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Pela segunda semana seguida, Polícia Militar realiza operação na Maré

Essa é a 13ª operação do ano no território. Ação se concentra Nova Holanda, Parque Maré, Rubens Vaz e Parque União

Nesta quarta-feira (15) mais uma operação policial marca as primeiras horas da manhã na Maré. Realizada pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) esta já é a 13ª operação no território em 2024. 

De acordo com relatos dos moradores, a ação dos agentes se concentra na Nova Holanda, Parque Maré, Rubens Vaz e Parque União com circulação de policiais a pé e em carros blindados. Mais uma vez, na parte da manhã cerca de 900 alunos de escolas estaduais ficaram sem aulas devido ao fechamento das unidades na região, segundo informações da Secretaria Estadual de Educação. Na rede municipal de ensino são 17 escolas fechadas, ainda não há uma estimativa de quantos alunos foram afetados. 

Duas unidades de saúde suspenderam o atendimento parcial ou totalmente: a CF Jeremias Moraes da Silva está fechada e o impacto recai em cerca de 250 atendimentos cancelados. A CF Diniz Batista dos Santos suspendeu visitas domiciliares. 

A 13ª operação policial acontece na segunda semana seguida no território. Na última, realizada quinta-feira (9), a ação deixou dois mortos.

Perguntamos a Polícia Militar sobre o encerramento da operação de hoje, mas não retornaram até o fechamento desta matéria.

Histórico do último mês

Ao menos quatro pessoas foram mortas na 9ª operação que aconteceu no dia 11 de abril, também realizada pela Polícia Militar.

Na 10ª operação que aconteceu no último dia 24, na Nova Holanda (N.H) os moradores denunciaram tortura por parte da Polícia Militar e invasão domiciliar. Menos de uma semana depois, na terça-feira (30), a Polícia Civil realizou operação no Parque União (P.U). Nesta última, moradores relataram correria pelas ruas e intenso tiroteio na região.

O Maré de Direitos, projeto do eixo Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça, da Redes da Maré, acolhe situações de violações de direitos no WhatsApp (21) 99924-6462. O Ministério Público (MP) realiza um plantão especial para atender a população. O atendimento gratuito é feito no telefone (21) 2215-7003, que  também é WhatsApp, ou no e-mail [email protected].

A Falsa Abolição no Brasil: reflexões sobre um contexto pós-libertação

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Flavinha Cândido(*)

A escravização no Brasil era uma realidade profundamente enraizada na sociedade, com raízes que remontam ao período colonial. O tráfico negreiro trouxe milhões de africanos para o Brasil ao longo dos séculos, alimentando uma demanda insaciável por mão de obra escravocrata. Mesmo após a proibição do tráfico em 1850, a escravidão persistiu, alimentada pelo comércio interno de cativos e pela exploração brutal nas plantações e nas casas grandes.

Após séculos de luta e resistência, o Brasil finalmente viu o fim formal da instituição da escravização com a assinatura da Lei Áurea em 1888. No entanto, é imprescindível compreender que a abolição não foi o ponto final da história, mas sim o início de uma nova era marcada por desafios e injustiças que perduram até os dias de hoje.

Ao contrário do que é contado em alguns livros de história do Brasil, antes mesmo da promulgação da Lei Áurea, os escravizados lutaram incansavelmente por sua liberdade, resistindo de diversas maneiras às opressões do sistema escravagista. Um exemplo marcante dessa resistência foi a Revolta dos Malês, em 1835, na Bahia, liderada por escravos muçulmanos de origem africana que se levantaram contra seus senhores em busca de liberdade e justiça. Além disso, temos a Revolta de Carrancas, em 1833, em Minas Gerais, e a Revolta dos Alfaiates, em 1798, na Bahia, que demonstram a constante luta dos escravizados e dos marginalizados por seus direitos e por uma sociedade mais justa. Desde fugas individuais até revoltas coletivas, os escravizados demonstraram inúmeras vezes sua insatisfação com a condição que a sociedade branca colonizadora impunha. 

O movimento abolicionista ganhou força na segunda metade do século XIX, impulsionado por diversos atores sociais, incluindo intelectuais, ativistas e, sobretudo, pela resistência dos próprios povos negros escravizados. Enquanto os intelectuais e ativistas desempenhavam um papel importante na conscientização e na organização de campanhas pelo fim da escravização do povo negro, foi a resistência cotidiana dos escravizados que verdadeiramente impulsionou o movimento abolicionista.

