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Ronda Coronavírus – A Maré passa de 500 casos de Covid-19

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Segundo dados levantados pela Redes da Maré, as favelas têm mais que o dobro dos dados oficiais

Brasil chegou hoje (12/6) a 41.828 mortes e 828.810 casos confirmados, segundo o Ministério da Saúde. Já o estado Rio de Janeiro tem 77.784 casos confirmados e 7.417 mortes por Covid-19. São ainda 1.192 mortes que estão em investigação. Na capital fluminense são mais de 40 mil casos e 4.877 mortes. Nas favelas da cidade do Rio, os casos passam de 1.700 e 392 mortes, segundo dados oficiais. 

Covid-19 na Maré

Pelo Painel Rio Covid-19, da prefeitura do Rio, a Maré continua com os mesmos números por dois dias consecutivos, 253 casos confirmados e 67 óbitos. O número não condiz com a realidade de pessoas relatando sintomas e a quantidade de óbitos com suspeitas do vírus. De acordo com os dados coletados até o dia 08 de junho pela equipe do “De Olho no Corona!”, projeto da Redes da Maré que tem contato direto com os moradores, há mais 527 pessoas com suspeita de coronavírus, o que resulta num total 768 casos no conjunto das 16 favelas da Maré. Durante essa semana, muitos moradores relataram a presença da ambulância do Samu nas favelas da Maré. 

Bonsucesso lidera o ranking na taxa de mortalidade

De acordo com os dados do IBGE, de 2010, Bonsucesso tem 18.711 habitantes. Segundo os dados do Painel Rio Covid-19, o bairro tem hoje (12/6) 504 casos confirmados e 65 mortes pelo novo coronavírus. Apesar de Campo Grande apresentar o maior número absoluto de mortes da cidade, (1.599 casos confirmados e 255 mortes) é Bonsucesso o bairro mais mortal da cidade, com uma taxa de 304,6 mortes por 100 mil habitantes, enquanto Campo Grande fica com 70,7 mortes por 100 mil habitantes. Isso acontece porque a população de Bonsucesso é de 18.711 pessoas, enquanto a de Campo Grande é mais que 17 vezes maior, com 328.370 habitantes, segundo dados do IBGE de 2010. Confira aqui a matéria de Jéssica Pires.

De volta às atividades apesar do crescimento de casos de coronavírus

Algumas igrejas e templos religiosos na Maré que não estavam realizando cultos presenciais estão reabrindo as atividades. As igrejas neopentecostais, em sua maioria, não deixaram de fazer cultos presenciais e nesse momento de reabertura, registram maior participação de fiéis. Um outro aumento registrado foi o número de moradores da Maré na Ilha do Fundão para fazerem caminhada e corrida. Uma alternativa para manter a saúde mental e física durante a pandemia.

Limpeza das ruas na Maré

A desinfecção das ruas na Maré continua. Hoje foi a vez da favela Nova Maré e amanhã será Baixa do Sapateiro. Na terça-feira, o trabalho continua no Morro do Timbau. O trabalho está sendo feito em parceria com as associações de moradores, Redes da Maré e Comlurb, para que possa ser realizado em todas as ruas das 16 favelas da Maré. Além de desinfetar, o produto deixa uma película protetora, 


Testes de Covid-19 na Maré

A Prefeitura do Rio fez alguns testes com moradores de favelas cariocas para uma pesquisa por um grupo científico, de forma amostral. Na Maré foram testadas 500 pessoas nas unidades de saúde. Alguns moradores que testaram positivo ficaram apreensivos. Todos os testados assinaram um termo que explicava que o teste era para fins de pesquisa.

Dicas culturais

Sextou e ainda é dia dos namorados. Então fique ligado nas dicas culturais online do Maré de Notícias. 

O Galpão Bela está com a programação #BelaEmCasa. São sessões gratuitas de filmes sobre a DEMOCRACIA. Serão exibidos os curtas Pogrom (2018) e 8M (2019).’

