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Sem Auxílio Emergencial, desigualdade social tende a crescer nos próximos meses

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67 milhões de pessoas ficarão sem ajuda do programa social com o fim do plano

Por Edu Carvalho e Hélio Euclides, em 07/01/2021 ás 10h

Editado por Edu Carvalho

Tornar ainda mais perceptíveis as desigualdades latentes em nosso país, expondo a vulnerabilidade com que a maioria da sociedade brasileira é condicionada a viver. Não ter saída para quem vive com renda mínima, que não está assegurado por ser informal ou mesmo aqueles que estão desempregados. A pandemia da covid-19 não trouxe só o pânico sanitário, mais também a urgência em resolver questões que custam, e muito, ao país. 

 Para movimentar a economia e tentar garantir a sobrevivência das pessoas, a equipe econômica do governo federal queria conceder apenas R$ 200 aos informais em um período de três meses. Nascia, com isso, o Auxílio Emergencial, também apelidado em determinado como ”Coronavoucher”. Num jogo de estica e puxa com o presidente da Câmara Rodrigo Maia, o presidente Jair Bolsonaro decidiu anunciar o aumento do valor do auxílio para R$ 600, superando o proposto por parlamentares.  Infelizmente nem todo mundo que precisava conseguiu receber o auxílio. E muitos que não se enquadraram no perfil burlaram a regra e o receberam indevidamente. O grande problema de 2021 é que ele começa sem esta ajuda para a população mais vulnerável do país. 

É o caso de Simone Lauar, jornalista comunitária e moradora do Salsa e Merengue, uma das favelas que fazem parte da Maré. “Moro com a minha irmã, que recebeu como chefe de família. Foi um ano complicado, pois perdi meu emprego e fiquei dependente desse auxílio que nem era meu, mas ajudou a minha casa”, conta.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a PNAD, a taxa de desemprego chegou a 14,2% em novembro, a maior da série histórica, que começou a ser contabilizada em 2012. Essa porcentagem corresponde, em pessoas, a 14 milhões de brasileiros sem emprego – em outubro foram 13,8 milhões. 

Mesmo com as suas dificuldades financeiras, Simone percebe pessoas em pior estado na favela. Ela utiliza o jornal blog Garotas da Maré, para ajudar quem ficou sem o auxílio, com arrecadação de alimentos e roupas. “Muitos estão passando fome. Estamos zerados. Não sei como será daqui para frente, sem o auxílio. Só sei que o que arrecadar, vou doar. Precisamos de união para ajudar uns aos outros nesse momento”, diz. Para quem desejar colaborar: Nubank pagamentos S/A, agência: 0001, conta corrente: 4149758-2. Para doação de alimentos Instagram: @garotasmare.

Falta de pagamento gera angústia

    Muitos brasileiros não receberam os pagamentos finais do programa. Foi o que aconteceu com Vanessa do Nascimento Vieira, moradora do Salsa e Merengue. “Aqui em casa tenho sete filhos, sendo dois casados, que estão comigo por conta da crise. Eu recebi o auxílio, mas quando mudou o valor para a metade, não veio. Eles até colocaram R$ 189 de bolsa carioca que eu nunca tinha recebido, mas em dezembro isso também não veio”, expõe. 

Vieira entrou na justiça, para reparação de direitos e aguarda julgamento do caso. “Esse dinheiro teve que ajudar todos, porque aqui ninguém tem carteira assinada. Trabalhava de faxina e em salão de cabeleireiro, mas com a pandemia não tem trabalho, faltam clientes. Com o dinheiro do auxílio ainda fiz as impressões dos exercícios das escolas dos meus pequenos e paguei explicadora”, diz. Colocar comida na mesa só foi possível por conta das cestas básicas distribuídas pela Redes da Maré. “Da escola do meu filho que é autista recebi uma única vez. Minhas clientes também me ajudaram com dinheiro, compras e até na impressão das apostilas”, conta. Para piorar, ela e dois filhos tiveram contágio do vírus, e em alguns momentos ficaram sem o abastecimento de água em casa, o que impossibilitava parte dos cuidados em relação ao combate. 

