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Direito a alimentação adequada para toda a população

Como a pandemia expôs lacunas na segurança alimentar das pessoas pretas e pobres

Maré de Notícias #123 – abril de 2021

Por Laerte Breno e Maré Verde

Morador da Maré, graduando em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), colunista, educador popular e organizador da UniFavela, pesquisador e mobilizador social.

O acesso à boa alimentação é um direito assegurado pela Constituição mas, na prática, vivemos outra realidade. Com a pandemia de covid-19 começando em março de 2020, vimos a face mais perversa da desigualdade social e como no nosso território ficou exposto esse cenário da fome. Com isso, surgiram iniciativas de doações de cestas básicas para suprir a questão da insegurança alimentar, tão latente no último ano.

Na Maré, por exemplo, cestas básicas foram distribuídas para mais de 17 mil famílias. Das mais de 12 mil entrevistas sociais, 68% foram realizadas com mulheres pretas e pardas, responsáveis pelo sustento da casa. Dessas, 44% tinham algum problema de saúde em decorrência da má alimentação – e são justamente as mulheres pretas e pobres que mais sofrem com isso. Segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em 2017, a diabetes mellitus tipo II atinge 50% mais as mulheres negras do que as mulheres brancas. De acordo com Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), a hipertensão atinge 49,3% dos brasileiros pretos e 30,3% dos brancos.

Uma questão que impacta diretamente a população preta e pobre é o que o doutor em saúde holística africana Llaila Afrika chama de nutricídio, um genocídio a partir do que essas pessoas comem. O conceito fala sobre a degradação da saúde das pessoas que deixam de comer alimentos naturais e optam por aqueles industrializados, de baixo valor nutricional, transgênicos ou com altos índices de agrotóxicos, principalmente diante da alta dos preços dos alimentos básicos.

Entretanto, paga-se um preço por essa escolha. A médio e longo prazo, os consumidores podem desenvolver cânceres, distúrbios endócrinos, neurológicos e mentais, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) ocorrem todo ano 20 mil mortes causadas por herbicidas; no mundo, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos desde 2008.

A nutricionista Elizabeth Dias, 48 anos, moradora do Morro do Timbau, na Maré, reconhece o problema por trás dos números: “Esses dados sobre a população negra podem ser provenientes de um consumo excessivo de calorias e do desequilíbrio de nutrientes, pois estes são fatores que levam a doenças crônicas, como a hipertensão e diabetes. Se levarmos em conta as dificuldades socioeconômicas existentes nas comunidades pela ausência de políticas públicas combativas, a efetivação da segurança alimentar, uma garantia ao direito humano de alimentação adequada, deixa muito a desejar.”

Mas o que é segurança alimentar?

A expressão refere-se ao acesso a alimentos com valor nutricional e na quantidade adequada para uma melhor qualidade de vida. Na prática, vemos como isso é difícil. Com o aumento dos preços, 61% das pessoas que estavam sem nenhum tipo de renda em casa durante a pandemia ficaram sem ter como comprar alimentos. É preciso repensar tanto nossos modelos de monocultura e mercado, como a possibilidade de ter espaços para plantar nossos alimentos e garantir o acesso de todos a escolhas melhores para sua saúde.

Além disso, a nutricionista complementa que “é fundamental que ações de educação alimentar e nutricional sejam desenvolvidas por diversos setores, incluindo saúde, educação, desenvolvimento social, desenvolvimento agrário e habitação, contribuindo, assim, para a melhoria das condições de saúde da população, redução das iniquidades e promoção da qualidade de vida de todos”.Para reforçar o cuidado que você precisa tomar em relação aos alimentos que consome, a Campanha Climão apresenta o material educativo montado por mestrandos da Universidade do Rio de Janeiro (UniRio) que é crucial para o bem da sua saúde.

O direito à vida nas favelas é discutido no STF

Pela primeira vez na história, movimentos sociais e organizações da sociedade civil organizada relatam ao STF os abusos cometidos pelos policiais nas favelas do Rio. Sessão continua na segunda-feira (19)

Por Daniele Moura em 16/04/2021 às 19h
Editado por Andressa Cabral Botelho

Há 18 anos, em 16 de abril de 2003, quatro jovens foram executados por policiais na favela do Borel, Zona Norte do Rio de Janeiro. Até hoje os policiais envolvidos no crime não foram responsabilizados. Assim como este, são milhares os casos de abusos de policiais nas favelas no Rio sem a devida  investigação e/ou responsabilização. Pensando em romper com essa lógica bélica e diminuir a letalidade nas ações das policiais que a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental, a ADPF 635, foi proposta. 

A ação, conhecida por ADPF das Favelas, corre há dois anos no Supremo Tribunal Federal (STF) e nesta sexta (16) houve uma audiência pública para ouvir os movimentos sociais, vítimas da violência policial e organizações da sociedade civil organizada. O objetivo é que, com esses relatos, o relator do caso, ministro Edson Fachin, possa se inteirar mais das questões que envolvem a pauta em discussão. Foram mais de 30 pessoas ouvidas numa sessão que durou cerca de 10 horas. “Há problemas que não temos condição de conhecer com propriedade. As falas me sensibilizaram. Agradeço e enalteço a coragem dos relatos que ouvi”, disse Fachin.