Para acessar, clique aqui

Para quem gosta de fotografias, seguem as dicas de fotógrafos da Maré e suas redes sociais:

Dia dos namorados 

A Secretaria Municipal de Educação lançou um vídeo para homenagear o Dia dos Namorados. Os alunos da Rede Municipal de Ensino, instrumentistas e cantores do Programa Orquestra nas Escolas fizeram um clipe especial da música “Eu só quero um xodó”, dos cantores e compositores Dominguinhos e Anastácia. Ana Carolina Moreira, Karyne Bertelo, Gabriel Lucas e Luiz Guilherme são os jovens músicos que participam do vídeo 

Dica do Nenê do Zap

Aquela ilusão que acabou antes da quarentena: imaginar que os adultos em casa estão disponíveis para brincar com as crianças! Veja na dica de hoje do Nenê Zap.

Mulheres costurando saúde

O projeto “Tecendo Máscaras e Cuidados” vem gerando renda para mais de 50 costureiras durante a pandemia da Covid-19

Flávia Veloso

Dezenas de costureiras estão espalhadas pelo Conjunto de Favelas da Maré na missão de confeccionar máscaras de pano reutilizáveis, para proteger os moradores do novo coronavírus. A iniciativa faz parte da campanha “Maré Diz NÃO ao Coronavírus”, que já entregou milhares de cestas básicas, kits de higiene e limpeza, quentinhas para pessoas em situação de rua e máscaras. A meta é ambiciosa, mas não impossível: 200 mil máscaras para adultos e 35 mil para crianças, confeccionadas e distribuídas até o fim da campanha. A equipe do “Tecendo Máscaras e Cuidados” conta com 50 costureiras e cada uma produz 400 unidades por semana. 

A ideia começou como um teste, que de cara deu certo, como explica a assistente de coordenação da Casa das Mulheres e produtora do projeto, Mylleni Fortunato: “A Casa das Mulheres divulgou no WhatsApp e as pessoas foram indicando costureiras. Fizemos uma semana de teste com 30 costureiras no fim de abril, mas vimos a necessidade de ampliar o trabalho e conseguimos incluir mais 20. Hoje estamos trabalhando com profissionais de Marcílio Dias, Nova Holanda, Parque União, Rubens Vaz, Salsa & Merengue, Vila dos Pinheiros e Vila do João.”

Costureiras do projeto Tecendo Máscaras e Cuidados junto a Mylleni Fortunato (direita)

Uma família de costureiras

Antes de chegar nas mãos dessas 50 mulheres, o processo se inicia em uma casa, na Rua Teixeira Ribeiro, onde quatro mulheres da mesma família cortam tecidos e elásticos já no formato para a produção de 20 mil máscaras semanais. Eliane, suas filhas Bianca e Camila e sua irmã Edna foram chamadas para fazer parte do projeto, e trabalham a todo vapor de segunda a sexta.

Edna, que foi a primeira da família a ser contatada pela Casa das Mulheres, trabalhava como costureira para uma empresa de Nova Iguaçu. Com o início da pandemia, não só ela, mas todas as mulheres da família tiveram suas rendas impactadas negativamente. Ela se vê incerta sobre o futuro, pois as empresas para as quais prestava serviço faliram ou não estão contratando, mas diz que a geração de renda que o “Tecendo Máscaras e Cuidados” trouxe durante a pandemia tem sido um alívio.

Costura como terapia

As amigas Luiza e Martinha, encontraram na produção das máscaras uma distração durante a pandemia

Na rua em frente ao ponto de corte, moram duas costureiras que fazem parte do projeto: Luiza, que é mãe de Edna e Eliane, e a amiga Martinha. Além da ajuda financeira, o serviço de costura tem servido de terapia para as duas amigas, como fala Luiza: “Com a pandemia, a gente fica presa, sem poder sair, com os nervos à flor da pele. Agora, nós estamos nos entretendo dentro de casa.”

Até o marido de Luiza tem colocado a mão na massa para ajudar na confecção. Em um vídeo gravado pela esposa, Cícero marca as dobras do tecido, deixando no formato certo para a costura.

Já especialistas em máscaras de proteção, a família de costureiras viraram também fiscais de como usar e lavar o objeto. “Ei, a máscara é para cobrir nariz e boca, não o queixo!”, alertou a costureira Edna a um amigo que passava na rua usando a máscara no local errado do rosto.