Camilla Nascimento, moradora de Marcílio Dias, outra favela da Maré, sofre com o fim do pagamento do benefício. “Já estou louca pensando como vai ser agora, sem esse auxílio, sem o Bolsa Família e sem o BPC (Benefício de Prestação Continuada), que eu dei entrada em abril e até agora nada de resposta do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)”, comenta. Ela conta que em 2019 procurou o Centro de Referência de Assistência Social de Belford Roxo, onde morava, para receber o Bolsa Família. No mesmo ano foi cortado o benefício por um erro. Além do sofrimento com a pandemia, a família recebeu a notícia que o filho sofre de câncer. “A vida não é fácil para quem tem saúde, imagina para quem tem um filho com enfermidade? Fico triste e angustiada com o fim do auxílio, que foi uma burocracia para receber”, expõe. No aplicativo da Caixa mostra que Camila recebe o Bolsa Família. 

Volta às aulas na rede municipal é marcada para 8 de fevereiro

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Publicada no Diário Oficial, retorno presencial ainda não tem previsão

Por Edu Carvalho em 06/01/2021, às 12h

Editado por Andressa Cabral Botelho

O calendário letivo de 2021 da rede municipal de Educação do Rio de Janeiro começará em 08 de fevereiro e terminará em 17 de dezembro. O período educacional público foi definido pelo secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, com publicação na edição do Diário Oficial desta quarta-feira, dia 06 de janeiro. 

O ano letivo de 2021 da Educação Infantil e do Ensino Fundamental terá 202 dias, dois a mais que o mínimo necessário.

As matrículas começaram a ser feitas a partir de 18 de dezembro para alunos da Educação Especial. Desde ontem, 05, até o dia 10 de janeiro, serão feitas inscrições para as crianças na idade de creche, entre 6 meses e 3 anos e 11 meses. Nesse mesmo período, será possível fazer transferência para outra unidade da Rede Municipal das crianças já atendidas nas Creches/EDIs da Prefeitura do Rio.

Para fazer a inscrição, os pais e responsáveis precisam acessar o site Matrícula Rio, onde também é possível ver as próximas fases de inscrição. 
Para saber as datas de transferência interna e externa, confira aqui.

Ano novo com bebida, comida e coronavírus

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Em meio à pandemia, janeiro chega com cuidados redobrados com a saúde

Maré de Notícias #120 – janeiro de 2020

Por Hélio Euclides

Peru, chester, rabanada, pernil, vinho – tudo isso e muito mais faz parte das ceias em dezembro, além das simpatias e superstições de réveillon que envolvem comer lentilhas, uvas verdes e sete sementes de romã. Isso pode significar um grande problema nos dias seguintes. Depois das festas surgem a ressaca, a dor de cabeça, os enjoos e outras complicações; ninguém quer passar o feriado se sentindo mal. Com o fim das comemorações de final do ano, chega também o arrependimento dos excessos e as promessas de alimentação regrada e mais exercícios. 

Para evitar esses aborrecimentos, a nutricionista Márcia Teixeira, da Coordenação de Área Programática 3.1, dá dicas para uma boa alimentação não só nas festas, mas para todo o ano. “O que ocorre nessas comemorações é o consumo de frituras, comidas gordurosas e doces, o que sobrecarrega o fígado. Depois disso tudo, é importante comer alimentos que colaborem na desintoxicação, como fibras e frutas – preferencialmente, escolha aquelas que estão na safra, como melão, melancia, laranja e maçã, para somar valor nutritivo com economia. Uma boa forma de consumo é a salada de frutas”, ensina. Já sobre o consumo de bebidas alcoólicas, a médica recomenda comer algo antes e não exagerar para evitar a ressaca, além de beber água antes, durante e depois, para impedir a desidratação. 

