uma oficina de adereços com participação de Winnie Nicolau que encantou as mulheres e a criançada. Em seguida, a Casa abordou o tema Carnaval e Trabalho em uma roda de conversa que contou com Vânia Silva, vice-presidente do Gato de Bonsucesso, Ágatha Lacerda, responsável pelo ateliê de composição da Unidos da Tijuca, Dandara Vital, assistente do carnavalesco Leandro Vieira da Imperatriz Leopoldinense e Thamiris Vaz, instrutora e líder de Naipes de Xequerê no Cordão Me Enterra na Quarta; a mediação ficou com Quita Pinheiro, coordenadora do Projeto Favela Empreende LGBT. E para fechar com chave de ouro, um cortejo pelas ruas do Parque União com o bloco Me Enterra na Quarta para celebrar a cultura carnavalesca no território.

Geração de arte, trabalho e renda

O Carnaval envolve uma grande estrutura social e demanda enorme organização. Com isso, se faz necessária a profissionalização dos agentes envolvidos na produção do evento e a busca por parcerias e patrocínios que garantam a sustentabilidade financeira dos blocos, escolas de samba e tudo que envolve essa manifestação cultural. 

Dandara Vital,  assistente do carnavalesco Leandro Vieira da Imperatriz Leopoldinense

Além disso, Dandara destaca a profissionalização de todos os envolvidos na produção do Carnaval: “Não é uma produção só naquele período, é um trabalho desenvolvido durante todo o ano.”

Ao falar de empregabilidade, Ágatha Lacerda complementa: “É interessante falar disso porque muitos pensam que precisa de diploma, eu comecei como aderecista, bem pequenininha no ramo e hoje sou responsável por um ateliê gigantesco.” 

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Mulher trans, Ágatha reforça que a celebração pode ser um caminho para muitas mulheres que passaram pela transição: “É uma porta que temos e às vezes não pensamos sobre isso. Na época que comecei não tinham mulheres trans no Carnaval e hoje em dia tem várias e cada uma no seu nicho. Isso tira mulheres da rua, e sem o estereótipo de ser apenas cabeleireira e maquiadora. Eu comecei como aderecista e hoje sou costureira. O Carnaval ensina muito.” 

Participação popular

Vânia Silva, vice-presidente do Gato de Bonsucesso fala da jornada da escola do grupo Bronze dentro da Maré: “A quadra do Gato é muito discriminada por estar no centro da favela Nova Holanda e estamos oferecendo cursos para que as pessoas conheçam o espaço, se profissionalizem, se conectem com a escola e hoje o Gato [de Bonsucesso] dialoga com toda a Maré, com todas as 16 favelas do território”, diz. 

Thamiris Vaz, instrutora e líder de Naipes de Xequerê no Cordão Me Enterra na Quarta, concorda com Vânia e revela que os blocos do Carnaval de Rua trabalham o ano inteiro com a população: “Fazemos divulgações, aulões e diversas propostas para atrair o público e tentar manter todos para que o bloco se mantenha. A participação social é fundamental em todo o processo.” Para a vice-presidente, a participação popular é uma via de mão dupla, no qual a escola também precisa entender as necessidades do público e moradores: “Não é só colocar uma roda de samba, é um trabalho de comunicação diária. Nunca houve um workshop de Harmonia realizado por nenhuma escola do grupo Bronze em todo Rio de Janeiro e nós fizemos isso aqui. Queremos não só atrair a participação da população, queremos também gerar empregos.”

Thaianni Galvão, moradora do Parque União

Ao fim do dia, a Casa das Mulheres da Maré se transformou em um ponto de festa com o Cortejo do Bloco Me Enterra na Quarta com muita alegria e felicidade que percorreram as ruas do Parque União, criando uma atmosfera de energia contagiante. No cortejo, as cores vibrantes dos adereços feitos na oficina se misturaram com os sorrisos e abraços calorosos das mulheres da Maré, que dançaram, cantaram e compartilharam esse momento de festa e descontração.

