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Crivella cumprirá prisão domiciliar com uso de tornozeleira

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Em menos de 24 horas, STJ decide por prisão preventiva domiciliar 

Por Edu Carvalho, em 23/12/2020, às 11h40

Editado por Andressa Cabral Botelho

Na noite de ontem, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, decidiu pelo enquadramento em prisão domiciliar ao prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos). Crivella deixará o presídio de Benfica e terá de usar tornozeleira eletrônica.

No despacho, Martins atende ao requerimento dos advogados de Crivella, que queriam a revogação da prisão do prefeito. O presidente cita na decisão que Crivella tem 63 anos de idade, sendo considerado grupo de risco para a Covid-19. 

Fica determinado que o então prefeito informe endereço fixo para o cumprimento da prisão; não mantenha contato com terceiros, “salvo familiares próximos, profissionais da saúde e advogados devida e previamente constituídos”; entregue telefones, computadores e tablets às autoridades, além de estarem proibidas saídas de casa sem autorização. 

O prefeito foi preso no início da manhã de ontem, terça-feira (22), em uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio. Crivella foi encaminhado à Casa de Custódia Frederico Marques, em Benfica, no início da noite, após ter a prisão preventiva confirmada em uma audiência de custódia.

Mesmo voltando para casa, sob monitoramento eletrônico, o prefeito seguirá afastado do cargo, que termina no próximo dia 31.

Som de Preto: websérie conta história do funk carioca

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Em cinco episódios inéditos, websérie Som de Preto traz as diferentes caras do funk com grandes hits e artistas cariocas do meio

Por Thaís Cavalcante, em 22/12/2020 às 17h 

Editado por Edu Carvalho

“O nosso som não tem idade, não tem raça e nem vê cor, mas a sociedade pra gente não dá valor. Só querem nos criticar pensam que somos animais, se existia o lado ruim hoje não existe mais”. Trecho da música “Som de Preto” relembra como o batidão do funk faz mexer o ombrinho, balançar os quadris e mandar um passinho daqueles. O som da música de Amilke e Chocolate, famosa nos anos 90 e ainda hoje, deu nome à websérie lançada em dezembro, sobre como o movimento do funk carioca é uma potência cultural e tem diferentes caras dentro dele.

Em cinco episódios inéditos, é possível se envolver na história, na música, no movimento e no valor que o ritmo carioca tem nas favelas. Grandes MCs e DJs da cena trazem suas experiências pessoais, técnicas e musicais para o debate. A criminalização do funk, o preconceito enfrentado e os desafios da carreira são discutidos no primeiro episódio com MC Carol de Niterói e Tonzão, ex-integrante do grupo Os Hawaianos. “Tem pessoas que falam que eu faço apologia ao crime. Eu acho que o funk só relata o que acontece, igual outros mil tipos de música, mas é só o funk que é coisa de criminoso”, conta MC Carol. Ela também relembrou a prisão do DJ Rennan da Penha em 2019.

Por trás de toda superprodução de um baile funk e de um hit, existe uma rotina intensa e muita criatividade envolvida. O segundo episódio mostra o sucesso do Baile da Nova Holanda e como o funk acelerado 150 bpm, que significa batidas por minuto, ganha o Rio de Janeiro em 2018. Depois de uma batida na garrafa pet o DJ Polyvox, cria da Maré, acelerou o funk e o ritmo pegou. DJ Iasmin Turbininha, cria da Mangueira, mostra nos bastidores como eles são tão envolventes quanto às apresentações.

O ritmo trouxe inspirações criativas até para os trabalhadores informais, que utilizam recursos como a paródia para chamar a atenção de seus clientes. No terceiro episódio, diferentes histórias são contadas como uma forma de homenagem. Uma delas é a Tropa do MotoTáxi, Vanessa Esplendorosa e outros famosos na internet pela diversão em suas músicas de funk e que, trazem ainda, mais diferencial na hora de se destacar dentre outros trabalhadores da mesma área. 

No quarto episódio, o aprendizado sobre as batidas e ritmos fica com a explicação simples do DJ Grandmaster Raphael. “A gente copiava a estrutura do funk americano. Quando entra o tamborzão e o beatbox, já fica mais carioca”, garante ele que também demonstra com a voz a diferença das batidas com o passar do tempo. Raphael completa, ainda que, os processos de transformação do funk tem origem local: “Colocamos um tempero da nossa brasilidade, carioquice”. Paulinho Cabeção e a DJ Iasmin Turbininha também ensinam sobre a produção do funk e suas principais mudanças.