Nessa virada de ano, a nutricionista aconselha começar com o pé direito, com uma alimentação mais saudável, com verduras, legumes, frutas e pão integral. Ao escolher a proteína (no caso dos não vegetarianos), sempre prefira as carnes mais magras, como frango e peixe, preparados grelhados, cozidos ou assados. Com o calor do verão, o ideal é beber bastante líquidos, como água e sucos conhecidos como detox, feitos com frutas bem higienizadas e água filtrada (o açúcar pode ser substituído por água de coco). Outra bebida que faz bem para o organismo é o chá, de qualquer tipo. O importante é tirar do cardápio o refrigerante. “É preciso se aproximar de alimentos naturais e se afastar dos processados. Falo que é necessário mais descascar do que desembrulhar. Isso deve ser a regra de ouro”, explica a nutricionista.

“Nas refeições, deve-se incluir grãos, frutas secas, sementes, arroz integral, aveia e feijão. Nesse período de pandemia é bom consumir mais fibras, que diminuem a ansiedade. Ela também pode ser combatida com uma boa mastigação, comendo bem devagar. Isso tem como resultado a diminuição da fome, que se refletirá na quantidade de alimentos consumidos”, diz. Ela acrescenta que é bom evitar o excesso de açúcar e sal. Já em relação a temperos, sempre usar os naturais, como alho, salsa, orégano e cebola – tudo aquilo que pode estar na horta das casas dos moradores da Maré. Mesmo sem saber de todas as recomendações da nutricionista, Lúcia Fátima Silva, moradora da Vila do João, faz a sua ceia sem exageros e diariamente tenta equilibrar os cuidados. “A tradição manda ter bacalhau. Há 37 anos, quando fiquei grávida e enjoei de pernil, não como mais carne de porco. A minha comida é sem doce ou gordura, pois meu marido tem diabetes”, diz. Já Luiz Carlos Araújo, morador da Vila dos Pinheiros, conta que mudou os hábitos depois de uma mistura de bebidas. “Na ceia sempre tem pernil assado e vinho. Nunca passei mal por comida. O que me marcou foi a vez em que a bebida não caiu bem. Comecei com cerveja, depois vinho, passei para a cidra e por fim, rum Montilla. O resultado foi uma baita ressaca. Fiquei o dia seguinte vomitando; só melhorei com água tônica”, lembra.

Carnes gordas costumam ser mais consumidas nesta época – Foto: Douglas Lopes

Equilibrando a alimentação

A dieta equilibrada é a que contém quantidade adequada dos alimentos necessários para assegurar os requerimentos nutricionais, assegura a Organização Mundial de Saúde (OMS). Daniela Cierro, vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrição, acrescenta que quem deseja começar uma dieta equilibrada precisa ter informações baseadas na ciência e, principalmente, a orientação de um profissional nutricionista para conhecer suas necessidades individuais. “O importante é comer pequenas quantidades, manter-se hidratado e consciente. As festas acabam rapidamente e a culpa acompanha muita gente ao longo do ano”, diz a profissional. 

Daniela destaca que o sobrepeso e a obesidade surgem a partir do aumento do consumo diário de calorias e de alimentos ultraprocessados, que contêm gordura e açúcar em grandes quantidades e mais aditivos, que não aumentam a saúde do ser humano e sim, o prazo de validade dos produtos nas prateleiras dos supermercados. “Geralmente percebemos que, para boa parte da população, um alimento saudável não é saboroso. Mas isso pode ser mudado. Afinal, quem não gosta de um macarrão com molho ao sugo e almôndegas, acompanhado de uma salada de alface e tomate? Saudável e gostoso”, finaliza.

Quem deseja começar uma dieta pode procurar uma unidade de saúde perto de casa. Dali, o paciente vai ser encaminhado para o Centro Municipal de Saúde Américo Veloso, na Praia de Ramos, que oferece atendimento de nutricionista.