Foi a primeira audiência pública inteiramente virtual feita pelo STF e um dia histórico para os movimentos sociais e organizações que trabalham com a temática da violência policial. Foi a primeira vez que eles foram ouvidos pelo STF.

Entre os temas discutidos estiveram a ineficácia do Ministério Público em acompanhar as operações policias no momento em que elas ocorrem; a alteração dos dados da cena do crime pelos agentes de segurança pública, dificultando a realização da perícia; a falta de interlocução das polícias com a sociedade civil organizada; o não cumprimento da suspensão das operações policias na pandemia; a alta letalidade das operações policias; a extinção do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do Ministério Público do Estado do Rio, o GAESP; a falta de proteção para as famílias das vítimas das violências policiais; e o uso do helicóptero como plataforma de tiro.

O ministro Edson Fachin durante a sessão dessa sexta-feira (16)

Direito à vida

O objetivo da ação é que se tenha uma proposta de diminuição da letalidade das ações policiais nas favelas do Rio, fazendo com que seja cumprido o direito à Segurança Pública a todos, e não só aos moradores das partes mais ricas das cidades. Eliana Silva Sousa, diretora e fundadora da Redes da Maré, ressaltou que é importante que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário possam zelar pela garantia ao direito à segurança pública, sobretudo o direito à vida. Para ela, a continuidade e a impunidade dos abusos policiais causam impactos estruturais na vida de quem mora na periferia. “Se é cruel para os adultos, mais perverso ainda é o impacto que essas operações têm sobre a vida das nossas crianças e adolescentes. É triste por demais ver uma relação de desconfiança e temor com os agentes de segurança”.

Eliana Silva, diretora da Redes da Maré falou por volta das 14h30 desta sexta (16)

Eliana, em sua fala, frisou quatro pontos imprescindíveis na execução do plano para combater a letalidade nas favelas: a efetivação de um promotor plantonista para acompanhar as operações no momento que elas ocorrem como canal aberto aos moradores; o acompanhamento sistemático das vítimas e suas famílias para o retorno dos processos investigatórios;  a  constituição de perícias independentes para crimes praticados por policiais; e a promoção de ações no campo da tutela coletiva com o objetivo de impactar os padrões históricos  de atuação da polícia. “Apenas pela organização dos moradores de favelas será possível garantir o direito à vida nesses locais. Mas é preciso ser assumida pelo conjunto da sociedade e pelo Estado”, finalizou.

Irone Santiago, mãe de Vitor Santiago, baleado pelo Exército durante a intervenção militar, em sua fala na audiência

Eliene Vieira, do coletivo Mães de Manguinhos disse ao relator, que assim como ela, muitas mães convivem com medo e com as ameaças por parte dos agentes da segurança pública. “Nem mesmo uma decisão do STF faz com que eles parem. Se não respeitam essa decisão, imagina o que são capazes de fazer conosco”. Além dela, Maria Dalva da Silva, mãe de Thiago da Costa Correia da Silva, morto aos 19 anos por policiais no Morro do Borel, há exatos 18 anos; Irone Maria Santiago, mãe de Vitor Santiago; Bruna da Silva, mãe de Marcos Vinícius; Claudia Oliveira Guimarães, do Grupo Mães da Maré Vítimas da Violência do Estado e  Elizabeth Santos da Silva, da Rede de Mães e Familiares da Baixada Fluminense também relataram suas dores após a perda de seus filhos.

“Eu ouvi de um agente de segurança pública do Estado que não poderia ser uma defensora de direitos humanos por ser uma mulher preta” , disse Renata Trajano, que perdeu o irmão no Complexo do Alemão e é uma das fundadoras do do Coletivo Papo Reto,

Rachel Willadino, Observatório das Favelas falou sobre o perfil das vítimas, que em sua maioria é negra. “Mais 2400 adolescentes tiveram a sua vida interrompida entre 2013 e 2019. E desses 79% eram negros. Esse número pode ser ainda maior, porque o percentual de casos letalidade policial que não são registrados é muito alto. Analisando os casos, vemos que a maioria dos jovens foram atingidos pelas costas. Não houve perícia no local em 17 dos 25 casos. Em 13 casos, houve remoção dos corpos da vítima pela polícia.” 

Rachel Willadino, Observatório das Favelas

Flávia Cândido, integrante do “Fórum Basta de Violência, Outra Maré é possível”, lembrou Marielle Franco, vereadora executada em 2018. ” Antes de morrer perguntou e eu também quero saber: Quantos mais tem que morrer pra essa guerra acabar?”

Flávia Cândido do Fórum Basta Violência, Outra Maré é Possível

Confira algumas das falas da audiência desta sexta que pode ser vista na íntegra aqui. Na segunda a sessão continua a partir das 8h da manhã e será transmitida ao vivo pelo Youtube da TV Justiça. Saiba mais sobre a ADPF aqui.

