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Guthierry Sotero coloca Maré e Angola em evidência com atuação na TV Globo

‘Era pra ser como jogador mas quis o destino que fosse pela arte’, comenta

Ator, cantor, angolano e brasileiro, cria da Nova Holanda e que interpreta um dos personagens mais queridos do público na novela das 18h. Sim, estamos falando de Guthierry Sotero, de 22 anos. O ator bateu um papo com a nossa equipe, avaliando sua trajetória e a relação com a Maré. 

No início da carreira, Guthierry seguiu mais o lado do rap a partir da paixão pelas rodas de rima e chegou a participar da Mostra Maré de Música sendo um dos vencedores do edital na sua edição. Nas suas redes sociais postava rimas onde valorizava a favela e denunciava as violências que acontecem no território. Foi através de um desses vídeos que foi visto e recebeu a oportunidade de trabalhar na TV Globo. 

Sobre o desejo de transformação, o ator conta que é sua base e que a mantém viva. “É a minha raiz, e tudo o que eu faço é para que olhem pra cá com um outro olhar. Lembro que rolou umas notícias dizendo que a Maré era ‘bunker de bandido’ e aquilo me deixou muito triste porque obviamente não é a realidade.”

Falando em raiz, o ator que tem dupla nacionalidade – brasileiro e angolano –  comenta que na infância tinha vergonha de falar das suas origens angolanas por parte de pai “para não ser zoado”. Mas hoje em dia se orgulha, e espera que outras crianças também sintam o mesmo do lugar de onde vêm. 

Poder saber de onde vim, mesmo com todo o plano abolicionista feito para que esqueçamos as nossas origens, me deixa feliz demais em ter a consciência de onde sou, o que represento e quem inspiro

Guthierry Sodré

Do Direito para o teatro

O ingresso no teatro seria apenas para perder a timidez, mas se transformou em profissão. Antes, o ator havia feito estágio no Ministério Público no departamento administrativo e chegou a ser aprovado no vestibular de Direito na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), mas o chamado artístico falou mais alto. 

Graças ao apoio da família Guthierry conta que conseguiu dar início a sua carreira. “Eu sempre tive a certeza de que alcançaria os meus objetivos por conta da fé, esforço e dedicação que tenho, mas sem a minha família nada disso seria possível. Na minha visão ter uma base é fundamental “, comenta. 

O ator considera que projetos teatrais que acontecem na favela podem ajudar na carreira por despertar a paixão pela arte que ainda é excludente e mostrar novos horizontes: “trabalha no nosso imaginário as profissões que podemos seguir, justamente pelo infinito de coisas que podemos ser no teatro.” Ele acrescenta também  que outra vantagem é ocupar o jovem “que ficaria vago a tarde/noite inteira e que poderia tomar um outro rumo na vida”.

O promissor ator, que recentemente conquistou o sonho de dar uma casa para a mãe na Maré, diz que se pudesse dizer algo para ele quando entrou para o teatro seria um agradecimento: “Obrigado! Eu sempre soube que seria grande, eu não vim pra ser só mais um e aquele menino me deu a bússola do que ser.” 

Para os artistas independentes que assim como ele fez um dia, estão em busca de alguma oportunidade, na correria lutando pelo seus sonhos, Guthierry incentiva que criem redes de apoio: “Fique cercado de pessoas que você ama, pessoas que te inspiram e que querem o seu melhor”. 

Ele lembra de um show de MC Marechal na Mostra Maré de Música, onde o rapper lhe falou:  “Se você realmente quer isso, vá! Confie em você porque ninguém além de você vai fazer isso de início, quer ir pro teatro e não tem vaga? Insiste, procura o diretor aqui e perturba ele até conseguir!” Foi a partir daí que insistiu até conseguir sua vaga no teatro e nunca mais parou. “E o melhor é que foi tudo na Maré” comenta. 

O jovem hoje celebra as conquistas: “era pra ser como jogador mas quis o destino que fosse pela arte.” finaliza.

Guthierry na TV

Na “telinha” como Anastácio, em “No Rancho Fundo”, Guthierry interpreta um agregado da família de Zefa Leonel, interpretada por Andreia Beltrão, e Seu Tico Leonel, vivido por Alexandre Nero

Anastácio é fiel a matriarca da família, tem um jeito bruto e ao mesmo tempo ingênuo. A novela se passa no Cariri Nordestino, no distrito de Lasca Fogo, onde a família Leonel vive. Na trama, depois de encontrarem uma pedra Turmalina Paraíba eles mudam de vida e viram alvos da inveja alheia. 
Antes dessa, Guthierry atuou também na novela ‘Vai Na Fé’ onde fez o personagem Vini e no filme ‘Ritmo de Natal’ , as duas produções de 2023.

Vale a pena ler de novo: 3 matérias sobre Funk

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Dia 12 de julho, o Dia Nacional do Funk uma data dedicada a reconhecer e valorizar a importância cultural e social do funk no Brasil. O Vale a Pena Ver de Novo de hoje destaca três matérias produzidas pelo Maré de Notícias sobre o funk.

Essas reportagens resgatam momentos marcantes e debates importantes sobre o movimento funk na Maré, sua história e seu impacto.

Confira

A importância do funk na cultura e economia periféricaBailes acontecem na Maré desde a década de 80 gerando renda para diversas famílias.

Funk conquista o mundo, mas ainda quer mais Ritmo coleciona sucessos e influencia a indústria musical, mas ainda busca o respeito reservado a outros estilos na cultura brasileira

DJ da Maré ganha Disco de Platina Com mais de 40 milhões de streams em ‘Sarra nos Menor’, DJ Renan Valle conquista prêmio

Redes da Maré é premiada por trabalho inovador em saúde mental

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Prêmio Nise da Silveira é referência no âmbito da saúde através do cuidado em liberdade

A Redes da Maré recebeu no dia 17 de junho o Prêmio Nise da Silveira na categoria Movimentos Sociais. A premiação, concedida pela Câmara Municipal do Rio, reconhece a atuação da instituição no campo da saúde mental, em especial no Espaço Normal.