Nas três semanas de “Tecendo Máscaras e Cuidados”, o projeto já conseguiu entregar 25.500 máscaras de proteção aos moradores da Maré, e é importante para a saúde de todos os moradores que cada um as use corretamente.

SAIBA COMO USAR A MÁSCARA

COMO LIMPAR AS MÁSCARAS?

Bonsucesso tem a maior taxa de mortalidade por Covid-19 da cidade

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Bairro limítrofe à Maré pode contabilizar casos do conjunto de favelas

De acordo com os dados do IBGE, de 2010, Bonsucesso tem 18.711 habitantes. Segundo os dados do Painel Rio Covid-19, Bonsucesso tinha também até o momento do fechamento desta matéria (11 de junho) 496 casos confirmados e 65 óbitos pelo novo coronavírus. Com os dados do dia 5 de junho, o bairro aparecia na 17ª posição no ranking de casos entre os 162 bairros da cidade do Rio de Janeiro. Porém, ao analisarmos a taxa de mortalidade, o bairro que atende alguns serviços essenciais da população da Maré e também de algumas favelas do Complexo do Alemão, apresenta o pior cenário. 

Esta é uma das análises apresentadas na edição 6 do Boletim “De Olho no Corona!”, desenvolvido pela equipe que coleta dados sobre a pandemia na Maré e faz parte da Campanha Maré diz NÃO ao Coronavírus. Uma das frentes da campanha, liderada pela Redes da Maré, é a produção e difusão de informações e conteúdos seguros.

A taxa de mortalidade, que é uma análise importante que poderia ser feita pelas secretarias municipal e estadual de saúde, é o número de mortos sobre o total da população de um determinado lugar. O mais comum é calcular sobre o número de 100 mil habitantes, e como a quantidade de moradores de Bonsucesso é considerada pequena, o número de mortes registradas no bairro é alta se comparada aos demais bairros da cidade.  Com isso, Bonsucesso é o primeiro na taxa de mortalidade, pois tem a maior quantidade de mortes, mas em relação à população que o habita.

Há também a taxa de letalidade que analisa o número de mortes em relação ao número de pessoas que foram contaminadas pela doença. E ainda a taxa de prevalência que é o número de doentes em relação ao número de habitantes de em determinado espaço. Nesse quesito, Bonsucesso também lidera.

Um comparativo que se pode fazer é entre os bairros de Bonsucesso e Campo Grande. Segundo dados coletados em 05 de junho pelo boletim “De Olho no Corona!”, o bairro da Zona Oeste apresenta 232 óbitos por Covid-19, o maior número da cidade, enquanto Bonsucesso é o 14º no ranking, com 57 confirmados. Dessa forma, Campo Grande é onde mais se morreu pelo novo coronavírus. Entretanto, ao analisar a taxa de mortalidade, Bonsucesso é o bairro mais mortal da cidade, com uma taxa de 304,6 mortes por 100 mil habitantes, enquanto Campo Grande fica em 69º lugar com 70,7 mortes por 100 mil habitantes. Isso acontece porque a população de Bonsucesso é de 18.711 pessoas, enquanto a de Campo Grande é mais que 17 vezes maior, com 328.370 habitantes, segundo dados do IBGE de 2010.

Falta reconhecimento, sobra subnotificação

A grande quantidade de casos confirmados e mortes em Bonsucesso chama a atenção quando se analisa o histórico de reconhecimento do conjunto de favelas da Maré como bairro legalmente constituído. A questão é que esse reconhecimento ainda não é consolidado nem pelos próprios moradores da Maré. A edição do boletim lançada nesta quinta-feira e disponível no site da organização narra parte desse histórico. Falamos também sobre o processo de subnotificação dos casos na Maré na matéria “Subnotificação de casos: a Maré é bairro!” do Maré de Notícias. 

No dia 11 de junho, o Painel Rio Covid-19 apresentou 253 casos confirmados de coronavírus na Maré, e 67 óbitos. O número não condiz com a realidade de pessoas relatando sintomas e a quantidade de óbitos com suspeitas do vírus. De acordo com os dados coletados até o dia 8/06 pela equipe do “De Olho no Corona!” e publicados no boletim, há mais 527 pessoas com suspeita de coronavírus, sem confirmação, o que resulta em um total de mais de 700 casos no conjunto de favelas. 