Relação das crianças com o funk é tema do último episódio da websérie.

Além da velocidade da batida e criação de novos ritmos, o público também se ampliou com o tempo. As crianças também viraram MCs de funk e é sobre isso que o último episódio da websérie fala, como os pequenos se relacionam com o movimento e fazem disso diversão e até profissão. “Eu me apaixonei pelo funk desde o primeiro contato de vida e só foi aumentando essa paixão e foi aí que eu descobri o caminho que eu queria percorrer. Quando eu comecei a cantar eu tinha seis anos de idade e sempre foi uma brincadeira pra mim e nunca foi uma obrigação dentro de casa”, garante Jon Jon, o eterno Jonathan Costa da Nova Geração.

Assista o teaser da websérie e todos os episódios no canal do YouTube.

Prefeito Marcelo Crivella é preso em operação

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O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), foi preso na manhã desta terça-feira (22/12) em operação conjunta entre a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro. Crivella foi preso em sua casa, em um condomínio na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, e levado à Cidade da Polícia, na zona norte da cidade. Após ser detido, ele declarou à TV Globo que foi o mandatário que mais combateu a corrupção na cidade e que esperava justiça.

Também foram presos o empresário Rafael Alves; o ex-tesoureiro da campanha de Crivella, Mauro Macedo; delegado aposentado Fernando Moraes, e os empresários Adenor Gonçalves e Christiano Borges.

A ação é um desdobramento da Operação Hades, que investiga desde 2018 um suposto esquema de propina na prefeitura fluminense, com base em delação do doleiro Sérgio Mizrahy. O “QG da propina”, segundo Mizrahy, seria operado por Alves.

Quem assume a prefeitura do Rio interinamente por nove dias é Jorge Felipe (DEM), presidente da Câmara de Vereadores da cidade. O vice-prefeito do Rio eleito com Crivella em 2016, Fernando McDowell, morreu em maio de 2018.

Deputada estadual Renata Souza registra ocorrência por ameaça

Parlamentar esteve hoje na delegacia para fazer a ocorrência de ameaças que sofreu ao longo do ano

Por Andressa Cabral Botelho, em 21/12/2020 às 17h30

Editado por Edu Carvalho

A deputada estadual Renata Souza (PSOL) sofreu na última semana uma série de ameaças via Facebook e na manhã desta segunda-feira (21), encaminhou à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, no bairro de Maria da Graça, zona norte do Rio, o registro de ocorrência. Entre as mensagens, o agressor mencionou que “você fala de mais (sic)… Vai perder a linguinha”. A pessoa afirmou, ainda que “por isso que Marieli (sic) morreu.” 

Renata Souza é mulher, preta, favelada e hoje é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Embora tenha recebido a ameaça, a deputada afirma que seguirá atuando em defesa dos direitos da população. “Nosso mandato defende o direito mais precioso, que é a vida. Apoiamos todos aqueles que têm seus direitos violentados e recebemos  familiares de vítimas da violência indistintamente. Em plena democracia, não é possível que uma parlamentar tenha as suas atividades cerceadas e intimidadas”, observa. O registro de ocorrência feito leva em consideração também outras ameaças sofridas pela deputada ao longo do ano nas redes sociais. “Já mataram a Marielle, não posso subestimar qualquer ameaça e espero que nenhuma instituição democrática subestime. Não vão nos calar”, enfatiza Renata.

A ameaça sofrida por Renata não é um caso isolado. Ao longo do ano, parlamentares já com mandatos estabelecidos e recém-eleitas foram alvos de violência, como Ana Lúcia Martins, vereadora eleita de Joiville (SC), Benny Briolly, mulher trans e vereadora eleita de Niterói (RJ), Carol Dartora, vereadora eleita de Curitiba (PR) e Suéllen Rosin, prefeita eleita de Bauru (SP) foram ameaçadas logo após o resultados das eleições. As vereadoras entram para a estatística levantada pela pesquisa A violência política contra mulheres negras”, onde oito a cada 10 mulheres negras sofrem ataques virtuais.