Redução de Danos, um olhar humanizado

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Espaço Normal propõe uma política de cuidado com as pessoas

Artigo: Vanda Canuto e Hélio Euclides*

Redução de Danos é uma estratégia de saúde pública que busca controlar possíveis consequências adversas ao consumo de psicoativos, lícitos ou ilícitos, sem, necessariamente, interromper esse uso, e buscando inclusão social e cidadania para usuários de drogas. 

Essa informação da cartilha Redução de Danos Saúde e Cidadania do Ministério da Saúde mostra uma forma de tratamento e um olhar humanizado para esse público. Estratégia que tem origem na década de 1920, no Reino Unido, mas só chega ao Brasil no fim dos anos 1980.

O Programa Redução de Danos vê o uso de drogas como um caso de saúde pública. Esse serviço também visa a proteção de usuários. Dados epidemiológicos do Projeto Ajude Brasil da Universidade Federal de Minas Gerais, de 1998, sobre os atendidos pelo Programa Redução de Danos, mostra que 23% procuraram tratamentos para dependência química. Nos países que implantaram o programa, como na Austrália, a taxa de infecção pelo HIV entre usuários de drogas injetáveis se mantém abaixo de 5%. 

Para falar do programa é preciso entender que ao falar de drogas é necessário mencionar não só as ilícitas, mas também a dependência das lícitas, que se enquadram no uso de álcool, nicotina, cafeína, anabolizantes e medicamentos sem prescrição médica. 

Além disso, esse trabalho ainda precisa superar o preconceito da sociedade que ainda acredita que o programa incentiva o uso de drogas. Esses mesmos “defensores dos bons costumes” querem colocar usuários debaixo do tapete, ou seja, desaparecer com essas pessoas, com o uso da internação compulsória. Esses indivíduos esquecem da Constituição Brasileira que menciona que todos são iguais perante a lei. 

Infelizmente ainda ocorre um tratamento pejorativo e preconceituoso que parte da sociedade, começando pela forma como se referem a quem está em situação de rua e é usuário de drogas: “cracudo”. 

Redução de danos e autocuidado:

Para reverter isso, na Maré foi criado um local com um olhar humanizado, o Espaço Normal, um equipamento de referência sobre drogas e saúde mental. A Redes da Maré inaugurou esse espaço em maio de 2018, o primeiro equipamento de referência na articulação de uma ampla rede de cuidado no território, estimulando a criação de vínculos, diálogos, acolhimento e promoção do autocuidado. 

O principal objetivo do local é pautar uma agenda positiva sobre práticas de redução de danos. Seguindo essa lógica, a abordagem busca minimizar os prejuizos causados pelo uso problemático de drogas, ao invés de promover a abstinência completa. O Espaço Normal trabalha com esse viés aplicando esta prática de diversas formas, com o objetivo de promover um ambiente mais seguro e acolhedor para todas as pessoas que o frequentam. O espaço de “convivência”  oferece de forma particular uma  série  de outras noções que no imaginário e na experiência do profissional estão ligadas ao  ato ou efeito de  conviver:  criação  de  vínculos,  redes  de  apoio,  criação  de  sentido,  inclusão, criação de laços sociais, relações interpessoais, produção de subjetividade, entre outras formas de convívio. 

Neste local acontece  sociabilidade,   produção   cultural   e   intervenção   na   cidade. A convivência por meio da construção de espaços de convívio e sustentação das diferenças na favela facilita a construção de laços sociais e a inclusão das pessoas com transtornos mentais. Essa forma de tratamento tem relação intersetorial e a produção de cuidado  junto às redes de saúde envolve a articulação de diferentes setores e áreas, como a saúde, a assistência social, a educação, a cultura, entre outras, para promover uma abordagem mais integrada da saúde e do bem-estar das pessoas.