Além de ações de prevenção e controle da disseminação do vírus, o cuidado e o trabalho de análise de dados são importantes em um momento como esse. “Quando a gente tem dados específicos para as populações mais vulnerabilizadas e expostas social, ambiental e economicamente, nós conseguimos traçar estratégias efetivas e melhores para essa população”, comenta o médico sanitarista e chefe de gabinete da Fiocruz Valcler Rangel Fernandes

Confusão e apagão em dados

Na última semana, em um intervalo de pouco mais de uma hora, 857 mortos desapareceram dos números divulgados pelo Ministério da Saúde. Na noite do dia 07 junho, o painel divulgou que 1.382 pessoas haviam morrido no país nas 24 horas anteriores por Covid-19. Pouco depois, no entanto, o ministério alterou os dados e informou um total de 525 óbitos no período. Alguns outros dados foram ocultados também do painel, como a curva de casos novos por data de notificação e por semana epidemiológica. O ministério informou que estaria mudando a metodologia de apresentação dos dados. 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo federal voltasse a divulgar na íntegra os dados relativos ao contágio e às mortes pelo novo coronavírus e nesta terça-feira (09) os dados foram atualizados.

Os dados publicados no painel da secretaria municipal de saúde também vem sofrendo alterações, que até o momento continua sem explicação. No fechamento da 6ª Edição do Boletim De Olho no Corona!, dia 5 de junho, eram 241 casos na Maré de acordo com o painel. No momento do fechamento desta matéria, 11 de junho, o painel apresentava 253 casos. “O desencontro de dados durante a pandemia traz enormes prejuízos, confundem a população. As decisões são embasadas por informações”, afirma o médico sanitarista Valcler Rangel.

Ronda Coronavírus: Maré registra movimentação grande de pessoas

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Atualmente o conjunto de favelas acumula o maior número de mortes por Covid-19 entre as favelas da cidade

Enquanto São Paulo autoriza reabertura do comércio a partir de amanhã e o Rio de Janeiro autoriza a abertura de shoppings, o número de mortes aumenta no Brasil. Ao todo, são 39.680 óbitos e 772.416 pessoas doentes desde 26 de fevereiro, quando a doença foi diagnosticada pela primeira vez no país. No estado no Rio são 74.373 casos confirmados e  7.138 mortes. Na capital somam 38.960 casos confirmados e 4.716 mortes. Cidades do interior que reabriram as atividades econômicas nos últimos dias ou semanas registraram um aumento súbito de novas infecções e mortes causadas pelo novo coronavírus. A maior circulação de pessoas pode engrossar uma segunda leva de casos. 

Covid-19 na Maré

Em todas as favelas da cidade, de acordo com o Painel Covid-19 nas favelas (Voz das comunidades) são 1.727 casos confirmados e 385 mortes. Na Maré são 247 casos, segundo dados oficiais, e 65 mortes, fazendo com que o conjunto das 16 favelas da Maré seja recordista em número de mortes pelo coronavírus.  E mesmo assim, a movimentação foi grande em quase todas as 16 favelas da Maré. Euclides Antonio, comerciante de próximo ao Parque Ecológico, na Vila dos Pinheiros, está preocupado com possível abertura das atividades na cidade. “O povo já estava na rua, agora com a liberação da  Prefeitura aumentou o número de pessoas na rua esta semana. Na Vila do João é difícil passar de carro na Principal (Rua 14), com tantos camelôs”. Alessandra Ferreira, moradora do entorno do Parque Ecológico, na Vila dos Pinheiros, também tem a mesma preocupação. “Antes da Prefeitura decretar o relaxamento, o povo já estava na rua. Agora piorou e sem máscara. Estão dizendo que até o baile vai voltar. As pessoas não respeitaram no início do isolamento e nem agora”.

