Home Blog Page 47

‘Um obstáculo aos interesses dos irmãos Brazão’, afirma Lessa sobre morte de Marielle

De acordo com a delação premiada de Ronnie Lessa, autor dos disparos contra a parlamentar, o crime estava sendo arquitetado desde setembro de 2017

Samara Oliveira e Hélio Euclides

Dez dias após o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes completar seis anos, acusados de mandar a vereadora foram presos na manhã deste domingo (24), pela Polícia Federal. Os acusados são o deputado federal Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa.

Qual foi a motivação?

De acordo com a delação premiada de Ronnie Lessa, autor dos disparos contra Marielle, o crime contra a parlamentar estava sendo arquitetado desde setembro de 2017 porque ela representava “um obstáculo aos interesses dos irmãos Brazão”. 

Os interesses mencionados por Lessa diziam respeito ao Projeto de Lei Complementar proposto por Chiquinho Brazão, também vereador no Rio de Janeiro, que buscava regularizar terras em áreas controladas pela milícia. A relação que a vereadora mantinha com lideranças comunitárias e sua posição contra os loteamentos em áreas em que os dois tinham influência teria sido a principal motivação.

O crime e a mobilização por justiça

Na noite de 14 de março de 2018 a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram mortos ao serem perseguidos por criminosos no bairro do Estácio. O carro foi alvejado por treze tiros, interrompendo a vida da parlamentar e do seu motorista, além de atingir sua assessora, que sobreviveu. 

A mobilização foi fundamental para que o caso não caísse em esquecimento. Festivais, ações paralelas nas ruas do Rio de Janeiro e ações conjuntas nas redes sociais já faziam parte do calendário de movimentos sociais e políticos todo dia 14 de março com o grito “Justiça por Marielle e Anderson”.

Até chegar aos mandantes foi um processo longo, que passou por três governadores do Rio de Janeiro, Luiz Eduardo Pezão, Wilson Witzel e Cláudio Castro, no âmbito nacional também três presidentes, Michel Temer, Jair Bolsonaro e agora, Lula, além de pelo menos cinco delegados da Polícia Civil que investigaram o caso.

Nas redes sociais, Anielle Franco, irmã da parlamentar e Ministra da Igualdade Racial ressalta “Lugares onde as pessoas deveriam estar cuidando da proteção do povo, não é lugar onde as pessoas arquitetam crimes tão covardes e cruéis como foi o crime da minha irmã. A nossa família permanecerá de pé por tudo que a Mari representa e representava para a gente. A gente vai seguir lutando por justiça porque, eu repito, responder ao crime da Marielle e do Anderson é dar uma resposta para o fortalecimento da democracia”.

Para Mônica Benício e Agatha Arnaus, viúvas de Marielle e Anderson respectivamente, a prisão traz um momento de esperançar justiça e paz. “E isso é apenas uma parte do que Marielle e Anderson merecem. Nesse domingo chuvoso de março, a verdade começou a ser desvelada. O que, diante da nossa dor, é o tempo de uma vida inteira depois daquele 14 que marcou mais do que nossas vidas – marcou a nossa carne e o próprio Estado Democrático de Direito”, diz em nota conjunta.

Os seis acusados envolvidos no caso 

Além da prisão dos três principais acusados, foram alvos da Operação Murder, com busca e apreensão em casa, outros quatro suspeitos. O Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, impôs mandados contra Érika Andrade, esposa de Rivaldo Barbosa; Giniton Lages, primeiro condutor das investigações sobre o duplo homicídio e titular da Delegacia de Homicídios da capital de 2018 a 2019; Marco Antonio, comissário de Polícia Civil; e Robson Calixto Fonseca, o peixe, assessor de Domingos, que terão que cumprir medidas cautelares, entre elas, utilizar tornozeleira eletrônica.

Arquivo morto: suspeitos assassinados 

Durante as investigações do caso cinco suspeitos de executarem Marielle foram mortos.