No último relatório do ano, estado apresentou alto risco de contágio da covid-19

Um início de ano com pandemia

Márcia e Daniela concordam que, além de uma boa alimentação, a atividade física é essencial em tempos de covid-19 pois, além de controlar o peso, ainda ajuda a manter a saúde física e mental. Atividade física regular, hidratação, alimentação saudável, boas noites de sono e uma vida mais consciente, além de exames periódicos para prevenir doenças, compõem o bom caminho para uma vida saudável. 

Mas até fazer exercícios ficou mais difícil com a pandemia. Celso Roberto, que é atleta, confessa que o uso obrigatório da máscara nos treinamentos aeróbicos na rua ou academia dificulta a respiração. “É quase uma asfixia, algo desconfortável à beça. Eu continuo treinando, três vezes por semana. Uso máscara, mas a evolução não é a mesma coisa”, comenta. Roberto trabalha com corrida de rua e confessa que a pandemia trouxe o cancelamento dos eventos. Só no fim do ano é que alguns voltaram, seguindo várias medidas. “A galera, quando tem data de eventos marcada, treina pensando naquela corrida. Um exemplo é a meia-maratona, que o atleta treina por três meses pensando exclusivamente na prova. Sem eventos, o corredor não treina, fica desmotivado”, conta. 

Um guia contra a covid-19

Além dos cuidados com alimentação, é necessário ainda prestar atenção com a propagação do novo coronavírus no pós-festas. Sabe-se que o momento é de confraternização, mas os abraços, festas e aglomerações para comemorar os primeiros dias do novo ano precisam esperar, em prol de um bem maior. 

É justamente neste período, de saudade por conta do isolamento e do aumento vertiginoso de casos e mortes por covid-19, que é preciso ficar ainda mais atento e saber quais os cuidados necessários depois das festas, caso algum familiar venha a se contaminar com o novo coronavírus. Desde novembro, notou-se uma subida na curva de contaminações, que estava em queda. Como consequência, ao longo de dezembro vimos a ocupação de leitos para a doença nas redes pública e privada de saúde chegar a níveis alarmantes. No dia 27 de dezembro, o estado do Rio registrou 421.069 casos confirmados e 24.918 mortes, de acordo com o painel do governo do estado. Se a população ignorou esse fato nas festas de fim de ano, as boas vibrações do início de 2021 podem se transformar em preocupações com as pessoas que amamos e conhecemos.

Pensando nisso, foi desenvolvido o Guia de isolamento domiciliar para pessoas com covid-19. O material faz parte do Programa de Isolamento Seguro, um dos braços de atuação do Conexão Saúde, parceria da Associação Redes da Maré com a iniciativa Dados do Bem, a ONG SAS Brasil, o movimento União Rio, o Conselho Comunitário de Manguinhos e a Fiocruz, com financiamento da iniciativa Todos pela Saúde. A ação como um todo está em curso há três meses, oferecendo a possibilidade de um isolamento seguro dentro de casa, para casos mais leves que não necessitem de suporte hospitalar.

As orientações do guia tiveram a assessoria de Marília Santini de Oliveira, médica infectologista da Fiocruz. O guia é ofertado pela equipe social do programa de isolamento seguro, que conta com acompanhamento social, oferta de insumos, alimentação, orientação, acolhimento e acompanhamento social durante o período de desenvolvimento da infecção, além de monitoramento via telemedicina. 

“A partir do programa de isolamento domiciliar, a equipe achou que seria necessário um guia para ajudar os moradores da Maré, que tem confirmação ou suspeita de covid-19 e que estão sendo acompanhados pelo programa, a diminuir os riscos de transmitir o vírus para os seus familiares”, explica Camila Barros, pesquisadora da Redes da Maré. Dessa forma, o guia traz orientações sobre como organizar a casa depois do diagnóstico positivo para a infecção, abordando desde recomendações básicas, como distanciamento, uso de máscara e higiene, até organização do espaço do doente, desinfecção dos cômodos, preparo dos alimentos e convivência. O guia está disponível em http://www.redesdamare.org.br/br/publicacoes, mas é possível conferir algumas dicas abaixo.

