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Vacinação para adolescentes contra o coronavírus retoma a partir de quarta-feira
Por Redação, em 20/09/2021 às 10h40
A vacinação dos adolescentes contra a Covid-19 no município do Rio vai ser retomada esta semana. Na quarta e quinta-feira (22 e 23/09), será feita a imunização das meninas com 13 anos. Na sexta-feira (24/09), será a vez dos meninos com 13 anos. Será usada exclusivamente a vacina da Pfizer, única autorizada pela Anvisa para esta faixa etária.
As unidades seguem aplicando a segunda dose, conforme a data estipulada no comprovante da primeira. Quem vai receber a vacina deve apresentar identificação original com foto, número do CPF e, se possi?vel, a caderneta de vacinac?a?o. Para a segunda dose, é importante levar também o comprovante da primeira aplicação.
Encontre a unidade mais pro?xima aqui.
Para mais informações, acesse coronavirus.rio/vacina.
“Crônicas Cariocas”: MAR inaugura principal exposição de 2021 no próximo dia 25 de setembro
Historiador Luiz Antônio Simas e a escritora Conceição Evaristo participam da curadoria
Por Redação, 20/09/2021 às 10h25
O Museu de Arte do Rio (MAR) estreia no dia 25 de setembro sua maior mostra do ano. Chamada de “Crônicas Cariocas”, a exposição foi pensada para escutar e discutir o Rio de Janeiro que não está nos livros, mas que figura no imaginário coletivo daqueles que vivem e respiram a cidade em toda sua complexidade. A montagem dá vida às histórias cotidianas; relações com a vizinhança; festas; encontros dos ônibus lotados e calçadas. Por trás daquilo que é exportado ao mundo, propõe-se narrar o Rio que se embeleza e finge não ver os subúrbios.
Para Amanda Bonan, uma das curadoras da exposição, o cenário pandêmico em que vivemos foi preponderante para a concepção da exposição. “Pensamos a partir da frase impactante e fundamental de Ailton Krenak: ‘É preciso adiar o fim do mundo para contar mais uma história’. Mas que histórias seriam essas que valeriam a pena continuar contando hoje? Vamos falar dessa cidade partida”, afirma.
Segundo o diretor da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) — instituição gestora do MAR —, Raphael Callou, por meio da mostra, “deixamos de lado esse ‘novo normal’ para relembrar o mundo de antes, ainda que nos pareça um pouco distante”. A exposição é a primeira a ocupar o terceiro andar do museu sob a gestão da OEI.
Ao todo, quase 600 obras de arte — nos mais diversos suportes, como vídeos, objetos, instalações, fotografias e pinturas — vão ocupar três galerias do museu, cuja arrumação confere ares labirínticos ao local. Cada pedaço de parede revela momentos do Rio. Do orgulho negro as noites eróticas. Desse total de peças, 79 já faziam parte do acervo museológico do MAR. Visando incentivar a produção artística e fortalecer o papel social do museu, a exposição também vai contar com obras comissionadas, criadas especificamente para a mostra.
Entre os cerca de 110 artistas que participam da montagem, destacam-se Sônia Gomes, Lucia Laguna, Rosana Paulino, Brígida Baltar, Denilson Baniwa, Alexandre Vogler, Bispo do Rosário, Laerte e Bastardo. Nomes contemporâneos, a exemplo de Guignard, Di Cavalcanti, Lasar Segall e Mestre Didi, também compõem a coletiva. Além de Bonan, assinam a curadoria o curador-chefe do museu, Marcelo Campos, o historiador Luiz Antônio Simas e a escritora Conceição Evaristo.
Segundo Campos, “Crônicas Cariocas” trata de um Rio que apesar dos pesares revive diariamente. “Ela fala da cidade suburbana, cujo afeto é o amálgama das relações e histórias miúdas. Um Rio que reza e dança, que inventa seus próprios deuses, enquanto se organiza no trabalho informal e na poesia dos trens e das praças. Um Rio que viu seus cinemas fecharem, suas linhas de ônibus deixarem de ligar as zonas Sul e Norte, mas que, ainda assim, nasce e renasce todos os dias”, salienta.