“A PM tem a obrigação de ter o cuidado de não nos atingir”. 

José Luiz Faria, Coletivo Fala Akari

O que a grande imprensa divulga é uma fração do que acontece dentro das comunidades do RJ”.

Marcelo Dias, Movimento Negro Unificado 

Não há explicação plausível para um helicóptero ser usado como plataforma de tiro.”

Paulo Henrique de Oliveira, do Movimento Parem de Nos Matar

Por que o Estado não protege a favela? É a impunidade que faz os policiais continuem matando”.

Dalva Corrêa Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência 

A sociedade não acredita mais nos agentes de segurança pública e estes, com a força bélica e violenta, parecem querer resgatar o respeito perdido.”

Carlos Alberto Vilhena, da Procuradoria Federal dos Direitos

“Eu ouvi de um agente de segurança pública do Estado que não poderia ser uma defensora de direitos humanos por ser uma mulher preta”

Renata Trajano  Coletivo Papo Reto 

“As operações são ineficazes e só causam mortes. Foram mais de 100  vidas salvas com a suspensão da ADPF das Favelas” 

Daniel Lozoya Constant Lopes, da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro

Também foram ouvidos Fransérgio Goulart de Oliveira Silva, da Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial; Guilherme Pimentel, Ouvidor Geral de Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e o Representante do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro a ser designado pelo Procurador-Geral de Justiça; Marcelo Weitzel Rabello de Souza e Antonio Henrique Graciano Suxberger, do Conselho Nacional do Ministério Público; a Perita Criminal Denise Gonçalves de Moraes Rivera, da Secretaria de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro; Marcelo Vinícius Pereira, da Polícia Rodoviária Federal;  Prof. André Giamberardino, do Núcleo de Política Criminal e Execução Penal da Defensoria Pública do Estado do Paraná; Márcia Gatto, da Rede Rio Criança;  Joel Luiz Costa, do Instituto de Defesa da População Negra;  José Vicente, Reitor da Universidade Zumbi dos Palmares; Patrícia Oliveira e Luciano Norberto dos Santos, da Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência;   Sub. Ten. Everaldo Marcos Gravitol, do Instituto Nacional de Segurança Pública; Carlos Alberto Vilhena, da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão; Marco Antonio Delfino de Almeida, do Grupo de Trabalho de Combate ao Racismo e Promoção da Igualdade Racial vinculado à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão;  Wallace Corbo, da Educafro.

Ronda Maré de Notícias: Prefeitura do Rio prorroga medidas restritivas até o dia 27 de abril

Medidas para conter a disseminação do coronavírus foram publicadas no Diário Oficial desta sexta-feira (16)

Por Andressa Cabral Botelho, em 16/04/2021 às 19h30

Por mais uma semana, o prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes, prorrogou as medidas restritivas para minimizar a disseminação do vírus. Mesmo com queda no número de atendimentos de casos suspeitos em unidades de emergência e com redução da média móvel dos casos confirmados, os números são alarmantes e ainda é necessário seguir as medidas. Os dados são do 15º Boletim Epidemiológico da Covid-19, divulgado nesta sexta-feira (16) pela Prefeitura do Rio.

Embora os dados do boletim apresentem leve melhora, o município do Rio encontra-se em risco muito alto para covid-19. A taxa de ocupação de leitos de UTI no município é de 91%, de acordo com o painel do estado do Rio. Das pessoas que morreram nesta semana, a maioria foi de pacientes que já estavam internados e fazendo tratamento. Até o momento são 243.790 casos de covid-19 e 22.312 mortes.

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, chama atenção para os números mais recentes. “São 1.400 pessoas internadas com Covid-19 na cidade, é muita gente. A recomendação para todos é que evitem qualquer tipo de exposição desnecessária. Nas últimas semanas a população mostrou que tem colaborado com a diminuição da circulação e a gente espera que isso se mantenha. Ainda temos um nível de transmissão alto e não é possível flexibilizar as medidas restritivas”, reforça o secretário.

As medidas de restrição foram publicadas no Diário Oficial dessa sexta-feira (16), visando, principalmente, evitar as aglomerações nos espaços. Na última quarta-feira, foi permitida a prática de atividades coletivas em praças, áreas públicas, praias e ruas, respeitando o distanciamento. O banho de sol e permanência na areia ainda estão proibidas. O estacionamento na orla segue permitido apenas para moradores, pessoas que sejam prioridades, aqueles que estão hospedados nos hotéis e funcionários dos quiosques.

Bares, lanchonetes e restaurantes podem funcionar até 21h, com uma hora de tolerância. Museus, bibliotecas, cinemas, teatros e parques ficam abertos de 12 a 21h. O funcionamento do comércio segue de 10 a 18h. Clubes esportivos funcionam de 6h a 21h.