“Dizem que eu deveria ser furada como Marielle”

Companheira de partido e hoje deputada federal, Talíria Petrone precisou recorrer à Organização das Nações Unidas frente às ameaças que recebe desde 2016, quando foi eleita vereadora em Niterói, na região metropolitana do Rio. Em duas situações, a deputada já precisou fazer uso da segurança parlamentar e em outubro de 2020, ela precisou deixar o estado por questão de segurança, ao saber que estavam planejando um atentado contra ela. A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) abriu um inquérito para investigar o planejamento do atentado e chegou ao nome de Edmilson Menezes, miliciano conhecido como ”Macaquinho”, ligado ao Escritório do Crime.

Além de exigir que a ONU cobre o governo brasileiro sobre o seu caso, Petrone também pede olhar atento ao assassinato da sua companheira de partido e amiga, Marielle Franco, também amiga de Renata, que foi executada em março de 2018. Dessa forma, a organização pode pensar em um plano de proteção a mulheres, principalmente as negras, que sofrem violência política. Talíria Petrone, Marielle Franco e Renata Souza são defensoras de direitos humanos, o que as coloca ainda mais em risco. O Brasil é o quarto país do mundo mais perigoso para quem se posiciona como defensor de direitos, segundo relatório anual publicado pela organização Frontline Defenders. Em 2019, ao menos 23 pessoas defensoras dos Direitos Humanos foram executadas no país.

Eduardo Paes assina termo de compromisso para adquirir CoronaVac no Rio de Janeiro

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Prefeito eleito publicou foto ao lado de governador de São Paulo João Doria

Por Edu Carvalho, em 21/12/2020 às 13h30
Editado por Andressa Cabral Botelho

O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou no último domingo, dia 20, a assinatura de um termo de cooperação com o governador de São Paulo, João Doria, e o Instituto Butantan pela produção da CoronaVac, vacina imunizante contra a covid-19. Em sua conta no twitter, Paes explicou à população quais serão os próximos passos e o que pretende fazer em relação à imunização na cidade do Rio.

“Entendemos que o ideal é que tenhamos um plano nacional de imunização – aquilo que pretendemos seguir -, mas estamos preparando nossa rede de saúde para que ela possa atender os cariocas com a maior brevidade possível e sem riscos”, escreveu Paes em sua conta oficial no Twitter, e prosseguiu: “Da mesma forma, já estamos em contato com diferentes laboratórios com o objetivo de superar esse difícil momento de nossas vidas”.  O próximo prefeito da capital fluminense ainda escreveu que, em 28 de dezembro, apresentará o plano de enfrentamento ao novo coronavírus de forma detalhada. 

Após o encontro do final de semana, nesta segunda-feira (21) Paes encontrou-se com Daniel Soranz, futuro secretário de saúde da cidade, e Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, onde fortaleceram a parceria já existente entre a instituição e a prefeitura e firmaram compromisso com o Plano Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde. 

Doria publicou um vídeo ao lado de Paes também em sua conta no Twitter. O governador paulista fez uma curta declaração, afirmando apenas: “Estamos juntos pela vida, pela vacina. A vacina do Butantan é a vacina do Brasil”. O governador de São Paulo informou que o Instituto Butantan já havia recebido solicitações de compra da CoronaVac de 276 cidades e 11 Estados. Também há negociações em curso para fornecer a vacina a outros países da América Latina, como Peru, Uruguai, Honduras e Paraguai.

Para ser oferecida à população, no entanto, a CoronaVac, que está na 3ª e última fase de testes, ainda precisa de autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Os pedidos de uso emergencial e registro definitivo, bem como a conclusão do estudo dos testes, serão feitos ainda esta semana, no dia 23 de dezembro.

Fim de ano em família deve ser com distanciamento, uso de máscaras e álcool em gel

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Por Hélio Euclides, em 15/12/2020 às 11h. Atualizado em 21/12/2020.
Editado por Edu Carvalho

Ninguém pode negar que este ano tudo está diferente. Festas, comemorações e atividades que causem aglomeração foram canceladas – mas existem aquelas que acontecerão clandestinamente, desrespeitando os cuidados preconizados pela Organização Mundial de Saúde. Como ficam, com isso, as festas de Natal e Réveillon em família, que por bastante tempo não se viram nos últimos nove meses? Para a festa de 25 de dezembro, espera-se reuniões familiares de menor escala, para garantir que pessoas em situação de risco não sejam infectadas com o vírus. Já para a virada de ano, a Prefeitura do Rio tinha planejado um novo modelo de evento, com show transmitido sem a presença de público nos pontos turísticos, mas optou pelo cancelamento em respeito às vítimas de covid-19. No entanto, como garantir que não haja aglomerações?