Simas destaca que a crônica é um gênero literário carioca por excelência. “Machado de Assis fala disso, que a crônica começa quando duas vizinhas falam do calor e a história se desenrola. Mas ela não se limita à literatura. A crônica está presente na música popular, nas conversas cotidianas, nas sociabilidades construídas nos botequins, nas esquinas, no convívio com as rezadeiras, enfim. É disso que se trata”, afirma.
Uma conversa entre vizinhos
Já no início da exposição o visitante será surpreendido por um burburinho vindo do túnel que dá acesso às galerias. Trata-se do áudio de uma conversa entre Luiz Antônio Simas, Conceição Evaristo e a cantora Teresa Cristina. Ao fim da passagem, na chegada ao primeiro espaço expositivo, uma televisão exibe o vídeo do bate-papo. A ideia é brincar e fazer referência às conversas de janela entre vizinhos, que em razão da pandemia de covid-19 passaram a acontecer virtualmente.
Novidade na vida da escritora Conceição Evaristo, a tecnologia tem se mostrado uma aliada importante nesse período de distanciamento social. “A pandemia oferece dificuldades, mas ela oferece essa possibilidade de invenção de local, de encontro. A solidão já fica marcada por esse isolamento físico, mas a gente sempre encontra brechas de encontrar com o outro. Essas conversas virtuais são muito novas para mim. Prefiro o real, sem comparação. Tô com uma saudade do real”, brinca.
Isso é a cara do Rio!
Em paralelo à exposição, o MAR vai lançar semanalmente, nas redes sociais do museu, a série “Isso é a cara do Rio!”. Composta por dez vídeos, a sequência vai abordar o cotidiano do carioca em situações do dia a dia, comumente observadas pelas ruas do município. Todo o conteúdo dialoga com a proposta da mostra.
O Museu de Arte do Rio
Iniciativa da Prefeitura do Rio em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o Museu de Arte do Rio passou a ser gerido pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) desde janeiro deste ano, apoiando as programações expositivas e educativas do MAR a partir de um conjunto amplo de atividades para os próximos anos. “A OEI é um organismo internacional de cooperação que tem na cultura, na educação e na ciência os seus mandatos institucionais, desde sua fundação em 1949.
O Museu de Arte do Rio, para a OEI, representa um instrumento de fortalecimento do acesso à cultura, intimamente relacionado com o território, além de contribuir para a formação nas artes, tendo no Rio de Janeiro, por meio da sua história e suas expressões, a matéria-prima para o nosso trabalho”, comenta Raphael Callou, diretor e chefe da representação da OEI no Brasil.
Após o início das atividades em 2021, a OEI e o Instituto Odeon celebraram parceria com o intuito de fortalecer as ações desenvolvidas no museu, conjugando esforços e revigorando o impacto cultural e educativo do MAR, onde o Odeon passa a auxiliar na correalização da programação.
O Museu de Arte do Rio tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor, a Equinor como patrocinadora master e a Bradesco Seguros como patrocinadora, todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A Escola do Olhar conta com o apoio do Itaú, da Machado Meyer Advogados e da Icatu Seguros via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS, é também patrocinada pelo Grupo GPS, RIOgaleão, ICTSI Rio Brasil, ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e HIG Capital. O Instituto Olga Kos patrocina os recursos de acessibilidade do MAR.
O MAR conta ainda com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e realização da Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e do Governo Federal do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Mais informações em www.museudeartedorio.org.br
Mesmo após ‘80 tiros’: crimes cometidos por militares se tornam ‘casos sem solução’
Após dois anos e 5 meses do assassinato do músico Evaldo dos Santos Rosa e do catador Luciano Macedo, ainda não houve responsabilização dos culpados
Por Hélio Euclides, em 18/09/2021 às 9h
Editado por Tamyres Matos
Pela terceira vez foi adiado na última quarta-feira (15) o julgamento dos 12 militares que, em operação em sete de abril de 2019, alvejaram o carro de uma família em Guadalupe. O músico Evaldo dos Santos Rosa estava no carro com a esposa, Luciana Nogueira, o filho de sete anos, o sogro e uma amiga. Todos estavam indo para um chá de bebê. Evaldo morreu no local e, dias depois, faleceu o catador de materiais recicláveis Luciano Macedo, que tentou ajudar a família. Na operação, o sogro de Evaldo sobreviveu após ser ferido de raspão nas costas e no glúteo direito.