O Espaço Normal, equipamento da Redes da Maré, oferece um modelo de cuidado inovador, inspirado nos trabalhos da psiquiatra Nise da Silveira. O espaço prioriza metodologias de cuidado e incidência em políticas públicas e acesso à direitos para pessoas em situação de rua e usuários de álcool e outras drogas, respeitando a liberdade e a autonomia dos usuários, oferecendo um ambiente acolhedor e atividades que promovem a saúde mental.

A coordenadora do Eixo Direito à Saúde da Redes da Maré, Luna Arouca, também celebrou a premiação:

Vanda também reforça a relevância do trabalho desenvolvido na Maré: ”o espaço normal coloca a pessoa no lugar onde ela realmente deve estar, onde ela está sendo cuidada em liberdade, está sendo vista enquanto pessoa. Onde lutamos pelo direito dessas pessoas que estão em situação de rua, que estão em questão de saúde mental. Assim como Nise da Silveira fez o seu trabalho há muito tempo atrás, o espaço normal segue a linha do cuidado e liberdade, deixando as pessoas sonharem e viverem da maneira com qual elas querem”, diz.

| Já leu essas?

Jornada de seis anos do Espaço Normal pela redução de danos na Maré
Redução de Danos, um olhar humanizado
Espaço de referência sobre drogas chega à Maré!

O prêmio reforça a importância da atuação da Redes da Maré em um momento em que o debate sobre a saúde mental está cada vez mais presente na sociedade. A honraria é um reconhecimento ao trabalho de humanização de todos os indivíduos do território, baseado na liberdade e na inclusão social. Além de fomentar a Redes da Maré e seus profissionais, a permanecerem na luta por um futuro onde a saúde mental seja um direito de todos.

Seminário promove debate sobre participação feminina no esporte

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Evento acontece no mês de abertura dos Jogos Olímpicos no próximo dia 11, na Casa G20, Rio de Janeiro

No mês em que se iniciam os Jogos Olímpicos, o III Seminário Mulheres no Esporte traz como tema desta edição “Mulheres da Luta” e visa ampliar o espaço de discussão e compartilhamento de experiências com foco na inclusão de meninas e mulheres no esporte.

“Se pensarmos nas lutas femininas travadas historicamente por direitos, concluímos que ser mulher é uma luta constante. No meio esportivo não é diferente. Como um espelho de nossa sociedade, a prática esportiva ainda é vista como atividade marcadamente masculina, onde as mulheres que se destacam superam muito mais do que os limites de seus corpos ou de adversárias, transpondo também barreiras em busca da igualdade de gênero. Por isso, no III Seminário Mulheres no Esporte, a Luta pela Paz irá lançar a campanha “Mulheres da Luta”, promovendo o protagonismo feminino em todos os setores do esporte, em todas as modalidades e funções”, relata Gabriela Peixinho, Diretora de Operações da Luta pela Paz.

O evento será realizado no dia 11 de julho, na Casa G20, e espera um público de 150 pessoas. Gestores públicos e de organizações sociais, atletas e especialistas vão discutir questões vitais relacionadas ao papel das mulheres no espaço esportivo.

A jornalista Carol Barcellos, co-fundadora do projeto Destemidas, que é realizado em parceria com a Luta Pela Paz, será a mestre de cerimônia do evento. Ao longo do dia serão promovidas mesas temáticas, espaços de vivências e discussão sobre a ampliação do acesso ao esporte por meninas e mulheres.

Entre as participantes confirmadas estão Fabi Alvim, ex-jogadora de voleibol brasileira, bicampeã olímpica; Raissa Machado, Atleta brasileira de atletismo, e Naiara Xavier, atleta brasileira de breaking, do Time Petrobras; Taciana Pinto, Supervisora de Desenvolvimento Esportivo e Mulher no Esporte Gerente do Comitê Olímpico Brasileiro e Isania Cruvinel Sanchez, Diretora de Programas e Políticas de Incentivo ao Esporte do Ministério dos Esportes.

A iniciativa é uma ação do projeto Maré Unida, realizado pela Luta pela Paz com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, através da Lei de Incentivo ao Esporte do Governo do Rio de Janeiro, via Secretaria de Esporte e Lazer. O seminário conta também com apoio da Secretaria de Mulheres do Estado do Rio de Janeiro, da Casa G20 e Embaixada Cultural.

Vazamento deixa moradores da Maré sem água

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Águas do Rio informa que previsão é que o serviço de reparo seja concluído nesta quinta-feira

Desde a última segunda-feira (8) moradores da Baixa do Sapateiro, Parque Maré, Nova Holanda, Rubens Vaz e Parque União relatam falta d’água em suas casas. Segundo comunicado da Águas do Rio, o problema no serviço de abastecimento se dá pela realização de um reparo no vazamento em um tubo de quase dois metros de diâmetro, localizado na altura de Manguinhos. Em consequência, diversos bairros do município foram afetados, bem como os arredores de Bonsucesso, Higienópolis, Ilha do Governador, Jacarezinho, Jacaré, Manguinhos, Olaria e Ramos, na Zona Norte.

A previsão é que o serviço de reparo seja concluído nesta quinta-feira (11), e o abastecimento seja normalizado gradativamente em até 72h. Ainda em comunicado, a Águas do Rio orienta o uso de água para atividades prioritárias e o adiamento de tarefas que demandam maior consumo, até que se regularize o fornecimento.