Num cenário de flexibilização do controle sanitário, os cariocas não têm respeitado o distanciamento e o uso de máscaras, resultando no aumento da taxa de ocupação de leitos de UTIs para pacientes com covid-19, que chegou a 93% de ocupação em 30 de novembro na rede municipal. Alguns especialistas confirmam a possibilidade de a segunda onda de covid-19 acontecer no Brasil, como vem ocorrendo na Europa e América do Norte. Outros acreditam que são novos picos dentro de uma primeira onda, que nunca acabou. Fato é que os números de casos e mortes vêm aumentando nas últimas semanas de novembro.

No dia 30 de novembro, o Grupo de Trabalho para Enfrentamento da COVID-19, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), emitiu Nota Técnica sobre o aumento significativo de casos no mês em questão, mesmo sem ainda termos saído da primeira onda. A nota reforça a necessidade de se tomar medidas para o enfrentamento do vírus, como abertura de leitos, aumentar a oferta de transportes para evitar aglomeração, suspensão de eventos sociais, como bares e praias, e até mesmo avaliar um fechamento total – o lockdown.

Para Carlos Machado, coordenador do Observatório Covid-19, da Fiocruz, o aumento de casos pode ocorrer após o poder público não realizar as medidas cabíveis, e indivíduos não adotarem medidas, como o distanciamento de dois metros. Ele recomenda que, ao se reunir com outras pessoas, seja preferencial a escolha de local aberto e com o uso de máscara, que não pode ser compartilhada. “Outras medidas são a higienização das mãos com água e sabão, mas, quando estiver na rua, o uso do álcool em gel. Essas regras precisam ser levadas a sério”, diz. 

O especialista sugere que as pessoas fiquem espaçadas e, se possível, utilizem o quintal, área da casa que muitas vezes é aberta. Após a visita, é bom higienizar o cômodo com spray de álcool. É preciso ainda evitar o contato, pois a outra pessoa pode estar no início da doença e não ter os sintomas ou ser assintomático. “Nas favelas, é importante uma campanha nas igrejas, lojas e locais comunitários sobre o uso da máscara, que é uma prevenção. Lugares fechados também devem ser evitados”, comenta. 

“Até sair a vacina, é preciso cuidado, em especial, com os idosos, portadores de doenças que diminuem a imunidade e o câncer. Ainda temos as fake news, que precisam ser combatidas, para se mostrar a importância da imunização”, expõe. Ele acrescenta que não há como dizer qual o grau de risco para os locais, pois o uso é diferenciado em horários diferentes, evitando o horário de pico. “Se tiver que andar de ônibus cheio, ao chegar em casa, deixar os calçados fora de casa, trocar de roupa e tomar um banho”, diz. Sobre os números crescentes de casos, ele admite que o período de férias e de clima quente propicia um maior movimento de pessoas, o que torna o risco de contágio grande.

Mesmo com a flexibilização, que passa uma sensação de tranquilidade, é preciso ficar alerta ao vírus. Talvez mais do que antes.

Celebrações com conscientização 

Nos locais religiosos, a recomendação é diminuir o número de fiéis, para que seja possível manter um distanciamento eficiente. Alexsander de Queiroz Pinto é pastor da Comunidade Evangélica da Penha Circular (CEPEC), em Marcílio Dias, e observa os fiéis mais cuidadosos. “Em nossos cultos, temos pregado sobre a gravidade, trazendo a conscientização. Mas não temos visto, dentro das comunidades e em outras igrejas, esse mesmo zelo”, comenta.

Com a pandemia, o pastor e sua esposa têm se deparado com um cenário um tanto frustrante. “Temos atendido aqui na Kelson’s, não apenas, com o cuidado pastoral, mas também com a competência de uma psicóloga. São pessoas emocionalmente abaladas, frustradas e, até, sem terem a certeza do que seria de seu futuro. Não percebo um Natal e um fim de ano com muitos ‘sonhos’, senão, um grande desejo de vermos nossa sociedade curada e liberta desse vírus mortal”, conta.