Quanto às proibições, vale para a permanência na areia das praias, em parques e cachoeiras, ambulantes e vendedores fixos nas praias, feiras de artesanato, boates, rodas de samba. A permanência nas ruas entre 23h e 5h também está proibida.

Covid-19 nas favelas

Até o dia 16 de abril, as favelas totalizaram 38.649 casos e 3.943 mortes por covid-19 em seus territórios, com a Maré sendo a favela com o maior número de casos: 3.287, além de 171 mortes, de acordo com o Painel Unificador COVID-19 nas Favelas do Rio (PUF).

A vacinação nesses territórios ainda caminha devagar. Segundo o boletim Conexão Saúde – De olho Na Covid, nos cerca de 140 mil moradores da Maré, 8.418 pessoas (6% da população) receberam a primeira dose do imunizante. Quando se trata da segunda dose, o número cai para 1.662 pessoas (1% da população). Pensando nisso, coletivos que fazem parte do PUF elaboraram uma carta

Vacinação na cidade do Rio

Nesta semana foram inaugurados mais três pontos de vacinação. O primeiro foi no Museu Militar Conde de Linhares, na Avenida Pedro II, 383, em São Cristóvão, funcionando de segunda a sábado, das 8h às 17h. O segundo é no Club Municipal na Tijuca, na Rua Haddock Lobo, 359 e vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O último foi inaugurado hoje (16) no Palácio Duque de Caxias, no Centro, com a vacinação acontecendo de segunda a sábado, das 8h às 17h.

Até o final da próxima semana, a imunização estará completa para o grupo dos idosos. A expectativa é de vacinar pessoas de 61 anos na segunda-feira (mulheres) e terça-feira (homens) e nos dias seguintes mulheres de 60 na quarta-feira e homens de 60 anos na quinta-feira. Neste sábado (17), a SMS conclui a vacinação dos profissionais de saúde a partir de 50 anos, além da repescagem de pessoas de 62 anos para cima.

Para aqueles que foram imunizados em janeiro com a vacina de Oxford/AstraZeneca, a segunda dose começa a ser aplicada a partir do final de abril.

A partir do dia 26 começa um novo calendário, para pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência e algumas categorias profissionais, como as de forças de segurança e da educação. O calendário vai seguir o critério de idade para organizar a vacinação.

Maré em tempos de coronavírus

Está no ar mais uma edição do podcast Maré em tempos de coronavírus. Na 25ª edição, Eliana Sousa conduz a pauta sobre o desafio de se ter acesso à educação de qualidade nesse momento, a volta às aulas e o receio de responsáveis e seus filhos. O episódio já está disponível no perfil da Redes da Maré no Spotify.

Festival Cine Terreiro

Até o dia 18 de abril acontece o Festival Cine Terreiro, que tem como proposta fortalecer e preservar a memória e a identidade das tradições de matriz afro-brasileira e indígena através da exibição de produções audiovisuais. O ponto em comum a todos os filmes é a relação do humano com o sagrado, então as produções abordam a temática religiosa. Para assistir, basta acessar o site do festival até o próximo domingo. https://cineterreiro.com.br/

Bolsas de estudos

A Cia de Talentos e a Faculdade Descomplica estão oferecendo 1.000 bolsas de pós-graduação e MBA com capacitação profissional dentro das áreas de Gestão, Marketing, Tecnologia e Educação. Aqueles que são PCDs, LGBTQ+, Étnico-Racial, 50+ e Vulnerabilidade Socioeconômica podem se inscrever no site. https://protagonizaai.com.br/

Oficina de roteiro dramatúrgico

A roteirista Ingrid Zavarezzi (Malhação, Como Será, Amanhã Invisível) irá oferecer, em parceria com o Voz das Comunidades, a oficina gratuita de produção de roteiros Histórias da favela. Para participar, basta escrever uma história sobre a favela de 1 a 3 páginas e enviar para o e-mail [email protected] até amanhã, dia 15 de abril. Os textos serão avaliados e 25 pessoas serão selecionadas para participar da turma. As aulas serão online e ao fim das aulas, os curtas serão gravados e ditados por atores de favelas e pela equipe do Voz das Comunidades.

Favelas no STF

Nessa sexta-feira (16) e na próxima segunda-feira (19), representantes de organizações de favelas irão participar de audiência pública com o STF para discutir a letalidade das operações polícias nas favelas do Rio. Desde junho do ano passado, uma liminar do STF determinou a suspensão das operações policiais no Rio de Janeiro durante a pandemia de Covid-19. Pesquisas realizadas demonstram redução dos homicídios cometidos por policiais em decorrência da decisão. A quem interessar, os vídeos podem ser assistidos nos canais oficiais do Youtube do STF e TV Justiça.

Perdeu alguma matéria? O Maré de Notícias acha para você.

Sábado (10)
“Não sou eu que me navega, quem me navega é o Mar.” (*), por Marcello Escorel. Leia mais.