No entanto, a abolição não trouxe consigo a verdadeira emancipação. A Lei Áurea, promulgada em 13 de maio de 1888, foi um ato simbólico que não se traduziu em mudanças significativas na vida dos “libertos”. Sem acesso à terra, à educação e ao trabalho digno, os ex-escravizados enfrentaram enormes desafios para reconstruir suas vidas em um país que continuava a ser marcado pelo racismo e pela desigualdade.

A falta de políticas de integração econômica e social deixou o povo negro à mercê de um sistema que continuava a explorá-los e marginalizá-los. A migração para as cidades em busca de trabalho e melhores condições de vida tornou-se uma realidade para muitos, mas também foi acompanhada pela repressão e pela violência por parte das autoridades e dos grandes proprietários, algo que se perpetua nos dias de hoje.

A abolição da escravatura no Brasil, frequentemente celebrada, não significou o fim das injustiças, mas o início de uma luta contínua e árdua por igualdade e justiça. É crucial reconhecer que essa falsa abolição deixou um legado de desigualdade e exclusão racial que ainda marca profundamente nossa sociedade. A representatividade negra em posições de destaque é escassa, refletindo a persistência de barreiras estruturais que limitam o acesso de pessoas negras a oportunidades equitativas em diversas áreas, como trabalho, educação, moradia e lazer. Políticas públicas reparatórias, como as cotas raciais, representam um passo importante, mas são apenas o início de um caminho longo e necessário para desmantelar o racismo institucionalizado. Para construir um Brasil verdadeiramente antirracista, é essencial criar espaços inclusivos que promovam igualdade real, garantindo que todas as pessoas negras possam viver com dignidade e ter suas contribuições valorizadas em todos os aspectos da vida nacional.

*Flavinha Cândido é moradora da Maré e colunista no Maré de Notícias, formada em Letras pela UERJ, Pós-graduada em Letramento Racial e Idealizadora da Página no Instagram Racial Favelado

Cultura como acolhimento e refúgio para um maternar digno e mais leve

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Cursos de música, culinária e artesanato, por exemplo, podem preparar as matriarcas para atuar na economia criativa

Edição #160 – Jornal Impresso do Maré de Notícias

Diversas iniciativas em cultura florescem nas favelas, muitas vezes essas iniciativas são impulsionadas pela criatividade e resiliência das mulheres e mães. Através de atividades como artesanato, artes visuais, fotografia, música, culinária, dança e teatro, elas encontram alternativas para gerar renda e sustentar as famílias.

O Censo Maré indica que as mulheres acima dos 15 anos são chefes de família em 44% dos lares do território. A cultura tem papel fundamental nesta economia. 

Doce cultura

O Datafolha através de uma pesquisa realizada em 2021 revelou que, 72% das mães que vivem nas favelas, não têm acesso a creche para os filhos, o que impacta diretamente nas condições de trabalho e, consequentemente, no sustento da família. De acordo com o IBGE, 36% das mães periféricas não possuem carteira de trabalho assinada.

Foi o caso Edith Alves, que por não poder trabalhar fora sendo mãe solo, teve desde sempre a responsabilidade total pelo cuidado e sustento dos filhos. Para suprir as necessidades da casa, ela realizava diversas tarefas domésticas, como lavar e passar roupa em troca de um “dinheirinho”, quando ainda vivia no sertão da Bahia. Foi lá que aprendeu, junto com o irmão, a fazer cocada e, quando chegou ao Rio de Janeiro, foi a culinária que abriu os caminhos.

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Moradora da Baixa do Sapateiro, dona Edith abriu um pequeno comércio, onde vende doces e deliciosas cocadas, sucesso há mais de 30 anos na Maré. A dica para um doce de sucesso, segundo Gizelda, a filha caçula, é não deixar ninguém tocar na panela de Dona Edith. Hoje, aos 80 anos, ela afirma: “tenho gratidão a Deus que esteve comigo o tempo todo”.

Educação cultural

A cultura abre portas para a educação e o mercado de trabalho. Às vezes isso acontece de forma autodidata, mas projetos educativos e oficinas profissionalizantes podem ajudar mães das favelas a desenvolver habilidades e conhecimentos, que as auxiliam a encontrar novas oportunidades de trabalho. Cursos de música, culinária e artesanato, por exemplo, podem preparar as matriarcas para atuar na economia criativa, um setor em constante crescimento.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2021, indica que 62% das mulheres que trabalham como cozinheiras são negras e pardas. Por isso, o investimento em programas de qualificação profissional para elas é fundamental para ampliar oportunidades de trabalho e aumentar a renda.