Movimentação grande de pessoas nas favelas da Maré

Marcílio Dias, considerada mais calma, também registrou aglomerações. “A favela sempre foi calma, com poucas pessoas nas ruas. Comércio normal, mas não ficam até tarde. O problema é que a população está em casa e nos finais de semana aumentou o número de festas e resenhas. Isso causa aglomerações”, disse Ana Cunha, presidente da associação de moradores.

Uma agente de saúde do Centro Municipal de Saúde Américo Veloso também confirma a dificuldade de se manter a quarentena e os cuidados, como o uso das máscaras. “Muita gente sem usar máscara na Praia de Ramos. Acho uma falta de respeito das pessoas não levarem em conta que esse problema não vai acabar agora e vão para rua sem máscara, trazendo problemas para dentro da própria família. Os bares estão com aglomeração e as pessoas na feira sem máscara. Muita gente caminhando sem proteção e eu acabo chamando a atenção dessas pessoas e alertando do perigo que elas estão sujeitas”.

Desinfecção nas ruas da Maré

As ruas do Parque Maré passaram hoje por higienização, feita com um produto importado feito de Cloreto de Benzalcônio 50%, que além de higienizar, deixa uma película de proteção no local. A iniciativa faz parte da Campanha Maré Diz NÃO ao Coronavírus, da Redes da Maré junto com a Comlurb.

Ruas da favela Parque Maré sendo desinfectadas por Cloreto de Benzalcônico

A campanha Maré diz NÃO ao Coronavírus 

A Redes da Maré lançou hoje uma campanha de arrecadação de recursos financeiros pela plataforma do CATARSE para a compra de mais 4.000 cestas básicas para as famílias da Maré que estão enfrentando dificuldades por causa da pandemia do coronavírus.  Para ajudar só acessar aqui.

A Campanha já distribuiu cerca de 20 mil cestas básicas, mas o desafio é enorme pelo tamanho da Maré (140 mil moradores) e pelas necessidades das famílias que estão sem renda neste momento. Estão sendo distribuídas também refeições para a população em situação de rua. A produção das quentinhas é responsabilidade do projeto Maré de Sabores, que teve cancelados seus serviços de buffet por causa da pandemia. O trabalho ajuda a pessoas como Camila Marques, cozinheira e moradora da favela Rubens Vaz.

Camila Marques é cozinheira do Maré de Sabores, projeto que está produzindo as quentinhas para a população em situação de rua na Maré.

Dica do Nenê do Zap

Hoje o recado do Nenê do Zap é tão importante que tem um ex-nenê para ajudar. Dá o play e curte a rima.

Ronda Coronavírus: Inscrições abertas para projeto de capacitação do Portal Maré de Notícias

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Iniciativa dará bolsas a jovens jornalistas (formados e em formação) da Maré para realização de reportagens sobre o impacto da Covid-19

Em um dia confuso entre aberturas e retomadas do isolamento social no estado do Rio, o Maré de Notícias convoca comunicadores das 16 favelas da Maré para se inscreverem no projeto que dará bolsas de três mil reais para a cobertura da Covid-19 no território. Serão oferecidas cinco bolsas de reportagem aos jovens jornalistas da Maré, formados ou não. As equipes do #Colabora e do Portal Maré de Notícias vão orientar os selecionados e oferecer capacitação em treinamentos online sobre como elaborar pauta, apurar reportagem, editar e criar material engajador nas redes sociais. Todo o conteúdo será publicado, no prazo de até três meses, nos sites e canais de redes sociais do #Colabora e do Maré de Notícias. Inscreva-se aqui.

Dados da Covid-19 no Brasil 

O Brasil tem 37 mil vítimas do Coronavírus, é o que revela um levantamento feito por jornalistas do G1, O Globo, Extra, Estadão, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de Saúde, já que o Governo Federal passou a omitir dados do portal desde a semana passada. Os dados do levantamento da imprensa revelam que nesta segunda-feira (08) são 710.887 brasileiros que foram ou estão contaminados pela Covid-19. No estado do Rio de Janeiro são 69.499 casos confirmados e 6.781 mortes, tendo ainda 1.134 óbitos em investigação.  Na capital, passamos de 4,5 mil mortes e 36.893 casos confirmados, segundo Painel Rio Covid-19. Segundo o Painel Covid-19 nas Favelas, do Voz das Comunidades, 15 favelas da cidade apresentam juntas mais 1600 casos confirmados e 375 mortes. Nas 16 favelas da Maré, ainda segundo o painel, são 241 casos e 65 mortes. 