Segunda-feira (12)
Moradora da Maré que precisava de consulta hoje aguarda por cirurgia, por Hélio Euclides. Leia mais.
Vacinação no Rio: pessoas de 63 ou mais podem imunizar essa semana; dois novos postos são inaugurados, por Edu Carvalho. Leia mais.
Vacinação contra gripe começa nesta segunda-feira, por Redação. Leia mais.
Auxílio Emergencial 2021: trabalhador tem até esta segunda para contestar benefício negado, por G1. Leia mais.
Brasil, México e Filipinas estão entre os países que receberão vacina da Pfizer no segundo trimestre, por Reuters. Leia mais.

Terça-feira (13)
No Rio, morre jornalista Aloy Jupiara, vítima da covid-19, por Edu Carvalho. Leia mais.
UERJ adia Vestibular 2021 para julho devido ao agravamento da pandemia de Covid-19, por Redação. Leia mais.
Mulheres, negros e pobres: os mais impactados pela pandemia no Brasil e na Maré, por Andressa Cabral Botelho. Leia mais.
Light lança atendimento através de aplicativo de mensagens, por Kelly San. Leia mais.

Quarta-feira (14)
Em meio a ritmo lento de doses disponíveis, unidades de saúde da Maré criam estratégias para vacinar a população nos territórios, por Kelly San. Leia mais.
Apesar da fila diminuir, número de pessoas que esperam por um leito de UTI ainda é elevado no Rio, por Hélio Euclides. Leia mais.
Artigo: ‘Os 10 meses de proibição de operações policiais’, por Iniciativa Direito à Memória e Justiça. Leia mais.
A cultura da periferia pelo olhar do cinema: ‘Vem pra Baixada’ chega a sua última temporada, por Lucas Cruz, do Site da Baixada. Leia mais.

Quinta-feira (15)
Apenas oito países têm restrições baixas para entradas de brasileiros, por Andressa Cabral Botelho. Leia mais.
Prefeito Eduardo Paes é diagnosticado com covid-19 pela segunda vez, por Andressa Cabral Botelho. Leia mais.
Audiência Pública da ADPF das Favelas vai discutir estratégias de redução da letalidade policial no Rio, por Daniele Moura. Leia mais.
Detran RJ realiza mutirão de serviços no próximo sábado (17), por Andressa Cabral Botelho. Leia mais.

Sexta-feira (16)
Pandemia aumenta os desafios da maternidade, por Kelly San. Leia mais.
Quem cuida de quem cuida? Profissionais da saúde da Maré relatam seu trabalho em meio à pandemia, por Hélio Euclides. Leia mais.
O direito à vida nas favelas é discutido no STF, por Dani Moura. Leia mais.

Quem cuida de quem cuida? Profissionais da saúde da Maré relatam seu trabalho em meio à pandemia

Profissionais da Clínica da Família Ministro Doutor Adib Jatene, na Vila dos Pinheiros, falam sobre as dificuldades que têm encarado ao longo de um ano

Por Hélio Euclides, em 16/04/2021 às 18h
Editado por Andressa Cabral Botelho

Na pandemia algumas palavras novas entraram para o nosso cotidiano. Quando se falava de profissionais da saúde, a expressão mais utilizada foi e continua sendo linha de frente. São profissionais que estão diariamente no atendimento de pessoas que contraíram o coronavírus. Esses profissionais recebem nos hospitais e nas unidades de pronto atendimento (UPAs) pacientes muitas vezes em estado grave. Alguns destes pacientes passam primeiro pelo atendimento primário, ou seja, clínicas da família ou centros municipais de saúde (CMS), e, assim, são encaminhados para um atendimento especializado. Para saber como foi atuar na saúde em tempo de pandemia, o Maré de Notícias visitou a Clínica da Família Ministro Doutor Adib Jatene, na Vila dos Pinheiros, para ouvir quatro profissionais que contaram dificuldades, alegrias e momentos marcantes deste último ano.

Gleize Lane Moreira, de 41 anos, é agente comunitária de saúde há 5 anos. Ela começou sua trajetória ainda no extinto Posto Médico Gustavo Capanema, na Vila dos Pinheiros, e depois participou da inauguração da clínica da família. Lane conta que o trabalho é estressante, mas ao mesmo tempo gratificante. “Cuidamos mais dos doentes do que de nós mesmos. Antes da pandemia fazíamos visitas nas casas dos hipertensos, diabéticos e gestantes e os pacientes contavam detalhes de suas saúdes que não falavam muitas vezes para os seus familiares. Isso se perdeu com a pandemia. Mas não perdemos o contato, pois agora o acompanhamento é via telefone”, conta.

Um dos trabalhos dela na pandemia é o de informar o tempo todo sobre a prevenção, com álcool, máscara e distanciamento. A sua rotina mudou e com ela vieram os momentos difíceis. Dois momentos foram marcantes para ela: “Uma amiga de trabalho contraiu covid, saiu da unidade na ambulância e ficou internada na UPA Maré. Só ficamos felizes quando ficou boa e retornou para o trabalho. O outro caso infelizmente não teve final feliz… O profissional da radiologia foi a óbito. Ficamos pensando na hora ‘quem vai ser o próximo?’.” Mas o medo do vírus circula com Lane 24h por dia. “Tenho muito medo de levar o vírus para casa. É todo dia lavar as roupas e o cabelo. Já tem mais de ano que não visito a minha família”, desabafa.