A Redes da Maré atua há mais de 13 anos com qualificação profissional com foco na gastronomia local e autonomia financeira das mulheres e mães cozinheiras. Através do curso e buffet Maré de Sabores, mais de 1.200 mulheres já foram qualificadas e mudaram suas vidas.

Empoderamento

A cultura também atua como um espaço de expressão e empoderamento para as mães mareenses. Através da arte, elas podem dar voz às suas experiências, denunciar desigualdades e defender seus direitos. Grupos de rap, teatro e dança, por exemplo, são plataformas importantes para a luta contra a violência doméstica, o racismo, o sexismo e incidem no fortalecimento emocional e psicológico de quem sofre este tipo de violência.

O coletivo Mulheres ao Vento, criado em 2016, por Andreza Jorge e Simonne Alves, é um projeto comunitário de dança antirracista cujo objetivo é a produçao artística e ativista das mulheres da Maré. Através das danças afro-brasileiras, busca-se o fortalecimento femino, baseado em uma relação de diálogo sobre direitos, vivências e empoderamento. Além disso, o coletivo também cria espetáculos anuais inéditos de dança.

Adriana Custódia, 36 anos, é mãe de três filhos e conta como é participar do projeto. “Na dança eu me sinto livre, eu tenho asas pra voar. O meu corpo e movimento me libertam de tudo aquilo onde eu estava presa. Esse é o significado da dança pra mim. Esse é o significado do coletivo ‘Mulheres ao Vento’: liberdade”.

Dados do Censo Maré mostram que 52% da população feminina acima de 10 anos já passou por pelo menos uma gravidez. Dentro desse contexto, a cultura surge como um poderoso instrumento para o sustento e a autonomia das mulheres, oferecendo um caminho de esperança, liberdade e transformação.

Adriana conta que a primeira gravidez, aos 18 anos, não foi fácil, mas que para ela “ser mãe é a coisa mais linda do mundo “.  Os desafios foram superados, principalmente,com o apoio da própria mãe e do marido, evidenciando que, mesmo sendo vistas como fonte inesgotável de carinho, as mães também precisam de cuidado.

Estudos de 2023 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam que 25% das mães brasileiras sofrem de depressão pós-parto. Dentre as causas, estão fatores como baixa condição socioeconômica, gestações não planejadas, a mulher ter mais de dois filhos e antecedentes de transtornos mentais. Além disso, o perfil dessas mães indicam que a maioria são mulheres pardas e pretas.

Em recente pesquisa divulgada em dezembro de 2023, a Fundação Itaú e Datafolha descobriram que 54% dos brasileiros consideram  as atividades culturais como a melhor fonte de bem-estar, ocasionando principalmente a redução do estresse, da ansiedade e tristeza. Também apontam que ajuda a melhorar o relacionamento entre as pessoas. No caso da maternidade, a cultura ainda pode ser a chave para suavizar os desafios. 

Adriana reforça a importância da dança neste processo: “O projeto ‘Mulheres ao Vento’ me salvou da depressão, me salvou das crises de ansiedade. Quando eu estou dançando, eu me sinto livre, eu me sinto empoderada, eu me sinto forte”, conta.

Jornada de seis anos do Espaço Normal pela redução de danos na Maré

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Celebração acontece junto com o Fórum Sobre Drogas na Maré, que este ano acorre nos próximos dias 27 e 28 de maio

Elivanda Canuto*

O Espaço Normal (EN), equipamento de referência sobre droga na Maré, celebra seu sexto ano de existência. O equipamento da Redes da Maré, que promove cuidado da população em situação de rua e/ou que faz uso abusivo de álcool e outras drogas celebra mais um ano – não à toa – junto com o Dia Internacional da Redução de Danos.

Como de costume, a celebração acontece junto com o Fórum Sobre Drogas na Maré, que este ano acorre nos próximos dias 27 e 28 de maio, na Rua 17 de fevereiro, nº 237, Parque Maré. Referência na prática de Redução de Danos, o EN investe no protagonismo e no empoderamento dos seus frequentadores, chamados carinhosamente de “Os Normais”.