Idas e vindas dos decretos 

Apesar dos números ascendentes, tanto o Governo do estado quanto a Prefeitura  da cidade do Rio divulgaram o plano de reabertura das atividades. Mas os decretos duraram pouco: o juiz Bruno Vinícius da Roas Bodart da Costa, da 7ª Vara de Fazenda Pública do TJ do Rio, concordou com os argumentos apresentados pelo MP e a Defensoria Pública estaduais e suspendeu a eficácia dos decretos editados por Marcelo Crivella e Wilson Witzel na última semana, que, entre diversos pontos, autorizavam o funcionamento de uma série de serviços paralisados em função da pandemia da Covid-19.

Campanha Maré Diz NÃO ao Coronavírus

A campanha Maré diz NÃO ao Coronavírus, da Redes da Maré, completa 11 semanas. E neste período foram entregues mais de 17 mil cestas básicas e kits com produtos de higiene e limpeza. São cerca de 700 toneladas de itens doados, o que beneficiou diretamente mais de 42 mil pessoas das 16 favelas da Maré. E para as pessoas em situação de rua foram distribuídas mais de 17 mil quentinhas. Só nesta última semana, (de 31/5 a 06/06), foram entregues, de porta em porta, 2.268 cestas de alimentos, 2.268 kits de higiene pessoal e de limpeza, 2.100 quentinhas para pessoas em situação de rua e 18.147 máscaras de tecido, feitas por 50 costureiras da Maré. Mais informações sobre a campanha você encontra no site:

Proteção às escolas

Durante o isolamento social, as escolas estão fechadas e por isso merecem mais atenção da comunidade. As escolas da Maré estão sofrendo com depredações e roubos,   como relata a diretora Noemi Maria Kazan, da Creche Municipal Albano Rosa, na Vila do Pinheiro! Veja na matéria aqu

Movimentação na Maré

No fim de semana, contra as regras do isolamento social, houve festas em algumas favelas da Maré, rolando pela madrugada. Os caixas eletrônicos também estiveram lotados durante o dia de hoje. E também houve relatos de ambulâncias do Samu circulando na Maré. 

Distribuição de álcool gel 

Hoje (08/06) foram distribuídos álcool gel nas favelas de Roquete Pinto, Marcílio dias, Praia de Ramos, Parque União, Rubens Vaz, Nova Holanda e Parque Maré.

Prefeitura do Rio abre inscrições para Cadastro Único por telefone 

A Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH), iniciou na segunda-feira, 01/06, as inscrições no Cadastro Único em ligações telefônicas. A Prefeitura seguiu a orientação que foi publicada no Diário Oficial da União, por meio de Portaria que permitiu este tipo de serviço para municípios que decretaram situação de emergência ou calamidade pública. Saiba como se inscrever aqui.

Nenê do Zap

A dica de hoje é como ajudar a crianças menores de 6 anos a se protegerem do coronavírus.

Inscreva-se no #Colabora nessa Maré de Notícias

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Estão abertas as inscrições para o projeto de capacitação que dará bolsas a jovens jornalistas (formados e em formação) da Maré para realização de reportagens sobre o impacto da covid-19 no conjunto de favelas

Vai começar o #Colabora nessa Maré de Notícias, iniciativa construída em parceria entre o Projeto #Colabora e o Maré de Notícias, o jornal da Redes da Maré. Uma convocação a jornalistas residentes no conjunto de favelas da Maré, para produzir conteúdos sobre o impacto da pandemia de covid-19 em suas comunidades. Serão oferecidas cinco bolsas de reportagem, financiadas pelo Fundo Enfrente, nova modalidade de fomento, que mistura o financiamento coletivo (ou crowd-funding) com aporte de parceiros, para multiplicar a arrecadação. Assim, para cada R$ 1 arrecadado pelo projeto, o Fundo Colaborativo Enfrente contribui com mais R$ 2. O projeto foi selecionado pela plataforma Benfeitoria com apoio da Fundação Tide Setubal.