Segundo o laudo feito na época, aconteceram cerca de 257 disparos, destes com 62 tiros atingiram o carro – à época, o crime ficou conhecido como “caso dos 80 tiros” -. O Ministério Público Militar pediu a condenação de oito militares e a absolvição dos outros quatro envolvidos na operação, com alegação de falta de provas. O julgamento se refere a dois homicídios qualificados e tentativa de homicídio contra os outros quatro componentes no carro.
A primeira vez que o julgamento foi adiado, em sete de abril deste ano, as restrições de atividades em função da pandemia foram a justificativa do Tribunal Militar. Na segunda tentativa, o advogado dos militares, Paulo Henrique Pinto de Mello, alegou agravamento de sua condição de saúde, após ter sido infectado pela covid-19. Agora, na última quarta, o advogado pediu adiamento justificando problemas fonoaudiólogos. A juíza federal substituta, Mariana Aquino, da 1ª Auditoria da 1ª Circunscrição Judiciária Militar, após os adiamentos, resolveu remarcar o julgamento para o dia 13 de outubro, às 9h.

Irone Santiago é mãe de Vitor Santiago Borges, que teve o carro alvejado por militares que ocupavam a Maré em 2015. Vitor foi atingido por dois tiros: um pegou na coluna, deixando-o paraplégico, e o outro atingiu a perna direita e saiu na esquerda, resultando em sua amputação. Depois disso, Irone se uniu com outras mulheres que sofrem após situações de violências às quais os filhos foram submetidos e fundou o grupo Mães da Maré. Ela demonstra indignação com a morosidade do Judiciário. “Acho uma falta de respeito, não só com a família do Everaldo, mas com outras tantas. Como no caso de Vitor, que está vivo, as suas necessidades são para ontem. Estou pensando junto com a viúva Luciana de reunir as Mães da Maré e outros coletivos para fazer um ato na porta do Ministério Público Federal”, diz.
Julgamentos questionados
Uma operação conjunta da Polícia Civil e do Exército, em novembro de 2017, deixou o saldo de oito mortos e uma pessoa gravemente ferida. Dois inquéritos foram então abertos, um pelo Ministério Público do Estado do Rio e outro pelo Militar, para apurar o ocorrido. E os dois acabaram arquivados. Isso se deve à atuação do então presidente Michel Temer, que, em outubro de 2017 sancionou um projeto que transferia para a Justiça Militar a investigação e o julgamento de homicídios cometidos por militares durante operações de segurança pública em território nacional. O resultado é apontado pelos familiares de vítimas como “cooperativismo militar”, onde não há condenação de colegas de profissão.
Um outro exemplo deste tipo de situação ocorreu no caso de Vitor Santiago Borges. O cabo do Exército Diego Neitzke, que atirou contra Vitor, deixando-o paraplégico e com uma perna amputada, foi absolvido por unanimidade. No julgamento realizado pela Justiça Militar em março de 2020, o promotor militar Otávio Bravo alegou que o soldado agiu em “legítima defesa imaginária” e que ele deveria ser absolvido da acusação de lesão corporal gravíssima.
Um fracasso de operações
Em novembro de 2010, as Forças Armadas fizeram uma megaoperação no Complexo do Alemão para ocupação de território. De lá para cá, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica realizaram, em diversas situações, o papel de policial. As operações para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) são inúmeras: em 2011 foram quatro; em 2012, três; em 2013 ocorreu uma; em 2014 foram seis; em 2015, três e em 2016 aconteceu duas. O número cresceu em 2017, com 18 operações. Após o decreto de GLO, assinado pelo então presidente da República Michel Temer, foram 15 etapas da Operação Furacão em diversos pontos do Rio de Janeiro.