Esse convívio no Espaço Normal pode  se constituir  como mais um  ponto que se destaca através da vivência territorial a partir  das  quais  a  convivência se  estabiliza  para  um  universo  de  novas  conexões e de cuidado com ênfase na Redução de Danos. No espaço de convivência, não existe uma atividade direcionada a cada frequentador que seja específica, pelo contrário, experimenta-se, em certo sentido, uma liberdade para fazer o que se tem vontade, como forma de produção de autonomia  em atividades propostas por qualquer pessoa e negociadas com os normais e equipe, sendo assim a coletividade direciona as vivência diária.

A redução de danos é uma estratégia que tem o comum acordo e a concessão dos conviventes para a realização das atividades voltadas para o cuidado da saúde. As atividades são aquelas que visam minimizar os riscos e danos associados ao uso de substâncias, essas atividades geralmente são intervenções que trabalham diretamente a vinculação do sujeito deixando o usuário livre para conhecer os malefícios que as drogas podem produzir em suas vidas..

Entende-se que os centros de convivência não são os que direcionam qualquer tipo de ação, o desejo do indivíduo. Acredita-se que é possível fortalecer e direcionar as  pessoas para o seu caminho escolhido e fazer valer os seus desejos enquanto pessoas de direitos. Nos equipamentos, a todo momento ouve-se falar sobre direitos e autonomia, por isso não seria nada profissional questionar de forma negativa o cuidado escolhido por determinadas  pessoas. 

O Espaço Normal surgiu para receber pessoas com o que chamamos de baixa exigência, ou seja, poucos quesitos, para que não haja nenhum empecilho na chegada de qualquer pessoa ou de quem procura por atendimento. Há um trabalho para que os frequentadores que naquele momento estejam desorganizados consigam chegar e ficar. Os usuários que fazem uso problemático, abusivo, precisam se sentir acolhidos e que ali é o seu lugar. Para isso, temos redutores de danos disponíveis para dialogar sobre suas questões, com uma escuta ativa para entender melhor as suas  histórias de cada vida, história de família, esposa, mãe e filhos. Há uma tentativa de que essas pessoas não fiquem só na lembrança, mas que tenhamos direcionamentos juntos com os nossos parceiros, para que eles tenham o desenrolar de cada história pessoal, para que eles tenham o próprio sonho fortalecido por uma equipe empenhada em entender e valorizar o cuidado desse ser em liberdade.

Durante os atendimentos aos Normais (pessoas que frequentam o espaço) buscamos informações que nos levem a um processo de vínculos, só conhecendo e nos aproximando para iniciar o cuidado, seja na saúde ou nas organizações das documentações. A Equipe tem uma relação de parceria com os equipamentos públicos para justamente facilitar o acesso a direitos básicos da população atendida. No último trimestre de 2023, compareceram ao Espaço Normal 977 pessoas, de julho a setembro, em busca de alimentação, de banho e de um local seguro para descansar. Com o olhar na singularidade de cada sujeito, é possível promover o acesso a direitos básicos das pessoas que convivem em situação de rua.

Em entrevista a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, a doutora em Psiquiatria pela Universitat Autónoma de Barcelona e mestra em Dependência Química pela Universitat de Barcelona destacou a importância de colocar o paciente no centro do cuidado. Ela afirma que a redução de danos pressupõe um tratamento pautado no respeito ao cidadão, com a necessidade de uma escuta complexa, adequada à situação de cada um, que acolha a pessoa e a família, evitando julgamentos morais ou de valores. Ressalta ainda, que o trabalho em equipe é fundamental. Ela ainda salientou que o objetivo é promover a autonomia do cidadão e o engajamento dele no seu tratamento.

Para que a estratégia de redução de dados seja ampliada, espera-se que sejam criados mais equipamentos como o Espaço Normal pelo país e que a saúde pública tenha investimento para uma formação de uma rede de tratamento com um olhar para o cidadão como ser pensante. Além disso, é primordial que a sociedade possa ter um posicionamento de aceitação do conjunto de ações, com respeito ao cidadão tendo como foco a prevenção de danos. Apenas dessa forma será possível pensar nas drogas como algo vinculado à saúde pública e com uma política que trabalhe a inclusão de todos os cidadãos brasileiros. 