Cada uma das cinco bolsas pagará R$ 3 mil aos jovens jornalistas da Maré. As equipes do #Colabora e do Portal Maré de Notícias vão orientar os selecionados e oferecer capacitação em treinamentos online sobre como elaborar a pauta, apurar a reportagem, editar e criar material engajador nas redes sociais. Todo o conteúdo será publicado, no prazo de até três meses, nos sites e canais de redes sociais do #Colabora e do Maré de Notícias.

As atividades acontecerão nas seguintes etapas: durante um mês, faremos a chamada pública para inscrição de jornalistas, nos canais do #Colabora e do portal Maré de Notícias. A seleção será feita a partir da pauta sugerida pelos inscritos, que obrigatoriamente devem ser moradores do conjunto de Favelas da Maré. Em seguida, os cinco selecionados serão orientados, em encontros online, para a produção das reportagens, edição e adaptação de conteúdo para redes sociais. Além dessas reuniões, todo o suporte extra necessário será oferecido aos bolsistas, ao longo da produção. Na fase seguinte, sempre em conjunto com eles, o material será finalizado para a publicação, em até 2 meses.

Além da geração de renda e da capacitação dos jornalistas selecionados, buscamos que as reportagens produzidas impactem moradores das favelas, oferecendo informação de qualidade sobre a pandemia de Covid-19 com temáticas e linguagem próprias e identificadas com a comunidade, contribuindo para conscientizar a população local. Os jornalistas também serão estimulados a desenvolver e disseminar conteúdos em suas próprias redes sociais. Após a conclusão das reportagens, a meta é que os profissionais se tornem colaboradores frequentes do Projeto #Colabora e do Maré de Notícias.

Os jornalistas serão orientados a usarem máscara para percorrer a comunidade e trabalhar respeitando as orientações de distanciamento social e de higienização constantes, como recomendado pelos cientistas.

INSCREVA-SE AQUI

Regulamento
Regras gerais para a seleção das pautas para concessão da Bolsa #Colabora nessa Maré de Notícias

As bolsas
O programa #Colabora nessa Maré de Notícias vai distribuir cinco bolsas de R$ 3 mil (três mil reais), cada, valor que será administrado pelos jornalistas selecionados para a produção da pauta.

Os inscritos
Podem se inscrever jornalistas formados ou em formação, fotógrafos, comunicadores populares residentes exclusivamente no conjunto das 16 Favelas da Maré, no Rio de Janeiro. Não há limite de inscritos por pauta: o valor da bolsa, entretanto, não muda. Não há limite de pautas por inscrito.

As inscrições
O prazo para inscrição vai de 9 a 30 de junho de 2020. No formulário, constarão, além da pauta e do formato da reportagem, minibio(s) do(s) jornalista(s) em no máximo cinco linhas com links para matérias publicadas e dados pessoais e de contato.

As reportagens
As reportagens terão prazo de um mês para serem concluídas e entregues. Cada pauta terá acompanhamento de um jornalista do #Colabora. As reportagens serão publicadas nas plataformas do #Colabora e do Maré de Notícias.

Objetivos
O programa #Colabora nessa Maré de Notícias tem como objetivo incentivar o jornalismo de qualidade e a produção de reportagens sobre a pandemia do novo Coronavírus e os impactos na comunidade da Maré.

As pautas
As pautas devem abordar propostas de produção de reportagens ou foto reportagens sobre a pandemia do novo Coronavírus e os impactos na comunidade da Maré. Os jornalistas devem apresentar a pauta em texto de até 15 linhas com seu escopo, contexto e possíveis fontes. Também deve ser informado o formato (texto+foto, ensaio fotográfico, vídeo, podcast, animação etc…) no qual a reportagem pretende ser realizada.

A seleção
O anúncio das pautas selecionadas para a Bolsa #Colabora nessa Maré de Notícias será feito dia 6 de julho de 2020. Os critérios para a seleção das bolsas serão o ineditismo, originalidade e importância da pauta, e sua viabilidade de produção. A comissão de seleção será formada pelos jornalistas do #Colabora e do Maré de Notícias.