Apontado como intermediário da contratação de Lessa para o assassinato de Marielle, o ex-sargento da Polícia Militar Edmilson da Silva de Oliveira, conhecido como Macalé, foi morto a tiros em 6 de novembro de 2021, no bairro de Bangu. 

Indicado como membro do Escritório do Crime, o ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Adriano Magalhães da Nóbrega, teria se negado a executar o crime, antes de Lessa ser procurado para fazê-lo. Foi morto em uma troca de tiros com policiais do Bope baiano, com apoio da inteligência da Polícia Civil do Rio.

Braço direito de Adriano, o segundo-sargento Luiz Carlos Felipe Martins, foi morto a tiros, em 20 de março de 2021. Homens que estavam num carro dispararam contra o PM em Realengo.

Hélio de Paulo Ferreira, o Senhor das Armas, foi assassinado em 28 de fevereiro de 2023, num bar, no bairro do Anil. Ele chegou a ser investigado no inquérito Marielle e Anderson.

Lucas do Prado Nascimento da Silva, o Toddynho, sofreu uma emboscada na Avenida Brasil, na altura de Bangu, em 2019. Ele era suspeito de ter participado da clonagem e confecção de documentos falsos do Cobalt prata usado na execução de Marielle e Anderson.

Qual o próximo passo?

Apesar das prisões significarem um avanço consideravél no caso, elas não significam o encerramento da investigação. Com a quebra do sigilo, ainda há conclusões a serem divulgadas sobre outros envolvidos que ainda não foram identificados.

Após seis anos, acusados de mandar matar Marielle Franco são presos pela PF

0

Informações da inteligência da polícia indicavam que acusados já estavam em alerta nos últimos dias

Dez dias após o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes completar seis anos, acusados de mandar a vereadora são presos na manhã deste domingo (24), pela Polícia Federal.

Os suspeitos são os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e deputado federal do Rio de Janeiro, respectivamente, e Rivaldo Barbosa, que é delegado e ex-chefe de Polícia Civil do Rio, suspeito de atrapalhar as investigações.

Nas redes sociais, Anielle Franco, irmã da parlamentar e Ministra da Igualdade Racial ressalta “Lugares onde as pessoas deveriam estar cuidando da proteção do povo, não é lugar onde as pessoas arquitetam crimes tão covardes e cruéis como foi o crime da minha irmã. A nossa família permanecerá de pé por tudo que a Mari representa e representava para a gente. A gente vai seguir lutando por justiça porque, eu repito, responder ao crime da Marielle e do Anderson é dar uma resposta para o fortalecimento da democracia”.

“Falta muita coisa para a gente ter paz”, diz viúva de Anderson Gomes após prisão de suspeitos

Prisão preventiva

Os acusados foram presos preventivamente, o que significa que há indícios suficientes de que essas pessoas cometeram um crime e há necessidade da ação para assegurar a eficácia da justiça durante o processo. Informações da inteligência da polícia indicavam que eles já estavam em alerta nos últimos dias, após o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa.

Instituições da Maré realizam campanhas solidárias de páscoa; saiba como ajudar

0

Com o chocolate em alta, as campanhas de arrecadação viraram uma solução

Sai o bom velhinho, chega o coelhinho da páscoa! O período de festas mal terminou e já estamos em outra data comemorativa importante para os brasileiros. Mas nessa época do ano outra figura faz parte do imaginário das crianças: o coelhinho da páscoa. Igualmente como em dezembro, nem todas as casas estão em clima de festa, pois com o poder aquisitivo em baixa muitas famílias priorizam o mais necessário para colocar no prato, ao invés de bombons ou ovos de páscoa. 