*Vanda Canuto é coordenadora do Espaço Normal e Hélio Euclides é cofundador e jornalista do Maré de Notícias.

Povo negro resiste frente às estruturas de discriminação racial 

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A história do Brasil é marcada por exemplos de resistência de pessoas negras contra o racismo institucional

Flávia Cândido*

O racismo institucional é uma forma traiçoeira de discriminação enraizada nas estruturas e práticas das instituições, permeando todas as esferas da sociedade. Silvio Almeida, renomado jurista e intelectual brasileiro, argumenta que o racismo institucional persiste porque muitas vezes é velado, não reconhecido ou ignorado pelas estruturas de poder. Essa falta de reconhecimento permite que o racismo continue a moldar as práticas e políticas das instituições, sem que sejam devidamente questionadas. 

Um exemplo notório dessa invisibilidade do racismo institucional é a sub-representação de pessoas negras em cargos de liderança e poder dentro das instituições. Pouquíssimas pessoas pretas ocupam postos dirigentes em empresas, organizações governamentais e instituições acadêmicas. Esse desequilíbrio reflete não apenas a falta de oportunidades iguais, mas também a perpetuação de sistemas de poder que favorecem os brancos em detrimento dos negros. 

A história do Brasil também é marcada por exemplos de resistência de pessoas negras contra o racismo institucional. Luiz Gama, por exemplo, um abolicionista e advogado negro do século XIX, lutou incansavelmente para ser aceito na elite intelectual e jurídica da época. Seus esforços foram um desafio direto às normas sociais e institucionais que excluíam pessoas negras dos espaços de poder e prestígio. 

Além disso, a narrativa sobre figuras negras proeminentes na história do Brasil muitas vezes é embranquecida para melhor se encaixar nos padrões estabelecidos pela sociedade branca dominante. Um exemplo notável é o autor Machado de Assis, frequentemente retratado de maneira mais clara e “aceitável” em retratos e representações públicas, apesar de sua ascendência afrodescendente. Essa tentativa de embranquecimento reflete os preconceitos profundamente enraizados que associam o sucesso e a competência à branquitude, enquanto marginalizam e desvalorizam a negritude. 

O Rio de Janeiro, especificamente, enfrenta um cenário alarmante de violência policial contra pessoas negras. Segundo estudos, houve uma pessoa negra morta por intervenção policial a cada 8 horas e 24 minutos no ano passado. O estado é o segundo com mais mortes de pessoas negras no país em decorrência da violência policial, o que demonstra a intensidade do racismo institucional presente na segurança pública. 

Em suma, o racismo institucional é alimentado pela falta de reconhecimento do racismo estrutural, pela sub-representação de pessoas negras em cargos de liderança e pelo apagamento da contribuição e identidade negra na história e na cultura. Enfrentar esse problema requer não apenas o reconhecimento e a conscientização sobre a existência do racismo institucional, mas também a implementação de políticas antirracistas dentro das instituições. 

Políticas antirracistas podem incluir a promoção da diversidade e inclusão em todos os níveis da hierarquia organizacional, a criação de programas de conscientização e treinamento sobre preconceito racial e privilégio branco, e o estabelecimento de mecanismos eficazes para denunciar e remediar casos de discriminação racial. Somente através de um compromisso ativo com a justiça racial e a igualdade de oportunidades podemos começar a desmantelar as estruturas de poder que perpetuam o racismo institucional e construir uma sociedade mais justa e inclusiva para todos os seus membros. 

*Flávia Cândido é Assessora Parlamentar, Professora de Língua Portuguesa e Literaturas no Pré vestibular Comunitário Estudando Pra Vencer e formada em Letramento Racial no Instituto Ayó

Escolas de samba da Maré permanecem na Série Bronze

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Gato de Bonsucesso e Siri de Ramos comemoram com vitória o fim do risco de rebaixamento

A Série Bronze tem 24 escolas de samba, dentre elas duas da Maré: Gato de Bonsucesso e Siri de Ramos. O grupo na realidade são dois campeonatos, divididos em duas noites.  A segunda-feira (12/02) e o sábado (17/02) foram os dias que Avenida Intendente Magalhães, a Passarela do Povão, como é conhecida, foi ocupada pelo desfile.