Esse espaço de convivência se tornou um lugar seguro de autocuidado e de enfrentamento às violências sofridas pelos normais, inclusive em relação à insegurança alimentar ao oferecer café da manhã e almoço todos os dias da semana. Além disso, há uma convivência diária e articulação com os serviços públicos para garantir acesso aos direitos fundamentais.

O projeto promove ainda o acesso à cidade através de passeios culturais e de lazer dentro do território da Maré e também em outros locais do município. Para além da metodologia do trabalho que se baseia na redução de danos, o espaço também trabalha com o cuidado em liberdade, fundamentada nos direitos humanos das pessoas em situação de rua. 

Atualmente, a iniciativa atende cerca de 130 pessoas por dia. Somente no primeiro trimestre de 2024 foram realizados mais de 240 atendimentos e encaminhamentos daqueles que frequentam o serviço para a rede pública de saúde e proteção social, ampliando assim a rede de cuidados dessas pessoas.

Somado às atividades que já acontecem diariamente, o Espaço Normal em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) vem promovendo um dia exclusivo para acompanhamento de mulheres. Esta metodologia traz consigo o incentivo à autonomia das mulheres atendidas com suporte para a retomada da educação formal  apoiado por processos de geração de renda e promoção da autoestima. 

Esse dia garante às mulheres que frequentam esse espaço, o direito a ser e estar num ambiente de liberdade e produção de rede de cuidado e fortalecimento dos seus laços afetivos.

Nesse dia de grande importância para a redução de danos e também no mês que comemoramos o dia da luta antimanicomial, nós, enquanto profissionais, nos fortalecemos acreditando no direito ao cuidado em liberdade.

(*) Elivanda Canuto é coordenadora do Espaço Normal

Lau, um furacão da dança, solidariedade e resiliência na Maré

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Transformando vidas na Maré com amor e voluntariado no ‘Beco da Lau

“Eu sou voluntária de ONGs” responde aos risos Lauane Silva, 35 anos, quando perguntamos sobre sua profissão. Responsável pela bicibiblioteca na Maré, ela gosta de fazer voluntariado pelo prazer em ajudar.  Mais conhecida como Lau Furação, ela é moradora da Vila do João, cristã e mãe de três filhos — Luiz André, Sara Cristina e Sabrina Vitória —  filha de Vânia Teodoro e Luíz Cláudio (em memória). 

Moradora da Maré desde os dez anos, Lau Furacão conta que sempre chegava nos lugares e marcava a presença com seu jeito extrovertido, e daí surgiu o apelido que foi dado pelas amigas, “mas ao mesmo tempo que eu sou furacão, também sou calmaria” afirma. Há cinco anos, ela vem se dedicando a cuidar e ajudar os outros, sonha em fazer faculdade de serviço social, e para isso está concluindo o ensino médio.

“Sempre gostei de ajudar, minhas amigas me chamavam para fazer quentinhas para pessoas em situação de rua e eu ia. […] porque eu sou assim, Se você falar bora eu boro.” brinca. 

A artista usa ainda a comunicação como forma de expressão, mesmo não se definindo como escritora, seus textos refletem sobre situações da sua vida. Os textos de Lau lembram a “escrevivência”, conceito de Conceição Evaristo para a prática literária de escrita principalmente quando a autoria é negra, feminina e pobre. Um trecho de “Por Trás da Barricada” pode ser lido no final desta matéria. 

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A junção da escrita com a oralidade, a forma ancestral de transmissão de conhecimentos, levou Lau Furacão a participar de rodas de conversa com o Slam das Minas.

‘Beco da Lau’

Além das quentinhas, Lau arrecada doações de cestas básicas, roupas e móveis para famílias em vulnerabilidade e inspira outras mulheres por meio de rodas de conversa. Ao redescobrir sua autoestima, a artista resolveu compartilhar a experiência da vida como uma mulher periférica. Um dos temas da roda de conversa é a relação do corpo e a favela. Entre as situações que Lau viveu, ela lembra da gordofobia, o preconceito por ela ser gorda: “por eu ser gorda nem todos os moto-táxi querem me levar.” desabafa.

Os encontros começaram online durante a pandemia, mas agora “O Beco da Lau”, como ficou sendo chamada as reuniões de partilha, acontecem mensalmente na Travessa do Amor (antiga travessa 3) na Vila do João, onde ela mora. 

Lau conta que é muito conhecida pela Vila dos Pinheiros e Vila do João, por conta da dança, ela foi dançarina do programa de humor “Os Suburbanos” apresentado pelo ator e humorista Rodrigo Sant’Anna durante as temporadas 5 e 6. “Eu amo dançar, tenho a minha fé, mas a dança é parte de mim”. 