Pablo Walter Dawabe, padre da Paróquia Jesus de Nazaré, localizada na Baixa do Sapateiro, organiza, todo domingo, o limite no número de fiéis. “Dá um pouco de dor ver que a paróquia, que, em condições normais, estaria lotada, agora, estará bem mais reduzida. Porém não se pode permitir que o mal do desânimo tome conta dos nossos corações. Isso não significa fazer a ‘vista grossa’ ao problema em si, mas sim aceitar que, nesta precariedade numérica, Deus está querendo consolidar a fé de muitas pessoas”, comenta.

Para o final do ano, o sacerdote afirma que é preciso manter os cuidados e não criar ilusões sobre um Natal e um final de ano muito brilhantes, do ponto de vista social. “Acho que o melhor é celebrar dentro da própria família, com mais sobriedade”, recomenda. Ele percebe que o Ano Novo costuma ser uma festa com menos cunho religioso, mas que é bom meditar a verdadeira novidade ou renovação das nossas vidas.

Como será o Natal e Réveillon na Maré?

Moradores estão apreensivos com as festas. Jane Maria da Conceição, moradora da Nova Holanda, acredita que este ano será muito diferente. “Não vai ser igual a 2019 por dois motivos: o vírus e o aumento do preço dos alimentos. Uma amiga que mora na Suíça me contou que a pandemia por lá está muito ruim, e tenho medo de chegar essa segunda onda aqui. Estou na esperança de que, ano que vem, seja melhor”, comenta. Para Joelma Silva de Oliveira, moradora do Parque Maré, nem todos pensam nos cuidados. “Vai ser diferente para mim, mas, para outras pessoas que tratam a pandemia como nada, será tudo igual. Por aqui, os encontros familiares acontecem com cuidados necessários. Estarei acompanhado do meu companheiro, o álcool em gel”, conta. Igualmente, Josefa Peixoto, moradora do Morro do Timbau, garante que, por ser idosa, somente sai de casa para ir à clínica da família e, sempre, de máscara. “Vou seguir a mesma coisa que já estou fazendo, Natal e Réveillon em casa”, conta.

A virada de ano também é um momento para superstições e simpatias. Muitos não se separam de uma peça de roupa branca, num pedido de paz. Juliana Calixto é empreendedora de uma sex shop na Maré e revela que quando se fala de peça íntima, a cor é outra. “O Vermelho é predominante como escolha. O vermelho estimula a fome, não é à toa que as casas de fast food são vermelhas. Dentro do seguimento erótico, esmalterias e roupas não é diferente”, diz. Mas cada pessoa deve investir na cor que traga algo esperado para o novo ano. Mas lembre-se, a roupa escolhida pode ser usada numa festa íntima com os familiares mais próximos. 

Amarelo remete ao dinheiro.
Verde, à esperança.
Vermelho é para grandes paixões.
Laranja, à felicidade.
Rosa é o amor.
Marrom é estabilidade familiar.
Violeta traz a espiritualidade e sensibilidade.
Azul remete a calma e tranquilidade.

RECOMENDAÇÕES PARA AS FESTAS

As pessoas têm uma série de superstições para a virada do ano. Em 2020, precisamos incluir alguns novos costumes, juntos a essas tradições. Pensando nisso, a Fiocruz elaborou a cartilha Covid-19: preservar a vida é o melhor presente de fim de ano, um guia de cuidados para as festas de final de ano. Algumas dessas recomendações são:

  • Usar a máscara o tempo todo durante as comemorações, só retirando-a quando for comer e beber;
  • Lavar bem as mãos ao chegar da rua e durante o evento, seja com água e sabão ou higienizando-as com álcool 70%;
  • Ao tocar em objetos que são compartilhados, limpar as mãos com água e sabão ou álcool gel;
  • Evitar aglomerações e manter a distância de, pelo menos, 2 metros entre os participantes da ceia;
  • Usar a varanda, o quintal ou a laje e reunir, no máximo, 12 pessoas;
  • Evitar abraços e apertos de mãos;
  • Se puder, faça uma quarentena de 14 dias após participar de alguma reunião.