Gleize Lane Moreira. Foto: Hélio Euclides

A agente já começa a sentir um alívio após tomar a primeira dose da vacina. Contudo, mesmo com a segunda dose ela continuará a usar a máscara sempre, por amor ao próximo. 

Com a paralisação de algumas atividades, Lane foi atingida em cheio ao concluir o curso técnico de enfermagem, pois ainda não conseguiu tirar o registro. Ela não vê a hora de tudo se resolver e poder ingressar na faculdade de enfermagem. A agente está confiante e acredita que a ciência ainda vai avançar mais e que a vacina é a luz no fim do túnel. 

Lane, que é hipertensa, poderia ter se afastado do trabalho por sua comorbidade, mas mesmo assim, ela preferiu continuar atuando. “Isso não me fez parar. Quero fazer parte da história, não por esperar em casa, mas por fazer tudo para cuidar do próximo e me sentir útil em uma pandemia. O que me deixa triste são as informações mentirosas sobre as vacinas, que acabam afastando as pessoas. Por isso, decidimos que vamos atrás em casa de quem não vier receber a segunda dose”, conclui. 

No início da pandemia, Lane levou um susto, pois apresentou os sintomas de covid. Naquela época, ela não conseguiu fazer o exame e, por apresentar os sintomas, foi afastada do serviço por 14 dias. 

Um furacão na vida

Igualmente à colega, Amanda Pereira Macedo, de 36 anos, também é agente comunitária de saúde e atua na região há 9 anos. Para ela, a pandemia foi pior do que trabalhar no espaço inadequado do extinto Posto Médico Gustavo Capanema. Ela lembra que tudo começou quando a mídia divulgou como estava a China. “O gerente da unidade na época explicou a todos que precisávamos nos preparar, pois podia chegar aqui. Então vimos os dois casos isolados na Fiocruz e sentimos que tinha chegado. Depois disso, a cada dia piorava. Então mudamos a forma de trabalho, com proteção para todos”, comenta.

O pior da pandemia para Amanda foi saber que os colegas de trabalho contraíram a covid, assim como, que teve a doença de forma fraca. Entretanto, ela viu o seu marido ter a forma mais forte. “Vi amigos, conhecidos e familiares doentes e alguns não resistiram. A minha tristeza é ver as pessoas sem a proteção da máscara. É preciso manter a higiene pessoal”, lembra. Mesmo com o cenário, ela lembra o que precisa fazer para que as pessoas se cuidem: “Nosso papel é conscientizar, pois tem gente que a ficha ainda não caiu. Não queremos que as pessoas só saibam o que é covid quando a doença chegar nas suas casas.”

Amanda Pereira Macedo. Foto: Hélio Euclides

Para Amanda, mesmo com tantas notícias ruins, ainda é possível ter um momento de esperança. “O que traz alegria, primeiro, é a essa corrente de solidariedade. Quando estava em casa, doente, com o meu marido, a Redes da Maré levou cesta e quentinha. Outra coisa é ver os idosos receberem a vacina e depois retornarem ansiosos e pedirem para saber se já é a data da segunda dose”, conta a agente. E, como brasileira, não desiste nem desanima: “Todos os dias acordo e peço a Deus para que esses números de contágio e óbitos caiam. Quero que acabe logo essa pandemia para poder ver o sorriso no rosto das pessoas.” A profissional tem um lema para sua atuação na clínica: “Amo a comunidade, por isso sou agente. O meu desejo maior é cuidar do próximo.”

Um começo na pandemia

Recém-chegada na unidade, Larissa Nobre de Souza tem 27 anos e é técnica de enfermagem. A sua carreira começou poucos dias antes do início da pandemia. “Foi difícil me adaptar à máscara, pois antes só usava esporadicamente. Agora são 11 horas seguidas usando a proteção. Também tivemos que conscientizar os usuários da clínica”, diz.

Por atuar na sala de vacinação, ela confessa que esse momento é de muita alegria. “É uma felicidade ver os idosos receberem a vacina e alguns se emocionam. O que é triste é ter pessoas que não querem receber as vacinas por receberem mentiras nas redes sociais e pelo WhatsApp”, ressalta. Larissa diz que ficou decepcionada ao saber de casos de profissionais que não aplicavam o líquido da vacina. A técnica de enfermagem destaca que o importante é fazer um trabalho ético. “Eu quero que a população toda receba a vacina e que esse vírus acabe logo. Sinto gratidão quando uma pessoa me agradece pela vacina”, comenta.

A Maré é o meu lugar

Com os dois pés no território, Queli Cristina de Silveira, de 37 anos, começou sua atividade profissional há 10 anos como enfermeira, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Maré. Ela destaca que bons momentos de sua história aconteceram na Maré e que o território é uma escola. “Já me chamaram de louca, mas respondo que vale a pena trabalhar aqui, pois tenho o reconhecimento. Sinto que preciso atuar aqui por ser um lugar bem vulnerável e a população precisar da gente. Nosso trabalho é levar qualidade de vida para as pessoas”, avalia.