Conheça o plano para os primeiros 100 dias na prefeitura

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Na lista de 25 ações, o prefeito Eduardo Paes prioriza atividades nas áreas da saúde e da educação.

Por Thaís Cavalcante em 06/01/2021, às 10h 

Editado por Edu Carvalho

O prefeito Eduardo Paes começa o ano com o desafio de realizar 25 ações em seus primeiros quatro meses no comando da Prefeitura do Rio de Janeiro. O tradicional ‘Plano de 100 dias’ começou em 1º de janeiro, assim como as 12 metas principais e um plano de governo detalhado para os quatro anos de sua gestão na cidade. As primeiras ações da lista são da área da saúde e educação.

Já dita como prioridade em seu governo, Paes garante que vai preparar as Clínicas da Família para a campanha de vacinação da covid-19 e realizar atividades em apoio à saúde mental. Assim como o fornecimento de remédios e outros materiais, voltar com as equipes de saúde e o Programa Cegonha Carioca. Também pretende garantir a transparência na fila virtual do SISREG.

Medidas mais que urgentes. O Maré de Notícias Online acompanhou de perto como as unidades de saúde da Maré funcionaram em 2020 durante o primeiro ano da pandemia. Os moradores denunciaram a falta de energia elétrica, de medicamentos e de exames na Clínica da Família Jeremias de Moraes da Silva. Em setembro, o Centro Municipal de Saúde Vila do João sofreu com a chuva e a queda do teto, mudança na administração e diminuição dos salários. Em outubro, mostramos a situação precária da saúde mental e como os moradores enfrentam essa questão com iniciativas durante a pandemia. Em novembro, o CMS Américo Veloso precisava da troca de calhas de lâmpadas e apresentava goteiras, devido à chuva.

Esses e outros acontecimentos marcaram o impacto da precariedade da saúde no território.

No que diz respeito à educação, Paes aposta no digital para as escolas com internet grátis e equipamentos eletrônicos. Além disso, quer implementar protocolos sanitários, oferecer uma espécie de supletivo na volta às aulas e kits escolares para alunos da rede pública. Também pretende aumentar o número de professores e diminuir o número de alunos em cada turma. 

Na favela, para enfrentar os desafios educacionais colocados às famílias, mapeamos iniciativas coletivas e atividades criativas feitas por escolas, alunos e professores para não interromper o ritmo de aprendizado. Falamos também sobre as dificuldades e falta de acessibilidade dos moradores de favelas com a suspensão das aulas, em estudar à distância e como os pequenos estudantes lidam com a situação.

Para segurança nas estações sucateadas do BRT e em pontos turísticos espalhados pela cidade, o prefeito aposta nos guardas municipais, na instalação de câmeras de segurança e no BRT Rosa. Nas ruas da cidade, serão colocadas lâmpadas em áreas avaliadas como inseguras e a ronda de patrulhas será diária. Os bairros de Bangu e Campo Grande, localizados na Zona Oeste da cidade, também terão uma expansão de seu programa de segurança.

Se depender da prefeitura, as pequenas e médias empresas terão oferta de crédito e os cariocas uma possível redução do IPTU. Também é citado na lista de ações o planejamento para a restauração de áreas e possíveis mudanças, revitalização da Avenida Brasil – via expressa próxima do Conjunto de Favelas da Maré. Importantes frentes de trabalho que também voltam à ação em favelas são os Guardiões dos Rios, programa de conservação dos rios, Agente Comunitário de Saúde e Garis Comunitários. Durante 2020 nossa equipe acompanhou o trabalho dos Agentes da Maré e seus enfrentamentos para garantir o mínimo de assistência aos moradores, assim como noticiamos a redução de investimento no programa de Garis Comunitários, que fazem um trabalho comunitário junto aos garis da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana). 