Fã de Gabriel Pensador, Lau se inspira nas letras dele porque cada uma traz uma reflexão sobre a vida. Em entrevista para o Maré de Notícias recita “Astronauta” de Gabriel Pensador e Lulu Santos (1999), “como é grande a nossa ignorância e como nossa vida é mesquinha” diz um trecho da canção. Lau Furacão ressalta que é importante valorizar e trazer mais recursos para a favela: “nossa favela é rica e a gente não pode só ficar dando nosso dinheiro para quem vem de fora.” Pensando em formas de apoiar ainda mais a Maré, futuramente a artista pretende abrir uma ONG que vai se chamar “Por trás da Barricada”. 

[…] Atrás da barricada
Existe cidadão do bem, só queremos saúde emprego e educação que não tem.
Na favela, fomos ensinados bem cedo a correr quando a polícia entra, tendo os valores invertidos e a nossa vida correndo risco!
O bem e o mal e o mal é o bem.
Atrás da barricada
Mais um dia de tensão
Nossas crianças sem escola, como vamos ter a tal educação?
Atrás da barricada
A mãe tenta desviar dos tiros pois tem que trabalhar para poder alimentar os filhos
Até quando essa guerra vai nos atrapalhar? […]

Trecho de ‘Atrás da barricada’ de Lau Furacão

SOS Rio Grande do Sul: Pontos de arrecadação na Maré

Moradores e instituições mareenses unem forças pelo Rio Grande do Sul

As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul causaram uma devastação inimaginável. Milhares de pessoas perderam suas casas, seus pertences e, em muitos casos, até mesmo seus entes queridos. Mais de 100 pessoas já foram declaradas mortas, 374 estão feridas e 130 estão desaparecidas. 

Neste momento de profunda dor e sofrimento, a união e a empatia são fundamentais. A Maré se tornou uma grande corrente de solidariedade e você pode se juntar a essa causa.

Alguns pontos de arrecadação na Maré:

Vila do João

Projeto Maré Tá On conta com dois pontos de arrecadação: Polo da Vila do João – Quadra da Vila do João ao lado do CAP 3.1 e Polo Morro do Timbau – Rua Jerusalém, n° 497

Wiskeria Provisória – Av. Canal Dois, n° 453

ONG Maré Sem Preconceitos – Via B9, S/N – Antiga AMACOVIP, atrás da Paróquia São José Operário

Vila do Pinheiro

Assembleia de Deus de Bonsucesso – Maanaim – Travessa da Vitória, n° 4 – Marrocos

Igreja Ministério Resgatando Vidas – Via C8, n° 44

Nova Holanda

Primeira Igreja Batista – Rua Teixeira Ribeiro, n° 728 

Quadra do Gato de Bonsucesso – Rua São Jorge, n° 104

Parque União

Associação de Moradores – Rua Ari leão, n° 33, 2° andar

Desapegos da Malluh – Rua das Galerias, Travessa Guanabara esquina com Darci Vargas (Rua do Valão) próximo ao DPO, ao lado do Mercado Bom Preço 

CEOS – Centro Educacional Oliveira Silva – Rua Negrão de Lima, n° 21

CIEP Professor César Pernetta – Rua Projetada S/N

Força Jovem Vasco na Maré – Rua Ari Leão, n° 142 – Parque União

Doceria da Tetê – Rua Tiradentes, n° 21

Como você pode ajudar: 

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul está recebendo doações de qualquer valor via pix pela chave:

CNPJ: 92.958.800/0001-38 – Banrisul

ATENÇÃO: NÃO realize pagamentos para contas não verificadas.

O que doar:

  • Água Mineral
  • Alimentos não perecíveis
  • Ração para pets
  • Material de limpeza
  • Produtos de higiene pessoal
  • Fraldas
  • Roupas para adultos e crianças
  • Cobertores e lençois 

Outros pontos

A Central Única das Favelas – CUFA também está arrecadando donativos na sede em Madureira e no Complexo da Penha das 9h às 19h. As sedes ficam na Rua Francisco Batista, n° 01 – Embaixo do Viaduto de Madureira e na Estrada José Rucas, n° 1266 – Penha

Caso não tenha condições de doar, divulgue esta matéria e os pontos de arrecadação. Cada doação, cada gesto de solidariedade, faz a diferença!