Em 2018, a intervenção federal carimbou a permissão para este tipo de operação. Durante os 10 meses que durou, foram monitoradas 711 operações e 221 ações de patrulhamento, impactando 296 locais – na maioria, favelas. Mais de seis mil pessoas morreram de forma violenta no estado naquele ano, com redução de apenas 1,7% em relação aos registros de 2017. O interior do estado teve uma escalada de mortes, terminando a intervenção com 1.648 óbitos, valor 15,8% maior do que o registrado no ano anterior. Das mortes violentas ocorridas no Rio durante a intervenção, 22,7% tiveram como responsáveis policiais e militares.
Segundo dados do Observatório da Intervenção, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CeSec), a atuação dos militares deixou como legado na área um crescimento de 57% nos tiroteios. Além disso, apenas 6% da verba destinada – cerca de R$ 72 milhões de reais – foi usada, sendo a maior parte, R$ 61 milhões, destinada às Forças Armadas.
Na ocupação da Maré, os militares permaneceram de abril de 2014 a junho de 2015, com o saldo negativo de 12 mortes. A proposta era a implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), o que não saiu do papel. A operação terminou com uma redução temporária no índice de homicídios e dezenas de trocas de tiros. O gasto total chegou a R$ 400 milhões. Em entrevista à Agência Pública, o general Villas Bôas afirmou que o papel do militar não é ser policial e que se arrependeu da ocupação da Maré. Um relatório produzido pela Redes da Maré em parceria com a Universidade Queen Mary, do Reino Unido, mostrou que os moradores da Maré não avaliaram positivamente a ocupação. Para 69,2%, a presença dos militares não aumentou a sensação de segurança.
Ronda: Rio mantém vacinação para adolescentes e autoriza eventos abertos com 500 pessoas
Por Edu Carvalho, em 17/09/2021 às 17h
Apesar do impasse ocorrido na ontem, quinta-feira (16/09), quando o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica suspendendo a vacinação de adolescentes, a capital do Rio decidiu manter seu calendário de imunização para pessoas de 12 a 17 anos. O objetivo é proteger o grupo diante do quadro, que para vencer o aspecto de disseminação em massa do vírus, obriga que o coletivo esteja protegido. A decisão foi comunicada na divulgação do 37º Boletim Epidemiológico, com a presença do prefeito Eduardo Paes e o secretário municipal de Saúde Daniel Soranz, que afirmaram que o tema está sendo avaliado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Até a última quinta-feira (17), 5.310.171 pessoas haviam tomado pelo menos a primeira dose da vacina contra covid. Esse total representa 94,2% da população carioca elegível para a vacinação (a partir de 12 anos) com a imunização iniciada ou concluída. Já os que terminaram o esquema vacinal de duas doses, equivale a 55,5% da população da cidade, são 3.069.883 pessoas. As doses de reforço (DR) em idosos já somam 15.781 aplicações.
Foi anunciado a autorização para realização de eventos em locais abertos, com lotação máxima de 500 pessoas. A medida passa a valer a partir da próxima terça-feira (21/09). Em relação ao funcionamento de boates, danceterias e salões de dança, fica tudo como está: suspenso até que 65% da população tenha recebido a segunda dose da vacina contra covid-19. ‘’O decreto de hoje já autoriza algumas coisas e cria parâmetros para a gente olhar para a frente. Quando a cidade chegar a 65% da população totalmente imunizada haverá novas flexibilizações. Ou seja, está recolocado aqui um planejamento de reabertura, a partir daquilo que foi definido pelo comitê científico. A premissa é sempre essa: se voltar a piorar, muda tudo novamente’’, enfatizou o prefeito Eduardo Paes.
Ditadura do Paes
Durante a tradicional live às quintas-feiras, o presidente Jair Bolsonaro criticou o prefeito do Rio pela decisão de tornar obrigatória a vacinação para todos os servidores do município. Na divulgação do Boletim de hoje, Paes rebateu: “Quero dizer, com muito respeito e formalidade, que não dialogo com a morte. As ações políticas desse governante aqui se dão a partir de gestos de empatia com os cidadãos, com o que vem passando a população do mundo, especialmente a brasileira. O que me move aqui, e o que tem levado a minha ação permanente na busca de superar essa pandemia, é a solidariedade com as muitas famílias enlutadas nesse país. Não sei se o presidente da República tem capacidade de se sensibilizar com isso. Quero crer que sim”. Perguntado sobre como seria sua ‘’ditadura’’, fez mistério: ‘’Nem te conto!’’.