Uma pesquisa realizada pela empresa de inteligência de mercado Horus, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2024, revelou o preço do chocolate em todo o território nacional. A análise identificou aumento de preço nas três categorias pesquisadas, de 11% nas barras de chocolates, de 10,5% nos chocolates e bombons e de 1,8% nos ovos de páscoa. Segundo o site da CNN Brasil o aumento é visível, um exemplo é o ovo Sonho de Valsa, que em 2023 custava R$ 53, e agora tem o valor em média de R$ 67. 

Com o preço nas alturas, para minimizar a situação e espalhar a solidariedade, instituições da Maré se mobilizam em várias ações para garantir que crianças da Maré recebam em seus lares a visita do coelhinho.

Uma dessas instituições é o Especiais da Maré, coletivo que atende pessoas com deficientes (PcD), na maioria crianças. Para esse ano a meta é arrecadar 600 caixas de bombons para presentear todos os integrantes filiados na páscoa.

“Todo ano fazemos um cronograma, que inclui a páscoa. Essa ação é uma maneira de estarmos próximas às famílias, compartilhando um momento tão especial. Recebemos doações, inclusive da Cacau Show, porém o número de famílias cadastradas aumentou, daí a necessidade dessa campanha para que possamos atender todos”, comenta Juliana Mesquita, uma das gestoras do Especiais da Maré e moradora da Vila do João.

Para Mesquita, a ação também é um gesto de união. “Tenho gratidão sempre de estar ali com eles, rindo às vezes, chorando com suas dores, mas sempre grata por essa rede de apoio chamada Especiais da Maré”, conclui. O coletivo que realiza o mesmo trabalho na favela de Marcílio Dias também realiza uma campanha. O Criando Laços Especiais espera que os seus 62 filiados tenham a presença do coelhinho na páscoa. Dessa forma, estão recebendo barras de chocolate e caixas de bombons.  

Outro coletivo de Marcílio Dias que também está na campanha solidária de chocolate é o Projeto Educando Juntos. A sua festa está programada para o dia 29 de março. “Somos um projeto de reforço escolar sem fins lucrativos com cinco voluntários, entre professores e auxiliares, que tem cerca de 50 crianças, com resgate da dignidade, respeito e potencialidade. Pedimos que façam a alegria de uma criança, doação barras de chocolate, ovos de páscoa ou caixas de bombons. Quem desejar conhecer nosso projeto será bem-vindo”, convida Ana Júlia Ferreira, coordenadora do projeto.

Já na favela da Vila dos Pinheiros a arrecadação é organizada pelo Instituto Nasci para Brilhar, que conta com 80 crianças. “A páscoa solidária é muito mais que chocolates, libertação e doação, é a vitória da vida. A melhor maneira de comemorar esta época é fazendo o bem para o próximo. Meu sentimento é de gratidão”, enfatiza Andrea Souza, conhecida como Bebel, coordenadora do instituto.

Como ajudar?

No final do ano tem as cartinhas da campanha Natal dos Correios, que podem ser adotadas. Agora chegou a vez de ajudar o coelhinho da páscoa e colaborar com as ações da Maré: 

  • Especiais da Maré – pix/cpf: 11362434701 – informações: 21 97222-8603 – doações até 25 de março.
  • Criando Laços Especiais – Avenida Lobo Junior, 83, Marcílio Dias – informações: 21 98265-1519 e 21 99857-6486.
  • Projeto Educando Juntos – pix/celular: 21967424921 – Associação de Moradores de Marcílio Dias: Avenida Lobo Junior, 83.
  • Instituto Nasci para Brilhar – pix/e-mail: [email protected] – o ponto de entrega é na Via C Oito, número 26, na Vila dos Pinheiros.

Vale a pena ler de novo: confira 3 Matérias sobre Racismo Ambiental

O Maré de Notícias resgata três matérias de destaques sobre o tema do racismo ambiental

Racismo Ambiental: A Urgência de falar sobre e executar políticas de ombate: Aborda a necessidade imediata de políticas para enfrentar o racismo ambiental, especialmente porque as fortes chuvas causam impactos muito maiores, e as vezes fatais, nas favelas do Rio de Janeiro. Leia mais aqui.