Queli Cristina de Silveira. Foto: Hélio Euclides

A enfermeira se sente triste quando percebe que as pessoas ainda não entenderam a gravidade da doença. “Um sentimento da pandemia também é o medo. Foi bem forte ver meus amigos doentes e perder um amigo que trabalhava no Hospital Estadual Carlos Chagas. Eu também tive medo quando tive covid; só pensava em minha mãe, por isso me isolei”, enfatiza. A profissional chegou a ficar com 25% do pulmão comprometido.

Sua maior alegria foi no dia 20 de janeiro receber as vacinas para aplicar nos profissionais e depois ver a procura por parte dos idosos, que chegam cedo na unidade. Ela está confiante no futuro. “É preciso continuar com os cuidados, mesmo os vacinados, pois com a variante o curso da doença é mais rápido. O importante é que não vamos recuar e que cada dia é uma vitória. O futuro é sem máscara, com abraços e andando livre”, conclui.

‘Mãe pandêmica’: os desafios de quem escolhe dar à vida durante uma crise sanitária

Mulheres que tiveram bebês recentemente têm se desdobrado para encarar o desafio em ser mãe em meio à pandemia

Por Kelly San, em 16/04/2021 às 11h30 / Atualizada em 18/04/2021 ás 00h
Editado por Andressa Cabral Botelho

Ser mãe por si só já é um grande desafio e nos últimos anos ficou mais explícito. A população precisou mudar a rotina para cuidar de si e de seus familiares e, com isso, as funções aumentaram. Além de trabalhar, muitos pais, mães e irmãos se viram também na função de cuidar da casa e de educar seus filhos e irmãos mais novos de forma mais aproximada. Por conta da pandemia, março foi o mês mais mortal da crise sanitária até o momento, ultrapassando 3 mil mortes por dia e, com isso, registrou-se mais mortes do que nascimentos. Pensando nessas questões, mulheres que tiveram filhos recentemente ficam receosas com os cuidados dos pequenos em meio à pandemia.

Uma pessoa nascida no Brasil em 2019 tinha expectativa de viver, em média, até os 76,6 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas estudos recentes apontam para uma queda de dois anos na expectativa de vida dos brasileiro devido ao aumento da taxa de mortalidade causada pela pandemia. Em pelo menos 12 das 50 cidades com mais de 500.000 habitantes do país, incluindo a cidade do Rio, morreu-se mais que nasceu, conforme dados analisados pelo El País.

Desde 1940 o índice da expectativa de vida no Brasil vinha crescendo, aumentando cinco meses a cada ano, devido a melhorias nas condições básicas de vida. O cenário hoje é ainda mais preocupante quando observa-se a lentidão na vacinação, pois segundo especialistas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicada (IPEA), dependendo da capacidade do governo brasileiro de vacinar as pessoas neste ano, essa queda na expectativa pode ainda se perpetuar.

Estudo publicado em 2020, na revista médica International Journal of Gynecology and Obstetrics revelou que, do início da pandemia até o meio do ano passado, foram notificadas 160 mortes de grávidas e puérperas em todo o mundo por covid-19, sendo 124 delas no Brasil. O cenário não é dos mais animadores este ano: em março deste ano houve um aumento de 50% nos números de gestantes com Covid-19 internadas em UTIs em relação ao mês de fevereiro. Com isso, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sistematizou as atuais recomendações do Ministério da Saúde acerca da vacinação para covid-19 de gestantes, puérperas e lactantes abordadas em Nota Técnica, como a inclusão de gestantes e lactantes no grupo prioritário para  vacina e a urgência das autoridades de saúde em se posicionar em relação a essa parcela da população para combater a pandemia. No último dia 08 de abril, a Fiocruz, junto ao Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde, atualizou o manual (leia aqui) com recomendações para a assistência à gestante e puérpera, definindo diretrizes que evitem a mortalidade materna e problemas  ao embrião.

Manutenção do ciclo de vida

 Sou mãe há sete anos, e sempre foi um grande desafio conseguir conciliar todas as tarefas do dia a dia. Minha experiência materna se colocou ainda mais desafiadora em meio a pandemia pois me vi dividida entre trabalho, estudo e maternidade em tempo integral. Meu filho e eu temos aprendido todos os dias a dar “os nossos jeitinhos” porque foi necessário criar novas alternativas para trabalhar, estudar e brincar, mas o cenário de incertezas ainda me deixa com medo, sentimento muito recorrente em nós, mães. 