Sobre a mobilidade urbana, será apresentado o Plano BRT com a promessa de ser implantado até o final deste ano. Paes também pretende concluir as obras do BRT Transbrasil até 2022 e analisar linhas de ônibus cortadas na gestão anterior, assim como possíveis irregularidades. E reabrir a ciclovia Tim Maia, ponte da Zona Sul à Barra da Tijuca. No segundo mandato de Paes, em 2016, foi realizada a inauguração da primeira malha da ciclovia, com investimento de cerca de 50 milhões de reais. A ciclovia tem um histórico de construção marcado por desabamentos que causaram duas mortes. Em 2019, aconteceu o último desabamento. Para sua retirada, o ex-prefeito Marcelo Crivella sinalizou que o gasto seria em torno de 10 a 15 milhões e manteve a interdição.

O transporte também foi pauta no território mareense. Noticiamos aqui no Maré de Notícias sobre as ameaças de empresas de ônibus em suspender as linhas e também sobre a volta de um transporte alternativo legalizado recentemente. Os planos da prefeitura para os próximos meses é um sinal de que há muito trabalho pela frente – na Maré e em toda a cidade.

Para ler o Plano de Ação de 100 Dias detalhado e o Plano de Governo da Prefeitura do Rio de Janeiro clique aqui.

Moradores da Cidade de Deus planejam novo ato contra morte de mototaxista Marcelo Guimarães

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Vítima encaminhava-se para o trabalho após deixar filho em escola de futebol 

Por Edu Carvalho, em 05/01/2021, às 13h40

Editado por Andressa Cabral Botelho

Para a tarde desta terça-feira (05), moradores e familiares de Marcelo Guimarães, de 38 anos, assassinado enquanto estava indo para o trabalho ontem, dia 4, farão um novo protesto por justiça no caso. Marcelo foi baleado por um policial militar, por volta das 8h30 da última segunda-feira, na Avenida Edgar Werneck, na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Em nota, a PM afirma que no momento da morte acontecia um confronto, o que a família desmente. Moradores afirmam ter escutado apenas um disparo, o que teria acertado Marcelo. Um inquérito foi aberto para apurar o caso. 

O ato será realizado próximo ao viaduto da Linha Amarela, na entrada da Cidade de Deus, às 17h. O local é o mesmo onde Marcelo foi baleado e morto. Marcelo deixa a esposa e dois filhos. Antes disso, acontecerá o sepultamento acontece às 15h no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte.

Estado do Rio se aproxima da marca de 26 mil mortos por covid-19 e meio milhão de casos

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Até o momento, são 25.617 óbitos e 439.345 casos confirmados no RJ

Por Edu Carvalho em 05/01/2020 às 11h45

Editado por Andressa Cabral Botelho

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) informou por meio de um boletim os números registrados até a última segunda-feira, dia 04, sobre o novo coronavírus. São 439.345 casos confirmados e 25.617 óbitos por covid-19 no estado. Há ainda 498 óbitos em investigação e 2.492 foram descartados. Entre os casos confirmados, 408.905 pacientes se recuperaram da doença.

A SES esclarece que, devido aos feriados de Natal e Ano Novo, existe uma defasagem nas notificações de casos e óbitos e, em alguns casos, há necessidade de se aguardar a confirmação da causa da morte, como resultados de exames, por exemplo, para a inclusão do óbito no sistema como confirmado para Covid-19.

Desde o dia 04 de dezembro, foram realizados 19.629 testes de RT-PCR nas quatro unidades abertas pelo estado. O programa é complementar à testagem de RT-PCR, que já vem sendo realizada em unidades municipais de saúde, coordenada pela SES. Do início da pandemia até hoje, já foram realizados mais de 406 mil testes em parceria entre a SES, COSEMS e a Fiocruz.

Para mais informações, acesse o painel de monitoramento de casos no estado do Rio de Janeiro em painel.saude.rj.gov.br.

Segundo o Painel Unificador Covid-19 Nas Favelas, o Conjunto de Favelas da Maré tem 2.449 casos confirmados e 158 mortes.