Por Que as favelas são mais atingidas pelas enchentes?: A matéria discute sobre o quanto historicamente os impactos dos alagamentos ocorrem de maneira desigual nas comunidades. A matéria completa está disponível aqui.

9 em cada 10 brasileiros perceberam mudanças climáticas nos últimos anos, diz Pesquisa: Destaca os resultados de uma pesquisa que revela um aumento na percepção das mudanças climáticas entre os brasileiros e a urgência de medidas contra o aquecimento global. Saiba mais aqui.

Amplie sua compreensão sobre esse importante tópico acessando os links acima.

O impacto histórico das fortes chuvas para moradores de favela

As consequências das fortes chuvas para o Rio de Janeiro são inúmeras, mas para  determinadas áreas, como as favelas, são ainda maiores

Redes da Maré

Com os alertas da prefeitura do município do Rio de Janeiro para as fortes chuvas que vão cair,  neste fim de semana, é importante retomar a discussão sobre racismo ambiental. O assunto foi tratado no Jornal Maré de Notícias, em uma matéria sobre as consequências dessa violação de direitos para as populações mais pobres da cidade.  Por isso, é importante  lembrar o significado desse termo para entender os perigos que a população de favelas e bairros periféricos enfrentam  durante eventos climáticos extremos.

As consequências das fortes chuvas para o Rio de Janeiro são inúmeras, mas para  determinadas áreas, como as favelas, são ainda maiores. Alguns exemplos demonstram o quanto os eventos climáticos atingem de maneira mais específica e severa determinados grupos populacionais, historicamente negligenciados pelo conjunto de políticas públicas. A cada ano, parecem se repetir notícias e eventos trágicos em determinadas áreas da cidade, que sofrem com alagamentos e deslizamentos, comprometendo os bens materiais e a vida de seus moradores. 

 A população em situação de rua da cidade, por exemplo, composta por aproximadamente 7.865 pessoas (sendo 84% pretos ou pardos, segundo dados do censo da população em situação de rua  realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos e o Instituto Pereira Passos),  também sofre consequências graves diante de chuvas como as que estão sendo previstas. Sem uma política clara para garantia do atendimento à  população em situação de rua em casos emergenciais,  como no caso das grandes chuvas que atingem a cidade, essa população tem criado  inúmeras estratégias para se proteger e sobreviver a eventos climáticos tão severos. 

Já no conjunto de favelas da Maré, onde 62,1% da população se autodeclara negra, encontramos um território que tem sua origem marcada pelas obras de aterro para construção da Avenida Brasil em 1940. Ao mesmo tempo, o Estado vinha aterrando o litoral da Baía de Guanabara, principalmente da área do Caju até a cidade de Caxias para criação das áreas industriais da cidade ao longo das primeiras décadas do século XX.

| Já leu essas?

Décadas mais tarde, os projetos de habitação realizados pelo governo federal durante o Projeto Rio, iniciado em 1979 na região das favelas da Maré, seguiu a lógica do aterramento e construção em áreas alagadiças e de manguezais à beira da Baía de Guanabara, sem um estudo do impacto que esse aterro poderia ocasionar no futuro. Isso faz com que as consequências das mudanças climáticas na Maré tenham um impacto, concreto, na vida e cotidiano dos moradores hoje em dia.

É importante lembrar que na época do aterro do Projeto Rio, técnicos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e lideranças das favelas da Maré chegaram a alertar o governo sobre as possíveis consequências dessa obra, inclusive criaram um estudo de impacto. Um dos técnicos da UFRJ que fazia parte do grupo de técnicos, o geólogo Elmo Amador, sugeriu que, em vez do aterro, fosse feita a urbanização da área já existente na Maré, com ligações de esgoto e água, e não o aterro para a construção de novos conjuntos. Mesmo assim, o aterro foi feito em cima das águas e manguezais da Baía.