Duas escolas de cada um dos dias de desfiles subirão para a Série Prata em 2025. Do outro lado da tabela, três caíram para o Grupo de Avaliação. Na apuração que aconteceu no último  dia 20, no bairro da Abolição, o Gato de Bonsucesso e o Siri de Ramos ficaram na berlinda para queda, mas mostraram que “felino tem sete vidas” e “crustáceo tem a casca dura”.

No resultado final do primeiro dia, as três escolas que voltaram para casa em silêncio foram às Rosa de Ouro, que ficou em décimo com: 263,4 pontos; a Mocidade Unida da Cidade de Deus, em décimo primeiro com: 262,6 e em último a Difícil é o Nome com o total de: 261,6. As campeãs foram a Império de Nova Iguaçu, em primeiro lugar com: 268 pontos, seguida pela Alegria do Vilar com: 267,8. 

A segunda noite teve outras três agremiações chorando com o resultado. A escola que representa o clube do Fluminense, a Guerreiros Tricolores ficou em décimo com: 265,4 pontos; acompanhada pela TPM, na décima primeira colocação com: 263,4 e na lanterna a Unidos de São Cristóvão, que foi punida por não desfilar. Já as vitoriosas foram a Boi da Ilha do Governador, em primeiro lugar com: 269,5 e na segunda posição ficou a Chatuba de Mesquita com: 267,8.

O Gato de Bonsucesso desfilou na primeira noite e encontrou problemas com ausências de fantasias das alas da baiana e da bateria, que são obrigatoriedade. Isso causou apreensão nos integrantes, que roeram as unhas até o fim da apuração.

“Estava muito ansioso, preocupado e nervoso. Contudo, o sentimento final é de felicidade, pois apesar de toda a dificuldade que a escola passou na avenida, superou tudo permanecendo no grupo. Agora já estamos corrigindo os erros e movendo o que precisa ser movido, como o atelier. Algumas mudanças já acontecem após o dia 15 de março, depois da prestação de contas para a Superliga Carnavalesca do Brasil. Logo após começa o carnaval 2025”, diz Bruno Soares, presidente do Gato de Bonsucesso, que ficou com a nona colocação com: 263,7 pontos. Ele já convida os moradores para o encontro marcado na quadra, para a festa de São Jorge, no dia 23 de abril.

Já o Siri de Ramos, na segunda noite, teve dificuldade também nas roupas das baianas, com presença de saias e chapéus, mas sem a parte de cima das fantasias. A agremiação ficou em oitavo lugar, com 266,7 pontos. Ambas as escolas apesar de não carregarem o nome do bairro, a azul e branco da Nova Holanda e a verde e branco da Praia de Ramos pertencem à Maré, segundo decreto que completou três décadas em janeiro. Para 2025, as duas escolas prometem deixar viva a cultura popular e merecem um olhar especial e o apoio dos moradores, para que o samba nunca morra na Maré. 

Evento leva atividades pós-carnavalescas gratuitas para Fiocruz

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‘Quero + Folia no Museu’ garante um dia inteiro de atividades no Museu da Vida

Um dia com muita festa, folia e brincadeiras vai tomar o Museu da Vida Fiocruz, logo após o Carnaval. No próximo sábado (24/2), das 10 às 16h, atração musical, atividades externas, oficinas, exposições e teatro dão o tom do “Quero + Folia no Museu”, um evento que vai abrir as portas da instituição e de seus famosos castelo e pirâmide para toda a família com ações lúdicas e gratuitas.

“Decidimos inovar esse ano e realizar um evento após o carnaval, trazendo para o nosso público o Quero + Folia no Museu”, explica Ana Carolina Gonzalez, chefe do Museu da Vida da Fiocruz. “O Carnaval é a manifestação cultural mais importante do nosso país. Queremos unir saúde, ciência e festa, oferecendo aos visitantes diversas atividades”, conclui.