Ainda sobre pandemia e números…
De acordo com publicado no mais recente Boletim da Prefeitura, o mapa de risco da cidade para transmissão da covid-19 está predominantemente na classificação amarela. Trinta das 33 regiões administrativas (RAs) do município estão no estágio de atenção de risco moderado no indicador que considera as internações e óbitos – as exceções são Centro, Copacabana e Tijuca.
Até o momento, o município do Rio soma mais de 472 mil casos de covid-19, com 33.131 óbitos. Em 2021 são 256.466 casos e 14.048 mortes. A taxa de letalidade deste ano está em 5,5%, contra 8,9% em 2020; e a de mortalidade, em 210,9 a cada 100 mil habitantes, contra 286,5/100 mil no ano passado. A incidência da doença é de 3.850,1/100 mil, quando em 2020 era de 3.235,7/100 mil.
Covid-19 na Maré
De acordo com o Painel Unificador COVID-19 Nas Favelas, o Conjunto de Favelas da Maré é o 1º lugar nos registros de óbitos e casos dentre as comunidades cariocas. Ao todo, são 8469 casos e 351 mortes no território. Na lista, ainda permanecem em ordem como principais pontos de infecção e óbitos: Rocinha (3720 casos/140 mortes), Fazenda Coqueiro (3590 casos/238 mortes), Alemão (2981/165 mortes), e Complexo da Penha (2432 casos/118 mortes).
O presidente derrete
Numa crescente cada vez mais perigosa – sobretudo após o último 7 de setembro, feriado da Independência – o presidente Jair Bolsonaro vê a maior taxa de rejeição do mandato. Em levantamento inédito do Instituto Datafolha divulgado ontem (16) pelo site do jornal “Folha de S.Paulo”, os dados de reprovação ao governo oscilou 2 pontos percentuais em relação à pesquisa feita em julho: 53% consideram o governo ruim ou péssimo, o pior índice do mandato; na última pesquisa, eram 51%. Se no meio do caminho tinha uma pedra, no país estão montanhas do tamanho do Everest como a alta inflação, o preço do gás e por sua vez, da gasolina; o aumento da fome e o desemprego. A nova avaliação ouviu 3.667 pessoas com mais de 16 anos dos dias 13 a 15 de setembro em 190 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos
Para ficar de olho
A popularidade de Bolsonaro com evangélicos caiu para 29%. Já os evangélicos acham seu governo ruim/péssimo: 41%.
Máscaras que salvam
Nós não deixaremos de falar: vacina boa é vacina no braço. E lembre sempre: #UsaMáscaraMorador
Até o fechamento desta edição da Ronda, o país contabilizava mais de 588.640 óbitos e 21.032.268 casos, segundo o consórcio de veículos de imprensa (Globo, Jornal O Globo, Extra, Folha, Estado de São Paulo, G1 e UOL). Aos familiares, parentes e amigos das vítimas, nosso abraço.
Maré de cultura
De hoje a segunda, a Cia. Brasileira de Teatro realiza um ciclo de estudos gratuito, parte do processo criativo de sua nova obra, Sem Palavras, que forma uma trilogia com Projeto Brasil e Preto. #DicaDoMeioEdaBravo
Amanhã, a cantora e violonista Badi Assad se apresenta direto do palco do Sesc São Carlos. No domingo, a diva Elza Soares e o rapper Renegado encerram a programação do Festival Timbre em uma apresentação acústica. #DicaDoMeioEdaBravo
O SescTV transmite na quarta um show em homenagem ao centenário de Elizeth Cardoso com a participação de cantoras como Alaíde Costa, Leci Brandão e Zezé Motta. A direção é de Viviane Rodrigues. #DicaDoMeioEdaBravo
Estação da Luz: 120 Anos é o nome da exposição virtual lançada nesta semana pelo Museu da Língua Portuguesa e que reúne imagens dos acervos do Instituto Moreira Salles, do Museu Paulista e do Museu do Café. #DicaDoMeioEdaBravo
A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, divulgou a programação 2022, que terá como princípio examinar questões relacionadas à ideia de uma “identidade brasileira” atualizando o debate em um ano marcado por efemérides. As inaugurações acontecem a partir de março de 2022. Para saber mais, clique aqui.