A construção da rede de esgotos das favelas que integram o bairro Maré foi realizada pela CEDAE, à época, na metade dos anos 80, com muita pressão da população para conclusão das constantes obras de urbanização no Projeto Rio. Naquele momento,  as favelas da Maré tinham, juntas, uma população de 79 mil moradores, segundo o censo da UFRJ de 1988. Hoje, pouco mais de 30 anos depois, esse número quase dobrou. Com uma população de 140 mil habitantes, o número de habitações também subiu, porém, sem manutenção, monitoramento e atualização da rede de esgoto e drenagem.

Apesar de hoje  98% das residências do conjunto de favelas da Maré possuírem acesso à rede de água, o sistema de esgoto e drenagem do conjunto de favelas,  não seguiu a mesma atualização na sua infraestrutura ao longo dos anos. É importante lembrar que apenas uma parte do esgoto das habitações das favelas da Maré está ligada à estação de tratamento da Vila da Penha, enquanto a maior parte do esgoto é despejada diretamente nos rios e galerias que desembocam na Baía de Guanabara, mesmo tendo ao seu lado no bairro do Caju a estação de tratamento de esgoto Alegria (ETA) porém sem nenhuma conexão com o território da Maré.

Há um senso comum, criado em torno da questão ambiental, de que a mudança climática atinge a todos igualmente, o que é um mito. Por isso é necessário falar de racismo ambiental como ausência de políticas urbanas e de saneamento em territórios periféricos e de favelas e das consequências para as gerações futuras que vivem nesses espaços. 

O alerta é para todos os moradores do Rio de Janeiro, mas para os moradores de periferias, espaços favelados e a população em situação de rua na cidade, não há qualquer garantia de que terão suas vidas preservadas e seus direitos garantidos.

Fotógrafa popular, cria da Maré, Kamila Camillo entrega obra para Lula

0

Maiara Carvalho*

Na última quinta-feira (21), Kamila Camillo, cria da Maré e fotógrafa popular, foi convidada pelo Ministério da Igualdade Racial para participar da cerimônia de lançamento do Plano Juventude Negra Viva, que tem como princípio promover a redução da violência e outras vulnerabilidades que atravessam a vida de jovens pretos e pardos no país.

Durante o evento, Kamila entregou ao Presidente Lula uma obra de arte que foi registrada no Tijolinho, território onde mora e sempre faz questão de exaltar. Para ela, o registro do menino Rodrigo com a camisa do Brasil, jogando bola entre as vielas da comunidade, representa o desejo de poder sonhar.

“Precisava ser uma obra que fizesse sentido. Quando vi o Rodrigo jogando bola pensei ‘é isso que vai trazer sentido’ porque o Presidente precisa olhar para essa foto e enxergar que a gente, favelado, que estar vivo. Fazer essa foto de uma criança no beco da favela jogando bola fala de sonhos”, disse a fotógrafa emocionada.

Ainda muito feliz, Kamilla compartilhou da emoção que é levar a Maré e a arte para espaços tão importantes, no dia que marca o lançamento do Plano Juventude Negra Viva. 

“É um dia muito importante para nós, onde é assinado o plano, com tantas possibilidades de caminhar. Antes o que era muito desejo, hoje vai começar na prática”.

O Plano Juventude Negra Viva foi construído pelo Ministério da Igualdade Racial, ministrado por Anielle Franco, irmã de Marielle e também moradora da Maré. O Programa vai trabalhar garantindo que os direitos da juventude negra não sejam violados, além de buscar potencializar a vida plena desta população. Segundo o Governo Federal, o Plano é uma resposta a uma demanda da população negra jovem, que hoje representa cerca de 23% dos brasileiros. 

*Maiara Carvalho é estudante de Rádio e TV da Universidade Federal do Rio de Janeiro e faz parte do projeto de Extensão Conexão UFRJ com o Maré de Notícias.