O destaque do dia fica por conta do “Cortejinho por Um Dia”. O projeto, voltado para crianças de 6 a 12 anos, visa construir junto aos pequenos uma proposta coletiva de cortejo carnavalesco tocado e brincado. A equipe presente dará ferramentas para o desenvolvimento de um bloco de rua dentro do evento, através de oficinas de educação percussiva e  de história dos ritmos afro-brasileiros. As crianças terão contato com instrumentos percussivos e farão a reprodução coletiva dos ritmos tocados no carnaval de rua carioca. 

Na iniciativa, os participantes vão conferir brincadeiras populares em que as crianças aprendem a cantar cantigas do ritmo afro-brasileiro trabalhado, ao mesmo tempo em que tocam essas músicas e performatizam alguns aspectos que compõem as manifestações e bailados. Tudo isso vem acompanhado por um momento de fantasia e estímulo à imaginação através de contação de história acerca do ritmo.

O repertório é composto por ritmos como o funk, o maculelê, o ijexá,  o baião, a marchinha, o maracatu, o samba, o samba-reggae, o galope, entre outros.  A finalidade é proporcionar entretenimento formativo, apresentando às crianças a possibilidade de aprenderem elementos básicos das musicalidades de rua, e histórias de nossas identidades afroindígenas.

A programação do evento “Quero + Folia no Museu” inclui ainda a visita ao Castelo da Fiocruz e às exposições do Museu da Vida Fiocruz, além de uma Oficina de Encadernação Sensorial de Texturas. Na parte da tarde, a peça “É o Fim da Picada” também promete divertir e sensibilizar o público para a prevenção das doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, como a dengue.

Confira a programação

Atração Musical

Cortejinho por um dia
Horário: 11h 
Onde: Centro de Recepção do Museu da Vida Fiocruz
Idade: livre

Oficinas de iniciação percussiva com ritmos do Carnaval carioca e, em seguida, um cortejo.


Atividades externas

Parque da Ciência e Pirâmide
Horário: 10h às 16h 
Onde: Parque da Ciência (área externa) e pirâmide (área interna)  
Idade: livre 

O Parque da Ciência conta com uma grande área aberta, na qual estão espalhados vários equipamentos. As instalações do Parque estão organizadas em três temas principais que estão conectados: Energia, Comunicação e Organização da Vida.


Visita ao Castelo da Fiocruz
Horário: 10h às 16h 
Onde: Castelo da Fiocruz 
Idade: livre 

Neste espaço de visitação, o público também pode contemplar a arquitetura em estilo neomourisco, a beleza dos azulejos portugueses e os mosaicos inspirados em tapeçaria árabe.   


Exposições

Aedes: Que Mosquito É Esse? 
Horário: 10h às 16h 
Onde: Castelo da Fiocruz 
Idade: livre 

Apresenta o universo do mosquito Aedes aegypti por meio de diversos recursos tecnológicos e visuais. 


Exposição Vida e Saúde: relações (in)visíveis 
Horários: 10h às 16h 
Onde: Cavalariça  
Idade: livre 

Apresenta o tema saúde em sua complexidade com 14 módulos, o público é convidado a conhecer o conceito de saúde em suas diferentes escalas da microscopia à saúde como fenômeno social.


Teatro

Peça ‘É O Fim da Picada!’
Horário: 13h30min 
Onde: Tenda Ciência Virgínia Shall 
Idade: a partir dos 12 anos 

Cenas de diálogo com o público para abordar temas relacionados à dengue, zika e chikungunya.  


Oficina sobre Acessibilidade

Oficina de Encadernação Sensorial de Texturas
Horário: 10h às 12h
Onde: Sala de Vídeo do Centro de Recepção
Idade: livre

Partiremos do básico de encadernação artesanal para construir um pequeno catálogo de texturas com a ideia de acessibilizar os mais diversos tipos de projetos com materiais de reuso, explorando assim, as diferentes sensorialidades.