Pronta para entrar em uma nova era, muito mais conectada com o universo pop, Tássia Reis apresenta ‘Shonda D+’, em parceria com Urias e Preta Ary. O single está disponível em todos os aplicativos de música e com videoclipe no YouTube. Assista.
Já conferiu a programação de oficinas remotas e presenciais da Lona da Maré? Tem atividade rolando de segunda a sexta, com aulas gratuitas e abertas, online pelas redes sociais Facebook: @LonaCulturaldaMaré e instagram: @lonadamaré e presenciais na Lona da Maré.
Perdeu nossos conteúdos da semana? Veja o resumão!
Sábado (11/9)
A dor da ausência, por Edu Carvalho
Domingo (12/9)
A nova literatura brasileira é das favelas e periferias; conheça escritor José Falero, por Jorge Melo
Sem lenço, sem documento, por Hélio Euclides
Segunda-feira (13/8)
Agentes Comunitários de Saúde tem atuação limitada por governos durante a pandemia, por Énóis
Prefeitura do Rio cria canal para tirar dúvidas sobre ConecteSus, por Edu Carvalho
Aplicação da dose de reforço em idosos escalonados por idade começa nesta segunda, por Redação
Terça-feira (14/8)
PM podem ter câmeras em fardas em 6 meses, por Dani Moura
Cães e gatos abandonados são socorridos por projeto Focinho da Maré, por Hélio Euclides
Quarta (15/8)
Prefeitura cria projeto “Novos Rumos” para enfrentamento à violência contra a mulher, por Redação
Começa hoje obrigatoriedade de ‘Passaporte da vacina’ no Rio, por Edu Carvalho
Quinta-feira (16/8)
Nas ruas e nos lares, casos de feminicídio reforçam importância da rede de apoio, por Tamyres Matos
Campanha de aleitamento e doação de leite na Maré é retomada, por Edu Carvalho
Sexta-feira (17/8)
Presidente da Fiocruz vai integrar organização que financia projetos de vacinas, por Redação
Fórum de Esporte, Lazer e Juventude discute políticas na Baixada, por Redação
Presidente da Fiocruz vai integrar organização que financia projetos de vacinas
Por Cristina Azevedo (Agência Fiocruz de Notícias), em 17/09/2021 às 09h55
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, passará a integrar o Conselho da Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias (Cepi). Nísia se torna, assim, um dos dois representantes da América Latina no Conselho. A Cepi é uma organização internacional que tem como objetivo financiar projetos de pesquisa para acelerar a produção de vacinas contra epidemias. Como a indicação entra em vigor imediatamente, Nisia já participará da reunião do Conselho desta semana, que ocorre nestas quinta-feira (16/9) e sexta-feira (17/9). Ela também vai integrar a Comissão de Auditoria e Risco, uma das quatro comissões do Conselho da Cepi.
Composto por 12 membros com direito a voto, o Conselho supervisiona a estratégia, o desempenho e a prestação de contas da Cepi. Ele garante que a organização contribua para melhorar a preparação contra epidemias e pandemias no mundo. Em comum, a organização e a Fiocruz compartilham a missão de viabilizar o acesso equitativo a vacinas e demais tecnologias em saúde. O ingresso de Nísia no Conselho também ocorre em um momento crítico, quando o mundo enfrenta a pandemia de Covid-19 e as organizações precisam se reinventar para superar obstáculos futuros.
“Tenho o prazer de dar as boas-vindas a Nísia Trindade Lima ao Conselho da Cepi. Como uma destacada especialista em saúde, com uma imensa visão e compreensão sobre a ciência e a área da saúde na América Latina, sua experiência e o seu conhecimento serão inestimáveis para o progresso da missão da Coalizão”, disse Jane Halton, membro do Conselho.