Mesmo assim, percebo que muitas mulheres têm encarado os desafios da maternidade em meio a pandemia, trazendo esperança para dias tão difíceis. Adriana Mota Carvalho, de 36 anos, mora no Morro do Timbau, é professora e mãe do Arthur (13), Ruan (7) e Theo, que nasceu em outubro de 2020 e passou por algumas dificuldades no início. “Descobri que estava grávida no início da pandemia. Foi uma surpresa que me deixou assustada. Tive  dificuldades para dar início às consultas de pré-natal junto à Clínica da Família, que estava sem atendimento e no meu período de gestação  não saí muito de casa com medo de pegar a doença”, lembra. Mas a chegada do Theo, há seis meses, deu uma virada na vida de Adriana. “O nascimento do Théo, ao mesmo tempo que foi assustador, foi maravilhoso. Com isolamento social tenho ficado mais em casa  com os meus filhos, Arthur e Ruan, que me ajudam com os cuidados do nosso bebê”, conta.

Em meio a uma crise mundial na saúde que vem aumentando a taxa de mortalidade da população, o medo de engravidar tem sido muito comum em muitas mulheres. “Eu não poderia planejar uma criança em meio à pandemia. Além da doença estar atingindo todo mundo, fiquei sem trabalho e não tinha como cuidar dela. Então, para mim, foi uma surpresa que se tornou um novo desafio”,  explica a atendente e moradora da Rubens Vaz, Dalila Bezzera dos Santos, de 26 anos.  Além da Anna Luísa, de dois meses, Dalila ainda é mãe de Maria Valentina (9) e ainda está se adaptando para manter os cuidados das duas. “A minha mais velha não consegue ir à escola e eu acumulo as tarefas de cuidar de uma recém-nascida e estudar com a Maria Valentina. Além disso, ela fica sufocada de não poder sair na rua”, observa a atendente. Eu ainda estou me adaptando a essa nova rotina de cuidar de uma menina de 9 anos junto com uma bebê de 2 meses ”, explica a atendente. 

Ministério da Saúde pede ‘adiamento’ de gravidez

Na última sexta-feira, 16, durante coletiva, o Ministério da Saúde recomendou que mulheres posterguem a maternidade devido ao avanço da pandemia de Covid-19. O secretário de Atenção Primária à Saúde (SAPS), Raphael Câmara, pediu que, se possível, seja as mulheres aguardem o período para engravidar.

Detran RJ realiza mutirão de serviços no próximo sábado (17)

Interessados poderão ser atendidos nos postos do Detran no estado para resolver problemas com identificação civil e veicular

Por Andressa Cabral Botelho, em 15/04/2021 às 17h30

No próximo sábado (17), o Detran RJ irá realizar um mutirão de serviços, oferecendo 7.210 vagas, distribuídas nos 61 postos em todo o estado, para resolver questões referentes a habilitação, identificação de pessoas e de veículos. Para evitar aglomerações, o atendimento acontecerá apenas para quem fizer o agendamento prévio.

A marcação pode ser feita a partir do site do Detran (www.detran.rj.gov.br) ou pelos telefones (21) 3460-4040, 3460-4041 ou 3460-4042, das 6h às 21h. Para os que conseguirem a marcação, o Detran reforça que as pessoas cheguem com antecedência pois não serão tolerados atrasos.

Para habilitação, renovação e mudança de categoria de CNH, os atendimentos serão das 10h às 16h nos seguintes postos: Sede (Centro do Rio), Américas Shopping (Recreio), Araruama, Barra da Tijuca, Barra Mansa, Belford Roxo, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Center Shopping, Detran Oeste (Campo Grande), Ilha do Governador, Itaboraí Plaza, Itaguaí, Jacarepaguá, Largo do Machado, Magé, Méier, Nilópolis, Niterói (Fonseca), Niterói Shopping, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Penha, Resende, Rio das Ostras, São Fidélis, São Gonçalo (Neves), São João de Meriti, São Pedro da Aldeia, Sulacap, Teresópolis, Três Rios, Vila Isabel, Volta Redonda e West Shopping.

Para emissão de segunda via de identidade e carteira do SEAP, o atendimento vai ser das 8h às 16h em dez postos: Sede (Centro do Rio), Volta Redonda, Campos dos Goytacazes, Méier, Teresópolis, Largo do Machado, Cabo Frio, Angra dos Reis, Rio das Ostras e Nova Iguaçu, das 8h às 16h.

Para serviços de veículos, o órgão vai oferecer atendimento das 8h às 17h nos seguintes postos: Ilha do Governador (Tubiacanga), Nova Iguaçu, Reduc, Itaboraí, Haddock Lobo, Nilópolis, Mesquita, Valença, Cordeiro, Volta Redonda, Barra Mansa, Vassouras, Bom Jesus do Itabapoana, Macuco, Barra do Piraí, Miguel Pereira e Resende.

Os mutirões têm acontecido para compensar os atendimentos que precisaram ser suspensos durante a pandemia. “Sabemos que a demanda ainda é grande. Por isso, estamos fazendo mutirões aos sábados para ajudar ainda mais o cidadão que precisa do atendimento do órgão. Vamos disponibilizar vagas em diversas regiões de todo o Estado para que o usuário tenha mais praticidade para realizar nossos serviços”, explicou o presidente do Detran.RJ, Adolfo Konder.