“Sua perspectiva única de especialista a partir de sua experiência como socióloga e cientista enriquecerá profundamente as discussões do Conselho, enquanto trabalhamos ininterruptamente para responder à pandemia de Covid-19. Ela também ajudará em nosso trabalho no momento em que começamos a implementar nosso plano de US$ 3,5 bilhões (R$ 18,4 bilhões) para a construção de ferramentas e redes a fim de estarmos melhor preparados para futuros surtos de doenças infecciosas”, acrescentou Jane.
“Eu assumo esta responsabilidade como um reconhecimento do meu trabalho e, sobretudo, como um compromisso de levar a perspectiva que o aprendizado na Fiocruz vem me trazendo, de pensar tanto em novas tecnologias de inovação frente às emergências sanitárias como de associar esta inovação à equidade em saúde”, afirmou Nísia. “É muito importante também valorizar a perspectiva da América Latina e da região do Caribe e uma visão interdisciplinar do conhecimento científico necessário a ações de preparação em tempos cruciais como estes que vivemos”, destacou a presidente da Fiocruz.
Uma parceria global
A Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias (Cepi) é uma parceria global entre organizações públicas, privadas, filantrópicas e da sociedade civil, fundada em 2017 em Davos na esteira da epidemia de ebola em 2014-2016 na África Ocidental. Ela foi lançada pelos governos de Alemanha, Japão, Noruega e Índia, a Fundação Bill & Melinda Gates, o Wellcome Trust e o Fórum Econômico Mundial. Havia um consenso de que um plano coordenado, internacional e intergovernamental era necessário para desenvolver e distribuir novas vacinas contra epidemias causadas por doenças infecciosas emergentes e garantir o acesso a esses imunizantes durante os surtos. A Cepi obteve o financiamento de mais de 30 governos, instituições filantrópicas e investidores do setor privado até o momento, com outras 25 parcerias estabelecidas para o desenvolvimento de vacinas.

A Cepi obteve o financiamento de mais de 30 governos, instituições filantrópicas e investidores do setor privado até o momento, com outras 25 parcerias estabelecidas para o desenvolvimento de vacinas(Foto: Cepi)
Em resposta à pandemia, Cepi já investiu US$ 1,5 bilhão (R$ 7,89 bilhões) no estudo de 14 candidatas à vacina contra a Covid-19. A Coalizão também colidera a iniciativa Covax, juntamente com a Organização Mundial da Saúde (OMS), Gavi, Vaccine Alliance e o principal parceiro de entrega, a Unicef, para tornar globalmente acessíveis vacinas seguras e eficazes contra a Covid-19 e acelerar o fim da fase aguda de a pandemia.
Em março de 2021 a Cepi publicou seu plano de US$ 3,5 bilhões para minimizar ou mesmo erradicar o risco futuro de epidemias e pandemias, evitando potencialmente milhões de mortes e trilhões de dólares em prejuízos econômicos. O plano inclui o objetivo moonshot para ajudar a comprimir os cronogramas de desenvolvimento de vacinas para cem dias, a criação de uma biblioteca de protótipos de vacinas para responder rapidamente diante do surgimento de um vírus e o desenvolvimento de infraestrutura e expertise para apoiar os esforços de países de baixa e média rendas para assumirem a plena responsabilidade por sua segurança nacional de saúde.
Uma relação antiga
A relação entre a Fiocruz e a Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias remonta à propria criação da Cepi. Na ocasião a Fiocruz foi convidada a indicar uma pessoa para integrar o conselho interino, que iria escolher o presidente da organização e desenhar a sua governança. O primeiro indicado foi o ex-diretor do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) e pesquisador aposentado da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) Eduardo Costa, depois substituído pelo atual vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fundação, Marco Krieger.
“Agora, Nísia foi chamada para o Board definitivo. Então, é um ciclo que se fecha num momento em que a Cepi tem um protagonismo global no enfrentamento da pandemia e na coordenação de várias frentes de resposta. Nísia entra como pessoa física, mas também com a indicação baseada em sua atuação como presidente da Fiocruz”, comentou Krieger, destacando que a indicação respalda o papel da Fundação na saúde global.